Fanfic: o passado do exercito dos sete | Tema: Inu yasha, Exercito dos sete
O exercito dos sete não tinham uma residência fixa, seria inútil e sem sentido. Como um grupo de assassinos procurado a única opção que restava a eles era viajar de cidade em cidade como nomades. Invadiam as casas dos homens mais ricos, se banqueteavam da comida de suas dispensas, desposavam as mulheres mais lindas do local e roubavam tudo que encontravam de valor.
Os mercenários caminhavam na direção do castelo de Sugikawa ansiosos pela luta e para cumprir mais um trabalho. Para infelicidade de Ginkotsu não havia cidade nenhuma no caminho do reino do norte. Tiveram que passar o dia caminhando por uma trilha em uma floresta, era um atalho, mas o local estava infestado de youkais. Os monstros obviamente não eram um problema. Os sete abriram caminho rapidamente matando todos os youkais que encontraram. Quando o crepúsculo chegou Bankotsu fincou sua alabarda no chão, a espada Banryu, uma arma ainda mais perigosa do que a espada serpente de seu irmão Jakotsu. Banryu significava dragão bárbaro, e o nome lhe caia bem. A espada era como um dragão indomável que só podia ser controlada por seu mestre, Bankotsu.
- Certo amigos vamos parar e descansar aqui! Amanha vamos nos banquetear com o sangue de Sugikawa e seus soldados!!!
Dito isso o assassino se sentou no chão e encostou-se apoiando na lamina grande e grossa de sua arma. Todos os demais se aconchegaram como puderam. Renkotsu ascendeu uma fogueira e bebeu vinho em um grande odre que trazia consigo todo o tempo. Mukotsu se isolou em seu minucioso trabalho de ervas e venenos. Havia levado da luta anterior com os youkais da floresta vários pedaços dos monstros aos quais os amassava, retirando seu sangue e seus órgãos vitais, colocava-os em pequenos potes e murmurava consigo mesmo sobre as propriedades magníficas daqueles órgãos e dos usos que faria deles.
Ginkotsu também se isolou em seus pensamentos, para ele o ataque ao castelo de Sugikawa não era nada de especial, apenas mais um trabalho comum para o exercito dos sete. Sabia das historias sobre esse famoso lord que protegia a sua fortaleza de forma implacável. Os aldeões diziam que os domínios de Sugikawa eram o segundo lugar mais seguro de todo o Japão, ate mais que a fortaleza dos exterminadores de youkais. O único lugar mais seguro do que aquela fortaleza pensou o gigante de metal é o consagrado monte Hakurei.
Ele já havia ido ao monte Hakurei, uma única vez, em um dos trabalhos do exercito dos sete. A visita ao monte ocorreu a quase um ano atrás, Suikotsu não pudera ir, pois sempre que ele se aproximava do monte o medico irritante aflorava em seu interior e nessas ocasiões não havia ninguém que o suportasse. Foram os outros seis então deixando o companheiro em uma aldeia um pouco distante do monte, o suficiente para que ele não fosse afetado por seu poder purificador. Estavam indo caçar um certo Kotoku Imimoto, um ronin, nome dado aos samurais que falham em proteger seus mestres e perambulam por todo o Japão sem rumo e sem objetivos, isso quando não praticavam o seppuku, o suicídio típicos dos samurais que o praticam sempre que perdem sua honra por completo.
Kotoku havia se isolado no monte Hakurei como forma de se purificar de seu pecado por não ter conseguido evitar a morte de seu senhor, falhando assim no único objetivo de sua vida. Era um samurai típico, extremamente leal que abdicara de sua própria vontade para viver de acordo com a vontade e os desejos de seu senhor. Ginkotsu não compreendia, e nunca iria compreender como alguém poderia se rebaixar a tanto, mas era um costume estúpido ao qual os samurais seguiam. Tudo isso por sua tão valiosa honra. Kotoku não era perigoso e quando os seis mercenários o encontraram, mais parecia um Buda meditando do que um samurai perigoso e vingativo, como o homem que os contratara para o serviço dissera que ele seria.
Quem pagara pela morte do samurai havia sido o lord que matara o senhor de Motoku, e, temendo que o samurai tentasse vingar a morte de seu senhor pagara em peso de ouro pela morte dele, exigindo a cabeça do samurai como prova. Eles o fizeram, sem nenhuma dificuldade ate. Motoku simplesmente ficou parado enquanto a lamina de serpente de Jakotsu decepou-lhe a cabeça.
