Fanfics Brasil - Desleixado Sammy

Fanfic: Sammy | Tema: Gay


Capítulo: Desleixado

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Capitulo dois: Desleixado


                  Não me dei conta do tempo que fiquei encolhido na cama do Vitor perdido em pensamentos. Percebi que a luz do sol sumia aos poucos e logo o quarto mergulhou em uma escuridão total. Imaginei que horas poderia ser e quanto tempo fiquei sozinho no quarto. Espreguicei olhando ao redor ouvindo meu estômago roncar e senti meu corpo dolorido, minha mão latejava com o corte aberto e meu joelho formigava muito. Tentei olhar meu joelho na escuridão, mas só consegui sentir o rasgo que minha calça sofreu e meus pensamentos que voavam para longe novamente.


                   Passei a tarde toda pensando em tudo que tinha acontecido, estava achando que só podia ser uma piada tudo aquilo que aconteceu com Evan Demian. Porém ele em pessoa esteve comigo e admitiu que estava afim de mim e ainda me deu aquele beijo.


                Fiquei horas me recriminando por causa disso, afinal eu resisti no inicio, mas depois gostei e retribui. Que tipo de cara que eu era?Não é só porque o Evan é um modelo lindo que eu devia ter cedido daquela maneira, ele não deixava de ser homem e aquilo me tornava gay, ou talvez bissexual não tinha muita certeza.


- Sammy. - Era a voz do Vitor que me chamava e me despertava da minha tortura mental. Ele ascendeu à luz e se aproximou cauteloso de mim. - Sua mãe acabou de ligar querendo saber por que você ainda não tinha voltado pra casa e eu disse você ia passar a noite aqui tudo bem?


- Tudo bem. -Respondi o encarando de volta e aproveitando para olhar o estrago no meu jeans e na minha mão. Vitor resolveu se sentar ao meu lado, porém ficou calado me analisando até que eu finalmente o encarasse de volta.



  • Sammy, o que aconteceu com você?

  • Nada Vitor, para de me incomodar com isso.

  • Você realmente não confia em mim. -Ele se levantou e abriu a porta do guarda roupa para pegar uma caixa onde se encontrava alguns remédios e esparadrapos. Voltou a se sentar do meu lado e segurou minha mão limpando a ferida. Ele estava abatido, eu nunca o havia visto assim.

  • Vitor o que foi?

  • Nada, meu melhor amigo não confia em mim. -Sorriu pra mim, mas aquele sorriso amarelo.

  • Se eu contar o que aconteceu comigo. -Dei uma pausa para encará-lo. -Você não seria mais meu amigo.

  • Por que você não tenta?Eu não sou seus pais para te dar broncas e sim seu amigo e vou entender você.

  • Tudo bem. -Respirei fundo e olhei para os band-aid espalhados pela colcha e comecei a brincar com eles, tentando criar coragem. -Conhece Evan Demian certo?

  • -Certo.- Ele parou de cuidar da minha mão e me encarou com o semblante sério.

  • Então. -Olhei pra ele com medo de continuar, coloquei minha franja teimosa para trás da orelha e encarei os olhos azuis do Vitor. -Ele se declarou pra mim. -Abaixei a cabeça, morto de vergonha.

  • Ele o que?-Vitor se levantou da cama e ficou me encarando, eu sabia que ele não iria acreditar em mim.

  • É isso que você ouviu!Eu também não sei por que ele fez isso, eu nem o conhecia, só tinha ouvido falar dele, mas ele chegou do nada e disse que gostava de mim e me agarrou no fundo do colégio.

  • Não acredito!


                 A reação do Vitor foi tão incrédula que engoli em seco ficando nervoso. Afinal quem acreditaria que o senhor perfeição daria mole para um cara, ainda mais um desleixado e sem atrativos como eu. Mas foi o que tinha acontecido e eu não ia sair como o mentiroso naquela história.



  • Se não quiser acreditar em mim o problema é seu!- Minha voz saiu grave e firme e fiquei encarando Vitor que andava pelo quarto de um lado para o outro me deixando mais nervoso ainda. - Ele completamente me atacou e mandou alguns marginais me levarem a força para lá, eu não queria que isso tivesse acontecido!-Gritei aflito.

  • -Calma.-Vitor se sentou ao meu lado segurando com força em minha perna. -Fica calmo Sammy, eu só preciso ter certeza disso que você esta me dizendo, realmente o Evan Demian te assediou?

  • Claro que é verdade! -Respondi quase gritando. -Pra que motivo eu inventaria uma loucura dessas?

  • Que desgraçado! - Vitor murmurou entre dentes ficando muito nervoso, ele estava com uma cara muito seria e olhava para o chão com raiva e fechava seus punhos com tanta força que eu conseguia ver suas veias.

  • Esquece isso Vitor, deixa pra lá, deve ter sido só um capricho de um mauricinho entediado. -Tentei soar convincente, aquela historia já estava ruim demais para acabar com Vitor se estressando junto comigo.


