Fanfic: Lembra de mim? | Tema: Trendy; Dulce María; Alfonso Herrera; Vondy
Amy não é minha meia irmã ou filha de um padrasto ou madrasta, como a maioria das pessoas presume. Ela é minha por inteiro, cem por cento, irmã. Mas as pessoas ficam confusas porque: 1. Há trezes anos de diferença entre nós. 2. Minha mãe e meu pai se separaram antes de ela nascer. Talvez “separar” seja muito forte.
Eu não tenho certeza do que ocorreu exatamente – tudo que eu sei é que meu pai nunca esteve muito por perto quando eu estava crescendo. A razão oficial era que o seu negócio tinha base no exterior. A razão real era ele ser um oportunista imprestável. Eu tinha oito anos quando eu o vi descrever para minhas tias, na festa do Natal, como era ser um. Quando eles me viram, eles ficaram perturbados e mudaram o assunto, então eu imaginei que imprestável era realmente algum terrível palavrão. Isso sempre ficou na minha cabeça. Imprestável.
A primeira vez que ele saiu de casa, eu tinha sete anos. Mamãe disse que ele teria que ir em uma viagem para América, então quando Melissa da escola disse que ela tinha visto ele numa loja com uma mulher de jeans vermelhos, eu disse que ela era uma grande mentirosa. Ele voltou para casa umas semanas depois, parecendo cansado – do jet-lag, ele disse.
Quando eu o importunei por uma lembrancinha, ele me deu um pacote de chicletes Wrigley. Eu chamei isso de meu chiclete americano e mostrei pra todo mundo na escola – até Melissa apontar para o adesivo de preço da loja local. Eu nunca disse pro papai que eu sabia a verdade, ou pra mamãe.
Eu meio que sabia tudo sobre todo o tempo em que ele não esteve na América.
Dois anos depois, ele desapareceu de novo, por uns meses dessa vez.
Então ele começou um negócio próprio na Espanha, o que foi um fracasso. Então ele se envolveu em uma pirâmide de esquemas desonestos e tentou envolver todos os nossos amigos. Em algum lugar nesse meio tempo tornou-se um alcóolatra... Então ele foi morar por um tempo com uma espanhola. Mas a mamãe continuava o aceitando de volta. Então, três anos atrás, ele se mudou para Portugal para sempre, aparentemente para ficar longe do homem do imposto.
Mamãe teve vários outros “amigos cavalheiros” no decorrer dos anos, mas ela e papai nunca se divorciaram – nunca se deixaram realmente um do outro tampouco.
E, evidentemente, em umas dessas alegres beber-com-minhas-queridas visitas de Natal, ela e ele devem ter...
Bem, eu não quero realmente imaginar isso. Nós temos Amy, esse é o ponto. E ela é a coisinha mais adorável, sempre brincando em sua esteira de dança e querendo trançar meu cabelo milhares de vezes.
O quarto está silencioso e escuro desde que mamãe saiu. Eu me sirvo um copo de água e dou uns golinhos lentamente. Meus pensamentos estão todos nebulosos, como um local de bombardeio após a explosão.
Há uma fraca batida na porta e eu olho pra cima.
“Olá? Entre.”
“Oi, Dul?”
Uma garota não familiar, em torno de seus quinze anos está movendo-se lentamente pelo quarto. Ela é alta e magra, com a calça jeans deixando o diafragma a amostra, um umbigo furado, um cabelo com mechas azuis e em torno de seis camadas de rímel. Não tenho idéia de quem seja ela. Assim que ela me ver, ela faz uma careta.
“Seu rosto ainda parece ferrado.”
“Oh,” eu digo surpresa. Os olhos da garota se estreitam conforme ela me examina.
“Dul... sou eu. Você sabe que sou eu. Não sabe?”
“Certo!” eu faço uma cara apologética. “Olha, eu realmente sinto muito, mas eu tive esse acidente e eu estou tendo alguns problemas com a minha memória. Quero, eu tenho certeza que nos conhecemos –“
“Dul?” ela soa incrédula, quase machucada. “Sou eu! Amy!”
Eu estou sem palavras. Eu estou mais que sem palavras. Essa não pode ser minha irmãzinha.
Mas é, Amy virou uma alta, elegante, adolescente da moda.
Praticamente uma adulta. Conforme ela passeia pelo quarto, pegando coisas e as colocando no lugar de volta, eu fico fascinada com a altura dela. Com a confiança dela.
“Há alguma comida aqui? Eu estou faminta.” Ela tem a mesma voz doce, rouca que ela sempre teve-- mas modulada. Mais legal e mais maneira.
“Mamãe foi pegar pra mim o almoço. Você pode dividir comigo se quiser.”
“Ótimo.” Ela sentou em uma cadeira e passou os braços em volta das longas pernas, mostrando as botas de camurça até o tornozelo com saltos. “Então você não lembra de nada? Isso é tão legal!”
“Isso não é legal.” Eu rebato. “É horrível. Eu me lembro até antes do funeral do papai... e então tudo só fica vago. Eu também não me lembro dos meus primeiros poucos dias no hospital. É como se eu tivesse acordado pela primeira vez noite passada.”
“Espera aí.” Ela estreita os olhos. “Então você não se lembra de mim lhe visitando antes?”
“Não. Tudo que eu me lembro é de você com doze anos. Com seu rabo de cavalo e aparelhos no dentes. E aquelas fofas presilhas de cabelo que você costumava usar.
“Não lembra de mim.” Amy fingi que está vomitando, então franze as sobrancelhas pensando. “Então... deixe-me entender isto. Os últimos três anos inteiros são um branco total.”
