Fanfics Brasil - Capítulo 18 O Último Adeus(vondy-adaptada) finalizada

Fanfic: O Último Adeus(vondy-adaptada) finalizada | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 18

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Christopher


Ela não estava usando os óculos, e sem essas grandes lentes cobrindo seu rosto, eu podia ver seus olhos claramente. Olhos que tinham me assombrado por anos. Ela tinha mudado a cor do cabelo, mas era o rosto de Mary. Apenas a versão adulta. Como eu não tinha percebido antes?


Porque eu não sabia que ela estava viva. Eu nunca olhei para Dulce na esperança de ver Mary. 


"Mary", eu disse, simplesmente precisando que ela confirmasse que eu não estava tendo alucinações e que tudo isso era real. Que ela era real.


Ela se afastou da porta para que eu pudesse entrar. "Christopher", ela respondeu simplesmente, e era a única resposta que eu precisava.


Todas as perguntas que eu tinha formulado no meu caminho até aqui, quando eu ainda estava com medo de acreditar que Dulce era Mary, desapareceram. Eu não conseguia formar palavras. A melhor coisa que eu consegui dizer foi "Como?"


Mary fechou a porta uma vez que eu estava lá dentro, e se virou para olhar para mim. "Como o que? Como é que eu o encontrei?"


Encontrou-me? Ela tinha procurado por mim? Fazia dez anos. Eu balancei minha cabeça. Sim, eu queria essa resposta também, mas em primeiro lugar... "Como você está viva?"


Ela franziu a testa e me estudou por um momento, como se minha pergunta não fizesse sentido.


Será que ela não achou que seria a primeira coisa que eu gostaria de saber? Porra, eu tinha acreditado que ela estava morta durante dez anos, inferno. Se eu tivesse alguma ideia de que ela estava viva, eu teria ido atrás dela. A encontrado. Eu tinha esse tipo de poder com DeCarlo. Encontra-la teria sido fácil, mas eu tinha visto o que minha mãe tinha feito para ela.


"Eu não entendi sua pergunta. Eu saí sem dizer uma palavra porque estava te protegendo da sua mãe. De mim e do destino que você teria se eu ficasse. Eu nos salvei, realmente. Mas por que você achava que eu estava morta?"


"Por que você saiu? Você sabia que não tinha que me salvar. Eu deveria mantê-la segura, Mary, e não o contrário. E eu pensei que você estivesse morta porque minha mãe chegou em casa com uma arma nas mãos e sangue em suas roupas. Ela admitiu ter te matado e jogado seu corpo num lago, mas nunca quis revelar o local exato. Você nunca voltou para casa. Eu pensei que ela estivesse mentindo, mas você nunca mais voltou. Você nunca entrou em contato comigo. Eu fui até a polícia, e minha mãe foi presa e enviada para um hospital psiquiátrico, onde finalmente tirou sua própria vida. Foda-se, Mary, eu tive todo maldito corpo na água em um raio de cem milhas encontrado assim que tive dinheiro e poder para fazer isso. Eu queria que você fosse adequadamente enterrada." Meu coração estava batendo no meu peito enquanto eu deixava as memórias e a dor lavarem por mim. Vê-la aqui de pé era quase demais.


"O sangue era meu," ela disse calmamente. Mas eu já sabia disso. Os policiais haviam confirmado. "Ela me pegou na escola naquele dia. Eu tinha pedido ao diretor para esperar e chamá-lo, mas ela estava em seu melhor comportamento, e explicou que não queria que você ficasse perturbado por causa da consulta no meu médico. Então eu fui, embora eu soubesse que não havia nenhuma consulta médica.”


"Ela me levou para fora da cidade e estacionou na parte de trás de um estacionamento de uma estação de ônibus. Então ela me perguntou quantas vezes nós tínhamos tido relações sexuais. Eu não queria contar a ela. Aquele olhar louco estava em seus olhos, e eu sabia que se eu confirmasse, ela se perderia. Então, eu disse que tinha sido apenas uma vez. Ela me bateu no rosto, e meu lábio arrebentou. Então ela me perguntou de novo, e eu disse que foram três vezes. Ela me bateu novamente. Então ela me perguntou de novo. Isso se repetiu por cinco vezes, embora minha resposta permanecesse a mesma. Eu estava sangrando muito a esta altura, quando de repente ela empurrou dinheiro para mim e me disse para entrar num ônibus e ir embora, e nunca mais voltar. Que eu poderia estar grávida do seu pirralho, e que ela não iria me deixar manchar o nome de vocês.’’