                    Mas pelo que parecia meu melhor amigo estava pegando minhas dores para si, pois estava com um semblante muito abalado e com uma cara de pânico que me deixou bem curioso, não queria que ele comprasse aquela briga só queria esquecer tudo e não causar mais nenhum problema.


- Eu vou matar esse cara Sammy...


- Eu já disse pra esquecer esse assunto!


- Você não sabe o que aconteceu. - Ele se levantou novamente passando as mãos pelo cabelo e respirando fundo para me encarar. - Hoje no vestiário antes do jogo aquele maldito estava dizendo pra todo mundo que ia se declarar pra alguém do colégio, que iria fazer qualquer coisa para ter essa pessoa e eu...


                Percebi que ele estava se alterando sua face mudou para uma de preocupação e vi lágrimas surgirem em seus olhos.


 - Fui eu Sammy, fui eu quem sugeriu que o Evan levasse essa pessoa que ele estava afim lá para aquele depósito, eu vi quando ele conversava com aqueles amiguinhos dele, mas eu jamais imaginei que essa pessoa fosse você.


                   Não sei dizer o que tinha me deixado mais chocado naquele dia, a declaração do Evan Demian ou o meu melhor amigo ter sugerido uma coisa tão horrível quanto aquela. Abri a boca ficando perplexo enquanto processava as palavras e fiquei encarando Vitor enojado não sentindo pena alguma de sua cara de choro.



  • -Vitor.-Eu me sentia muito perdido por descobrir que meu melhor amigo tivesse intenções tão sujas com as pessoas. - Não da pra acreditar que você deu uma ideia dessas para alguém, mesmo que não fosse comigo, imagina como uma menina ia se sentir se fosse levada a força para aquele galpão velho e sujo por aqueles caras sinistros.

  • Sammy, eu sinto muito. -Ele me olhava com uma cara de súplica, mas eu não conseguia perdoá-lo afinal tudo que me aconteceu, o medo que eu senti foi tudo culpa dele do meu melhor amigo.

  • Sai daqui Vitor. - Olhei furioso para ele. -Eu não acredito que foi por sua causa que eu passei por tudo aquilo.

  • Para de me julgar, eu não sabia que a pessoa era você!Não tinha como saber que aquele cara era veado!

  • Será que não entende que não é essa a questão?Se fosse uma garota nessa situação seria muito pior seu idiota.


                               Vitor parou no meio do quarto e deu um sorriso irônico pra mim e deu uma bufada rindo me deixando ainda mais nervoso.


- Aquelas meninas completamente se jogam pra cima dele, com certeza qualquer uma naquele colégio teria adorado ter sido arrastada para dar um amasso com Evan Demian, seria um favor que eu fiz a elas. - Debochou Vitor.


- Então acha que eu devia te agradecer?- Gritei me levantando. -Acha que eu queria que um bando de marginais me obrigassem a ficar sentado num galpão vazio sem saber o que eles queriam de mim, esperando o mimado do Evan vir me dar um amasso?


- Claro que não. - Vitor empalideceu e fez uma cara de desprezo. - Como eu disse qualquer garota me agradeceria, mas você não é uma garota e eu não sabia que aquele cara era gay.


- Droga Vitor. -Resmunguei sentindo as lágrimas descerem por meu rosto novamente, não aguentava mais chorar. -Eu te odeio e se vai me obrigar a olhar pra essa sua cara eu vou embora!- Disse passando por ele na porta, mas ele segurou com força em meu braço me obrigando a encará-lo.



  • Fica eu saio, eu durmo na sala hoje.

  • Não, eu vou pra minha casa, não quero ver essa sua cara nunca mais na minha vida.

  • Sammy, eu já disse que não sabia.

  • Vai à merda Vitor, você não presta!


                  Sai correndo do quarto, peguei meu tênis que estava na porta, a minha mochila que estava jogada sobre o sofá e desci correndo as escadas, dei de cara com o pai do Vitor que chegava do trabalho e o cumprimentei bem rápido e corri para o ponto de ônibus.


                   Tentei relaxar e olhei ao redor nervoso, parece que todos estavam levando suas vidas rotineiras como sempre, só comigo que estava acontecendo um caos. Encostei ao poste esperando ansioso pelo ônibus, tudo que eu queria era chegar logo em casa tomar um banho e jogar vídeo game a noite toda e esquecer aquele maldito dia.


 


                      Assim que cheguei em casa fui direto para meu quarto,vi a luz da cozinha acesa provavelmente estavam todos jantando,porém não estava com cabeça para aguentar mais ninguém naquele dia.Tomei um banho rápido e me tranquei no quarto e liguei o vídeo game pronto para jogar e ocupar minha mente.


                    Depois de alguns minutos jogando estava claro que eu não estava conseguindo me concentrar, fiquei encarando a tela da TV exibindo o game over e respirei fundo deixando a manete de lado e fui me deitar na cama encarando o teto pensativo, eu não conseguia tirar aquela tarde da minha cabeça.


