Fanfics Brasil - Jakotsu o passado do exercito dos sete

Fanfic: o passado do exercito dos sete | Tema: Inu yasha, Exercito dos sete


Capítulo: Jakotsu

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Com a derrota de Sugikawa o exercito dos sete estava praticamente desempregado. Não havia mais grandes senhores feudais a serem derrotados e a maioria deles temia qualquer envolvimento com eles. O grupo de assassinos errou de um lado para o outro, entre vilas, florestas e montanhas, sem porem parar em qualquer lugar em especial.


Em uma tarde, uma semana depois do ataque ao castelo de Sugikawa, o exercito dos sete se reunira em uma floresta. Era um raro momento de folga para eles que viviam praticamente o tempo todo no calor da batalha. Renkotsu que estava calado a um bom tempo, se levantou.


- Não podemos mais ficar aqui parados. Irei procurar algum trabalho para nós. Conheço alguns lords que podem nos pagar bem e ainda tem coragem de ter algo conosco.


Renkotsu era tão serio, Jakotsu sempre achou que ele deveria se divertir mais. Estava gostando daquelas rápidas férias. Ate assassinos precisaram de uma pausa de vez em quando.


- Esqueça isso por um momento Renkotsu, vamos nos divertir um pouco como pessoas normais. Veja o dia esta tão lindo... acho que em um dia assim é ate pecado matar – retrucou.


- E desde quando nos preocupamos em sermos pecadores Jakotsu? – respondeu o assassino secamente – estamos a tempo demais parados. A pólvora de Ginkotsu vai estragar de ficar tanto tempo sem ser usada.


O gigante de ferro deu uma risada em confirmação. Aquilo já seria o inicio de mais uma longa discussão, mas Bankotsu como o líder tomou a palavra.


- Bem, bem... entendo o que o Renkotsu quer dizer, precisamos mesmo de um trabalho, minha Banryu esta ficando ansiosa por sangue. Esta faminta na verdade... – deu dois tapinhas na lamina da espada - mas acho que umas rápidas férias não fazem mal a ninguém. Faremos o seguinte. Ren você procura um trabalho para nós e volta daqui a uma semana neste mesmo lugar. Enquanto isso cada um de nos faz o que quiser seja matar ou descansar.


A proposta foi aceita por todos. E cada um começou a rumar para o seu destino. Jakotsu deu as costas a todos e se preparou para ir mas sentiu uma tapa nas costas que o fez se virar. Era Bankotsu.


- Vamos dar uma volta Jakotsu, eu queria uma companhia mesmo e você é minha melhor escolha.


- Irmão Bankotsu eu gosto muito de você mas... bem... você não faz meu tipo – respondeu com um suspiro; Apesar de Bankotsu ser bonito não conseguia se imaginar tendo esse tipo de relação com ele.


- Ahn? Você e suas esquisitices Jakotsu... claro que eu não estava pensando nisso. Eu gosto de mulheres como qualquer homem normal. Você que tem esse jeito estranho.


Os dois riram juntos e seguiram sozinhos. Jakotsu não tinha nenhum rumo definido, mas seu irmão disse que desejava ir as montanha, pois tinha algo a fazer lá. Sendo assim os dois seguiram viagem.


 


Foi preciso dois dias inteiros de caminhada ao norte para finalmente chegarem ao pé da montanha. Era uma montanha gigantesca, quase tão grande quanto o monte Hakurei. Uma grossa neblina circulava ao seu redor dando a ela um ar fantasmagórico e sobrenatural. Não que isso assustasse a algum dos dois.


- Cruzes que lugar mais sem graça e abandonado – reclamou - porque você quis vir para cá Bankotsu? O que tem de tão especial nessa montanha? Algo me diz que este lugar esta repleto de youkais...


Bankotsu apenas riu fitando o cume da montanha que se portava majestosa e imponente frente aos dois assassinos, como se os provocando a adentra-la.


- Não se preocupe Jakotsu, não tem um monte de youlais ai... tem apenas um. Um muito antigo...


Jakotsu não entendeu nada daquilo. Odiava quando seu irmão deixava aquelas frases enigmáticas pela metade. O líder do exercito dos sete seguiu em direção a montanha e Jakotsu foi junto. Afinal que outra escolha ele tinha?


