Fanfic: Atraves do portal | Tema: Avatar Korra
De volta a pequena casa as duas puderam finalmente descansar. Asami estava apenas com os músculos doloridos, mas tirando isso estava bem. Era Korra quem estava pior. Os cortes das garras de Ohelan incomodavam bastante, e a ferida ainda sangrava. Asami pegou uma blusa sua de cor azul marinho e a rasgou para fazer ataduras.
- Asami essa sua roupa deve ter sido uma fortuna – disse Korra gemendo de dor enquanto Asami começava a estancar o ferimento com as ataduras improvisadas. Asami sempre fora uma mulher elegante e todas suas roupas eram de bons tecidos e por isso muito caras.
- É só uma roupa Korra – disse com indiferença terminando de apertar as ataduras. Não era muito boa nisso, mas agradecia a Pemma por ter lhe ensinado algumas dicas de primeiros socorros – além do mais eu tenho dinheiro o suficiente para comprar uma dúzia igual a essa se quiser.
Quando Asami terminou Korra moveu o braço. A ferida ainda doía, mas nem tanto, e o sangue parara de escorrer. Elas estavam sentadas de joelhos no chão da casa, a luz clara do sol brilhava do lado de fora.
- Obrigada, já esta bem melhor. Você sabe fazer um monte de coisas.
- Sou uma mulher cheia de talentos – respondeu Asami piscando o olho – agora o que acha de dormirmos? Sei que esta de dia, mas eu estou morta.
Korra também estava cansada, embora o exercício tivesse lhe feito bem. Era bom ter um pouco de adrenalina de vez em quando. O fato é que quando sé é a Avatar é difícil ficar longe das lutas por muito tempo.
Elas se deitaram mesmo com a roupa em que estavam e dormiram em pouco tempo.
Korra acordou com a luz alaranjada do crepúsculo esquentando-lhe o corpo. Levantou-se preguiçosa com um grande bocejo. Ao seu lado Asami dormia em seu saco de dormir. Korra a achava especialmente linda enquanto dormia. As feições delicadas adquiriam um ar ainda mais sereno. Ela ficou observando-a por alguns segundos. Um pouco sem jeito tocou no rosto de Asami acariciando-lhe a bochecha.
- Hmmm... – balbuciou Asami se mexendo um pouco. Assustada Korra tirou a mão. Não estava fazendo algo realmente errado, mas se sentia culpada em tocar em Asami enquanto ela dormia, mesmo que fosse apenas um carinho inocente.
Decidiu não incomodar Asami e deixa-la descansar. Korra foi para o lado de fora tomar um ar. O vento estava agradável e o sol proporcionava uma temperatura morna. Durante o crepúsculo o céu adquiria uma coloração magnífica, uma aquarela de cores que misturava amarelo, vermelho, rosa e laranja. Korra sentou-se na grama abraçando os próprios joelhos e ficou em silencio admirando a vista a sua frente.
Ela não sabia se era o crepúsculo, o efeito pós-luta, ou então a proximidade com Asami a alguns minutos atrás que estava a fazendo sentir-se tão sentimental. Talvez fossem todos esses elementos juntos. Se Asami não tivesse aparecido para ajudar talvez fosse Korra quem tivesse sido derrotada. Não, eu não seria, ainda tinha o estado Avatar pensou. Por algum tipo de ética ou princípios ela só entrava no estado Avatar em momentos extremos. Achava que todos os avatares faziam o mesmo.
Enquanto fitava aquele lindo crepúsculo Korra pensou nos pais distantes. Em seu mestre, Tenzin, e em todos os filhos dele. Pensou especialmente em Mako, o amigo a quem ela amava tanto quanto a um irmão. Lembrou-se de Bolin e Opal, e desejou que naquele momento eles estivessem sentados vendo um crepúsculo como aquele, talvez se beijando... eram um lindo e jovem casal, mereciam isso.
Seus pensamentos foram também dirigidos a Zhu Li e Varrick, recém-casados eles começavam uma nova vida. Korra sentia saudades de todos, e percebia o quanto eles eram importantes. Hiroshi morrera e Asami nunca teve oportunidade de dizer ao pai quanto amava-o. Korra não queria cometer o mesmo erro, quando voltasse diria a todos como eram importantes em sua vida, da mesma forma que dissera a Asami no pântano o quanto precisava dela.
- Ei, pensando em que? – Asami aproximara-se e sentara ao seu lado. Korra sorriu ao ver a namorada.
- Nada... bom, na verdade em um monte de coisas. Em você, em nossos amigos, em minha família...
Asami sorria, tocou delicadamente no ferimento de Korra coberto pela atadura. Korra apenas deu de ombros.
- Nem dói tanto – admitiu – em alguns dias estará totalmente curado.
- Que bom – Asami acariciou o rosto de Korra e se aproximou mais. As duas ficaram bem próximas, seus seios se tocavam sutilmente. Korra sabia o que viria depois. Fechou os olhos e esperou que os lábios de Asami tocassem nos seus.
Foi um beijo cheio de ternura e amor. Asami pressionou os lábios delicadamente contra os de Korra. Elas ficaram mais próximas, Korra acariciou os cabelos de Asami enquanto ela deslizava as mãos pelo rosto de Korra. O beijo se prolongou, demorado e molhado, mas não tão intenso.
Elas beijaram-se varias vezes, parando apenas para respirar um pouco. Korra nem percebeu que descia sua mão acariciando as costas da namorada e então passando pela lateral do corpo e chegando ate os seios. Asami se afastou parando o beijo, estava ofegante e com muito desejo, mas não estava preparada para aquilo. Não ainda.