                  Evan Demian era um modelo muito popular e assediado pelo que ouvi falar e provavelmente ninguém sabia que ele era gay ou bissexual, ou vai saber se isso não era somente um passatempo para ele?Mesmo assim por que um homem como ele se interessaria logo por mim?Lembrei que ele havia me dito que não sabia como se aproximar de mim, então significa que ele já tinha me visto antes, mas aonde?


                      Cai no sono com mil pensamentos passando na minha cabeça e quando acordei me assustei com o grito da minha mãe me chamando para o café da manhã, nem acreditei que já era tão cedo e que mais um entediante dia de aula me esperava. Levantei com uma disposição péssima devido ao sono e me arrastei até o banheiro enfiando minha cabeça debaixo da torneira pra melhorar meu ânimo.



  • Sammy! Desça logo que seu café já esta esfriando e você vai se atrasar!- Minha mãe gritou novamente da cozinha e percebi que se não descesse logo ela iria me buscar e me fazer descer a base de vassourada.


                   Voltei para meu quarto vestindo meu uniforme horrível, uma camisa cinza com o símbolo da escola e uma calça jeans preta, enfiei meu tênis skatista que continuava imundo e desci as escadas passando a mão pela minha camisa amarrotada, peguei meu boné que estava pendurado no corrimão da escada e fui direto para a cozinha soltando um bocejo e qual foi minha surpresa ao vê-lo lá.



  • Não sei por que você demora tanto para se vestir para a escola se sempre esta o mesmo molambento de sempre. - Minha irmã resmungava sentada tomando café, e ao lado dela estava Evan Demian.

  • O que... -Fiquei parado na porta sem reação, não conseguia acreditar que ele estava ali.

  • Fecha a boca moleque. -Beatriz disse me tirando de meus devaneios.

  • O que esse cara faz aqui?- Perguntei incrédulo olhando para todos na mesa e fixando meu olhar na cara sorridente de Evan.

  • Pela sua cara de espanto já percebi que conhece o Evan Demian. -Respondeu Beatriz orgulhosa e estufando o peito. -Estamos fazendo um trabalho juntos na faculdade, um desfile acontecerá em breve e eu fui selecionada para cuidar dos preparativos e o Evan aqui além de participar do desfile esta me dando uma forçinha.

  • Um jovem excepcional. -Meu pai dizia acabando de tomar o café. -Seria uma honra ter um genro assim.

  • Pai!-Beatriz gritou ficando vermelha. -Poxa, nosso envolvimento é profissional!

  • Formariam um belo casal. -Admiti já me sentando para tomar o café.

  • Mas eu já estou interessado em outra pessoa. -Evan finalizou com aquele belo sorriso, típico modelo.

  • Espero que ela seja uma boa pessoa, hoje em dia caráter é o mais importante. -Minha mãe vinha com uma travessa de biscoitos.

  • Imagino que ela seja uma pessoa maravilhosa, o pouco que conheci dela já me deixou totalmente fascinado. -Ele disse isso olhando pra mim e eu corei na hora.

  • Acho que já estamos atrasados Evan. – Minha irmã já se levantava cortando o clima que nem sequer imaginava que estava acontecendo bem ao seu lado. -Temos que pegar alguns materiais de montagem na faculdade, de lá iremos à loja o que acha?

  • Tudo bem imagino que devemos algumas explicações ao diretor da loja, principalmente por eu ter faltado ontem.

  • Ainda mais com o pretexto de jogar futebol. -Beatriz sorriu indo pra a sala.

  • Tive meus motivos. - Evan olhou pra mim e se levantou. - Posso te dar uma carona?Estou de carro.

  • Não precisa, eu vou de ônibus. -Abaixei a cabeça e virei o prato de cereal na minha boca fazendo barulho.

  • Tenha modos à mesa Samuel! -Meu pai me repreendeu como sempre, sem se importar com a visita. -Estou atrasado para o trabalho, e você não me cause dor de cabeça. –Ele resmungou e foi embora, ele sempre falava isso comigo, estava ate acostumado com as broncas.

  • Mãe, você lavou minha roupa de educação física?- Perguntei já me levantando.

  • Claro que não, eu nem sabia onde ela estava.

  • Ah mãe, hoje eu tenho aula como eu vou jogar?

  • Se vira. -Minha mãe veio me dar um beijo na cabeça e saiu pra lavar as louças.

  • -Droga.-Resmunguei.

  • Acho que hoje terei outro motivo para ir ao seu colégio Sammy. -Evan estava com um olhar malicioso estampado na cara.


                      Encarei aquele sádico de mau humor, ele tinha me agarrado no colégio no dia anterior e agora aparecia na minha casa sem nem um pingo de remorso. Será que ele imaginou que eu tinha gostado e achou que eu ia continuar com aquela pouca vergonha?Eu queria falar poucas e boas pra ele, mas minha mãe e irmã estavam em casa e não seria o lugar ideal pra isso.


- Eu tenho que ir embora. - Respondi ignorando sua proposta de carona e indo pegar minha mochila no sofá da sala.


