Fanfics Brasil - Mukotsu o passado do exercito dos sete

Fanfic: o passado do exercito dos sete | Tema: Inu yasha, Exercito dos sete


Capítulo: Mukotsu

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Bankotsu seguia em frente quando os sete assassinos entraram no palácio. O chão estava repleto dos corpos dos soldados caídos os melhores homens de Sugikawa, mortos sem nem sequer moverem um dedo contra seu assassino pensou Mukotsu com orgulho. Este sentimento não era por causa das mortes que causara em si, mas sim pela eficácia incontestável dos seus venenos. O veneno que usara não tinha ingredientes muito difíceis de se achar, muito pelo contrario a maioria deles existiam em relativa abundancia em todo o solo japonês, mas nem por isso o veneno fabricado era fácil de se obter.


Mukotsu o havia desenvolvido sozinho. A quantidade certa de cada ingrediente e como eles deveriam ser colocados eram segredos que apenas ele sabia. Era um veneno poderosíssimo e o assassino o batizara de fogo gelado. A razão do nome era porque ele agia semelhante ao fogo, ao se infiltrar no corpo de inimigo, mesmo que em pequenas quantidades se espalhava como um incêndio que nasce a partir de uma inofensiva brasa. O veneno não causava dor, mas tornava os músculos dormentes. Em questão de segundos paralisava todo o corpo, e, quando chegava ao coração reduzia o ritmo dos batimentos cardíacos ate matar suas vitimas pela circulação deficiente de sangue no corpo.


O grupo continuou seguindo. Subiram a escadaria para o segundo andar e então os corpos foram deixados para trás. Ali não haviam mortos, ainda, mas isso era apenas questão de tempo.


O interior do palácio de Sugikawa Gimbei era decorado com lindas tapeçarias, estatuas de bronze e jade e alguns vasos valiosos pintados por grandes artistas. Renkotsu olhava para tudo com interesse, as vezes saqueando algum objeto de valor, Mukotsu passou o olhar pelas tapeçarias, mas sem nenhum interesse e então continuou a seguir em frente.


Não precisaram andar muito para encontrar lord Sugikawa. Ele estava na frente da porta de seu quarto real, ao qual estava trancado. Trajava uma armadura vermelha com desenhos de dragões dourados dançando sobre sua superfície. Estava em guarda, como um samurai, o olhar serio e determinado no rosto era inabalável. Observando-o Mukotsu percebeu que ele era muito alto, embora, para ele qualquer um poderia ser considerado alto. A barba e os cabelos negros estavam perfeitamente penteados como se ele houvesse se preparado para aquele momento a vida inteira. E talvez tivesse mesmo. Na mão direita segurava uma longa lança, maior ate mesmo que ele próprio, tinha o cabo negro, com a cabeça de uma serpente esculpida em jade na ponta. Os olhos da criatura eram dois rubis escarlates e de sua boca aberta saia a lamina da arma de sessenta centímetros de cumprimento.


O lord bateu com força a extremidade não laminada da lança no chão provocando um forte estrondo que ecoou por todo o palácio. Quando falou sua voz foi tão firme e forte quanto o estrondo que provocara.


- Daqui não passaram assassinos!! – bateu mais uma vez com força a lança no chão - eu Sugikawa Gimbei, sétimo na linhagem de lords da família GImbei não os permito!!


Diante daquelas palavras tudo que Bankotsu fez foi rir. O líder do exercito dos sete ergueu a sua imponente Banryu apontando-a na direção de seu adversário.


- Permissão? Nunca precisamos disso velho. Acha que pode fazer algo com essa lança?! pffff... minha Banryu já destruiu armas melhores do que essa.


- E você é mesmo estúpido não...? Somos sete aqui, como espera nós vencer? – disse Jakotsu com sua espada da serpente abaixada. Era preciso, porem, apenas um segundo para que ela se estendesse percorrendo o ar e cortasse a cabeça do senhor do castelo – e saiba que qualquer um de nós, sozinho, pode dar conta de você.


Gimbei não se deixou intimidar. Ou era louco ou estúpido. Não fazia diferença. Em breve haveria menos um louco ou um estúpido no mundo. Sugikawa apontou a lança para seus adversários, encarando-os ferozmente.


- Pois se acham isso façamos um trato. Lutarei contra um de vocês, e se vencer prometam-me que partirão sem mais tirar uma única vida.


- Não Esta em condições de fazer tratos maldito, mas se é tão insolente ao ponto de falar tais besteiras eu mesmo acabo com você seu... – Renkotsu se preparou para atacar, mas Bankotsu o deteve com um gesto.


- Espere Ren, isso parece divertido. É bom variarmos nas matanças de vez em quando não? – riu e voltou a olhar para Sugikawa – ok, aceitamos seu desafio, embora repito o que Jakotsu disse: qualquer um de nós sozinho pode mata-lo.


Ao ouvir isso a expressão de Gimbei suavizou, mas ele não estava completamente tranquilo. Olhou demoradamente para cada um dos integrantes do exercito dos sete. Procurava identificar seus estilos de luta, suas fraquezas e assim descobrir qual deles seria mais vantajoso enfrentar.