Ginkotsu estava perdido naqueles pensamentos quando despertou coma voz animada de Bankotsu o chamando. Olhou para seus irmãos, todos estavam imersos em uma discussão divertida, bebiam vinho e comiam enquanto conversavam. Bankotsu jogou uma maça para Ginkotsu e repetiu sua pergunta.
- Então Gin o que acha que faltara para nós depois que acabarmos com o Sugikawa? Ele é o ultimo dos grandes lords do Japão. Quando morrer não haverá ninguém que represente alguma ameaça para nós. Não que ele represente, mas é isso que as pessoas pensam.
Pouco importa, sempre haverá homens para matarmos pensou. Não temia que tivesse que se aposentar do trabalho de mercenário algum dia.
- Por mim isso pouco importa - disse Suikotsu rindo como se lendo sua mente – eu mato quem aparecer na minha frente sendo pago ou não – lambeu as suas afiadas garras e riu mais uma vez.
- Ouvi falar de um youkai mestre em venenos – disse Mukotsu com sua voz baixa. O envenenador havia finalmente terminado seu trabalho e se juntava a discussão – não gosto da ideia de que exista alguém melhor do que eu, mas se houver algo que possa aprender com ele o farei e depois o matarei com meus venenos.
- Poderiamos viver em um castelo como reis! – brandiu o gigante Kyokotsu batendo com força no chão provocando um pequeno tremor de terra – viveríamos cercados de ouro!
Ao ouvir aquilo Renkotsu deu uma grande gargalhada o que deixou o gigante ainda mais furioso.
- Quer viver como um rei Kyokotsu? – disse entre risos dando mais um gole no seu vinho – acha que haveria uma coroa em todo o Japão que servisse nessa sua cabeça enorme?! – o assassino expeliu da boca uma grande rajada de fogo que atiçou e provocou ainda mais as chamas da fogueira, fazendo-as subirem ate um metro e meio de altura – um cão pode viver em um castelo Ginkotsu, mas mesmo assim não deixa de ser um cão!
Apesar de já ter bebido sozinho quatro odres de vinho Renkotsu continuava sóbrio. Ginkotsu bebera pouco, mas era tão irritadiço e impulsivo que não precisava de vinho para perder a cabeça. O gigante se levantou erguendo uma sombra colossal sobre os outros mercenários. Aquela imagem aterrorizava qualquer samurai, mas Renkotsu limitou-se a rir.
- Vou te dizer o que é realmente importante Ginkotsu, algo capaz de fazer milagres e... poderia ate mesmo transformar um brutamonte sem cérebro como você em rei.
Ginkotsu ergueu o braço pronto para desferir toda sua ira no seu irmão. Suikotsu sorriu esperando um banho de sangue e Jakotsu suspirou revirando os olhos entediado. A briga haveria mesmo se efetivado, mas para a sorte do gigante, pois Ginkotsu sabia que ele seria derrotado, o líder do grupo interveio.
- Espere Kyokotsu, quero saber o que é essa coisa que o Ren fala... – sorriu para o outro assassino – então me diga o que é isso Ren, talvez eu me interesse...
Todos os olhares se voltarem para Renkotsu. Ginkotsu também estava curioso, ate mesmo Mukotsu que não demonstrava interesse por nada, seja ouro, mulheres ou poder, interessando-se apenas por seus venenos, virou o rosto tentado para saber o que Renkotsu diria a seguir.
- Se chama Shikon no tama. Dizem que ela da um poder imenso a quem a possuir.
- Shikon no tama foi destruída a dez anos atrás, ninguém nunca mais ouviu falar dela... – respondeu Jakotsu, Renkotsu porem balançou a cabeça em uma negativa.
- Sim, mas essa não é toda historia... ouvi de um sarcedote uma vez que a Joia se foi juntamente com a alma da sarcedotisa e quando ela reencarna-se a joia retornaria também.
- Bem, se o que disse é verdade mesmo Ren, tudo que nos resta a fazer é esperar – Bankotsu se levantou retirando a sua espada do chão. Era enorme, mas ele a manuseava facilmente com apenas uma mão – agora chega de conversa, vamos seguir viagem, Banryu já descansou demais, ela anseia por um pouco de diversão, e eu também.
Os sete guerreiros deixaram a floresta. Faltava pouco ate chegarem ao castelo de Sugikawa. Provavelmente amanha cedo avistaremos as muralhas da fortaleza pensou o gigante de ferro. Que Sugikawa dormisse bem essa noite pois seria a ultima de sua vida.
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