Fanfic: Entre Verdades e Mentiras | Tema: Barken

Assim que Ucker saiu fechei a porta, peguei a garrafa de whisky e joguei contra parede. Cai no chão de joelhos chorando. Estava destruída, não podia acreditar nas coisas que havia escutado, Ucker nunca me amou. E agora tudo fazia sentido, ele havia dito que estava com os bens congelados por que alguns tios queriam sua herança, mais era tudo mentira e caí feito uma tola.

- Eu vou me vingar. Sem dúvida eu vou me vingar de você Christopher. Vai se arrepender do dia que cruzou meu caminho.

….

- Boa tarde amore, como foi na entrevista?

- Bom acho que bem. Espero que me chamem logo.

- Vão sim. Que tal alugarmos um filme?

- Ia ser ótimo.

- E você nem me contou como foi ver o Poncho.

- Foi horrível vê-lo com aquela outra mulher.

- Eu imagino. E o Ucker e a Annie o que achou?

- olha apesar de tudo, eu preciso assumir que eles formam um casal tão lindo!

- Eu também achei. Eu sei que Sabemos a verdade sobre ele, mais ele realmente parece um homem apaixonado, porque amor não tem como esconder.

- Sim, mais quando eu o confrontei ele jurou que a amava.

-  Eu espero que seja verdade, porque apesar de tudo não desejo mal a ela, a adoro.

- sim eu também.

- E a verdade é que Ucker é como um irmão pra mim. Ele sempre foi um escroto com todos, mas sempre me apoio para que eu revelasse minha sexualidade.

- Eu sinto muito, talvez devesse falar com ele.

- talvez.

…..

Annie decidiu ficar no hospital então vim pra casa, quando me despedi ela parecia fria e pensei se ela havia escutado a conversa entre meu pai e eu, mais é claro que se ela tivesse ouvido ja teria armado um escândalo. Quando acordei fui para a empresa, porém para minha surpresa Carlos estava em minha sala.

- O que faz aqui?

- O que faço aqui.

- Oi meu amor!

- Annie achei que estava no hospital.

- Bom eu precisava resolver alguns assuntos. Carlos vai ser o novo presidente, meu pai e eu decidimos reconsiderar nosso voto.

- Por que está fazendo isso? Perguntei confuso. Carlos devia ter contado sobre minha situação e ela estava furiosa.

- Amor eu jamais devia ter te metido nisso tudo, você anda cansado e a verdade é que meu pai me da dinheiro suficiente para que não precisemos trabalhar, sua obrigação é apenas me fazer feliz!

- Annie eu sou seu marido, não um bonequinho que seu pai pode comprar pra te distrair.

- Ninguém comprou você, eu só estou dizendo que eu posso sustentar nossa casa enquanto você aproveita amor. Ela se aproximou e tocou meu rosto, mas ao invés de carinho senti algo ruim, eu estava possesso, ela estava me humilhando, como se eu Não tivesse condições de manter minha família. - Bom amor eu quero fazer compras vamos? Ucker vamos.

- Eu já vou. Annie saiu e me aproximei de Carlos.

- Foi você não foi? Olhei pra Carlos.

- Ai que se engana, não falei nada a ela sobre sua situação, mas Você sabe que até parece, que ela sabe que te comprou.

- Ela não me comprou. Bom quem sustenta sua casa é sua mulher então é bom você ir lá agradar ela. Ele falou irônico e sai dali. Quando cheguei ao estacionamento meu carro estava sendo guinchado.

- Annie por que não fez nada?

- Amor eu vendi seu carro.

- Por que?

- Porque agora sempre vamos sair juntinhos. Ela me deu um selinho e apertou minhas bochechas, tinha que me conter de tanta raiva. Passamos a manhã toda fazendo compras e minha cabeça a mil, teria ela descoberto algo, ou apenas ela estava sendo a garotinha mimada de sempre, talvez agora ao sentir que poderia perder o pai estivesse agindo assim. Talvez fosse isso, decidi tentar ficar tranquilo e falar com ela em casa. Chegamos e fui tomar um banho. Quando sai Annie estava se arrumando pronta pra sair novamente.

- vai ao hospital?

- Não vou ao clube com alguns amigos.

- E eu o que vou fazer, me queria em casa ao seu lado e agora isso?

- Se quiser pode ir, ou fica lindo que te levo pra jantar a noite.

- Annie vem senta aqui. A puxei a fazendo sentar na cama, fiquei de frente pra ela. Amor eu não sei o que está acontecendo com você, sei que Você está preocupada com seu pai, que deve estar assustada. Mas Annie eu sou seu marido e Te Amo eu não vou te abandonar jamais. Nem mesmo você bancando uma garotinha chata mimada, porque eu sei a garota doce, meiga e divertida que você é amor. Amor eu só te peço que não deixei nenhum bobagem nos afastar, porque eu não suportaria ficar longe de você. Eu estava olhando em seus olhos e por um instante seu olhar voltou a ser o que era. A beijei e mesmo não correspondendo no início ela cedeu ao beijo.

….

Eu adoraria acreditar que as coisas que Ucker havia me falado era verdade,mas eu sabia que não. Porém meu corpo sentia a falta do seu, havíamos passado apenas uma noite afastados mais era o bastante para que a saudade me matasse por dentro. Minha cabeça dava voltas eu estava muito confusa. Ele deitou por cima de mim, seus beijos, suas carícias eram tão intensas era impossível alguém fingir tão bem.

- Eu te amo Annie! Ao ouvir aquilo me lembrei da conversa de Ucker com seu  pai e meu coração partiu, o empurrei.

