Fanfics Brasil - Renkotsu o passado do exercito dos sete

Fanfic: o passado do exercito dos sete | Tema: Inu yasha, Exercito dos sete


Capítulo: Renkotsu

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Renkotsu acabara de voltar a floresta cumprindo rigorosamente o prazo de uma semana de Bankotsu. Todos os seus irmãos já estavam reunidos ali. Pelas suas expressões havia aproveitado bastante suas “ferias”.


- Então Renkotsu encontrou mesmo um trabalho para nós? – perguntou seu irmão Bankotsu com um sorriso confiante no rosto. Renkotsu já estava cansado daquele jeito exibido de seu irmão. É apenas um moleque e temos que obedecer aos caprichos dele! Algo deveria ser feito em relação a isso, e ele já havia preparado tudo para resolver esse problema.


- Sim Bankotsu, encontrei um trabalho para nós – respondeu sorrindo – não será difícil e o ouro oferecido é um ótimo estimulo. Metade agora, metade depois de feito!


O gigante Kyokotsu o fitou com interesse. Seus olhos sempre brilhavam com prazer quando o assunto era ouro.


- E aonde esta essa metade adiantada irmão?! – o gigante se aproximou fazendo a terra tremer aos seus passos – muito ouro? Eu Kyokotsu quero ver com meus próprios olhos!


Aquele era um pedido fácil de se realizar. Renkotsu jogou no chão o grande saco que trazia nas costas. Ele caiu se abrindo e revelando uma quantidade exorbitante de moedas de ouro e pedras preciosas. Haviam também alguns colares, adagas e pequenas estatuas de ouro, prata ou bronze.


Todos se ajuntaram diante do ouro. Era uma quantidade enorme. Grande ate demais para qualquer um dos lord feudais do Japão ter um sua posse. Renkotsu porem já havia planejado tudo. Aquele ouro realmente não poderia vir de nenhum dos lord. Ninguém tinha concentrado tanto ouro. A ultima pessoa capaz disso era o Sugikawa Gimbei, mas esse morrera pelas mãos de Suikotsu. Sua fortuna fora completamente saqueada.


A verdade era que aquele ouro realmente não havia vindo de um senhor feudal, mas de vários deles. Secretamente Renkotsu combinara com eles uma emboscada. Fingiria um trabalho, e levaria seus irmãos para uma armadilha aonde todos os lords restantes do Japão concentrariam suas forças em uma investida final contra o exercito dos sete. Para convencer seus irmãos era preciso de muito ouro e isso só havia sido conseguido com a cooperação dos lords. A parte da historia de que aquela era apenas a metade do pagamento  também era mentira, apenas um incentivo ainda maior para que aceitassem o trabalho.


Alguns poderiam chamar Renkotsu de traidor, mas o assassino pouco se importava. Não iria continuar vivendo e atendendo aos caprichos de um líder jovem e mimado. O problema era que Bankotsu era forte demais. Renkotsu jamais poderia enfrenta-lo, mas reconhecia sua inferioridade e isso era uma característica dos inteligentes. Se não poderia derrotar seu irmão encontraria alguém que o fizesse por ele.


Não tinha grandes desavenças em relação aos outros, mas as vidas deles era um custo que ele teria que pagar. Todos seriam abatidos em combates, capturados e então decapitados em publico. Renkotsu sairia por cima. Ele seria visto no Japão como o traidor que se revelara contra seus irmãos em prol do bem comum. Talvez fosse transformado ate em mártir nacional. A ideia o agradava. O exercito dos sete teria seu fim, mas ele, Renkotsu, continuaria vivo.


- Como é esse trabalho? – perguntou Suikotsu já rindo de satisfação – espero que tenham muitas cabeças para eu cortar!


Seria a cabeça dele que acabaria cortada, mas Renkotsu não iria mencionar isso. Assumiu a postura calma e inteligente de sempre e então falou.


- Eu vou explicar tudo, esse trabalho não é nada difícil e vai nos render muito ouro...


Explicou aos seus irmãos quem havia feito o pedido e quem deveriam matar e, claro, aonde se encontrava os seus inimigos. Renkotsu sempre fora um hábil orador. Ludibriar os outros era algo fácil para ele. Bankotsu poderia manejar uma espada melhor do que ele e ser muito mais forte, mas quando se tratava de palavras era Renkotsu o poderoso. Mesmo Mukotsu que se gabava de sua inteligência não percebeu que estava sendo manipulado.


Os sete partiram na direção indicada. Chegaram a floresta aonde a armadilha seria realizada. Tudo já estava planejado. Renkotsu contara que um lord estava em campanha com seu exercito, e, estando fora do seu castelo seria a oportunidade perfeita para mata-lo. O exercito dos sete encontrou o exercito cavalgando em uma marcha lenta.


- Ah apenas isso! Devem ter o que ai? Uns duzentos apenas?! Ótimo fica quarenta para cada um!! – riu Suikotsu.


Ao ouvir isso Jakotsu revirou os olhos.


- Como você é burro Suikotsu. Minha espada serpente mata muito mais rápido do que suas garras. Quando você tiver matado vinte eu já terei matado meus quarenta e mais os vinte seus.


- Burros são os dois – Renkotsu poderia dizer que haveriam muito mais que duzentos ali, muitos mais guerreiros do que eles poderiam dar conta. Ao invés disso falou – duzentos dividido por sete da vinte e oito soldados para três de nós e vinte nove soldados para os quatro restantes...


- Tanto faz vamos matar todos – retrucou Jakotsu levemente irritado – vamos deixar de falar e lutar de uma vez.


