Fanfics Brasil - 10 - Invadimos o Planetário. E, sim, é ilegal Remanescentes - A Fazenda Amaldiçoada (Livro 1)

Fanfic: Remanescentes - A Fazenda Amaldiçoada (Livro 1) | Tema: Fantasia


Capítulo: 10 - Invadimos o Planetário. E, sim, é ilegal

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Estávamos quase chegando ao Planetário, esta era a boa notícia. A má notícia... Candence estava tentando nos matar. Agora eu entendo por que Ferdinand estava rezando. Talvez não fosse uma má decisão.


Ao meu lado, Sue mesmo com o cinto de segurança segurava forte no assento do carro. Seu rosto tinha expressão de medo, seu olhos suplicantes pareciam estar dizendo: "Alguém me tire daqui. Esta garota é completamente maluca". No banco dianteiro do carona, Ferdinand continuava rezando silenciosamente, às vezes, parava para gritar com Candence para ela diminuir a velocidade. O grandão está mesmo com medo. Olhei mais uma vez para Sue, agora, estava com a cabeça apoiada no encosto do banco da frente, ela virou-se pra mim e disse, meio enjoada:


— Me avisa quando isso tiver acabado. – Ela precisou repetir algumas vezes para eu entender, porque o volume do rádio estava bem alto.


Dei um sorriso e fiz um joinha com o polegar, mesmo estando aterrorizado. Minhas pernas pareciam estar paralisadas, mal conseguia sentir meus dedos.


Candence continuava a dirigir a milhão, desviava dos carros por poucos centímetros, o que causou alvoroço com os motoristas. Ela tinha esse sorriso psicótico no rosto que dava para ver pelo retrovisor interno do carro. O rock metal tocava pesado na rádio, era uma gritaria que mal conseguia compreender o que eles estavam cantando. Chegava a ser engraçado o fato dela gostar desse gênero musical, já que ela era toda colorida, alegre e tudo mais.


Não tinha muito o que eu fazer, já que estava, basicamente, preso naquele carro. Susan estava enjoada o bastante para não conseguir falar uma palavra sequer, só gemia querendo vomitar, mas a convenci de que não seria uma boa. Ferdinand... bom, ele não era uma opção para interagir, o cara parecia me odiar sem motivos aparentes, tipo, eu não pedi nada disso, mas ele me via como um empecilho. Não me restava muitas opções, então, tentei fazer a única coisa que me restava: orar. Se possível, que fosse com minha mãe, queria ter uma palavrinha com ela. Mas o problema é que eu não sabia como, nunca havia tentando fazer isso antes na minha vida.


Imitei os passos do Ferdinand: juntei as mãos, abaixei a cabeça e fechei os olhos. Tentei imaginar conversando com minha mãe, seja lá naquele lugar, o Breu, ou em qualquer outro. Não deu certo. Era difícil me concentrar com aquele som alto. Talvez se eu focasse mais nela. Mentalizei-a naquela cabana no meio do nada, minutos antes de sermos atacados pelo Galiofeu. Aquela calmaria, após o tornado. Fechei os olhos com mais vontade. E, então aconteceu. Tudo a minha volta ficou silencioso. Não ouvia o barulho dos carros, ou até mesmo daquela música hardcore da Candence. Se era para chamá-la, aquela era a hora. Foquei na sua imagem: o vestido preto com detalhes em azul escuro, salpicado com pontinhos brilhantes – estrelas. Sua pele clara como a neve, os olhos escuros com uma única luz cintilante como se fosse sua íris.


Então, ela apareceu. Bem, não do jeito que eu imaginei, mas ela estava lá. Eu estava de volta na cabana, sentado no sofá preto feito de mogno quando uma onda de sombras inundou o lugar, fui atingido em cheio. Fiquei cercado por ela, que chegava a encobrir até meus joelhos. Cerca de alguns metros, na cozinha, uma silhueta feminina se formou. Era ela!


— Mãe? – chamei. Admito que a minha voz pareceu um pouco vacilante no momento. A ideia dela ser minha mãe era algo novo e inesperado. Mas, era genuinamente bom. Uma sensação tão boa quanto ter a Marie por perto. Mas, também, gerava um conflito dentro de mim: por mais que fosse bom tê-la por perto, ainda ficava um pouco ressentido por ter sido abandonado por ela, mesmo que ela tivesse seus próprios problemas. A raiva que sentia por ela foi se esvaindo aos poucos quando ela ficou na minha frente.


Tentei me levantar do sofá, mas parecia que as sombras me impediam.


— Estou aqui, Adrian. – disse ela, calmamente. – Pelo que vi, você levou a sério meu aviso da noite anterior.


Tê-la ali na minha frente – mesmo não a podendo alcançar era algo que havia sonhado muitas e muitas vezes antes. Mas, mesmo assim, ela estando tão perto de mim, não fizera um movimento sequer para se aproximar mais. O que me deixou um pouco triste.