- Aceite minha carona. - Ele insistiu me seguindo até a sala e depois diminuiu o tom de voz. - Se não vou pensar que esta fugindo de mim.


- Por qual motivo eu fugiria de você?- O questionei irônico louco para ver aonde ele chegaria com aquele papo furado.


- Podemos conversar melhor no carro a caminho do seu colégio.


- Pensei que a Beatriz e você estavam atrasados. - Cruzei os braços e olhei ao redor imaginando onde a minha irmã tinha se enfiado.


- Deixa disso. - Evan deu seu sorriso torto me deixando nervoso. - Eu nunca estou atrasado, as pessoas precisam de mim então elas que me esperem.


- Nossa como é esnobe. - O fuzilei com os olhos e sai de casa jogando a mochila no ombro. Além de ser um baita de um convencido o cara ainda menosprezava as pessoas com quem trabalhava isso me deixou furioso.


- Espera Samuel!- Evan segurou meu braço com força na entrada de casa e me puxou para encará-lo, o que aumentou minha revolta.


- Me solta seu babaca. -Gritei me soltando.


- Sammy vamos conversar sobre o que aconteceu ontem. - Pediu ele levantando as mãos em sinal de paz. -Tenho certeza que você esta cheio de dúvidas sobre o que aconteceu e eu só quero esclarecer.


                        Eu não queria ceder aos caprichos daquele sádico, porém eu estava realmente curioso, afinal por que um cara lindo e esnobe como ele estava perdendo tanto tempo comigo?Ele era do tipo que podia ter quem quisesse. Reparei na roupa que ele vestia que combinava com seu corpo alto e atlético e seu cabelo loiro repicado até abaixo do queixo que combinava tão bem com seu rosto másculo e os olhos de uma cor intensa de azul. Respirei fundo e ajeitei minha mochila no ombro tentando mostrar uma superioridade que eu não tinha.


- Tudo bem. - Levantei o queixo e me virei para a rua procurando seu carro e fiquei boquiaberto ao ver um porsche vermelho na frente de casa. - É... É aquele seu carro?- Apontei espantado.


- Esse mesmo. - Evan passou o braço pelo meu ombro me puxando para perto de si e me levando até o carro. Eu estava muito surpreso afinal aquele carro era incrível. - Entra ai. -Disse ele destravando o alarme e já indo para o banco do motorista.


                        Abri a porta e me sentei olhando por dentro admirado, eu nunca tinha entrado em um carro tão lindo como aquele e com um cheiro de carro novo que me deixou espantado. Evan parece ter percebido minha admiração por seu belo veículo e sorriu colocando os óculos escuros e deu partida.


                      O caminho para meu colégio não era tão longe e por isso fiquei ansioso para que chegasse logo, eu não estava nem um pouco a vontade sozinho no mesmo lugar com o cara que tinha me assediado no dia anterior e não queria que ele pensasse que eu estava interessado.


                          Percebi que o veículo diminuiu a velocidade e parou em uma rua mais deserta a uns dois quarteirões do colégio, onde eu poderia descer e chegar tranquilamente no colégio a pé, mas eu estava muito curioso sobre tudo aquilo então segurei firme a mochila no meu colo e o encarei querendo respostas.


- E então?- Comecei questionando.


                   Ele retirou os óculos e me encarou com aqueles olhos indecifráveis, pela primeira vez reparei que ele não demonstrava mais toda aquela prepotência, ele parecia muito inseguro até.


- Como disse ontem estou muito interessado em você Samuel. Fiquei chateado pelo jeito que você foi embora ontem, afinal estava crente que você iria me aceitar, mas acho que as coisas não saíram como planejei.


- Com certeza não foi nada normal você mandar aqueles seus amigos marginais me carregarem a força para o depósito da escola. Aquilo assustaria qualquer um.


- Me desculpa por isso. - Ele passou a mão pelo cabelo parecendo muito nervoso. - Imaginei que seria o melhor lugar para conversar e aqueles garotos esquisitos foram os únicos que encontrei para lhe dar o recado, e eles não são meus amigos e depois percebi que eles eram meio estranhos. - Sorriu tímido me encarando com aqueles olhos indecifráveis. - Não foi minha intenção te assustar.


- Por que você não tentou conversar comigo de uma maneira mais normal?


- Eu não queria te expor e nem me expor. - Evan segurou no volante olhando ao redor e parecia muito apreensivo quando voltou a me encarar. -Sabe Sammy, ninguém sabe que sou gay, não tem ninguém que poderia me ajudar e foi essa maneira que achei para me aproximar de você.


- Mas você se declarou pra mim sem saber se eu era gay, e eu não sou gay! – Debati nervoso, afinal por que ele poderia achar que eu era gay?


- Eu resolvi arriscar. - Seu sorriso foi de deboche e percebi que ele não acreditou no que eu disse. - E do jeito que você me retribuiu ontem, se você não era gay ao menos se tornou bissexual. - Sua mão já deslizava pela minha perna fazendo meu sangue ferver.


