Fanfics Brasil - Espiritos antigos, antigas rivalidades Atraves do portal

Fanfic: Atraves do portal | Tema: Avatar Korra


Capítulo: Espiritos antigos, antigas rivalidades

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Korra sentiu o mundo rodar ao seu redor, e, em um piscar de olhos a lagoa havia sumido, em seu lugar estava apenas musgo e cipós, e uma muralha de arvores. A estranha criatura, que Korra sabia se tratar de um espírito da floresta, recuara e então ela pode observa-lo melhor. Não era tão horroroso quanto ela imaginara no primeiro momento, embora parecesse um mendigo e talvez isso que lhe dera a impressão dele ser feito.


O espírito tinha sim uma aparência velha, mas tinha também um porte de extrema sabedoria. Era como aqueles sábios leigos que nunca haviam estudado, mas mesmo assim conseguiram muito conhecimento. Haviam algumas poucas folhas em seu corpo e os olhos eram pequenas fendas na madeira de onde saiam pupilas azuis.


O primeiro impulso que Korra tivera era de queimar aquela arvore velha em formato de homem, mas a razão a deteve. Korra não sabia aonde Asami estava e precisava fazer aquele espírito falar.


- O que quer comigo espírito?! O que fez com Asami!?


O espírito sorriu com desdém e então sumiu se teletransportando. Reapareceu atrás de Korra, a uns bons e seguros quatro metros de distancia.


- Quanta petulância, quanta impaciência, quanta violência... me diga Avatar cresceu entre os dobradores de fogo? Essa atitude é típica deles.


Korra virou-se e tentou relaxar, já havia aprendido em suas inúmeras batalhas que violência nem sempre resolvia tudo, e, se tratando de espíritos, violência era raramente a solução.


- Vim da tribo da água do sul – disse secamente se contendo para não ser ríspida, pois era isso exatamente isso que queria – chega de falar de mim! Me diga o que fez com Asami? Aonde ela esta!?


O espírito fez uma expressão pensativa, como se precisasse de muito esforço para responder aquela pergunta.


- A humana que estava com você, como eu disse antes, esta em uma situação melhor que a sua.


Korra odiava quando suas perguntas eram respondidas sem serem, de fato, respondidas. Cruzou os braços e encarou o espírito.


- Me chamo Terrant, mas isso não lhe é importante. Seus assuntos são com ele, não comigo.


- E quem é ele? – perguntou irritada, mas sua pergunta foi em vão. Terrant sumira antes mesmo que ela terminasse de falar.


Korra grunhiu irritada, mas logo percebeu que não estava realmente sozinha. Um grunhido vindo de cima lhe alertara do perigo. Ela conseguiu se virar a tempo de ver um enorme vulto de uma fera negra pulando sobre ela.


 


*****


 


Asami ainda estava querendo entender aonde estava. A ultima coisa que vira antes de sumir era o rosto de preocupação de Korra, e então, como um passe de mágica, ela estava ali. Havia sido jogada em outra parte do pântano, longe da lagoa. Ela só esperava que não estivesse tão longe assim, tinha que voltar, Korra devia estar procurando por ela agora.


A coisa feita de madeira havia sumido. Asami nem tivera tempo de contemplar aquele espírito direito. Aparecera e sumira tão rápido que se o fato dela estar ali não fosse a prova de que a criatura realmente existia, Asami pensaria que tudo não passara de sua imaginação.


O local estava calmo, sem sinal de ninguém. Asami suspirou, mas manteve a calma. Não conseguia imaginar o que um espírito queria com ela, mas também não sabia nada sobre espíritos então poderia haver uma centena de motivos para aquele espírito ter feito o que fez.


- Me desculpe se a fiz esperar senhorita.


Asami se virou e viu o espírito atrás dela. Uma criatura meio homem, meio arvore. Não era nem de longe tão bonito e simpático quanto os espíritos fadas-dragão que ela vira antes.


- Quem é você? O que quer comigo? – perguntou astutamente. Asami sabia quando dócil e quando sabia ser feroz. Aquele era um momento para ser feroz.


O espírito riu como se houvesse algo naquela pergunta de muito engraçado.


- Acho que todas as mulheres atualmente tem uma personalidade de dobradora de fogo – disse alargando seu sorriso de desdém – me chamo Terrant, mas quanto a sua segunda pergunta desculpe em desaponta-la, mas com você não quero nada.


- Serio? Não acredito muito em você. Porque me raptaria se não queria nada comigo?


Novamente Terrant mostrou seu sorriso de desdém. Asami tinha a impressão que aquele era o único sorriso que ele sabia fazer.


