Fanfic: o passado do exercito dos sete | Tema: Inu yasha, Exercito dos sete
Bankotsu sentiu que estava vivo de novo. Não conseguia se mexer, nem sequer conseguia abrir os olhos. Sentia porem que o ar voltava a encher os seus pulmões e seu coração batia, embora fraco, bombeando vida para o resto de seu corpo. Uma voz... ele ouvia uma voz chamando-o pelo nome. Era fria e distante. Ela ecoava em sua mente repetidamente. Cada vez com mais força.
- Bankotsu... Bankotsu... desperte de seu sono...
Queria abrir os olhos, fazia um esforço sobre-humano para mover suas pálpebras, mas era tudo inútil. A voz chamou-o mais uma vez, mais forte, arrastando-o para fora de sua inércia.
- Desperte... Bankotsu!
Acordou atordoado. Aonde estava? Não sabia ao certo. Era um local escuro e apertado. Um aposento de madeira. Haviam ossos ao seu redor, e algo lhe dizia que aquele lugar estava abandonado a anos. Bankotsu Olhou para cima e viu uma figura encapuzada. Um homem misterioso vestido com uma pele de babuíno.
- Quem é você?! – se levantou. Sua memória estava nebulosa. Se lembrava quem era claro. Bankotsu do exercito dos sete, mas o que havia acontecido, como havia parado ali... disso ele não tinha a menor ideia. Era como se suas memórias recentes tivessem sido completamente apagadas – aonde eu estou maldito!? Que lugar é esse?!
Segurou o homem pelo pescoço, mas ele pouco se importou. Os olhos de babuíno o olhavam impassíveis e misteriosos. Ele respondeu calmamente.
- Você Bankotsu. Esta no seu tumulo. Foi aqui aonde você e seus irmãos foram sepultados dez anos atrás...
A vontade que teve foi de socar o maldito, mas então elas vieram, as memórias. Vieram todas de uma vez como uma avalanche. Bankotsu se lembrou de tudo, da batalha, os senhores feudais se unindo, a emboscada que fizeram... ele havia lutado, assim como seus irmãos. Mataram centenas, talvez milhares, mas haviam muitos mais. Um a um eles foram tombando. Não morreram no campo de batalha, foram capturados e sofreram a humilhação de terem sido executados em publico. Eu morri se lembrou com ódio, iria matar os malditos que tiraram sua vida. Faria todos sofrerem e se arrependerem do que fizeram.
- Acalme-se Bankotsu – o homem misterioso continuava frio e impassível – eu o trouxe de volta a vida, e posso trazer seus irmãos também. Mas quero que faça algo para mim.
Bankotsu não confiava naquele homem, mas não disse nada e esperou. O fato de poder ter seus irmãos de volta o fez conter-se.
- No seu pescoço coloquei um fragmento da shikon no tama – explicou o homem – com ela poderá viver, mas se ela for retirada você voltara a ser apenas ossos.
Shikon no tama hein? pensava que ela havia sumido. Se a poderosa joia estava de volta então muita coisa interessante deveria ter acontecido enquanto estava “fora”. O homem estendeu a mão mostrando seis fragmento de uma joia lilás, Bamkotsu percebeu de imediato o que eram.
- Coloque esses fragmentos nos corpos de seus irmãos e eles reviverão Eu deixarei que fiquem com eles se matarem algumas pessoas para mim.
Bankotsu pegou os fragmentos. Olhou ao redor a procura de sua companheira, mas Banryu não estava em lugar nenhum. Aquilo não o deixou nem um pouco feliz. A espada estivera tanto tempo com ele que já era como se fosse parte de seu corpo.
- Eu posso pensar no caso, mas antes preciso que me mostre o seu rosto maldito. Apenas os covardes se escondem atrás de mascaras – o homem retirou o capuz com a mascara de babuíno revelando uma pessoa de longos cabelos negros e olhos frios e inteligentes – ótimo, agora quero que me responda alguma perguntas!
Ele se manteve em silencio. Seu olhar sempre frio encarando Bankotsu. Por fim acenou positivamente com a cabeça.
- Me diga seu nome e aonde esta minha arma. Quero saber os motivos para querer matar essas pessoas.
- Me chamo Naraku. Sua espada Banryu se encontra em um reino, ao sul. Quanto aos meus motivos eles não lhe importam. Faça o que eu mandei mercenário.
Naraku era um homem orgulhoso e insolente. Bankotsu queria mata-lo naquele exato momento por isso, mas sabia, só de olhar em seus olhos, que não se tratava de uma pessoa comum. Alem do mais estava desarmado e o homem o tinha trazido de volta a vida. Não importava se estava querendo usa-lo, ele fizera algo por Bankotsu, e o mercenário iria retribuir.
- O homem que quero que mate se chama Inu-yasha, é um meio-youkai mas mesmo assim não deve subestima-lo. A um monge e uma exterminadora de youkais com ele. Não são grande coisa, mas mesmo assim tome cuidado.
Era apenas aquilo? Bankotsu se sentia decepcionado, apenas três pessoas? Não parecia um grande desafio, mas, se o tal Naraku se sentia ameaçado por eles então não deveriam ser tão fracos assim.
- Posso fazer isso. Não a humano ou youkai que resista a minha Banryu.
Ouvindo aquelas palavras Naraku deu as costas ao assassino. Estava saindo dali sem dizer nada, mas Bankotsu o deteve. Ainda havia uma ultima coisa que queria saber.
- Kitsume Gimbei... – era estranho como o som daquele nome mexeu com seus sentimentos. Havia sentido algo pela garota, ela era tola e ingênua, mas talvez fora exatamente por isso que ela o tocara. Kitsume não o via como um assassino, por mais que ele disse-se isso a ela. A princesa era pura demais para entender aquelas palavras, era pura demais para odiar ou sentir rancor de alguém – a única filha de Lord Sugikawa Gimbei. O que houve com ela?
Naraku virou o rosto com desprezo para ele. Seu olhar foi frio e suas palavras indiferentes.
- Acha mesmo que eu, Naraku, saberia sobre uma simples princesa? - - voltou a olhar para frente – assuntos assim não me interessam.
Continuou a caminhar em direção a saída do pequeno templo que era aquela sepultura. Bankotsu se lembrou mais uma vez do rosto da garota. A voz de Naraku surpreendentemente voltou a tocar seus ouvidos.
- Ela vive no castelo de Lord Yagyu Jubei pelo que sei. Foi adotada pelo lord e vive sobre sua proteção. Não é casada nem tem filhos... – mal completou essas palavras seu corpo foi rodeado por uma neblina venenosa e ele sumiu em um furacão de miasma.
O assassino olhou para os seis fragmentos da shikon no tama em sua mão. Era hora de reviver os seus irmãos. O exercito dos sete tinha um trabalho a fazer. Poderia encontrar Kitsume novamente, mas porque? Ela era apenas uma amiga e sua vinda só iria complicar a vida da menina, que atualemnte nem era mais uma menina e sim uma dama de vinte e quatro anos. Despediu-se mentalmente da princesa Gimbei. A historia dos dois acabara e começara naquela tarde a dez anos atrás. E nada mais haveria de ser feito a respeito.
- Como você esta melancólico Bankotsu! – riu, falando para si mesmo – será que isso sempre acontece quando se volta do tumulo?
Deixou os pensamentos sobre Kitsume de lado. Era hora de trazer seus irmãos de volta.
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