Fanfic: Desde os dez. | Tema: Rebelde

Depois do aniversário de Maite, fomos para casa como se tivessemos vindo de enterro. Talvez pior. Havia coisas a se fazer pela vida de Maite, mas sentíamos como se nossas mãos estivessem amarradas, como se não pudéssemos fazer nada, como se uma força estivesse nos empurrando para longe e essa força era a própria Maite.
Nos dias que se passaram, não ouvimos falar de Maite e também não falamos dela em nossa casa, mas eu olhava para Dulce e sabia que era nela que estávamos pensando. Em como ela foi um elo entre mim e Dulce por tantos anos até que nós pudéssemos nos gostar tanto a ponto de suportarmos nossos gênios tão fortes. Em como ela era tímida e desajeitada para coisas simples, mas tãol inteligente para coisas complicadas.
Não era preciso que trocássemos uma palavra. Eu sabia que nós duas estávamos lembrando de Maite, espalhando imagens de Santo Antônio pela casa e no dia em que chegou contando que encontrara o amor de sua vida. Ela era nosso eixo. Nossa menina cheia de religiosidade, manias e psicoses, mas linda, brilhante, boa... Boa de dar raiva. Saber que alguém estava ferindo nossa menina, machucava nossa carne, doía em nós.