A minha cabeça martelava dezenas de coisas para perguntá-la. Ah, e satisfações também. Ela, certamente, poderia dizer o motivo de estarem atrás de mim e de todos que eu amo (O que se resume a Marie e meu pai, Albert.). E, além disso, contar sobre a morte da Marie.


— Mãe. – repeti. Era um som agradável que saia da minha boca cada vez que dizia isso. – Marie... ela... – Ela levantou a mão, pedindo para eu parar.


— Eu sei, Adrian. Marie está morta. Encontrei-a no Estreito da Degradação. – Ela falou isso como se fosse uma coisa normal.


— Sinto muito. – As lágrimas já se enchiam ao montes em meus olhos. – Eu-eu... queria ter feito algo para evitar que ela morresse. Não fui rápido o bastante. É minha culpa ela ter morrido.


— Não, Adrian, você não teve culpa. – disse ela num tom solene. – Venho acompanhando os ocorridos desde cedo pela manhã, quando apareci no outro lado da rua no momento em que você foi até a janela.


— Então... era mesmo verdade. Achei que fosse mais uma pregação de peça da minha cabeça, assim como ter levitado instantes antes de cair com a cara no chão.


— Não posso levar todo crédito pelas coisas que aconteceram com você. – ela riu, mas rapidamente voltou a ficar séria. – Só tem uma coisa que não compreendi direito, quem atacou vocês no colégio?


— Hã, o Sr. Finchyn? – revelei. – Não... Galiofeu. Foi ele quem nos atacou e que acabou destruindo o colégio. Não foi minha culpa.


— O que ele queria com você? – ela não parece ter dado a mínima para a destruição do colégio.


— Ele queria me sequestrar, levar para alguém que, antes que pergunte, não sei quem é. Só disse que eu era importante.


A mulher, A.K.A minha mãe, ficou em silêncio por longos cinco minutos. Ela parecia apreensiva, mas não dava para saber ao certo, seu rosto estava enevoado pelas sombras. Ficou indo e vindo pela cozinha. Até que finalmente falou:


— Não esperava que Ele enviasse Galiofeu, um de seus generais, até você. Os zumbis de areia era quase certo de aparecerem, afinal, são soldados dispensáveis. Há milhares deles por aí, esperando que alguém pague o bastante por seus serviços. Esta afronta de Galiofeu só acelera cada vez mais a situação difícil que está para acontecer. A Fazenda... Só pode estar lá.


— Que fazenda? – Ela mudava de assunto num piscar de olhos; Era sobre a morte da Marie, depois sobre Galiofeu e os zumbis de areia, agora sobre uma fazenda. Era tanta informação que meu cérebro parecia que ia explodir a qualquer minuto.


— Não... não é nada. – ela mexeu a mão esquerda como quem faz "deixa isso pra lá, esquece". – Adrian, eu sei que você está em busca de respostas, e eu prometo dizer-lhe todas, mas temo que nosso tempo esteja acabando. Queria poder ter mais oportunidades para conversarmos... sabe, de mãe para filho, ou qualquer coisa do tipo.


— Sempre esperei por este momento de mãe e filho, mas acho que já tive vários com a Marie. – respondi, secamente. – Treze anos! Você teve que esperar todo esse tempo para vir falar comigo, mãe.


— Como ousa vir falar assim comigo? – sua voz engrossou, ficou um tanto desforme. Monstruosa. – Eu...


Não a deixei terminar.


— Você pode ser uma deusa e tudo mais, mas ainda assim, você é minha mãe. Tem o direito de ouvir o que tenho a dizer. Eu não a odeio por ter partido. Só que seria bom se pudesse, sei lá, dar notícias, no mínimo fingir que se preocupava comigo.


— Adrian... – disse ela, sua voz tinha voltado ao normal. Humana, ou deusa, tanto faz. – Há treze anos, decidi visitar a Terra. Me encantei pelas maravilhas terrenas, nunca havia saído dos meus domínios. Nenhuma vez em milhares de anos, só via tudo apenas de longe. – Ela parecia triste, enquanto narrava um pouco da sua história. – Aí, seu pai apareceu, ele era completamente diferente dos outros deuses, de tudo. Me vi em meio a uma nova sensação: liberdade. Em poucos meses na Terra, me via apaixonada pelo Albert e por todas as coisas que vivemos, e a melhor delas foi você, Adrian. Tinha largado tudo para viver com vocês. Mas, os outros deuses não gostaram muito disso. Enquanto eu estava aqui, meus domínios foram perdendo o poder de manter tudo em ordem. Então, fui ordenada para que retornasse imediatamente para lá, e que jamais voltasse novamente à Terra. Mesmo infeliz, voltei para meu lugar, e foi aí que Marie entrou. – Fez uma pequena pausa para respirar. Até deuses cansam de falar muito, aparentemente. – Ela veio até mim dizendo que tinha tido uma visão: que meu filho mortal, traria paz à Terra e aos outros mundos, mas para que isso acontecesse, alguém o teria que guiar pelo caminho certo, mas este caminho seria tumultuado. Então, ela se ofereceu para ser esta guia, sua protetora. Abdicou de seu título, de sua posição, de sua imortalidade, tudo para proteger você, Adrian. Por treze anos ela cumpriu com excelência seu trabalho, sendo meus olhos e ouvidos na Terra, para manter você são e salvo. Então, sim, eu me preocupei com você desde o dia que nasceu. E não admitirei que me destrate de tal maneira, garoto.