- Tira a mão de mim!- Empurrei seu braço o encarando furioso. - Você pensou muito errado cara.


                              Eu já estava abrindo a porta do carro quando Evan agarrou em meu braço e me puxou de volta.


- Desculpa por esta investida tão brusca. - Sua mão foi parar em meu rosto me acariciando. -Eu só quero te conhecer melhor, será que posso?


                        Fiquei encarando aquele rosto de perto e engoli em seco. Eu não queria dar brecha para aquele cara continuar com suas investidas, mas meu coração batia com tanta força e eu estava tão eufórico que fiquei sem respostas. Senti sua mão no meu rosto e não tive coragem de afastá-lo, e sentir aquele perfume delicioso dele de novo me deixou totalmente desnorteado.


                          Para falar a verdade Evan sabia que eu estava cedendo, ele não seria burro de investir em alguém que não teria chances. E por outro lado eu estava muito confuso com aquela atração desgraçada que estava sentindo por ele.


                     Ficamos naquela posição durante alguns segundos em silêncio, deixei que ele continuasse com aquela caricia no meu rosto e quando percebi que ele aproximava seu rosto do meu fechei meus olhos esperando o inevitável e foi quando o sinal da escola tocou.


- Preciso ir!- Me espantei com minha própria voz e estava mais espantado ainda por ter sentido os lábios do Evan tocando o meu, estávamos na rua qualquer um poderia ter visto isso.


- Mais tarde nos veremos de novo, posso te levar até a porta do colégio. -Sugeriu ajeitando o cinto.


- Esta tudo bem, vou chegar à escola bem rápido daqui. - Disse já fora do carro e segurando a porta aberta. - Bom dia pra você. -Desejei batendo a porta e correndo para o colégio.


- Até mais tarde. - O ouvi dizer, mas nem me dei ao trabalho de olhar pra trás, estava tão nervoso que sentia minhas pernas tremulas.


 


                          Quando cheguei ao colégio o segundo sinal já estava tocando e corri o mais depressa que minhas pernas no estado de tremor que se encontravam permitiram e fui direto para a sala de aula. No corredor para a turma do terceiro ano acabei encontrando com Vitor, mas passei direto por ele não retribuindo o sorriso que ele me dava, meu humor que estava instável ficou péssimo de repente por causa dele, o que ele pensava afinal quando deu aquela ideia idiota para o Evan?E o pior depois de ver aqueles marginais esquisitos com ele então, provavelmente com a mente suja que ele tinha imaginou que aconteceria algum tipo de estupro, cara covarde!


                       Entrei na minha sala bufando nervoso, mas fiquei aliviado porque o professor ainda não tinha chegado e fui me sentar na minha cadeira. Antes de começar a tirar meu material da mochila vi que Carol entrava na sala e seguia pra carteira bem na minha frente e suspirei quando ela me deu seu melhor sorriso.


- Sammy!- Fiquei assustado ao ver a expressão dela mudar tão de repente e sua voz suando preocupada. - O que aconteceu com sua mão que curativo é esse?-Ela começou a examinar minha mão e depois massageou delicadamente o que me fez derreter por completo.



  • Não foi nada. -Suspirei. -Eu só cai.

  • Tenha mais cuidado. - Ela já soltava minha mão e abria aquele sorriso de covinhas. - Você não sabe da melhor que aconteceu ontem, fiquei sabendo que a metida da Jessica foi atrás do Evan depois do jogo querendo saber se a declaração tinha sido pra ela. -Seus olhos brilhavam de empolgação. - E nem imagina o fora que ela levou.

  • Não entendi. -Fiquei desconfiado encarando Carol com uma expressão confusa. -A Jessica chegou no cara do nada?Sem ter certeza se a declaração era pra ela ou não?-Não conseguia acreditar eu sabia que a Jessica era convencida mais não a esse ponto.

  • Ela levou um baita fora eu vi tudo. -Uma garota se esparramou sobre a minha carteira, parece que tinha ouvido nossa conversa.

  • Você estava lá Mel?-Carol já puxava a garota pela mão para se sentar ao seu lado.

  • Claro, umas amigas e eu fomos lá ao vestiário para podermos ver a beldade de perto, então ele já tinha saído e a Jéssica começou a caça-lo dizendo que ele estava esperando por ela,então ele apareceu vindo do fundo do colégio,estava muito cabisbaixo,chateado com alguma coisa.

  • -Ah.-Isso foi depois que eu fui embora, pensei ficando sem graça. - Olha gente, acho melhor esquecer esse assunto. -Sorri tentando desviar a conversa, afinal não queria que ninguém desconfiasse de nada que ocorreu entre o Evan e eu.

  • Cala a boca Sammy!-Carol quase estourou meus tímpanos com esse grito. -Continua Mel.

  • A Jéssica foi ate o Evan e ficou se achando porque tinha uma galera cercando eles, e ela convencida como é deve ter achado que o Evan não seria capaz de dar um fora nela na frente de tanta gente então chegou dizendo que sabia que a declaração era pra ela, e que aceitava ser a namorada dele.

