Fanfics Brasil - Kyokotsu o passado do exercito dos sete

Fanfic: o passado do exercito dos sete | Tema: Inu yasha, Exercito dos sete


Capítulo: Kyokotsu

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Avistaram o castelo do lord Sugikawa Gimbei com os primeiros raios de sol. Era uma fortaleza gigantesca protegida com muros altos e grossos de oito metros de altura. Em todos os lados era possível ver as bandeiras azuis que representavam a família Gimbei. Nelas era retratado em tons escuros a imagem de um grande Oni abatido e fatigado, com varias flechas fincadas em seu corpo.  Estava estirado no chão semi-morto, e, em cima do grande monstro um herói brandindo uma longa lança a apontava para o céu em um ato glorioso de vitoria.


Ao olhar a bandeira Kyokotsu riu com deboche, um oni não era nada demais, já havia matado inúmeros com as próprias mãos, sem precisar da ajuda de ninguém, nem mesmo de armas.


- Que idiotas, se gabando porque mataram um oni... – disse Jakotsu com desinteresse como se lendo sua mente – eu mesmo já matei inúmeros deles e sem o menor esforço... eles são grandes, lentos e barulhentos.


- Para os Gimbei é um motivo de orgulho. Eles mataram um Oni que aterrorizava estas terras, quando aqui ainda era uma vila. Não sei se é verdade ou apenas uma lenda que inventaram para ganhar popularidade, mas conforme a historia um Oni que vivia nas montanhas descia de seu antro e vinha ate a vila matando dois, ou três camponeses toda lua cheia. Um dia, um samurai chamado Akiroko Gimbei subiu ate a montanha acompanhado de alguns outros guerreiros e assim matou o Oni cortando seus chifres e trazendo como prova. Desde então os Gimbei ganharam o direito de governar nessas terras – era Renkotsu quem narrava a historia, embora o mercenário não o fizesse com nenhuma emoção e nem parecesse acreditar nela. Como o mais inteligente dos sete era comum que soubesse muitas coisas, as vezes sua inteligência era muito útil, outras vezes porem de nada serviam. Ninguém ali estava interessado em como os Gimbei chegaram ao poder, o que os interessava contudo era faze-los chegar a ruína.


- Bela aula de historia Ren, talvez eu fale isso ao maldito do Sugikawa antes de cortar a cabeça dele! – Bankotsu riu e então deu a ordem que todos esperavam – vamos entrar nesse lugar e fazer o que viemos fazer.


Os sete avançaram sem se preocuparem em serem vistos. Quando os soldados que patrulhavam a muralha viram o grupo de assassinos se aproximando correram desesperados ascendendo as tochas que ficavam nas extremidades da muralha. Era o sinal que indicava invasores.


Não se passaram nem cinco minutos para que o exercito de Sugikawa se preparasse. Rapidamente dúzias de arqueiros se colocaram de prontidão nas muralhas com as setas preparadas e apontadas para os invasores. Um tenente mantinha a ordem com a mão levantada, esperando o momento certo para que seus subordinados disparassem as flechas.


- As flechas, as flechas... eles sempre começam com as flechas...- suspirou Jakotsu depois de passar os olhos pela fileira de samurais e constatar frustrado que não havia ali nenhum homem bonito que lhe despertasse algum interesse.


- Pare de resmungar Jakotsu! – Bankotsu girava sua Banryu animado pelo combate – cuide logo desses arqueiros sabe muito bem que é trabalho seu! Eu estou lhe dando a honra de iniciar o banho de sangue.


Jakotsu empunhou sua espada serpente sem o menor interesse nessa honra. Desferiu um golpe rápido. A lamina serpenteou no ar e com um único golpe ceifou quatro vidas, dentre elas a do tenente.


- Droga Jakotsu deixasse ele pro final eu queria mata-lo!! Quantas vezes tenho que te dizer isso?! – gritou Suikotsu, mas o assassino não lhe deu ouvidos e nem sequer se limitou a responder.


