Fanfic: Os Prazeres de Carol | Tema: Original
- Como toda escolha profissional a minha precisava ser cuidadosamente pensada. Depois de alguns meses trabalhando menos e ganhando mais, assistindo aulas que faziam cada vez menos sentido eu descobri que tinha encontrado minha vocação.
- Imagino que você mudou bastante desde aquele tempo.
- Sem dúvida, até então eu era uma garota bonita que sabia disso, mas não ligava muito ou achava que não ligava. Sempre gostei de sexo, mas era feito com algum compromisso, ao menos era o que eu pensava.
- Quando exatamente você se transformou de uma garota comum em uma dama fatal?
- Não foi quando, foi quem. Alguns meses depois conheci a Miss Veil.
Três anos atrás.
O lugar é um luxuoso café, decorado com quadros de pessoas sentadas em jardins, belas garotas retratadas sorrindo, uma sensação de paz e simplicidade invade nossa protagonista.
Carol estava a frente de um desses quadros, ela acredita que conhece aquela pintura, mas não se lembra quem é o pintor.
- Pierre-Auguste Renoir.
Carol olha para trás se deparando com uma senhora elegante na casa dos cinquenta, seu olhar e postura exalam dignidade. Outrora ela fora muito bonita, mesmo hoje segue sendo bela.
- Quem?
- O nome do pintor, você estava se perguntando quem figurou esse quadro? Seu nome é Renoir e sim, são originais.
- Miss Veil?
- Exato e você deve ser Carol.
- Muito prazer...
- Todas as garotas que trabalham aqui sabem quem é Renoir, assim como outros mestre do movimento impressionista, o meu preferido, elas também sabem diferenciar uma obra real de uma falsa.
- Isso eu posso aprender.
- Esse é outro ponto, normalmente contrato mulheres por indicação, são pessoas que sabem o que querem, educadas, discretas. Você foi a primeira que veio para uma entrevista por ficar me procurando. Eu não quero criar uma tendência.
- Descobri seu café pela internet, decidi que gostaria de trabalhar aqui.
- Sim, estou propensa a mandá-la embora. Ninguém entra em uma multinacional, sem nenhuma experiência, dizendo "quero trabalhar aqui, me contrate".
- Por favor Miss Veil, me teste, se não for de seu agrado vou embora.
- Esse é seu primeiro erro, por que a testaria? Não ofereço pedaços de carne, ofereço companhias agradáveis, em sua definição mais ampla.
Miss Veil caminha a uma mesa, Carol percebe que deveria segui-la, após senhora sentar-se espera um sinal para fazer o mesmo.
- Ao menos é esperta.
- Fiz três anos de sociologia, abandonei o curso ao descobrir minha vocação, mas não gostaria de trabalhar em um lugar que não me merece.
- Você não quer trabalhar nas ruas, nem em hotéis de segunda. O que não quer dizer que você pertence a esse lugar. Fiz esse café para pessoas sofisticadas, que gostem de desfrutar de seu tempo livre, apreciadores das artes da vida.
Carol olha para a coleção de quadros, observa a carta de vinhos, a elegância de duas garotas atrás do bar, o vestido e a postura de Miss Veil.
- Sabe Carol, a sedução e o sexo são artes, toda arte é uma mistura de intuição, apreciação e aprendizado.
Miss Veil olha nos olhos de Carol.
- Você tem algo, que pode ser o entendimento inato das artes, é sem dúvida muito bonita e tem alguma sensualidade. Minha dúvida é você é um diamante bruto ou apenas uma pessoa comum com algo a mais, um pouco acima da média.
- O que a senhora quer dizer?
- Você pediu um teste, vou proporcionar um, se você passar pode trabalhar comigo, se não, se for apenas alguém um pouco acima da média eu posso recomendar três casas respeitosas, onde você pode fazer sua carreira sem se rebaixar.
Assim começa o teste: Carol tem aulas de filologia, ballet, economia, conhecimentos gerais, psicanálise, degustação e pintura.
Meses depois.
A sua frente estão cinco garrafas de vinho, Miss Veil circula a cadeira onde Carol está sentada, ela venda sua pupila, que percebe uma taça de vinho ser enchida, essa é oferecida a loira, que a prova.
- País de origem: Portugal, envelhecido em carvalho, com um fundo de cereja, uva colhida cinco anos atrás.
- Muito bem, pode retirar a venda.
Ao abrir os olhos Carol repara uma terceira pessoa na sala, alguém que não estava lá e graças a sua leveza e elegância não fora percebida ao entrar.
- Quando você contou sua história - Miss Veil começa a falar - fiquei com receio, "será essa garota apenas um animal no cio?". Precisei acompanhar e avaliar seus gostos para saber com o que estava lidando.
- Então?
- Decidi lapidá-la, se for o que você deseja, creio que deu para saber exatamente quem somos e o que fazemos.
- Sim, eu entendi e eu quero.
- Ótimo, essa bela garota é Diana, assim como você ela foi treinada nesse café. Funcionamos no esquema "sempai - kohai" uma garota mais experiente guia uma novata, tira suas dúvidas, a ensina, motiva e prepara.
Diana caminha até Miss Veil, seu andar só se assemelha ao das modelos da alta costura, a postura, a feminilidade, o requinte em sua face impressionam Carol.
- Carol, é um grande prazer conhecê-la.
Autor(a): diegot
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- Desculpe, mas eu não entendo. Clark interrompe a narrativa de Carol, que parece não se importar, ao contrário como uma atenciosa professora ela fixa o olhar gentilmente em seu entrevistador. - O que você não entendeu? - Compreendo que ao entreter diferentes clientes você precisa de uma vasta gama de conhecimento, mas não &e ...
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