  • -Oferecida.-Me ouvi dizer e fiquei constrangido pelo que estava falando.

  • Oferecida mesmo. -Carol ficou chateada e morta de ciúmes.

  • Mas o Evan disse a Jessica que ela estava enganada. - Continuou Mel narrando os acontecimentos. - E que nem sequer a conhecia e que a pessoa que ele estava interessado era única, que jamais perderia o tempo dele se declarando para alguém comum como ela, e disse também que a pessoa para quem fez a declaração era mais do que especial, era perfeita. A Jéssica saiu de lá chorando.

  • -Nossa.- Carol estava surpresa e olhava pra mim com cara de boba. -Imagina só, o perfeito Evan Demian parece estar apaixonado, da para acreditar?O que essa pessoa tem que o enfeitiçou tanto?

  • Era isso que eu queria saber. –Murmurei olhando para fora da janela, o professor entrou na sala e todos voltaram para os seus lugares, e eu fiquei remoendo minhas ideias.


 


                               As aulas foram passando normalmente e eu nem prestava atenção no que os professores falavam. Passei a maior parte do tempo debruçado sobre minha mesa olhando pela janela a quadra que se encontrava vazia, eu estava perdido em pensamentos e a culpa disso, claro, era do Evan.


                              Finalmente a última aula chegou e eu teria educação física, fiquei mais animado porque poderia distrair minha cabeça de tantos pensamentos confusos. Fomos até o vestiário nos trocarmos e soube pelo professor que jogaríamos futebol, ótimo!Estava ansioso para colocar aquela maldita bola dentro do gol.


                             Quando cheguei à quadra percebi que Carol estava sentada na arquibancada com os dedos cruzados e um olhar concentrado. Ela não gostava de esportes e não praticava por problemas de saúde, mas ela sempre ia me assistir jogar, e naquela ocasião estava torcendo para eu entrar para o time e participar da interclasse do colégio. Porem eu só jogava para me divertir afinal meu esporte favorito era o skate e era nisso que eu mandava bem. Mas é claro que não dispensava a torcida dela.


              


                      Na hora do jogo eu corria pelo campo e não conseguia pegar a bola de jeito nenhum,tinha um garoto enorme da minha sala que roubava a bola de todo mundo e empurrava todos que se aproximavam,era um convencido.


                       Quando eu tentei tirar a bola de seu pé levei um empurrão que me jogou pra fora do campo e mesmo o professor dando falta pra ele me levantei e fui tirar satisfações.



  • Você é muito frouxo garoto, aprenda a ser mais homem. -O idiota ria de mim enquanto eu me aproximava com os punhos fechados, podia morrer por fazer o que estava querendo, mas que eu daria um soco bem dado naquele gorila eu daria.

  • Sammy, Sammy. -Carol vinha correndo na minha direção ao ver que eu estava no meio de uma briga, ela sempre fazia de tudo pra eu não me meter em confusão, porém eu não deixaria aquilo barato. - Não faça isso Sammy. -Carol me agarrou pela camisa tentando me fazer parar.

  • Fica fora disso Carol, eu vou resolver isso de uma vez por todas, quem esse cara pensa que é?

  • Parem vocês dois!-O professor veio gritando ao ver que eu já partia pra cima do cara. –Vou mandar vocês para a diretoria, estão piores que crianças, estão fora do time!

  • Mas viu o que ele me fez?-Reagi mostrando meu braço machucado. -Ele me empurrou.

  • E você foi brigar com ele, vê se cresce Samuel, isso é uma partida amistosa e você foi logo resolver as coisas no braço.

  • Mas...

  • Mas nada, somem os dois daqui! – O professor já estava com a veia estourando e resolvi não criar mais problemas, sai bufando da quadra e Carol veio correndo atrás de mim.

  • Sammy, por que você foi fazer aquilo?-Ela puxava meu braço tentando cuidar do meu machucado causado por causa do empurrão que eu levei.

  • Me solta!-Gritei puxando o braço. -Me deixa em paz, eu não sou feito de porcelana, cansei disso.

  • -Sammy.-Os olhos dela se encheram de lágrimas, eu fiquei com um nó no coração, mas também já estava cansado de todos me tratando como se eu fosse criança.

  • Carol, a aula já esta acabando vai pra sua casa.

  • Não antes de saber o motivo dessa grosseria.

  • Cansei das pessoas me tratando feito criança Carol. -Sorri por causa do biquinho que ela fez. -Eu não preciso dos cuidados das pessoas, eu sei me virar.

  • Mas eu só queria te ajudar.

  • Tudo bem, eu vou para o vestiário agora, preciso tomar um banho.

  • Esta certo, mas eu vou na sua casa hoje à tarde.-Ela sorriu e se virou indo embora.


                  Fiquei encarando ela até sumir de vista, se ela soubesse o que causava em mim toda vez que se aproximava e demonstrava tanta preocupação, será que ela tinha noção do que eu sentia por ela?Ou por acaso ela era outra que só me via como uma criança grande?