- Vamos velho escolha logo! – disse Bankotsu já impaciente – não importa quem escolha, seu destino será a morte. O que você escolhera na verdade é a forma de como ira morrer: esmagado, cortado, queimado, envenenado... qual opção lhe é mais atraente?


Hesitante Sugikawa não conseguiu decidir de imediato. Estava calado e começava a suar frio. Aquela era a decisão mais importante de toda a sua vida, e se a fizesse errado seria também a ultima.


- Eu escolho ele como meu adversário! – gritou apontando a lança para Suikotsu. O assassino não podia ficar mais feliz com a escolha.


Os outros deram espaço e Suikotsu se adiantou ficando na frente de todos. Ficou em guarda expondo suas garras como uma fera selvagem. Sugikawa não se deixou intimidar e assumiu a postura de combate, segurava a lança com as duas mãos, seus joelhos levemente flexionados. Os olhos fixos em seu adversário.


O assassino foi o primeiro a atacar. Avançou pronto para matar seu inimigo em uma única investida, mas Gimbei não se deixou abater facilmente. Aproveitando-se da vantagem de sua arma ele manteve distancia, espetando o inimigo com golpes rápidos, obrigando assim ao assassino se manter distante. Ficaram assim por alguns instantes, em uma dança calculada aonde um passo em falso seria letal. Suikotsu era impetuoso e feroz, não gostava de lutar na defensiva, e, irritado, acabou deixando a guarda baixa.


Sugikawa aproveitou-se da oportunidade colocando toda sua força em um golpe visando o coração do mercenário. Suikotsu bloqueou a lamina com suas garras a centímetros dela perfura-lhe o peito. O impacto foi tão forte que acabou recuando dois passos.


- O que é isso Sui esta perdendo para um velho?! – provocou Bankotsu deixando seu companheiro ainda mais furioso – se você morrer teremos que colocar esse velho rabugento no exercito dos sete em seu lugar!!


- Cale-se maldito!! Esse covarde só sabe se esconder!! – grunhiu de volta.


Sugikawa atacou novamente. A lamina da lança visou o coração de seu adversário, mas este conseguiu evitar um golpe letal, o ataque de Gimbei, porem, não foi infrutífero. A lança perfurou o ombro esquerdo de Suikotsu a apenas alguns centímetros do coração.


O assassino urrou de dor. Com um gesto rápido conseguiu segurar a haste da lança de Sugikawa com uma mão, enquanto com a outra desferiu um golpe potente partindo a arma no meio.


Sugikawa recuou aterrorizado, sem sua lança estava completamente vulnerável. Suikotsu riu, uma risada diabólica. Sua mão foi ate o ferimento e depois a própria boca.


- Fazia tempo que alguém não me feria – lambeu o próprio sangue – mas esse foi seu erro velho. Se fosse me matar deveria ter feito com o primeiro ataque. Depois que sinto o gosto da dor e vejo meu próprio sangue jorrar hauahua... isso faz com que o medico idiota se acovarde e você poderá conhecer o verdadeiro Suikotsu, o demônio do exercito dos sete!!


            O assassino avançou como um raio na direção de seu inimigo. Sugikawa ainda puxou uma adaga oculta que trazia em sua armadura e tentou se defender, mas foi inútil. As garras do assassino perfuraram o pescoço e o coração de lord Sugikawa Gimbei. A luz da vida abandonou seus olhos e assim desmoronou o sétimo lord da família Gimbei.


            - Ele te deu uma bela surra! – Bankotsu sorriu indo se juntar ao amigo.


            Suikotsu limpou uma mancha de sangue de seu rosto e falou olhando com indiferença para o corpo de seu adversário.


            - Deu um pouco de trabalho, mas no final foi uma decepção total como os outros. Apenas mais um fraco.


            Havia apenas o grande aposento de Sugikawa a frente deles. Estava selado, mas pouco importava. Se o lord quisesse impedi-los de entrar ele que voltasse do mundo dos mortos para tentar dete-los. Se o fizesse poderia escolher uma nova forma de morrer. Ainda lhe restavam seis opções.


            Bankotsu entrou chutando a porta. Todos ali esperavam encontrar pilhas e pilhas de tesouros, algo que Sugikawa tentava proteger com a própria vida, Mas o quarto estava vazio. Completamente vazio.


            - Tem algo aqui – afirmou Renkotsu percorrendo os olhos pelo aposento –  Gimbei tentou esconder, mas certamente tem.


            Os sete se puseram a procurar. Não demorou muito ate que Jakotsu encontrou um piso falso que ao ser removido revelou um pequeno espaço apertado aonde uma garota se escondia encolhida. A menina tinha um aspecto frágil e debilitado. Usava um kimono rosa claro com desenhos de cerejeiras. Os cabelos negros estavam presos em um coque. Ela dormia, e sua respiração era pesada e ofegante.


            - Uma menina... – disse Jakotsu se ajoelhando ao lado da garota com uma mistura de surpresa e decepção. Era claro que ele preferia encontrar uma surpresa De sexo diferente ali – ela parece meio mal, Mukotsu você a envenenou também?