Se a montanha já era suficientemente esquisita vista ao pé do monte, adentra-la só aumentava ainda mais essa sensação. A neblina estava presente em todos os lugares, envolvendo-os por completo. Era impossível ver qualquer coisa a mais de um metro de distancia e tudo que se podia ouvir era o suave farfalhar do vento. Ate mesmo os cheiros pareciam se apagar e desvanecer naquele lugar macabro. Depois de um longo tempo de caminhada Jakotsu não resistiu a curiosidade e por fim perguntou.


- Bankotsu o que tem nessa maldita montanha? Ela me da calafrios de tão esquisita...


- Já disse. Aqui vive um youkai muito antigo... um que eu conheci a muito tempo atrás.


- Isso não respondeu nada... – respondeu de forma ranzinza – você conheceu um monte de youkais, o que me impressiona é que esse não tenha acabado morto como a maioria.


- Quando o virmos você vai entender porque eu não o matei Jakotsu, agora pare de tagarelar e continue a andar ou se não eu te deixo para trás!


Jakotsu não parou de tagarelar, apenas continuou a fazer isso em pensamento. Bankotsu estava agindo estranhamente desde de que começara aquela viagem a te a montanha. Estava ansioso de uma forma diferente do que a habitual. Normalmente ficava assim apenas pelas lutas, mas ele estava calmo demais para se tratar de uma luta.


Os dois continuaram a andar. A trilha na montanha esfriava cada vez mais enquanto eles subiam. A neblina também ficava mais forte. Um som diferente começou a soar. Uma fraca lufada de ar que se repetia constantemente como o tocar de um sino. Quanto mais subiam o som do vento ia ficando mais forte.


Jakotsu tropeçou em alguma coisa e quase caiu no chão. Olhou irritado esperando encontrar uma pedra, mas para sua surpresa havia esbarrado em um crânio humano. Era antigo e deveria estar ali a muito tempo. Pequenas lascas de gelo se formavam ao seu redor, cobrindo-o sutilmente.


- Mas que droga é essa?! – chutou a caveira que rolou e se perdeu no denso nevoeiro – odeio essas caveiras porque ficam aqui no chão?! Deveriam ir para o outro mundo junto com a alma dos que morreram assim eu não precisaria me preocupar em ficar tropeçando nelas!


- Calma Jakotsu, se você começar a reclamar assim toda vez que tropeçar em uma caveira então não ira fechar essa maldita boca a viagem inteira. Daqui pra frente as coisas só irão piorar. Haverão mais ossos nessa montanha do que gotas d´água no oceano.


E infelizmente Bankotsu estavam com toda a razão. Quanto mais seguiam mais esbarravam em ossos de todos as espécies. Pelas vestes Jakotsu reconheceu em sua grande maioria samurais que se moviam em grandiosos exércitos, mas havia também outros. Encontrou aqui e ali um monge e ate mesmo uma sarcedotisa muito tempo depois. Um esqueleto em especial chamou a atenção do assassino. Ele usava roupas negras coladas ao corpo, com ombreiras e uma estranha mascara que lhe cobria a boca. Ao lado do cadáver repousava quase que completamente congelada uma estranha arma. Parecia uma grande foice feita de ossos. Ao perceber que olhava para ela Bankotsu comentou.


- Ah, é um membro dos exterminadores de youkais... embora tenha sido ele que foi exterminado – riu – como disse o youkai que vive aqui é muito antigo, muitos já tentaram mata-lo, mas como pode ver pelos ossos no chão ninguém conseguiu.


- Bem, esses samurais não servem de nada mesmo. São fracos mesmo estando em grande numero. Quanto aos exterminadores... eles ate tem um certo nível.


Banokotsu deu de ombros.


- Um exterminador não pode com esse youkai, nem o clã inteiro deles poderia.


- Mas se esse youkai é tão forte assim não seria melhor termos vindo aqui os sete? – perguntou curioso – nos dois somos os mais fortes dentre eles, mas isso não quer dizer que não precisamos de ajuda. Quando estamos unidos não existe inimigo que possa conosco seja humano ou youkai.


- Mesmo que nós sete estivéssemos aqui Jakotsu seriamos exterminados do mesmo jeito! Você esta entendendo tudo errado, não viemos lutar contra ele... viemos apenas conversar - fincou sua Banryu no chão e gritou alto, fazendo sua voz ecoar por toda a montanha – ouviu isso Shiroryu seu preguiçoso!!!