                             


                         Cheguei ao vestiário pensando na Carol e quando fui para o chuveiro percebi que o local estava vazio, imaginei que o brutamonte deveria ter ido direto para casa e suspirei aliviado, não queria me encontrar com aquele idiota de novo e começar uma nova briga. Senti a água gelada bater no meu cotovelo machucado e fiz uma careta de dor e enfiei a cabeça debaixo do chuveiro para espairecer.


                         De repente ouvi o barulho da porta se abrindo e pensei que talvez o brutamonte não tivesse ido embora e estava chegando para tomar banho também. Tratei de fechar logo o chuveiro e me enrolei na toalha que estava jogada num banco e sai pisando naquele chão frio. Fui até o meu armário e não vi ninguém e estranhei não ter escutado o barulho do chuveiro sendo ligado.


                           Não me importei e fui me trocar, estava morto de cansaço e queria ir logo pra casa. Ouvi outro barulho e me levantei, fui até a porta bem devagar, passei entre alguns uniformes que estavam jogados no chão e contornei o armário e qual foi a minha surpresa ao sentir dois braços fortes me enlaçando pela cintura. Eu quase morri do coração.



  • Sentiu minha falta?- Ouvi uma voz conhecida sussurrar no meu ouvido.


                       Eu nem precisava me virar para encarar o dono daquela voz para saber de quem se tratava. Quando meus olhos encontraram aqueles azuis tão intensos arregalei os olhos olhando ao redor aflito.


- O que você pensa que esta fazendo?Estamos no vestiário vê se me solta!-Grunhi o empurrando nervoso.



  • Calma Sammy. -Ele me soltou e pude encará-lo de frente, exibia aquele sorriso travesso o que me deixou furioso, maldito seja, aquele homem não iria me deixar em paz tão cedo.

  • O que você esta pensando cara?-Gritei me afastando dele e indo me vestir.

  • Senti muito sua falta hoje. -Ele se aproximou de mim enquanto eu pegava minha cueca e me abraçou por trás me segurando com força. -Você não imagina como eu te desejo. -Sussurrou no meu ouvido enquanto uma de suas mãos segurava com força minha cintura à outra já descia para o meio das minhas pernas.

  • P... Para com isso. -Eu tentei me soltar, puxei seu braço, mas ele me segurou com força me pondo contra o armário, largou minha cintura puxou meu braço e com o outro afastou minha toalha, eu estava submisso.

  • Você precisa ser mais convivente que isso Sammy. - O canalha fazia piadinha com a minha cara, eu tentava chutá-lo, mas era impossível, o corpo dele prendia o meu contra o armário e só pude sentir a ágil mão dele passando por minha virilha chegando bem perto.

  • Me solta!-Gritei desesperado, não conseguia acreditar que ele estava fazendo aquilo.

  • Calma, fica quieto se não todo mundo vem aqui ver esse espetáculo e tenho certeza que não é isso que você quer. -Ele ficou mudo por alguns segundos e continuou. -E nem eu.


                   Arregalei os olhos ao sentir sua mão tocar no meu membro que já estava bem desperto, ele não passava de um cretino e eu não sabia mais o que fazer. Fechei os olhos ao senti-lo mover os dedos sobre meu membro e acariciando toda a extensão, gelei por inteiro e soltei um gemido baixo, e parece que isso o estimulou a continuar.



  • Isso ruivo geme pra mim, você é muito gostosinho.

  • Desgraçado. -Xinguei,mas ele soltou um riso baixo e continuou.


                  Evan começou a me masturbar com mais força e abaixei a cabeça mordendo os lábios tentando evitar um gemido, fechei meus olhos para evitar as lágrimas, mas era impossível, eu estava sendo violentado e não podia fazer nada para evitar isso. Porém as correntes elétricas que passavam pelo meu corpo e o êxtase que eu sentia com ele me tocando fazia meus pensamentos muito contraditórios, eu estava gostando e queria mais e mais de seu toque.


                     Só me lembro de que fiquei perdido em uma onda de prazeres por vários minutos até que finalmente gozei e muito na mão dele. Senti meu corpo desabar de satisfação e fui sustentado por ele, senti que ele fazia um carinho no meu cabelo molhado e o afastava do meu rosto, resolvi abrir meus olhos e me deparei com um lindo par de olhos azuis me fitando com carinho.


                  Eu não entendia o que ele queria comigo, mas naquele momento eu só pensava em me perder naquelas íris que me chamavam como imãs. Acho que ficamos nos encarando por um bom tempo, eu não sabia o que dizer, estava acabando de me recuperar de um orgasmo e estava nas nuvens, e ele só me olhava com aqueles olhos perfeitos.



  • -Sammy.-Foi ele quem tomou a iniciativa de sairmos daquela posição. - Eu acho que daqui a pouco todos vão entrar aqui e ver essa cena. -Ele sorriu com uma cara de deboche que me deixou furioso.