            A pergunta soou como uma ofensa. Mukotsu se aproximou olhando com desdém para a menina. Parecia tão pequena e frágil que poderia morrer sem que ninguém ali movesse um dedo.


            - Se eu a tivesse envenenando – disse o envenenador secamente – ela estaria morta.


            Todos os sete assassinos se reuniram ao redor da garota. Era uma criatura minúscula e frágil. Renkotsu a observou por algum tempo ate enfim concluir.


            - Ouvi rumores de que Sugikawa tinha uma filha, mas por ser mulher e muito doente nunca chegaria a dar continuidade a linhagem.


            - Se a garota vai morrer com essa doença faremos um favor mandando-a para o outro mundo rapidamente enquanto dorme. Ainda iremos poupa-la de saber da morte do pai – disse Suikotsu. O assassino ergueu o braço para desferir o golpe de misericórdia, mas mais uma vez foi interferido por Bankotsu.


            O líder do exercito dos sete tinha uma expressão seria, o que era extremamente raro. Balançou a cabeça lentamente em uma negativa.


            - Somos assassinos e mercenários, mas ate nós temos honra. Não ganharemos nada matando uma menina doente. Não a gloria nisso.


            - Verdade, e ate que ela é fofa – Jakotsu apertou a bochecha da garota animadamente ela gemeu de forma inocente em seu sono – é tão divertida!


            Bankotsu deu uma forte risada. Renkotsu porem desaprovava tudo isso. O assassino olhou a cena com indiferença.


            - Na verdade Bankotsu ganharemos algo sim matando a menina. Quem nos contratou disse que deveríamos matar Sugikawa e acabar com sua fortaleza...


            - Mas não falaram nada em matar sua filha – retrucou Bankotsu, cortando-o.


            Renkotsu ficou rígido de raiva, mas não se deu por vencido. Insistiu mais uma vez em dar cabo da menina.


            - Podem não ter falando nada a respeito, mas esta subentendido.


            - Pois se eles quiserem dizer algo que digam direito! – retrucou dando um ponto final a discussão – a garota vive. Mukotsu pode cuidar dela?


            - Sou um envenenador, não um curandeiro – respondeu secamente evitando a pergunta.


            - Se sabe criar venenos, sabe criar remédios. Agora cure a menina de uma vez.


            Mukotsu odiava ter que ser lembrado de seu lado “curandeiro” mas as palavras do líder eram verdade. Quando se aprender a criar venenos aprende-se também a criar remédios. Mukotsu se aproximou da menina tocando em seu rosto. Mediu sua temperatura e tirou sua pulsação. Era impossível tratar alguém assim, precisava saber o que ela tinha. Um exame serio levaria dias e ele não tinha todo esse tempo pata gastar com uma estranha qualquer.


            - Renkotsu disse que ouviu historias dessa garota... sabe que doença ela tem...? – perguntou terminando o rápido exame.


O assassino ainda estava irritado com o rumo que aquela situação havia tomado. Ainda achava que o melhor era matar a menina, mas mesmo assim respondeu a contragosto.


- Ela tem febre do sul... é o que dizem...


Mukotsu conhecia a doença, e para a sorte daquela menina, também a sua cura. Retirou da cesta que trazia nas costas vários potes com venenos e ingredientes diversos e se preparou para trabalhar.


- Saiam todos, preciso de concentração para trabalhar.


Todos saíram. Para onde foram e o que resolveram fazer Mukotsu não tinha o interesse em saber. Focou seu olhar na garota... era hora de trabalhar. A febre do sul, esse era um nome errado, mas que havia se popularizado entre os aldeões e ate pessoas instruídas. Aquele mal porem, não era uma febre, isso era algo que pouquíssimas pessoas sabiam. Fraquezas constante, cansaço, falta de energia, e claro, as febres ocasionais. Esses sintomas eram causados por um youkai, Shinku. Era um ser minúsculo, do tamanho de um grão de areia. Parasitava o corpo das pessoas e retirava suas energias e suas forças. A criatura podia matar seu hospedeiro, mas isso só iria prejudica-la. Shinku se contentava em viver das forças do ser que parasitava. Drenava cada grama de sua energia, e essa maldição só terminava com a morte do hospedeiro ou... com a morte do parasita.


Mukotsu retirou de um pote um veneno muito especial que trazia consigo. Era feito especialmente contra youkais, e não causava dano algum aos humanos. O envenenador injetou a substancia no corpo da menina e então esperou...


Não havia mais nada para ser feito, apenas esperar que a garota acordasse. Mukotsu se levantou, saiu do quarto e foi encontrar seus companheiros. Havia feito o que devia fazer. Salvara uma vida. Essa era uma ação que não costumava fazer... esperava que não acabasse se tornando um habito.



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Mukotsu havia dito que era preciso “apenas esperar”, mas se tinha uma coisa que Bankotsu odiava fazer, era justamente esperar. Sempre fora uma pessoa de ação, não era do tipo que sentava e planejava. Não era como Mukotsu que demorava horas e horas apenas para produzir um veneno especialmente refinado e poderoso. Também nã ...


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