"Ela disse que o que tínhamos feito foi sujo, e que ela não acobertaria isso. Se eu não saísse, ela ia me mandar de volta para o sistema, e se eu estivesse grávida, eles levariam meu bebê para longe de mim. Minha menstruação estava atrasada. Eu não tinha contado nada a você porque não tinha certeza ainda se era realmente uma preocupação, mas ouvi-la dizer que eu ia acabar perdendo não só você, mas também meu bebê, foi o suficiente para me aterrorizar.’’


"Peguei o dinheiro e comecei a sair do carro quando ela agarrou meu braço e o torceu até que eu gritar. Em seguida, ela disse que se eu tentasse entrar em contato com você, ela nos mataria. Eu acreditei nela. Mas, quando eu pude me dar ao luxo de verificar as coisas um par de anos mais tarde, descobri que ela estava num hospital psiquiátrico. E então eu simplesmente não consegui encontrar Christopher Uckermann em qualquer lugar. Apesar disso, eu nunca parei de procurar".


Porra. Sentei ali e ouvi as palavras de Mary, e nem uma vez a questionei. Minha mãe tinha sido uma louca, mas eu nunca pensei que ela deixaria Mary ir. Que ela tivesse medo dela, e que a tivesse mandado embora. Eu sempre pensei que sua insanidade tivesse tirado a vida de Mary.


"Você tinha apenas dezesseis anos," eu sussurrei, com medo de ouvir como ela sobreviveu se Franny... se Franny fosse minha.


Mary acenou com a cabeça, mas seu rosto ficou tenso. “Não foi fácil. Eu estava em um abrigo, recebendo uma refeição grátis, quando o cheiro de nabo me deixou enjoada. A esposa do ministro que estava ajudando a servir a comida imediatamente veio para o meu lado e me ajudou a me limpar. Deborah Posey foi a minha salvadora. Ela descobriu que eu tinha dezesseis anos e que estava sozinha, e me levou para a casa dela. Ela me comprou o teste de gravidez que confirmou que eu estava grávida. Eu queria procurar você depois disso, mas o medo de perder você e o bebê... eu não podia fazer isso com qualquer um de vocês.”


"Deborah me deixou ficar com sua família até que minha barriga começou a aparecer e não poderíamos mais esconder a gravides. Eles eram da Batista do Sul, e a congregação não aceitaria uma adolescente grávida vivendo na casa do ministro. Então ela me ajudou a conseguir um emprego em Oklahoma, onde sua irmã morava, e foi lá que eu fiz uma vida para Franny e eu".


Odiar minha mãe tinha sido algo que eu tinha aceitado há muito tempo. Eu odiava meu pai ainda mais ferozmente, embora, porque ele nos havia deixado com ela. Ele não tinha ajudado. Mas agora, saber que Mary tinha passado por esse inferno me fez odiar a mulher que me deu a vida ainda mais. Tantas coisas poderiam ter acontecido com Mary. Tantas coisas ruins, quando eu não estava lá.


"Ela é minha." Eu precisava dizer isso em voz alta. Eu sabia que Franny era minha, mas ouvir a confirmação de Mary tornava real.


Ela apenas balançou a cabeça.


Eu tinha uma filha.


Mas a mulher na minha frente era uma estranha agora. A garota que eu tinha amado uma vez, e conhecido melhor do que ninguém, era agora distante e reservada. Ela era forte e independente. Ela não precisava mais de mim. Ela também não parecia gostar muito de mim. Éramos estranhos, e a pontada que veio com essa realização me cortou profundamente.


Quando eu não disse nada, Mary foi até a pequena sala de estar. "Por que não nos sentamos? Posso conseguir uma bebida."


Eu não tinha saído do lugar onde eu estava. Mary estava muito mais calma sobre tudo. Mas então, ela tinha estado aqui me assistindo, sabendo quem eu era, há mais de um mês. Ela tinha tido tempo para se adaptar. Segui-a e sentei na primeira cadeira que vi, mas não conseguia parar de olhar para ela. Eu deveria ter percebido. No primeiro dia do caralho que ela entrou no restaurante.


"Seu cabelo," eu disse, com mais acusação em minha voz do que o necessário. Mas caramba, ela havia se escondido de mim. Ela estava se escondendo, merda, bem na minha frente.