- Estou ajudando um amigo. Ele não gosta muito da Avatar porque ela o matou a algumas reencarnações atrás. Eu levei a Avatar ate ele. Quanto a você menina não tenho intenção de lhe fazer mal se prometer se comportar aqui enquanto os dois... resolvem suas diferenças.


Asami sabia muito bem como eles iam resolver suas diferenças. Ficou em pose de luta. Não iria ficar parada obedecendo as ordens de um espírito, principalmente se Korra estivesse em perigo.


- Para o seu azar eu não estou nem um pouco afim de me comportar. Agora saia do meu caminho se não quiser que eu acabe com você.


Terrant encarou Asami fincando seus pés com força no chão. Embora tivesse dito que não machucaria Asami ficara feliz que ela agisse daquela forma. O que queria mesmo era um pouco de diversão. E para ele a humana não passava disso, de um brinquedo para se distrair. Nada a mais, nada a menos.


- Eu sou um espírito mais velho do que você possa imaginar menina – disse olhando Asami de cima para baixo. Para ele os humanos eram os mais desprezíveis seres que já pisaram sobre a terra – não importa quanto vocês humanos evoluam, sempre serão inferiores a mim. Eu estudei a dobra de terra, de fogo, de água e de ar. Eu conheço sobre a dobradura de raio ao qual apenas os mais talentosos dobradores de fogo sabem usar. Ate mesmo a tão temida dobradura de sangue me é conhecida. Então, eu lhe pergunto humana: Que ameaça você pode me apresentar se eu já sei tudo que você pode fazer?


Dessa vez foi Asami quem riu com desdém.


- Acho que você tem que sair mais do pântano Terrant. Se fizesse isso saberia sobre a dobradura capaz de redirecionar o raio, sobre a habilidade capaz de sentir as vibrações da terra ao ponto de conseguir “ver” com os pés, e também conheceria a dobra de metal. Tudo isso foi desenvolvido por dois grandes dobradores, Iroh, tio-avo da atual senhora do fogo, e Toph, a maior dobradora de terra viva. No final das contas nós humanos evoluímos muito mais rápido do que você pensa.


 Terrant ficou perplexo e irado consigo mesmo por aquelas palavras. O espírito sempre julgara saber tudo sobre os humanos, e, por isso a raça se tornara para ele desinteressante e tediosa. A raiva estava estampada em seu rosto, mas não era uma raiva direcionada a Asami em especifico, embora ele a direcionasse para ela naquele momento, mas sim para toda a raça humana, que cometera a ousadia de evoluir mais do que ele achara possível.


- Que seja garota! – bradou irado – use quantas dobraduras quiser, novas ou antigas! Eu a derrotarei do mesmo jeito!


- Eu não sou uma dobradora, e não preciso dobrar os elementos para acabar com você!


Asami avançou correndo contra seu inimigo. Era rápida e jamais seria mais lenta que uma arvore. Terrant não esperava toda aquela velocidade e não teve como evitar o soco potente que ela desfira no seu peitoral. O espírito recuou dois passos, mas isso não fora suficiente para protegê-lo do chute potente que veio logo em seguida. Terrant cambaleou para traz desorientado e Asami aproveitou para dar o golpe final. Avançou com tudo colocando toda sua força em um soco, mas segundos antes que sua mão encostasse no rosto do espírito ele fora envolvida por uma luz verde e sumira.


Terrant reapareceu a dois metros de distancia, a esquerda de Asami. Ela imediatamente levou uma das mãos ate seu cinto ate que descobriu que seus explosivos não estavam lá. Haviam sido deixados a margem da lagoa.


Esse movimento em falso fora seu erro, por causa dessa distração foi pega desprevenida pelo espírito que abriu a boa e dela saiu uma grande e grossa raiz. A planta atou-se a perna de Asami. Terrant girou a cabeça com força arremessando a garota para longe. Asami chocou-se contra o tronco de uma arvore e foi ao chão.


- Interessante... mas não surpreendente – disse o espírito encarando Asami com superioridade – você conseguiu me pegar de surpresa, mas essa foi a primeira e única vez que isso acontece.


As costas de Asami doíam com o impacto, mas fora isso estava bem. Levantou-se e ficou em guarda. Sem seus equipamentos a luta seria muito mais difícil do que ela imaginava, mas ela sabia que não podia perder. O fato de Terrant ser tão arrogante só a estimulava mais a vencer aquela luta.


- Isso é o que veremos!