- Melhor, irmos mais devagar Korra – disse sem jeito, como se pedindo desculpas por ter parado e quebrado o clima – não ficou chateada comigo por isso ficou? – não queria magoar Korra, nem ser indelicada com ela.
Envergonhada Korra recolheu sua mão. Nem sabia como ela havia ido parar no seio de Asami. Seu corpo apenas se moveu sozinho. Ela havia gostado claro, Asami tinha seios grandes e macios, e mesmo por cima da roupa Korra pode senti-los bem. Mas ela sabia que estava indo rápido demais.
- Não, não... acho que você esta certa Asami. Fui em quem me apressei. Sou eu quem devia pedir desculpas... – disse sem jeito e então baixou a cabeça.
Korra não havia se chateado com Asami, como poderia? A verdade é que estava chateada consigo mesma. Havia feito algo muito ousada para alguém que namorava a tão pouco tempo, não queria isso, mas quando beijara Asami seu sangue fervera e ela acabara deixando-se levar pelo desejo.
Korra permaneceu cabisbaixa, não sabia o que fazer ou dizer. O clima de romance sumira completamente. Asami também estava sem jeito, mas não sabia como recomeçar uma conversa.
- Podemos, apenas continuar de onde paramos então? Eu prometo que não irei me exaltar – perguntou Korra tímida. Fora preciso muita coragem para perguntar aquilo. Se achou meio idiota pedindo permissão para beijar a própria namorada, mas depois do que houve não conseguiria voltar a fazê-lo se não pedisse.
- Claro – respondeu Asami docilmente. Queria beijar Korra, mas estava sem jeito de fazê-lo. Ficara feliz que ela tivesse tomado a iniciativa.
Elas voltaram a se aproximar, colando seus corpos. Beijaram-se com desejo e amor enquanto trocavam caricias. Eram beijos lentos, mas que faziam as duas ficarem quentes por dentro.
Dessa vez foi Asami quem tomou a iniciativa e elevou o nível. Beijou Korra mais profundamente tentando inserir a língua. Korra deu passagem ofegante, as línguas se enroscaram. Asami soltou um gemido abafado, e encerrou o beijo. As duas estavam ofegantes.
- Nossa... esse foi bem quente – Korra ainda podia sentir o gosto dos lábios de Asami nos seus.
- Mas é o mais quente que iremos chegar por hora – disse Asami em um tom faceiro dando um beijo carinhoso na bochecha da namorada.
Continuaram a beijaram-se, gemiam baixo e paravam apenas para respirar. Ficaram naquilo por um tempo, mas quando perceberam que estava ficando quente demais resolveram parar. Era melhor assim.
Ficaram quietinhas sentadas lado a lado. Ao invés de beijos trocavam palavras. As duas conversavam amenidades. Korra deitou a cabeça no colo de Asami que falava-lhe sobre seus projetos na sua empresa enquanto acariciava os cabelos de Korra.
- Quando os crimes de Varrick foram perdoados todos seus bens foram devolvidos. Agora ele divide o gerenciamento de sua empresa com Zhu Li, eles são sócios. E adivinha só? Estamos fazendo alguns projetos juntos, a minha empresa e a deles. Os negócios estão indo uma maravilha para todos nós.
Korra estava mais feliz com o carinho do que com as noticias, embora estivesse muito contente por causa de Varrick e Zhu Li. Asami havia prometido não falar de trabalho, mas os negócios era algo tão forte em sua vida que ela acabava tocando no assunto mesmo sem perceber.
Ficaram assim por muito tempo. O dourado do céu apagara-se. O crepúsculo dera lugar a vastidão da noite. Pouco a pouco as estrelas começaram a surgir, timidamente, no começo apenas algumas poucas, mas depois eram centenas.
-Já percebeu que as estrelas daqui não são como no mundo físico? – perguntou Asami olhando céu. Ainda acariciava o rosto de Korra deitada em seu colo.
Korra estava tão relaxada que nem entendeu direito a pergunta. Abrira os olhos sonolenta e deu um bocejo. Foi preciso que a pergunta fosse repetida para que ela pudesse responder.
- Nunca notei isso antes, mas não estou surpresa. Aqui é o mundo espiritual, é natural que as coisas sejam diferentes.
Asami concordou com um aceno positivo. Admirando o céu ela tentou achar ao menos uma constelação conhecida, mas as estrelas ali eram totalmente diferentes. Quando ela e Korra chegaram ali, Asami havia dito, meio que de brincadeira, que mapearia o mundo espiritual. Precisaria mapear as estrelas também.
Asami acabou deitando-se abraçada com Korra na grama mesmo, e naquela noite as duas dormiram ao relento. Fora uma das noites mais marcantes para elas. Quando Korra acordou o sol brilhava anunciando um novo dia, mas a visão de Asami ao seu lado era muito mais fascinante que qualquer sol ou mar de estrelas.
Durante o sono elas haviam se abraçado ainda mais. Korra sentia os seios de Asami apertando os seus. Os rostos estavam bem próximos, Korra beijou suavemente Asami, não se sentindo tão culpada quanto da outra vez por ter tocado-a dormindo, mesmo dormindo Asami esboçou um leve sorriso em reação ao beijo.
Estar aconchegada nos braços de Asami era tão bom que Korra não teve vontade de fazer qualquer coisa. Permaneceu abraçada ate que Asami acordasse. A morena abriu os olhos lentamente, piscou algumas vezes, havia acordado tão bem que demorou um pouco para perceber que estar ali com Korra era real e não um sonho.
- Bom dia – disse de uma forma manhosa e preguiçosa dando um beijo rápido em Korra.
- Acordando com você é impossível que meu dia não seja bom – respondeu Korra retribuindo o beijo e dando outro em seguida. Seria um longo dia, e elas iriam aproveitar cada minuto, juntas.
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