Fanfics Brasil - "Cinquenta palavras para assassinato e eu sou cada uma delas." Nicotine

Fanfic: Nicotine | Tema: Panic! At The Disco


Capítulo: "Cinquenta palavras para assassinato e eu sou cada uma delas."

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− Seis assassinatos, dois sequestros bem sucedidos, um assalto a banco. – Scott andava de um lado a outro de sua sala, analisando uma folha de papel em suas mãos. Estava visivelmente impressionado com a ficha de Brendon Urie. – Algo a mais que você queira acrescentar que não esteja nesse papel? – ele se aproximou de sua mesa e guardou o papel em um envelope marrom e logo depois o guardou em uma gaveta protegida por um cadeado.


− Senhor Park, devo ressaltar que de todos os crimes que eu já cometi inclusive os bobinhos que não valem a pena eu colocar nessa lista, eu fui pego em, vejamos... – Brendon colocou as mãos na frente de seu rosto e movimentou os dedos como se contasse algo. – Nenhuma. – o rapaz mais novo soltou uma risada convencida, mas logo parou ao ver que Scott o encarava sério.


− E o que me garante que caso você seja descoberto, meu nome fique de fora de tudo isso?


− Cinco mil dólares na minha mão agora.


− Não pense que eu vou te dar o dinheiro todo agora, Urie. Não vou correr o risco de te entregar o dinheiro e você sumir com ele sem cumprir o combinado. – Scott abriu seu paletó e pôs uma mão dentro dele, tirando-a em seguida trazendo consigo várias notas.


− Acho que você não entendeu Sr. Parker. Cinco mil agora. – Brendon inclinou o corpo para frente, apoiando seus braços na mesa e encarando Scott de uma forma intimidadora. O rapaz frisou a última palavra e se divertiu com a expressão de indignação que havia se formado no rosto de Scott. – Eu faço o trabalho sujo e você me dá cinco mil após. Claro que pode haver outros caminhos. No caso de eu ser pego, você dá um jeito de me tirar da cadeia, todos ficam felizes, exceto a família do falecido, é claro. – ele fingiu uma expressão triste e logo após riu parecendo se divertir com a situação. – Seu nome não é mencionado em momento algum e eu sumo. Caso você resolva me deixar na cadeia, eu abro a boca e todo mundo fica sabendo que você foi o mandante. Também não posso correr o risco de me foder sozinho.


Scott ficou calado por uns instantes pensando se tudo valia a pena. Não sabia se podia se arriscar tanto, e tudo pelo que? Vingança de algo que já tivera acontecido há tanto tempo. Devia confiar em um estranho de sangue frio que já havia tirado a vida de outros infelizes e talvez por mera sorte conseguira se safar da punição que merecia? E se dessa vez por algum deslize Brendon fosse pego e seu nome fosse parar em todos os jornais? Ele é um empresário famoso, cuidava da carreira de vários famosos, tinha uma imagem a zelar. Seria um escândalo de proporções gigantescas.


− TIC, TAC! – Brendon o interrompeu de seus pensamentos. – Pense bem, você deve ter um motivo e tanto para ter me proposto isso.


Nesse momento, Scott se lembrou de tudo. Dos momentos com sua ex-noiva, dos felizes até o mais triste dia de sua vida. O dia em que fora abandonado no altar. O dia em que havia escolhido para ser o mais feliz de sua vida e tornara-se a pior lembrança que tinha. Lembrança essa que ainda o atormentava até o presente, em seus pensamentos, em seus sonhos...


O desejo de vingança corria por suas veias, parecia queimá-lo por dentro cada vez mais, toda aquela raiva guardada durante anos, só crescia. Viu Brendon levantando e colocando um cartãozinho em sua mesa, virando-se e caminhando até a porta. Scott deu um soco forte em sua mesa, tão forte que provavelmente ficaria com a mão roxa e dolorida por uns dias.


− Espera! – gritou para Brendon e viu o mesmo virando-se de volta e caminhando até a mesa com um sorriso satisfeito no rosto. Contou as notas de dinheiro e as entregou junto com um papel onde continha um nome e um endereço. – Hoje é a formatura da filha dele. Faça o que tem que fazer, não leve muito tempo para fazê-lo e não vacile.


***


Brendon's POV


Estacionei meu carro a algumas ruas de distância do hotel em que aconteceria a tal formatura da filha de Jeff Tooley. Sim, esse é o homem que provavelmente vai morrer. Acendi um cigarro e desci do carro, caminhei pelas ruas iluminadas. Poças d'água estavam presentes por quase todo o caminho, havia chovido e fazia um frio desgraçado aquela noite.


Entrei no beco que ficava ao lado do hotel e logo pude ver uma portinha lateral que dava acesso à cozinha do local. Joguei a pontinha que havia sobrado do cigarro no chão e pisei na mesma. Fiquei ali, na esperança de algum funcionário aparecer, e, parecia que aquele era meu dia de sorte já que uns dez minutos depois, uma garota apareceu carregando um balde que parecia pesado demais para os braços finos dela. Aproximei-me e tomei o balde de suas mãos, era lixo. A garota se assustou, mas permaneceu quieta me observando. Joguei o conteúdo do balde em outro maior que havia ali do lado de fora e devolvi o menor para a garota, que me lançou um sorriso amarelo.


− Perdão! Chamo-me David. – menti e estendi a mão à garota que me encarava desconfiada. – Você acha que vão notar meu atraso? É meu primeiro dia. Era pra eu ter chegado mais cedo, mas minha mãezinha tá doente e eu acabei atrasando.


− Oh! Sinto muito! – ela pareceu acreditar na mentira esfarrapada que eu havia dado. – Você entra comigo. Mas não deixa a Jo descobrir que eu te dei cobertura, senão nós dois vamos pra rua.


Assenti e a segui até dentro do local. Foi bem fácil, consegui me camuflar por entre os funcionários que ali estavam. O local estava cheio e no salão principal eu pude ver que já anunciavam os formandos.


− Eric Benson. – palmas ecoaram por todo o salão e um rapaz subia os degraus até chegar à frente, onde recebeu algo, provavelmente seu diploma.


− Erin Tooley. – reconheci o sobrenome e busquei o papel que continha o nome do meu alvo, Jeff Tooley. Só poderia ser a filha dele. Uma mulher de aproximadamente 23 anos abraçou um casal, certamente seus pais. Ela era linda. Seus cabelos castanhos iam até o meio das costas e formavam lindos cachos nas pontas. Vestia um vestido vermelho que deixava suas costas à mostra. Uma visão perfeita do paraíso. A acompanhei com o olhar até a frente, quando recebeu seu diploma. Voltei meu olhar até o casal que ela abraçara, precisamente no homem. Era ele. Jeff Tooley. O homem que eu deveria matar.



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Autor(a): annenogueira

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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