E foi isso que eles fizeram. Os sete assassinos atacaram seus inimigos. Ginkotsu lançava seus discos cortantes ou então atirava com sua bazuca acoplada ao ombro criando grandes explosões. Suikotsu atacava rapidamente com suas garras e Bankotsu estraçalhava seus inimigos em poucos segundos com sua Banryu. Desesperados os samurais tentavam atacar o mais fraco de todos, que julgavam ser Mukotsu, mas acabavam mortos afogados em uma tempestade de neblina venenosa.


Jakotsu fazia cabeças rolarem nos ares com sua espada serpente e Kyokotsu esmagava seus inimigos com golpes brutos de pura força destrutiva. Renkotsu cuspia chamas da boca e em pouco tempo o exercito havia sido completamente derrotado.


Bankotsu riu animado, girando sua Banryu que estava vermelha do sangue de seus inimigos.


- Isso não foi muito fácil!! Ate decepcionante eu esperava mais!!!


- Cuidado com seus desejos assassino!! – soou uma voz forte e estridente de algum lugar da floresta. Os seis mercenários olharam confusos para os lados. Renkotsu porem já sabia do que se tratava.


Vários soldados surgiram de todas as direções. Arqueiros, samurais, homens montados... era uma variedade incrível de homens. Os exércitos de todos os senhores feudais era tão grande que seus números chegavam ao quarto digito.


O homem que falara se portava a frente dos demais soldados. Era um lord isso era possível ver pelo seu porte. Vestia uma armadura completa e trazia consigo uma longa espada. Ele apontou a grande lamina para o exercito dos sete e pronunciou sua sentença.


- Derrotem esses demônios!!! Eu os quero vivos!! Capturaremos esses homens sem lei. Nos os decapitaremos em publico para mostrarmos o que acontece com aqueles que ousam desafiar o poder dos lord do Japão!!!


Uma chuva de gritos dos soldados encheu o ar. Os homens ergueram suas armas e então o poderoso exercito partiu para o ataque. Bankotsu pela primeira vez temeu pela sua vida, e Renkotsu teve prazer em observar a expressão de assombro no rosto de seu irmão.


- Fujam, fujam!!! Vamos sair daqui!!! – gritou


Então o caos começou. Renkotsu não ficou para lutar, correu pela rota que já havia traçado antes. Viu Mukotsu desesperado jogando todos seus odres carregados de veneno. O miasma mortal se espalhava pelo ar matando dezenas, mas mesmo assim era uma quantidade ínfima se comparado ao numero de inimigos.


A fuga fora fácil, o caos e a confusão das lutas facilitaram tudo. Renkotsu não soube por quanto tempo correu, mas quando parou estava exausto. Ainda conseguia ouvir os sons das batalhas ao longe. Haviam explosões sinal de que Ginkotsu ainda lutava. Sentia pena pelo que aconteceria ao irmão. De todos era o que Renkotsu mais gostava. Mas ele não gostava tanto do gigante de ferro ao ponto de abrir mão de seus planos.


Parou respirando ofegante. Já havia se distanciado o suficiente da luta. O plano havia sido perfeito. Seus irmãos seriam capturados e ele viveria. Que final melhor do que esse poderia esperar para o exercito dos sete?


- Parado ai mesmo Renkotsu! – gritou uma voz.


Renkotsu se virou e viu-se cercado por centenas de soldados. Haviam muitos deles, demais para que ele pudesse mata-los sozinho. Havia sido traído. Perceber disso e encheu de ódio. Subestimara os senhores feudais, não imaginou que eles ousariam traí-lo também. Contou que o medo deles falaria mais forte, mas estava errado.


- Esperem um pouco, temos um trato lembra? – disse tentando parecer ameaçador – eu entregava meus irmãos. Vocês se livrariam deles e eu também. É muita tolice tentar lutar comigo. Mas pelo visto vocês foram mais estúpidos do que imaginei, vou acabar com todos vocês, como já fiz inúmeras vezes.


Soltou as palavras esperando que seus inimigos caíssem. A intimidação era a sua melhor arma naquele momento. O líder dos soldados, o mesmo homem ao qual liderara os exércitos no inicio da batalha apenas riu.


- Lembro do trato, mas acho que para se decapitar o exercito dos sete em publico o melhor é que sete cabeças rolem não? – disse o homem com ironia – os aldeões são burros, mas ate eles sabem contar e perceberiam se eu matasse apenas seis de vocês.


A situação era ruim. Renkotsu não poderia com todos eles. Mordeu o lábio confuso e acuado. Novamente apelou para uma saída daquela situação, mas dessa vez não pela intimidação que falhara. Evocara a honra que os samurais tanto prezavam.


- Deu-me sua palavra lord Yagyu Jubei. Ira faltar com ela agora?


O homem deu de ombros com descaso e desembainhou sua espada.


- Não venha um mercenário me falar sobre honra – apontou a espada em sua direção e deu seu comando final – matem-no.


Renkotsu nada pode fazer quando uma chuva de flechas o atingiu vindas de todas as direções. O assassino caiu no chão. Sua visão ficou turva e começou a escurecer, ate que ele se perdesse completamente na escuridão.



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Bankotsu sentiu que estava vivo de novo. Não conseguia se mexer, nem sequer conseguia abrir os olhos. Sentia porem que o ar voltava a encher os seus pulmões e seu coração batia, embora fraco, bombeando vida para o resto de seu corpo. Uma voz... ele ouvia uma voz chamando-o pelo nome. Era fria e distante. Ela ecoava em sua mente repetidamente. Cada ...


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