Fanfic: O estranho Onard | Tema: Dupla personalidade
O estranho Onard
Tocando um piano velho, uma música bem conhecida pela sua essência, encontra-se Onard, um jovem cujo seu dia-a-dia é ficar em casa excluído de tudo e todos, o pobre rapaz sofre de dupla personalidade, seu caso é tão avançado que o próprio Onard já deu um nome para essa sua singularidade, seu nome é Lour, fruto de sua insanidade mental e traumas que despedaçaram o coração dele. Tudo o que Lour faz enquanto está no comando do corpo que compartilha não pode ser visto ou até mesmo lembrado por Onard, porém o afeta da mesma forma, como se ele soubesse dentro de si mesmo o que aconteceu.
Em sua casa vazia de vida, Onard acorda perturbado, são três da manhã e um estranho e suave cheiro cerca a casa, curioso, ele decide sair de seu quarto e vai em direção à cozinha e lá encontra uma faca que se encontra meio escondida por trás de caixas que lá havia, ela parece molhada, meio incerto do que viu ele guarda a faca na gaveta, sai da cozinha e entra em um quarto que não é usado à anos, ele encontra uma cama de casal, um armário cheio de roupas velhas e um certo perfume familiar, o chão parece ter sido limpado recentemente, já que parece um pouco húmido, cansado e meio desconfortável com o lugar, Onard resolve voltar para o seu quarto e dormir.
Na manhã do outro dia ele acorda e passa por mais um dia trancado em casa, o tempo passa, os dias se vão, Onard parece cada vez mais estranhado com um cheiro que a cada dia que se passa fica mais forte, enjoado disso, decide sair de casa para refrescar a mente e variar um pouco, ao chegar na porta percebe que ela esta trancada, após soltar a maçaneta a televisão liga e um chiado muito alto começa, é a estática da tela, ele se direciona para a mesma e fica incomodado com o fato dela ter ligado sozinha, antes de desligar, Onard presta atenção no que está na tela e começa a ver algo se mexendo dentro da estática, olhando mais de perto percebe-se que mostra um compartimento no sótão de uma casa bem familiar, então o chiado se torna gritos incessantes e agonizantes, como se duas pessoas estivessem sendo torturadas de uma forma tão brutal e inimaginável. Assustado, Onard tira a televisão da tomada e tudo se encerra.
- O que acabou de acontecer aqui!? – se pergunta o jovem apavorado – Eu realmente preciso sair daqui, não quero mais ficar nessa casa!
Com o pouco de sanidade que ainda o resta, ele corre para a porta dos fundos e tenta abrir na força, mas esta trancada, sem saída, Onard vai para seu quarto e se tranca lá, após girar a maçaneta um terremoto começa e tudo balança, a visão do garoto fica embaçada e em seu último suspiro ele vê tudo caindo em cima dele. Ao acordar, ele se vê no chão de seu quarto, que esta em perfeitas condições, como se nada tivesse acontecido ali, quanto mais Onard tenta pensar sobre o que acabou de acontecer, sua cabeça dói mais. Sem ter o que fazer, ele conversa com Lour para saber o que esta acontecendo.
- Lour? Você está ai? Preciso de alguém pra me acalmar e esse alguém tem que ser você.
Lour com sua elegância sussurra em seu ouvido:
- Eu não sei o que está acontecendo, desculpas, mas não poderei ajudar, tente fugir dessa casa o mais rápido possível e nunca mais volte.
Inconformado com o que acabou se ouvir, Onard se desespera e se bate contra a janela de seu quarto, mas esta trancada. Ele então ouve mais gritos e se apavora e começa a se debater na porta do cômodo, tentando abrir, porém algo está prendendo ela, os gritos não param e fica cada vez mais ensurdecedor, quase a beira de um colapso, Onard reúne todas suas forças restantes e arromba a porta de seu quarto, após fazer isso percebe que os gritos são muito familiares e vêm do sótão da casa, indeciso sobre o que fazer, ele vai até o sótão e quando vai entrar, o cheiro parece ficar mais forte, um cheiro podre de decomposição invade suas narinas e ele congela na entrada do sótão, lá Lour diz que achou as chaves da porta da frente no bolso, que agora eles podem finalmente sair da casa. Intrigado e assustado, Onard decide investigar o lugar, ao acender as luzes, os gritos voltam mais altos do que nunca, quase deixando surdo o jovem, tudo começa a tremer e sua visão volta a embaçar, quase desmaiando ele enxerga um saco preto no fundo do sótão, caminhando e quase caindo, ele chega até lá, o cheiro fica extremamente pior e quase faz ele vomitar, Onard abre o saco e o que ele vê o paralisa, os gritos se foram e ele descobre de onde vem esse cheio podre, ao olhar para o que tem no saco, Lour se apavora e então toma o corpo enfraquecido de Onard, que parece quase morto por dentro e foge de lá, correndo pra fora daquele lugar que mais parece um pesadelo, eles nunca mais foram vistos novamente, Onard morreu dentro de si mesmo, deixando Lour no controle de todo o corpo o tempo todo, porém carregando o peso imaginário do corpo morto de Onard. O que o jovem tinha visto era os corpos de seus pais despedaçados e em decomposição, Lour tinha matado eles por desentendimento, já que eles não sabiam da existência dele e nem se importavam com o estado do filho, injustiçado, Lour pegou a faca da cozinha e matou eles a sangue frio. Ninguém soube disso até hoje e a casa não foi visitada.
Leonardo C. do Amaral
Autor(a): lc.lour
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