Atendendo ao seu chamado um vulto imenso se moveu saindo da cortina de neblina que o cobria. Jakotsu já havia visto muita coisa, mas nenhum como o gigantesco dragão branco que surgia diante dos dois. Era uma criatura imensa, seu corpo alongado como o de uma serpente se enroscava no cume da montanha. Os olhos eram de um azul anil como o céu, sem pupilas. O dragão, Shiroryu, abriu a boca exalando uma rajada de neblina. Jakotsu percebeu abismado que o som que ouvia repetidas vezes não era simplesmente um deslocamento de ar, como pensara anteriormente. Era na verdade a respiração do dragão.


- Bankotsu... o que quer agora? Mal saiu depois de levar o que lhe dei e já volta querendo mais...? Humanos são insolentes, e gananciosos... e você esta acima de todos eles...


Quando o youkai falava toda a montanha tremia. A criatura era tão grande que era difícil ate mesmo imaginar o seu tamanho. Jakotsu via a cabeça e o corpo do dragão enrolado em espirais, mas se ele se erguesse se mostraria ainda maiorm revelando todo o seu tamanho.


- Mal sai?! Essa sua cabeça deve ter congelado mesmo Shiroryu. A ultima vez que vim aqui foi a quatro anos. Veja – Bankotsu ergueu Banryu apontando-a para o imenso dragão – aqui esta a espada que fiz com o dente que você me deu!!!


O dragão aproximou seu enorme rosto da espada, analisando-a minuciosamente. Quando abriu a boca para falar novamente uma rajada de ar frio atingiu a ambos. Jakotsu se cobriu tremendo. Ele odiava o frio.


- Hmmmm... verdade.... – respondeu o dragão com sua voz grave e imponente – se passaram quatro anos então? Isso é apenas um piscar de olhos para um deus-dragão... essa espada, foi feita por um ótimo ferreiro. Quem a forjou? Toutousai...?


Bankotsu recolheu sua espada com uma expressão irritada.Colocando-a novamente apoiada ao seu ombro.


- Não, aquele velho maldito é muito cheio de frescuras... disse que jamais forjaria uma espada para um mercenário como eu, mas apesar disso aquele velho se sentiu pesaroso por isso. Parecia estar bem tentado a forjar uma arma com uma presa sua.


- Então... quem forjou a arma...?


- Um discípulo dele... esqueci o nome... era uma criatura irritante, mas sabia bem como fazer uma boa espada!


O dragão concordou com um lento aceno com a cabeça. Jakotsu não entendia como seu irmão conseguia conversar com tanta naturalidade com aquele youkai. Se fosse ele teria saído correndo ao velo.


- Que nome deu a espada...? – perguntou o dragão exalando mais uma lufada de neblina;


- Ah! Banryu, significa dragão bárbaro.


- Um belo nome... bem... porque veio aqui então...?


Bankotsu sorriu orgulhoso.


- Apenas para mostrar como ficou a espada a você e também... – olhou para Jakotsu – para mostrar ao Jakotsu como foi feita minha espada, ele havia me perguntando a respeito algumas vezes.


- Verdade, mas jamais imaginária que ela fosse feita do dente de um deus-dragão – disse surpreso e com uma certa inveja. Perto daquilo sua espada serpente começou a lhe parecer um tanto insignificante – é uma otima espada...


- Entendo... agora vá, você interrompeu meu sono... preciso dormir... – dito isso o dragão voltou a se enrolar completamente no cume da montanha e soprou uma enorme quantidade neblina de sua boca fazendo tudo ao redor sumir em branco.


Os dois ainda ficaram olhando para a neblina em sua frente. Jakotsu estava surpreso por haver um youkai tão poderoso. Havia ouvido falar de youkais-deuses, mas esses eram raríssimos. Haviam cerca de apenas uma dúzia deles em todo o Japão. A dama do lago era uma, o deus raposa outro. Todos eram muito poderosos e vivam em lugares diferentes ocupando-se de seus próprios negócios.


- Vamos Jakotsu – disse Bankotsu dando meio-volta – não a mais nada para fazermos nessa montanha... e essa neblina já esta em deixando irritado.


Jakotsu seguiu o seu irmão e juntos eles deixaram a morada do deus-dragão Shiroryu.



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Renkotsu acabara de voltar a floresta cumprindo rigorosamente o prazo de uma semana de Bankotsu. Todos os seus irmãos já estavam reunidos ali. Pelas suas expressões havia aproveitado bastante suas “ferias”. - Então Renkotsu encontrou mesmo um trabalho para nós? – perguntou seu irmão Bankotsu com um sorriso confiant ...


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