Fanfic: Pecados e Desejos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Depois do desabafo de Nate naquele dia, tinha decidido ligar e cancelar o encontro daquela noite com Alfonso.

Mas agora, tudo estava bem e meu sobrinho estava dormindo. Eu podia ir me encontrar com ele e não demorar.

Pois o desejo, a vontade de ficar perto, me consumia sem descanso.

Assim, esperei um pouco mais, garanti que estava tudo bem e saí, levando meu celular carregado agora.

Talvez devesse ficar em casa, mas não conseguia resistir.

Cheguei lá ansiosa e praticamente pulei da pick-up.

Os portões estavam abertos e subi correndo os degraus da varanda.

Como se soubesse que eu tinha chegado, Alfonso abriu a porta antes que eu tocasse a campainha.

Meu coração disparou, a garganta ficou seca, olhei-o com tanto desejo que quase me engasguei com as sensações violentas que me atacaram.

— Por que demorou tanto? — indagou seco e nem me deu tempo de respirar.

Puxou-me para dentro, bateu a porta e logo me encostava nela, sua boca saqueando a minha em um beijo quente e gostoso. Eu o agarrei, sôfrega, retribuindo o beijo, querendo-o tanto que doía.

Era paixão, desejo, sentimentos que se atropelavam e entravam em ebulição.

Meti minhas mãos sob sua blusa de malha e acariciei a pele quente de suas costas, gemendo baixinho.

Então ele afastou a cabeça, olhando-me profundamente.

Seu olhar passeou por meu rosto, meus lábios e voltou até meus olhos.

Disse baixo:

— Vai passar a noite comigo?

— Não posso... — deslizei os dedos sobre os pêlos do peito, os músculos, adorando demais o contato.

Vi que não gostou da resposta e expliquei:

— Nate precisa de mim. E Joaquim... Ele pode falecer a qualquer momento. Não dá para demorar muito.

— Eu entendo. Então, temos que aproveitar logo. — e suas mãos desceram pela frente da minha blusa, já abrindo os botões.

Aproveitei e o desfiz de sua camisa também.

Em poucos momentos estávamos apenas com a roupa íntima.

Alfonso então tirou meu sutiã e calcinha e eu a sua cueca. Nos beijamos de novo, nus, nossas peles quentes, as mãos correndo o corpo do outro.

Fiquei excitada muito rápido. Acho que já cheguei lá daquela maneira, ansiosa, louca por ele. Assim, não precisamos de muitas preliminares.

Me sentou sobre um aparador perto da entrada, suas mãos indo por baixo dos joelhos, abrindo as minhas pernas.

Minhas costas se apoiaram na parede e nossos quadris ficaram na mesma altura.

Choraminguei latejando quando o pau cheio de veias e muito grosso forçou os lábios vaginais a se abrirem e começou a me penetrar. Puxei-o para mim, beijei-o com volúpia, com um tesão voraz, avassalador.

Alfonso abriu e ergueu bem minhas coxas e entrou todo, até se enterrar e esfregar seus pêlos nos meus.

Ondulamos juntos, gemendo, tudo se tornando ainda mais quente quando passou a dar estocadas dentro de mim.

Foi delicioso.

Sua mão foi em minha nuca e desfez o coque, se entranhando em meu cabelo, segurando firme minha cabeça para morder meu lábio inferior e me penetrar lentamente, sem pressa, deslizando até só ficar a cabeça do pau, para então mergulhar de novo, arrancando arquejos da minha garganta.

Foi se tornando mais rápido e bruto, mas eu já pingava toda molhada, facilitando a penetração apertada.

Segurou-me pela nuca e afastou o rosto apenas o suficiente para me fitar dentro dos olhos, tão intenso e profundo que senti minhas entranhas se revolverem, todo meu corpo esticar e se contrair, ciente de cada parte que tocava em mim.

E naquele momento compreendi o que eu não queria ver. Que desde o início, quando ouvi falar dele a primeira vez e o imaginei, Alfonso começou a fazer parte de mim.

E quando o conheci, aquilo só cresceu, se expandiu, ao ponto dele me ocupar por inteiro. Não apenas meu corpo, mas minha essência, meus pensamentos, minha alma.

Uma emoção indescritível me deixou muda, chocada, além de qualquer ação.

Percebi naquele momento que nenhum homem além dele me faria sentir aquilo.

Era único, daqueles sentimentos que só se sente uma vez na vida e mesmo assim não era para todo mundo. Mas para mim foi.

Não sei se ele sentiu ou se percebeu como me emocionei, mas logo nos beijávamos de novo, tão gostoso que meu corpo perdeu o controle, minha alma se elevou e eu quebrei quando o pau se enterrou todo.

Gemi baixinho e ele gemeu de volta, mais brusco, mais pesado, mais masculino. E ejaculou inundando meu útero, beijando minha boca, me segurando firme entre seus braços.

Encostei a cabeça na parede, olhando-o enquanto descia minhas pernas, ainda alojado em meu interior.

— Parece que não fazemos isso há séculos... — disse rouco, os cantos da sua boca levemente levantados.

— Parece mesmo. Satisfeito agora?

— Ainda não.

— Meu Deus!

Alfonso deu uma risada e beijou de leve a ponta do meu nariz. Mas saiu devagar de dentro de mim. Segurou minha mão e me ajudou a ficar de pé.

Seus olhos desceram até meus seios nus e, como se não resistisse, acariciou-os sensualmente.

Olhei-o, meu corpo ainda abalado pelo gozo recente, sem descansar das emoções que giravam dentro de mim.

E naquele momento desisti de lutar contra o que eu sentia. Seria em vão.

Sofrendo ou não, não havia volta. Eu amava Alfonso.