“Como um grande buraco negro. E tudo antes disso está um pouco embaçado. Aparentemente eu casei.” Eu rio nervosamente. “Eu não tinha idéia! Você foi a dama de honra do casamento ou algo do tipo?”
“Yeah,” ela diz distraidamente. “Foi legal. Hey, Dul, eu não quero trazer isto a tona quando você está se sentindo tão doente, mas...” ela enrola um fio de cabelo, olhando esquisito.
“O que?” eu olho pra ela surpresa. “Me diz.”
“Bem, é só que você está me devendo 70 libras.” Ela encolhe os ombros apologeticamente. “Você me pediu emprestado semana passada quando o seu cartão de crédito não estava funcionando e você me disse que me pagaria de volta. Eu não espero que você vá lembrar...”
“Oh.” Eu digo espantada. “Claro. Só pegue você mesma.” Eu gesticulo para a bolsa Louis Vuitton. “Eu não sei se tem algum dinheiro aí dentro...”
“Terá.” Amy diz rapidamente com um sorriso minúsculo. “Obrigada!”
Ela põe no bolso as notas e abraça as pernas na cadeira de novo, brincando com a sua coleção de pulseiras prateadas. Então ela olha pra acima repentinamente em alerta.
“O que?”
Ela me examina com os olhos estreitos e descrentes. “Ninguém te disse, disse?”
“Me disse o que?”
“Jesus. Eu suponho que eles estão tentando revelar as coisas pra você gradualmente, mas, eu quero dizer...” ela balança sua cabeça, mordiscando suas unhas. “Pessoalmente, eu acho que você deveria saber mais cedo do que mais tarde.”
“Saber o que?” Eu sinto uma batida de alarme. “O que, Amy? Me diz!”
Por um momento, Amy parece debater com ela mesma, então ela se levanta.
“Espera aqui.” Ela desaparece por um curto momento. Então a porta abre de novo e ela reaparece. Agarrando um bebê asiático em torno de um ano de idade. Ele está vestindo um macacão e segurando uma madeira de suco, e ele me dá um sorriso radiante.
“Esse é Lennon.” Ela me diz, sua expressão comovida. “Esse é seu filho.”
Eu olho fixamente pra eles dois, congelada de terror. Do que ela está falando?
“Eu acho que você não se lembra?” Amy acaricia o cabelo dele carinhosamente. “Você adotou ele no Vietnã seis meses atrás. É uma grande estória na verdade. Na verdade, você o contrabandeou na sua mochila. Você chegou bem perto de ser presa!”
Eu adotei um bebê?
Eu sinto um frio no meu intestino. Eu não posso ser mãe. Eu não estou pronta. Eu não sei nada sobre bebês.
“Diga oi pra sua criança!” Ela o leva até a cama, estalando em seus saltos. “Ele a chama de Môo-mah, a propósito.”
Môo-mah?
“Oi, Lennon.” Eu digo finalmente. Minha voz tensa. “É a... é a Môo-mah.” Eu tento adotar uma voz amorosa de mãe. “Venha pra Môo-mah!”
Eu olho pra cima pra ver o lábio de Amy tremendo estranhamente.
De repente ela solta uma risada e cobre a boca com a mão.
“Desculpe!”
“Amy, o que está havendo?” Eu encaro ela, com um início de suspeita. “É realmente meu bebê?”
“Eu o vi no corredor antes.” Ela fala precitadamente. “Eu não consegui resistir. Sua cara!” Ela está tendo uma ataque de risadas. “’Venha pra Môo-mah!’”
Eu posso ouvir barulho de choro e gritos vindo do outro lado da porta.
“Devem ser os pais dele!” eu sibilo em consternação. “Sua pequena cruel... Ponha ele de volta!”
Eu desmorono em meus travesseiros em alívio, meu coração batendo. Obrigada porra. Eu não tenho um filho.
E eu não consigo me recuperar da Amy. Ela costumava ser tão doce e inocente. Ela costuma ver Barbie A bela adormecida repetidamente com o seu dedão em sua boca. O que aconteceu com ela?
“Eu cheguei bem perto de ter um ataque do coração.” Eu digo reprovadoramente assim que ela volta, segurando uma lata de coca diet. “Se eu morresse, seria sua culpa.”
“Bem, você precisa compreender.” Ela rebate com um sorriso largo não arrependido. “As pessoas poderiam te contar todos os tipos de besteiras.”
Autor(a): nathilimarbd
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Ela tira uma barra de goma de mascar e começa a desembrulhá-la. Então ela se inclina pra frente. “Hey, Dul.” Ela diz numa voz baixa. “Você realmente está com amnésia ou só está fingindo? Eu não vou contar.” &nb ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 6
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Dulce Coleções Postado em 06/06/2018 - 11:53:48
Ownt Christopher aparaceu*-*
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Dulce Coleções Postado em 06/06/2018 - 00:35:33
Continua
Dulce Coleções Postado em 06/06/2018 - 11:54:34
Eitaaa, qual fanfic? Fique sem perder o sono não kkkkk
nathilimarbd Postado em 06/06/2018 - 01:49:54
Tá aí mais um capítulo gata. Agora vou ali ler sua fic que me fez perder 4 horas de sono porque ela é tão maravilhosa que eu comecei a ler e não consegui parar mais. Beijo e espero que você goste
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Dulce Coleções Postado em 03/06/2018 - 13:44:44
Já pode continuar*-*, se a bolsa não é sua Dul pode entregar para mim, cuidarei muito dela kkkkk
nathilimarbd Postado em 04/06/2018 - 00:28:00
Né não? Ela deveria estar agradecida. Se fosse eu no lugar dela nem bolsa eu tinha porque teriam me assaltado. Kkkkkkkkk Continuando... Beijos ​