  • Me solta seu estúpido. -Gritei o empurrando para trás, mas fui pressionado por seu corpo e senti um cala frio ao ter a boca dele roçando na minha orelha mordendo ela de um modo bem sensual.

  • Eu te quero Sammy. -Ele sussurrou de uma forma bastante sensual que me fez estremecer. -E farei qualquer coisa para ter você.

  • -Evan.-Eu tentava me recobrar, mas aquilo era difícil, eu nunca estive tão intimo de uma pessoa na vida, era muito estranho, uma sensação nova. - Me solta, eu... Eu não curto homens, por favor, para de me perseguir.

  • Você tem um cheiro tão bom, duvido que alguém já tenha te excitado antes.

  • É claro que não. -Fiquei vermelho, aquele cara não passava de um tarado.

  • Gostei dos seus gemidos sabia?Ninguém geme como você. - Ele lambeu minha orelha bem devagar me fazendo arrepiar inteiro. - Será esse seu ponto mais sensível?-Seu olhar era malicioso e sua língua atrevida descia por meu pescoço dando uma lambida em um ponto sensível que me fez rir. - Que lindo quando sorri, parece um anjo.

  • Para, me solta. -Eu acho que as minhas palavras não estavam sendo convincentes, pois quanto mais eu falava mais ele me apertava.

  • Vamos combinar uma coisa Sammy... -Ele me virou para encará-lo cara a cara e fiquei surpreso ao ver seu rosto perfeito tão colado ao meu, ele era muito cruel, olha-lo assim tão de perto deixava qualquer um sem fôlego e ao ver minha expressão de encanto ele com certeza percebeu isso e abriu um sorriso safado. - Posso deduzir que também já esta afim de mim?

  • Ah... Eu... - Gaguejei engolindo em seco já ficando nervoso, eu queria xinga-lo por ser tão convencido mas não conseguia tirar os olhos dele.

  • Hum... -Ele deu uma risada baixa, sabia que tinha me deixado sem graça. -Olha vamos combinar assim, já que eu estou fazendo um trabalho com a Beatriz posso dar uma passada lá na sua casa o que acha?

  • Bem... Tudo bem, mas que horas?

  • Serio?-Eu vi os olhos dele brilharem, aquele cara tão cobiçado e desejado estava tão afim de mim que fiquei até bobo. - Posso ir lá à tarde?

  • Claro.-Sorri, estava começando a gostar dele, o problema é que ele era um homem e eu não podia gostar de um homem. - Mas vai com calma, primeiro você me solta.

  • Não me pede para te soltar, você esta aqui tão lindo e nu na minha frente, assim eu fico louco. -Evan me olhou de uma forma tão atrevida que corei na hora, como ele mudava seu modo de agir tão rápido?Senti seu membro roçando na minha barriga, olhei pra baixo encabulado e vi o volume apontado sobre a calça, ele era um homem, eu não poderia estar gostando de um homem.


                           Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa senti a boca dele se juntando a minha iniciando um beijo ardente e cheio de volúpia. Fechei os olhos e resolvi retribuir aquele beijo, afinal eu já estava totalmente entregue. Senti sua língua pedindo passagem pela minha boca e dei acesso sem pensar duas vezes retribuindo suas investidas e intensificando mais ainda aquele beijo, agarrando em seus cabelos e colando meu corpo ao seu. Ele envolvia meu corpo com tanto desejo que senti minhas pernas ficarem tremulas e me segurei nele com força, o queria e o desejava com tanta intensidade quanto ele me desejava.


                                 Quando ele cessou o beijo eu entreabri os olhos querendo entender por que ele tinha parado, senti seu hálito quente no meu pescoço chupando a pele com força e gemi acariciando sua nuca o estimulando a continuar. Eu já estava totalmente entregue e já me encontrava excitado novamente, sentia nossos membros se tocando e tudo que passava na minha mente era que queria que aquele êxtase nunca acabasse e ele nunca parasse de me beijar.


                               Porém quando nossos carinhos começaram a ficar mais ousados ouvi barulho de vozes e o empurrei com toda minha força e pegando minha toalha que estava no chão corri de volta para o chuveiro. Liguei a água gelada o encarando preocupado, mas ele só sorriu passando os dedos sobre o cabelo bagunçado e abrindo um sorriso travesso mostrando uma expressão de quem tinha acabado de aprontar.


                         Os garotos entraram falando alto no banheiro e ao verem Evan Demian foram cumprimentá-lo, afinal quem não conhecia o modelo prodígio?Sorri ao vê-lo falando sobre futebol e vários garotos o rodeavam para escutá-lo atentamente.


                         Aproveitando que Evan estava distraído com os garotos, saí bem rápido do banho e me troquei deixando o vestiário. Fora da escola tirei meu skate da mochila, virei meu boné para trás e joguei meu skate no chão, fui embora animado, o dia estava perfeito, não tinha porque voltar de ônibus para casa.


Continua...



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Autor(a): sonatine

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