- Eu preciso mesmo ir. Peguei minha bolsa e saí o mais rápido que pude. Ao sentar no carro quase tive um troço chorando.

….

- Oi posso entrar.

- Claro vou chamar o Chris.

- Não espera eu quero falar com você.

- Tudo bem, senta posso te oferecer uma água, ou suco sei lá.

- uma água.

- Então. Dulce falou meio apreensiva enquanto me entregava a água.

- Bom eu vim  até aqui porque não sabia a quem recorrer. Eu tô destruída por dentro, parece que arrancaram o meu coração sabe, dói tanto. Tentei secar as lágrimas mais não consegui, Dul veio até mim e me abraçou. Eu devia ter te ouvido Dulce, no casamento você tentou me contar e eu fui uma idiota.

- Isso não importa mais. Eu imagino que você deve estar sofrendo, estavam tão felizes!

- Sim eu amava ele tanto e ele só me usou.

- Annie mais eu acredito que ele te ama.

- Ai Dul por favor. Ele nunca me amou, mais agora eu vou me vingar ele vai se arrepender.

- Eu não acho que isso seja uma boa idéia.

- É o que ele merece.

Passamos o resto da tarde conversando, depois fui ver meu pai no hospital. Peguei um perfume de Chris e coloquei antes de chegar, Ucker conhecia meu cheiro e ao ver que eu estava com cheiro de homem ele estranharia.

- Annie da onde você tá vindo essa hora?

- Depois do clube fomos pra um bar. O abracei e deitei. Boa noite amor!

- Annie por que está com esse perfume.

- Que perfume. Sentei na cama.

- De homem.

- Está louco esse perfume é meu. Vai dormir.

- Eu vou deitar no sofá. Boa noite! Ele me deu um beijo na testa pegou seu travesseiro e desceu. Passaram horas e eu não conseguia dormir, desci e vi Ucker dormindo, fiquei parada o admirando por um tempo, por que ele fez Tudo isso comigo, por que nosso amor não podia ser verdadeiro, a dois dias atrás eu estava tão feliz como nunca havia sido e agora isso. Fui até a cozinha e preparei um chá.

No outro dia levantei cedo e fui para o hospital, meu pai estava cada vez pior. Depois de passar a tarde toda lá por volta das sete horas fui até a empresa, agora que meu pai não podia trabalhar eu precisava supervisionar todos os gastos e transações que eram feitas, porém não entendia nada.

-Annie desculpe perguntar mas gostaria de saber se você gostaria de jantar comigo algum dia?

- Eu não sei, eu sou uma mulher casada…

- Mas pelo que eu vi ontem seu casamento não vai muito bem.

-Bom isso é algo que só diz respeito a mim e meu marido, não acha?

- Sim concordo. Mas se você mudar de ideia, já sabe.

- Tá bom.  Quando cheguei em casa, fui até a cozinha. Oii Ba e o Ucker?

- Ele levantou, falou comigo, andou pelo jardim e foi dormir.

- Dormir de novo.

- senhora eu não quero ser deselegante ou que ache que sou fofoqueira.

- Pode falar Ba.

- Seu Ucker foi pro escritório e quando saiu de lá estava bêbado, o levei até a cama.

- Tudo bem, Obrigada Ba! Subi e Ucker estava jogado no chão da sacada.

- O que está fazendo aqui fora Ucker, está muito frio e garoando, a quanto tempo está aqui?

- Annie meu amor. Ucker me puxou. E tentei levantá lo.

- Ucker como você bebeu tanto? Com muita dificuldade o levantei e o levei até o banheiro.

- Annie você..  você me destruiu, destruiu meu orgulho.  Agora sou uma barata que você esmagou. Ucker gesticulava muito o que me dava uma certa vontade de rir.

- Eu não fiz isso. Liguei o chuveiro e o coloquei lá em baixo.

- Vem meu amor, não me abandona, não me deixa. Ele fez uma voz manhosa e o que me fez rir mais ainda. Ucker me puxou me molhando também. - Ucker me solta.

- Não eu nunca mais vou te soltar coelhinha. Ele me prensou contra parede. Annie sinto sua falta, não sente a minha? Eu to carente de você.

- Ucker por favor! Ele me encarava com uma cara triste.

- Por que tá fazendo isso comigo?

- Você ta bêbado de mais essa não é a hora certa pra falarmos disso.

- Tudo isso por que eu não tenho um monte de dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro. Ele me soltou e se escorou na parede, deslizou até o chão e ficou ali sentado com a cabeça entre os joelhos.

- Ucker eu jamais deixaria de te amar por algo assim. O que eu estava fazendo? Eu não devia explicações a ele. Mais ele parecia destruído e mesmo ele não merecendo ver ele daquele jeito acabava comigo.

- Você me odeia, eu destrui sua vida., Eu queria te contar, mas eu era muito, muito covarde, eu me casei com você porque meu pai obrigou, eu sei um homem grandinho com medo do papai. Mas eu tenho, tenho medo dele, do que pode fazer... você sabe eu nunca contei pra ninguém mais meu pai… Ucker começou a chorar e eu chorei junto.

- Ucker você não precisa…

- Eu acho que devo te contar você é minha esposa, mas eu nunca mais vou conseguir olhar na sua cara… Ele chorava cada vez mais e a verdade é que eu tinha medo do que eu ia escutar e não queria que ele contasse algo por que estava bêbado, algo que pelo jeito o atormentava. Com certeza ele se arrependeria.