Ela tocou o cabelo mais escuro e me deu um pequeno sorriso. "Eu não queria entrar em seu mundo como Mary. Eu precisava ter certeza de que o homem que você havia se tornado era alguém que eu queria que Franny conhecesse. Ela está perguntando sobre seu pai durante anos, e eu tenho procurado. Quando te encontrei, eu não queria trazê-la em sua vida até que soubesse que você iria aceitá-la, e que ela não iria se machucar."


Tão chateado como eu estava, eu entendia. Ela era uma mãe amorosa, protetora. Algo que ela nunca tinha tido em sua própria vida. Algo que nenhum de nós tinha tido.


O fato de que ela não tinha intencionalmente escondido minha filha de mim aliviou a raiva, mas eu ainda me senti roubado. Perder Mary tinha me enviado num caminho que tinha me moldado num homem que não era nada como o menino que a amava. Eu não era o cara que ela tinha deixado para trás.


"Eu sou diferente. Já fiz coisas que me mudaram", eu disse, olhando para ela quando ela se sentou à minha frente.


Ela me deu um sorriso tenso e desviou o olhar. "Eu sei que você é diferente. Eu já vi isso."


Essas palavras me fizeram sentir como se eu tivesse falhado. Eu tinha lutado para sobreviver. Ela não sabia nada do que eu tinha sofrido. Eu sabia que sua vida tinha sido difícil, mas a minha não tinha sido fácil, também. Não houve nenhuma mulher do ministro para me ajudar. Eu tinha matado homens. Eu tinha perdido a porra da minha alma, porque sua morte tinha me arruinado.


"Eu quero conhecer minha filha." Eu não ia deixa-la afastar Franny de mim. Se ela não estava feliz com o homem que encontrou, eu entendia. Mas eu tinha o direito de conhecer minha filha. E estar envolvido em sua vida.


Mary virou seu olhar de volta para mim. "Bom. Porque ela quer conhecer seu pai."


**


ONZE ANOS ATRÁS


Bati uma vez na porta de Mary. Mamãe estava desmaiada de tão bêbada, mas eu ainda tive cuidado para não fazer barulho suficiente para perturbá-la. Eu queria que ela permanecesse desmaiada. Mary tinha ficado escondida em seu quarto, como eu disse a ela para ficar, durante toda a noite. Nós ainda não tínhamos chegado a falar sobre o dia. Além disso, eu só queria estar perto dela. Ela estava me deixando segurar a mão dela na escola agora, e ontem à noite, ela me deixou abraçá-la até que adormecesse. Eu queria mais do que isso.


A porta se abriu lentamente, e Mary me deu um sorriso tímido antes de se afastar e me deixar entrar. Estar perto dela, sabendo que eu podia tocá-la, me fez sentir um pouco fora de equilíbrio. Eu queria muito, mas eu não queria assusta-la. Eu não queria perder o que tinha conquistado. Meu coração sempre batia mais rápido quando estava perto dela.


"Acabei de terminar minha lição de casa", disse ela, caminhando até a cama para guardar seus livros.


Seu cabelo escuro caiu sobre seu ombro. Eu queria brincar com seu cabelo. Correr meus dedos por ele e observar os fios deslizarem sobre minha mão. "Você não precisa de ajuda com alguma coisa?", Perguntei.


Ela colocou os livros na mesinha ao lado da cama e balançou a cabeça negativamente. "Não esta noite." Então ela sentou e deu um tapinha no local ao lado dela. "Você está pronto para fugir. O que está errado?"


Merda. Eu estava estragando tudo porque não conseguia manter a calma perto dela. Minha imaginação estava ficando muito selvagem. Eu tinha que me controlar. "Eu estou bem. Só não tenho certeza se você quer ou não que eu fique esta noite." Deus, deixe que ela diga sim.


Ela sorriu e baixou a cabeça. "Eu sempre quero que você fique", disse ela baixinho.


Meu coração bateu contra minhas costelas, e eu respirei fundo. Calma. Eu tinha que ficar calmo, porra. Me aproximei para sentar ao lado dela. "Então, como foi a escola hoje?", perguntei, esperando não soar tão enrolado quanto me sentia.


Ela chegou mais perto de mim, e sua mão escorregou sobre a minha. "Foi bom. O mesmo de todos os outros dias."


Eu virei minha mão, de forma que nossas palmas se tocassem, e enfiei os dedos através dos seus bem menores. Até mesmo sua pele pálida contra a minha pele bronzeada me excitava. Isso ia me matar. Eu a queria tanto... e eu tinha que parar de pensar sobre quão suave e doce a pele sob roupa seria.


