Fanfic: O Intercâmbio Aya 1/2° Temporada | Tema: Rebelde, Ponny, Los A

dulce: merda, esqueci de levar a roupa pro banheiro. - resmungou, então notou alfonso ali. - o que faz aqui seu idiota? - o encarou, nem um pouco desconfortável pelo fato de estar de toalha, respirou fundo e acabou por sentir o cheiro do cigarro. - sai daqui com essa porcaria. -disse entre dentes. alfonso não se moveu. - Está surdo?

Foi até ele e arrancou o cigarro de suas mãos, o apagando e jogando pela janela.

alfonso: qual o seu problema? - levantou, bravo

dulce: pergunto o mesmo. - o encarou. - se manda daqui.

alfonso: quero saber se você me trouxe pro quarto ontem. - deixou o olhar frio sobre ela.

dulce: não, se dependesse de mim você ficaria na rua. - respondeu, o empurrando pra fora. - agora se manda. - bateu a porta.

dulce: eu não aguento mais isso. - desabou, sentando no chão, encostada na porta.

- as coisas vão melhorar, você vai ver. - fui até ela, me agachando ao seu lado. - uma hora ele acorda.

dulce: o problema é que está demorando demais. - respirou fundo, tentando conter as lágrimas

Então levantou, indo se vestir, suspirei, negando com a cabeça.

- sabe que pode contar comigo. - sentei na cama, ao lado dela, quando já estava vestida. - pra tudo.

dulce: é bom ter você por aqui. - me olhou - é bom poder me apoiar em alguém 24 horas por dia. - sorriu de canto. - ainda bem que te mandaram pra cá, eu precisava de uma irmã.

Acabei ficando com os olhos marejados, então a abracei, tentando passar alguma força.

- não foi por acaso que me mandaram pra cá. - me soltei do abraço. - coisas assim não são só coincidência.

Ela assentiu, secando as lágrimas que escaparam no abraço, então sorriu.

dulce: chega de drama. - levantou. - depois você vai contar pras pessoas do México que sou uma chorona.

- ah, bem provável que eu fale isso... - disse brincando. - como você descobriu?

Ela me bateu com o travesseiro, rindo.

dulce: boba.

- chorona

Depois desse momento que foi da emoção a descontração, fomos para sala, dulce reclamando que estava com fome. Para a sorte dela o almoço já estava pronto.

De tarde uma amiga de dulce estava chegando de viajem e iam fazer uma festa de boas vindas, mesmo que ela quisesse me levar, eu preferi não ir, é algo muito pessoal, muito dela e das amigas. Fiquei na sala, mexendo no meu notebook, quando escutei passos vindo até onde eu estava.

alfonso: achei que tinha saído com dulce. - disse, sentando ao meu lado.

- não. - respondi simplesmente, da mesma forma monossilábica que ele usa comigo.

alfonso ficou em silêncio, me senti desconfortável com a situação, não consegui usar o notebook com ele ali parada, mesmo que não fosse entender nada que eu escrevo, já que está em espanhol.

- quer ligar a TV? - questionei, só para gastar saliva mesmo, afinal se ele quisesse já teria o feito.

alfonso: não. - disse, me olhando.

- ok... - assenti uma vez, então fechei o notebook e coloquei ao lado, para em seguida levantar.

Foi ai que ele segurou meu braço.

alfonso: tem tanto medo que eu faça algo, a ponto de não poder ficar dois minutos ao meu lado sem fugir? - arqueou uma sobrancelha, me olhando.

- não tenho medo. - respondi firme. - só que depois de ontem, no parque, não sei se quero ficar perto de você. - disse sincera. - você nem quis ir comigo na trilha. - acusei. - e porque eu ficaria aqui? Você nunca me tratou bem. - falei a encarando. - tem problemas com bipolaridade?

alfonso: nossa, quanta magoa. - falou me encarando.

Então me puxou de volta pro sofá, porém acabei caindo sobre seu colo, alfonso foi rápida e prendeu os braços em torno do meu corpo, impedindo que eu vá direto pro chão.

- obrigado. - respondi, já levantando.

Ele assentiu, creio que tão assustado quanto eu.

Então se levantou, passando por mim e disparando para o quarto, me deixando com a maior cara de interrogação, sentei novamente e fechei os olhos, apoiando minha cabeça no encosto do sofá. Menos de dez minutos depois ouvi barulhos de chaves batendo, abri os olhos e vi alfonso de casaco, prestes a sair.

- vai voltar cedo? - questionei, ele parou com a mão na maçaneta. - ...só quero preparar sua mãe.

alfonso: não sei. - abriu a porta.

- depois você não entende porque não fico um minuto do seu lado. - neguei com a cabeça.

Ele ignorou e saiu, batendo a porta, como se assim pudesse me provar que está nem ai para o que estou falando..

lucas vinha descendo as escadas correndo quando isso aconteceu.

lucas: alfonso saiu? - perguntou, olhando a porta.

- sim anjo, ele foi passear. - sorri.

lucas: eu não posso passear junto? - questionou, com uma carinha chateada.

- claro que pode. - sorri pra ele. - vem cá. - bati do meu lado, ele veio pulando e sentou. - seu irmão foi a um lugar de gente grande.

lucas: vai demorar muito para mim ser grande? - me olhou.

- não vai não. - sorri, passando a mão nos cabelos dele. - logo você será também.

lucas: e eu vou ter um carro bem grande. - mostrou o tamanho esticando os braços.

- nossa, tão grande assim? - ele assentiu. - vai me levar para dar uma volta?

lucas: vou. - sorriu. - mas você vai ter que ir na cadeirinha, presa no cinto. - me olhou. - como eu vou.

- ah, ok. - disse rindo.

lucas: poncho também vai poder ir. - sorriu. - e a dul também. - me olhou. - todo mundo vai passear comigo.

Sorri e fiquei mais um tempo ouvindo lucas falar sobre sua escola, amigos, os desenhos...