Fanfic: Completamente Opostos - Ponny | Tema: Rebelde, Ponny
Poncho já desapareceu dentro da casa, o que é ótimo, porque não quero vê- lo pelo resto da noite.
Considerando a quantidade de gente na festa, provavelmente é isso que vai acontecer.
Sigo Dulce e Rocco até a sala lotada, e alguém me entrega um copo vermelho. Eu me viro para recusar educadamente, mas é tarde demais, não consigo nem ver quem me entregou a bebida. Ponho o copo sobre um balcão e continuo andando atrás dos dois.
Eles param quando chegamos a um grupo reunido em torno de um sofá, e concluo, pela aparência, que aqueles são os amigos de Dulce.
São todos tatuados como ela e estão sentados no sofá.
Infelizmente, Alfonso está empoleirado no braço direito, mas consigo evitar um olhar na direção dele enquanto Dulce me apresenta ao restante do pessoal.
“Esta é Anahí, minha colega de quarto. Ela chegou ontem, então a trouxe para que se divirta em seu primeiro fim de semana na WCU”, ela explica.
Eles me cumprimentam com um aceno de cabeça ou um sorriso. Todos são simpáticos, com exceção de Poncho, claro.
Um menino bonito estende a mão para me cumprimentar. Está fria por causa do copo de bebida que estava segurando, mas seu sorriso é caloroso. A luz do ambiente reflete em seus dentes, e acho que vejo de relance um piercing em sua língua, porém é tudo rápido demais, então não posso ter certeza.
“Sou Christopher, mas pode me chamar de Ucker. Você estuda o quê?”, ele me pergunta.
Percebo que seus olhos passeiam pelo meu vestido. Ele abre um sorriso, mas não faz nenhum comentário a respeito.
“Inglês”, digo toda orgulhosa, sorrindo.
Alfonso solta um risinho de deboche, que ignoro.
“Demais”, ele comenta. “Quer uma bebida?”, Ucker oferece.
“Ah, não, eu não bebo”, respondo, e ele tenta esconder o riso.
“Só a Dulce pra trazer uma garota tão certinha para uma festa”, resmunga uma menina alta de cabelos cor-de-rosa tingido.
Finjo que não ouço, para evitar uma discussão.
Certinha?
Não é assim que me vejo, de jeito nenhum, mas estudei e trabalhei muito para chegar onde estou e, como meu pai foi embora de casa, minha mãe teve que se esforçar demais para que eu tivesse um bom futuro.
“Vou sair pra tomar um ar”, digo e começo a me afastar.
Preciso evitar esse tipo de picuinha a qualquer custo. Não estou a fim de arrumar inimigos, já que nem amigos tenho.
“Quer que eu vá com você?”, Dulce grita atrás de mim.
Faço que não com a cabeça e vou andando até a porta. Sabia que não deveria ter vindo. Deveria estar de pijama lendo um livro.
Ou então conversando pelo Skype com Nico, meu namorado de quem estou morrendo de saudade. Até dormir seria uma opção melhor do que ficar do lado de fora de uma festa cheia de desconhecidos bêbados.
Decido mandar uma mensagem de texto para Nico. Vou até um canto do jardim, que parece ser o local menos lotado da festa.
Saudade.
A faculdade não está nem um pouco divertida por enquanto.
Envio e sento em uma mureta de pedra à espera da resposta. Um grupo de meninas bêbadas passa dando risadinhas e tropeçando nas próprias pernas.
A reposta vem rápido:
Por quê?
Também estou com saudade.
Queria estar aí com você.
Abro um sorriso ao ler aquelas palavras.
“Desculpa aí!”, diz uma voz masculina, e um segundo depois sinto um líquido gelado ensopar a frente do meu vestido. O sujeito sai aos tropeções e se apoia na mureta.
“Foi mal mesmo.”
Não poderia ser pior. Primeiro uma menina debocha de mim, e agora meu vestido está encharcado sabe-se lá de que bebida, e com um cheiro horrível.
Soltando um suspiro, guardo o celular e entro para procurar um banheiro. Vou abrindo caminho pelo corredor lotado, tentando todas as portas que encontro, mas estão todas trancadas. Tento não pensar no que as pessoas estão fazendo lá dentro.
Subo a escada e continuo minha busca por um banheiro. Finalmente, consigo abrir uma porta.
Não é um banheiro.
É um quarto e, para meu azar, Alfonso está deitado na cama. A menina de cabelos cor-de-rosa está montada sobre ele, beijando sua boca.
Gente, o que está em negrito são as mensagens, ok?
Autor(a): ponnyyvondy
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A menina se vira e olha para mim. Tento mover os pés, mas estão paralisados. “Quer alguma coisa?”, ela rosna. Alfonso se senta na cama ainda debaixo dela. Seu rosto não tem nenhuma expressão — ele não parece estar nem um pouco incomodado. Provavelmente faz esse tipo de coisa o tempo todo. Deve estar acostumado a ser fl ...
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