Mesmo com o comandante morto os arqueiros de lord Sugikawa não deixaram seu treinamento de lado, eram guerreiros experientes de inúmeras batalhas, muitas delas contra youkais. Os arqueiros fizeram mira e, mesmo sem o comando de seu tenente, dispararam todos ao mesmo tempo. Uma chuva de flechas negras eclipsou o céu. Jakotsu agitou novamente sua espada serpente, a lamina se desdobrou movendo-se em espirais cortando todas as flechas que estavam em seu caminho. Mas não se limitou a isso.


Continuando seu percurso a lamina avançou ate os arqueiros matando vários de uma vez só. Jakotsu atiçou a lamina, movendo-a para esquerda e parra direita e rapidamente tirou a vida de mais e mais inimigos.


Os arqueiros tentavam revidar, mas seus ataques eram sempre frustrados e nenhum deles conseguia se esquivar da lamina do tenente do exercito dos sete. Tinham experiência contra lanças e espadas comuns, mas nunca haviam enfrentado algo igual a uma espada flexível que se prolongava e movia-se como um serpente viva atrás de suas presas. Nunca haviam enfrentado algo assim em suas vidas, e todos que enfrentavam a espada serpente acabavam mortos. Sem exceções.


Uma grande explosão se fez ouvir e então o pesado portão de madeira, a única entrada para dentro da fortaleza de Sugikawa havia sido reduzida a uma imensidão de fragmentos. Explosivos eram a especialidade de Renkotsu e para ele não havia sido nada difícil levar o portão abaixo. O assassino nem sequer se mostrava orgulhoso ao ver o portão reduzido a nada, era um evento mais do que esperado. Nada resistia aos seus explosivos.


Com os arqueiros derrotados e a passagem livre se ia a principal e maior vantagem de lord Sugikawa. O exercito dos sete adentraram na fortaleza tranquilamente. Bankotsu a frente, mas o jovem assassino nem sequer se dera ao trabalho de lutar ainda. Sua alabarda estava apoiada sobre o ombro e ele andava tranquilamente admirando o interior da bela fortaleza.


Kyokotsu avançou com um sorriso no rosto tomando assim a dianteira. Aquele era o momento mais prazeroso das lutas. Um exercito inteiro de inimigos pela frente e ele e seus irmãos poderiam se divertir a vontade matando-os, sem pressa.


O gigante avançava, a cada passo a terra tremia aos seus pés e juntamente com ela os soldados inimigos. Hesitantes, um grupo de samurais apontavam suas lanças para Kyokotsu. Um deles gritou, tentando parecer intimidador.


- Afaste-se oni!! A linhagem Gimbei já matou um no passado, podemos repetir a façanha!!!


- Não sou um oni – Kyokotsu bateu com as costas da mão no soldado fazendo-o voar longe. Os outros recuaram, mas continuaram apontando suas lanças, trêmulos.


Para o gigante aquelas lutas não passavam de meras brincadeiras. Aqueles samurais eram todos iguais: se vestiam, iguais, usavam o mesmo penteado e ate mesmo suas reações eram as mesmas. Era como bater em soldadinhos de madeira. Kyokotsu agitou as mãos derrubando todos que se aproximavam. Estava tão entretido que nem percebeu uma ferroada em sua canela, ignorou-a, ate que a sensação se repetiu uma, duas, três vezes. Se virou irritado esperando encontrar uma abelha, mas o que viu era um samurai angustiado fincando a espada repetidas vezes no seu corpo. O gigante riu.


- Pensei que encontraria um inseto, mas não esperava que fosse um de duas pernas! – chutou o samurai longe e então se virou para seus inimigos que já começavam a correr. Kyokotsu pegou uma enorme pedra do chão e jogou na direção deles. Esmagou dois.