"Christopher", disse ela, inclinando-se na minha direção.


Respire. Eu tinha que se lembrar de respirar. "Sim?"


"Por que você não me beija?"


Eu bloqueei meu olhar com o dela. "O quê?"


Suas bochechas ficaram rosa. "Por que você não me beija?" Ela repetiu. "Eu sei que você gosta de beijar meninas, mas você ainda não me beijou."


A virilha da minha calça jeans ficou extremamente apertada quando eu olhei para ela toda inocente, com seu bonito rosto me pedindo para beijá-la. Como eu poderia ir devagar agora? Eu não tinha certeza se seria capaz de parar quando fosse preciso, ou como faria para impedir minhas mãos de irem a lugares que ela não estava preparada para ser tocada ainda.


"Eu estava esperando até que você estivesse pronta", eu disse a ela honestamente.


Ela lambeu os lábios, e a ponta de sua língua espiou para fora, me provocando. "Estou pronta."


Este seria seu primeiro beijo, e o meu último primeiro beijo. Porque uma vez que eu fizesse isso, eu nunca tocaria qualquer outra pessoa novamente. Apenas Mary.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Dulce Então, muitas vezes ao longo dos últimos dez anos eu tinha imaginado este dia. Quando eu veria Christopher novamente e explicar por que eu tinha fugido, e lhe contaria sobre Franny. Mas, tudo que eu tinha era a memória de Christopher. Eu não conhecia o Capitão. O homem que ele havia se tornado era alguém com quem eu não ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 102



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  • thayna_chagas Postado em 15/05/2021 - 21:04:41

    Nossa como eu amo suas fics, você é uma autora incrível é essa história é maravilhosa <3

    • Dulce Coleções Postado em 30/05/2021 - 17:32:51

      Q bom q gosta dessas adaptações *_*

  • tamiresvondy Postado em 27/09/2020 - 00:05:13

    Adorei esse capítulo 13 kkkkkkk ela colocou ele no lugar dele é pra aplaudir de pé kkkkkkkkkkk

    • Dulce Coleções Postado em 18/01/2021 - 23:17:41

      kkkkkkk

  • tamiresvondy Postado em 26/09/2020 - 22:44:47

    A Dul perto dele é engraçado pq ele ainda não entende pq ela age desse jeito com ele kkkkkkk

    • Dulce Coleções Postado em 18/01/2021 - 23:15:47

      Sim kkkkk

  • tamiresvondy Postado em 26/09/2020 - 22:30:26

    Gente só tô querendo mata o Christopher por enquanto kkkkkkk

    • Dulce Coleções Postado em 18/01/2021 - 23:15:24

      Pode matar amg kkkkk

  • anne_mx Postado em 22/07/2020 - 17:25:53

    Tem como te amar mais? Você é uma autora incrível, cada vez que leio uma web me surpreendo mais, essa história é linda, meu Deus, tô mais apaixonada ainda pelo casal vondy <3

    • Dulce Coleções Postado em 23/07/2020 - 15:25:32

      Ain que fofaaaaa

  • DUL FOFOLETE Postado em 12/09/2018 - 22:49:44

    Caramba, cada vez mais viro sua fã. Amo suas Fics.

    • Dulce Coleções Postado em 15/09/2018 - 10:49:57

      Onwt muito mas muito obrigada*-*

  • Ellafry Postado em 11/09/2018 - 10:20:26

    Não acredito que já acabou!!!! eu amei *-*

    • Dulce Coleções Postado em 12/09/2018 - 15:00:56

      Infelizmente acabou ;-;

  • Ellafry Postado em 24/08/2018 - 13:42:21

    mary é muito eu kkkk &quot;ah, fulano de tal&quot; ai eu fico &quot;quem diabos é esse ser?&quot; HAHAHAHAH

    • Dulce Coleções Postado em 27/08/2018 - 22:48:50

      Eu na faculdade kkkk

  • Calura_Vondy 👑💓 Postado em 22/08/2018 - 16:38:12

    Continua.

    • Dulce Coleções Postado em 24/08/2018 - 00:06:50

      Continuando*-*

  • Ellafry Postado em 18/08/2018 - 20:32:22

    OMG. continuaa

    • Dulce Coleções Postado em 20/08/2018 - 12:47:27

      Continuando*-*


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