Avançou correndo com tudo. Terrant atacou com a raiz que saiu de sua boca, mas ela não seria pega pelo mesmo truque duas vezes, abaixou-se, sem parar de correr, e evitou o ataque. Terrant recolheu a raiz rapidamente e desferiu um segundo ataque, dessa vez Asami pulou para o lado pegou impulso no tronco de uma arvore e foi levada ainda mais para o alto. Desceu com tudo com um soco de cima para baixo. Seu golpe teria partido a cabeça do espírito se ele não desaparecesse mais uma vez se teletransportando. Aquilo de teletransporte já estava tirado-a do serio.


Ela Caiu sentada no chão. Asami mordeu o lábio inferior irritada. Desviar da raiz não era problema com sua agilidade, mas não conseguiria causar nenhum dano nele se não desse um jeito de anular aquele teletransporte.


- Humanos... – Terrant surgira a sua frente, abrindo a boca e usando mais uma vez de sua arma.


Asami estava de joelhos no chão e por isso não teve como se levantar a tempo. O Golpe atingiu seu rosto em cheio. Era como receber um murro, só que muito pior. A força com que Terrant projetava e recolhia aquela raiz, que era como uma língua, era muito grande.


Ela cairá no chão e ainda teve que ouvir o espírito humilhando-a com palavras, como se a surra que estivesse levando não fosse humilhação suficiente.


-... tão previsíveis vocês são. É por isso que seu mundo é tão caótico, tão cheio de destruição. O único humano ao qual já tive respeito foi o primeiro avatar, Wei. Agradeço a ele todos os dias por ter separado o plano físico do espiritual. Graças a isso não tive que conviver com sua raça inferior.


Terrant lançou novamente sua raiz. Asami ergueu-se com uma cambalhota para trás evitando o golpe. A planta que atingira o chão no local aonde ela estava a um segundo atrás. O espírito desferiu um segundo ataque, mas ela desviara para a direita. Com um movimento rápido Asami segurara a raiz. Não teve como evitar um sorriso de triunfo, mas esse sorriso se desfez quando Terrant recolheu a raiz com tudo fazendo-a ser puxada e ao mesmo tempo jogada para longe.


Se chocou contra o tronco de uma arvore mais uma vez, aquilo estava começando a virar um habito naquela luta. Asami foi ao chão novamente, outro habito que ela queria evitar. Seu corpo todo doía. Já não era uma dor fácil de ignorar. Mais um terceiro golpe daqueles e ela podia acabar quebrando uma costela... ou algo pior. Com muito dificuldade ela ergueu-se mais uma vez.


- Desiste? – perguntou com ironia. Terrant sentia um grande prazer em provar sua superioridade.


O espírito a irritava tanto que Asami havia prometido a si mesma que iria derrota-lo nem que quebrasse realmente uma ou duas costelas. Terrant avançava a passos lentos, e, a cada passo que ele dava a garota recuava. Ficaram nisso ate que as costas de Asami encostaram em uma arvore e ela não pode mais recuar. Estava presa entra uma arvore e um espírito-arvore. De repente percebera que estava começando a odiar arvores.


Se estivesse com seu bracelete gerador de ondas elétricas Asami poderia segurar aquela raiz que saia da boca de Terrant e descarregar tanta energia através dela que faria o espírito ser abatido na hora, mas para sua infelicidade estava desarmada. De nada adiantava ficar se lamentando por isso, o melhor era aceitar o fato e pensar em outra maneira de vencer.


O espírito atacou novamente, Asami, movida por uma ideia repentina, desviara da raiz e a segurou com firmeza. Não tentou puxar como fizera da ultima vez, mas deu uma volta rapidamente na arvore atando a raiz a arvore em um nó improvisado, mas nem por isso menos eficiente.


Terrant com certeza não esperara aquilo. O espírito tentou puxar a raiz de volta, mas por mais forte que fosse jamais conseguiria arrancar uma arvore do solo. Pela primeira vez o espírito sentiu medo, tentou teletransportasse, mas a luz verde que saiu de seu corpo se estendeu pela raiz que saia de sua boca e da raiz ate a arvore, esta era tão grande que o espírito não conseguia envolve-la. Aparentemente não conseguia mover objetos muito grandes. Uma pena, para ele, uma felicidade, para Asami.


Asami sorriu com triunfo novamente. Descobrira que voltara a amar arvores, elas eram ótimas aliadas.


- Então... quem você chamou mesmo de raça inferior? – perguntou estalando os dedos se aproximando de Terrant com um sorriso no rosto.



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A rajada de ar afastou-o, mas não conseguiu para-lo. Korra já tinha usado de tudo. Atacara o espírito usando os quatro elementos, mas por mais que ferisse seu inimigo, não conseguia derruba-lo. Ohelan era seu nome, e pelo que ele falara queria matar Korra porque ela o matara em outra vida.  Korra odiava isso, os espíritos não e ...


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