            Cada um a seu modo os integrantes do exercito dos sete faziam a sua chacina. Suikotsu avançava como uma besta furiosa trucidando todos que encontrava pela frente. Gunkotsu lançava discos laminados que cortavam seus alvos como se fossem feitos de papel. O corpo do gigante revestido com uma poderosa armadura nem sequer arranhava com as espadas e lanças que os samurais tentavam, inutilmente, ataca-lo. Renkotsu abria caminho cuspindo fogo como um dragão. Todos corriam apavorados de suas chamas, mas não corriam muito. Logo eram aprisionados pelas linhas do assassino que queimava-as com suas chamas matando-os rapidamente. Jakotsu continuava a agitar sua espada serpente, e toda vez que o fazia, varias cabeças rolavam, separadas de seus corpos. Bankotsu caminhava tranquilamente no campo de batalha. A cada golpe de sua Banryu, três, quatro ou ate mesmo cinco samurais caiam mortos de uma vez, com os corpos completamente destroçados. Não havia espada que não quebrasse ao primeiro contado com a alabarda, nem escudo que resistisse ao seu toque. As armaduras de nada serviam e se tornavam mais uma inimiga do que uma aliada dos samurais, lhes restringiam os movimentos, e a função defensiva que deveriam atribuir era completamente anulada frente a espada do jovem assassino.


De todos os membros do exercito dos sete Kyokotsu não conseguiu localizar apenas o envenenador. Mas Kyokotsu era um gigante, tão grande que faria um homem alto e forte chegar apenas a sua cintura. Mukotsu era um anão atarracado. Talvez ele ate tivesse acabado pisando no envenenador por engano, era tão pequeno que poderia telo confundido com uma raposa, um cabrito ou algo do gênero.


Não demorou muito ate que todos os samurais foram derrotados. A cidade que Sugikawa protegera tão bem em toda sua vida e a erguera e fortificara durante seus trinta anos de reinado fora destruída em apenas uma tarde pelo exercito dos sete. Muitas das casas estavam destruídas e o chão coberto de corpos, sangue e armas destroçadas. Tudo que restava em pé era o grande palácio onde Sugikawa e sua família moravam. Era a ultima resistência, uma grande mansão branca e vermelha que ostentava em seu alto a bandeira azul da família Gimbei.


- Devem ter deixado os melhores soldados ai dentro – Suikotsu lambia o sangue de suas garras. Havia matado mais em um dia do que muitos samurais em sua vida inteira, mas mesmo assim sua sede de sangue não estava saciada.


- Tivemos a entrada, agora vira o prato principal! – Bankotsu se aproximou da grande porta do palácio que se mantinha selada. Foi preciso apenas um golpe de sua Banryu para destruí-la.


O mercenário porem teve que recuar, como todos ali. Uma densa nuvem esverdeada de veneno saiu da entrada do palácio. O interior do local estava coberto de neblina venenosa. Tudo que conseguiram ver foi um pequeno vulto que se virou para eles.


- Como são lentos... – apesar do miasma mortal Mukotsu respirava tranquilamente. Os assassinos se afastaram da entrada do palacio deixando que o veneno se dissipa-se ao ar livre. O envenenador caminhou ate eles com seus passos miúdos – mesmo estando os seis juntos ainda fui mais rápido e tive que sentar e esperar que viessem...


Suikotsu fez uma expressão irritada, ao ver, com a nuvem de veneno se dissipando aos poucos, que todos os soldados do palácio estavam mortos. Ate mesmo Bankotsu estava furioso. Renkotsu porem se mostrou indiferente e apenas comentou ao ver o envenenador sair da nuvem de miasma e se juntar a eles.


- Aproveitou-se que eles estavam trancados aqui e liberou seu veneno... inteligente. Em um ambiente fechado ele não se dissipou no ar.


O envenenador olhou com um leve interesse para seu irmão.


- Eles achavam que essas paredes o protegeriam, mas ao contrario foram o motivo de suas mortes. Mas não se irritem, eu liberei meu veneno apenas no primeiro andar do castelo, os que estão no andar superior não foram envenenados... deixei-os para vocês já que se importam tanto em matar o líder – deu de ombros – meus venenos são justos, não distinguem raça, crença ou posição social, mata a todos igualmente...


Tiveram que esperar alguns minutos para que todo o veneno se dissipa-se. Quando isso aconteceu Bankotsu entrou no palácio seguido por seus irmãos. Era a hora de pegarem a cabeça de Sugikawa como premio.



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Bankotsu seguia em frente quando os sete assassinos entraram no palácio. O chão estava repleto dos corpos dos soldados caídos os melhores homens de Sugikawa, mortos sem nem sequer moverem um dedo contra seu assassino pensou Mukotsu com orgulho. Este sentimento não era por causa das mortes que causara em si, mas sim pela eficácia incontest&a ...


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