Fanfic: O Intercâmbio Aya 1/2° Temporada | Tema: Rebelde, Ponny, Los A

POV Anahí

Não sei exatamente em que momento decidi que queria viajar, conhecer o mundo, se foi nas aulas de língua estrangeira, onde aprendia um pouco mais sobre a cultura dos diferentes países ou se foi quando me dei conta de que estava crescendo e logo não teria mais a chance de realizar esse sonho de ter uma "nova vida". Conversei com meus pais sobre isso, essa ideia louca que me ocorreu de fazer um intercâmbio. Meu destino? Londres

Marichelo: tem certeza que quer isso? – perguntou pela vigésima vez, quando estava prestes a me escrever nesse sonho.

Anahí: mãe, já conversamos sobre isso. – sorri. – eu quero ir.

Marichelo: Londres é tão longe, eu vou sentir sua falta. – lamentou. – um ano é muito tempo Anahí. – suspirou, olhei sobre seu ombro a mulher que nos atendia bater os dedos sem paciência sobre a mesa, também pudera, já faz quase meia hora que estamos falando sobre algo que já estava decidido, acreditem demorei meses para bater o pé e dizer que quero ir. – você acabou de sair do terceiro ano...

– MÃE – disse séria. – já chega. – falei entre dentes.

Ela suspirou uma última vez e assinou, tanto eu, quanto a mulher que nos atendia sorrimos, finalmente. Em um tempo seria encaminhada para minha família provisória, para poder os conhecer melhor receberei o email de algum membro dela. Voltamos pra casa entre suspiros de minha mãe, porém eu estava alegre demais para me preocupar com isso agora. Mais tarde naquele mesmo dia meus amigos, Maite e Christian, vieram até minha casa pra que pudéssemos conversar.

Maite: não acredito que você vai mesmo. – sentou em minha cama. – como vou aguentar esse mala sem você? – apontou pra Christian que se divertia girando na cadeira do computador.

– eu juro que mando email sempre que puder. – sorri. – vai passar rápido May. – a abracei.

Maite: não tente me consolar, eu sei que não vai. – disse suspirando. – CHRISTIAN, PARE COM ESSA PORRA DE CADEIRA. – gritou, irritada.

Christian: vai deixar ela falar assim da sua cadeira? – questionou, me olhando e vindo sentar no meu outro lado, na cama.

– ai meu Deus, vou sentir tanta saudade de vocês dois. – sorri, abraçando eles

Christian: também iremos – me abraçou de lado, sorrindo. – pode deixar que da Maite eu cuido.

Maite: você não sabe cuidar nem de si mesmo. – retrucou, com seu ótimo humor.

Christian: se tem uma coisa que eu odeio, é Maite de TPM. – fez uma careta.

Maite: tu odeia tudo em mulheres, por isso é gay. – disse se jogando pra trás na cama.

Christian: que mentira. – a encarou. – eu só acho alguns homens mais bonitos. – deu de ombros.

– hey. – disse, me levantando. – logo estarei indo viajar e não quero perder tempo com discussões. – sorri.

Maite: logo quando? – sentou de novo.

– não sei ao certo, vão me ligar. – sentei com as pernas pra cima na cadeira do computador

Demorou um tempo até eu receber o tão esperado telefonema, a família Herrera decidiu me acolher em sua casa. Recebi algumas informações sobre eles, um casal com três filhos. Ruth e Marcelo serão meus pais adotivos, Dulce tem minha idade, 16 anos, Lucas tem 6 e Alfonso, que é um ano mais velha que eu. Fiquei empolgada quando comecei a trocar emails com Dulce, que me contava que todos estavam ansiosos esperando a minha chegada. O dia da viajem ia se aproximando e com ele vinha uma ansiedade enorme, comecei a reparar mais em minha família e meus amigos, a me perguntar se conseguirei passar um ano longe dessas pessoas que eu tanto amo, para viver na casa de completos desconhecidos. Mas ao final sempre chegava a conclusão de que essa foi a minha escolha e agora eu vou seguir com ela.

Marichelo: Não deixe de escrever. – falou entre lágrimas, quando estávamos no aeroporto. – e se divirta, não fique cultivando saudade.

Anahi: tudo bem mãe. – disse também chorando, abraçada nela. – eu prometo que mandarei noticias sempre que possível.

Ana paula: E se você esquecer de mim? – olhei pra minha sobrinha linda de apenas 5 anos – Você só vai querer brincar com sua familia nova agora. – ela estava chorando muito, o que me partiu mais ainda o coração. – fica tiaa, por favor

Anahi: oh aninha. – a abracei. – eu prometo te trazer muitos presentes quando voltar, ta bom? – a beijei. – e eu prometo que nunca, jamais, vou esquecer de você. Peça pra sua mamãe me ligar quando quiser falar comigo, pode ser até de madrugada. Eu estarei lá pra você meu amor. – a abracei o mais forte que pude, sabendo que a próxima vez, seria somente em um ano.