Eu me senti mal por ter sido um pouco rude com ela. Não sabia pelo que ela tinha passado e, certamente, não sabia que ela havia sido proibida pelos outros deuses de voltar à Terra e ficar comigo, pelo mínimo que fosse. Agora, já não me sentia tão mal em relação a ela, só queria dar-lhe um abraço apertado e dizer "eu entendo". Mas, infelizmente, não tive tempo pra isso. A cabana estremeceu. Os móveis perderam o foco, pareciam derretendo. O próprio sofá onde eu estava, havia sumido e eu agora estava em pé. A única coisa que se mantinha estável era a silhueta, envolta às sombras.


— O que está acontecendo? – perguntei.


— Você está acordando, Adrian. – disse ela. – Agora, você sabe da história toda. Deve ter muita coisa para processar no momento certo?


Assenti.


— Nos encontraremos de novo, filho. – era a segunda vez que ela me chamava assim. – Muito em breve.


Ela começou a se esvair, igual a cabana.


— Mãe... – chamei-a. – Por que não me disse quem era, na noite passada? Ainda não sei seu nome.


Não sei bem a expressão que ela fez, mas parecia estar sorrindo.


— Adrian, não contei quem eu era porque não era o momento certo. E ainda não é. – Ela foi desaparecendo lentamente, até que não restava mais nenhum vestígio seu.


As sombras se foram, e junto foi minha mãe. Mas ainda deu para ouvi-la dizer:


— Em breve você saberá. Agora acorda! Adrian acorda!


Esta última parte foi um tanto estranha. A voz que ouvi não parecia ser dela, mas de outra pessoa. Talvez a da...


— Acorda! – gritou Candence.


Abri os olhos com dificuldade e lá estava ela, a garota arco-íris, me sacudindo como se fosse um boneco de pano.


— Ai. – foi tudo que consegui dizer, até acordar por completo.


Pisquei os olhos duas, três vezes para ter a certeza de que havia realmente acordado. A luz do sol, agora já fraca, não parecia incomodar tanto. Eu não lembrava de ter dormido. Só havia fechado os olhos para poder falar com minha mãe, que é uma deusa, e que ainda não revelara quem é. Todo esse mistério estava me matando.


— Chegamos, Planetário Pérola Lunar. – Sue se aproximou de mim, dando a mão para me levantar do carro.


Não tinha reparado (nem estava tão despertado assim, na verdade), mas já estávamos no Planetário.


Bom, antes uma palavrinha sobre o lugar.


O Planetário foi criado em 1954, por Maxuell Pearl (Acho que agora dá para entender o nome do lugar). Antes de ser expandido, o lugar contava apenas com o prédio principal, onde ficava os artefatos espaciais – réplicas das naves que foram enviadas para o espaço, pedras lunares (Não, não era de verdade), uniformes dos astronautas, comidas espaciais e o imenso telescópio, batizado de Selin.


Agora, muitos anos depois, o Planetário cresceu estruturalmente, e, também, profissionalmente. É um dos mais concorridos planetários do mundo. Hoje, conta com três prédios: o Observatório, que continua sendo no prédio principal, é nele onde fica todas os materiais disponíveis ao público, como os aparatos utilizados nas missões espaciais e tudo mais; o segundo prédio é o do Departamento de Monitoramento Espacial, fica responsável por verificar os acontecimentos espaciais, como as chuvas, tempestade solar, mudanças climáticas (Estou falando de aquecimento global); e, por fim, o Centro de Pesquisa, no terceiro prédio, um pouco mais afastado dos demais. É nele aonde a mágica acontece. Os cientistas desenvolvem projetos para aperfeiçoar as missões e mais um bocado de coisa que não tenho tempo para me aprofundar. Em geral, vocês já entenderam tudo, certo?


Meu pai, Albert West, é o diretor-geral do Planetário e, também, o chefe do Departamento de Monitoramento. É, o trabalho pode parecer puxado, estressante, mas pra ele é reconfortante estar perto das coisas que ele gosta. Ele ama o que faz. (Só deveria trabalhar um pouco menos, e passar mais tempo comigo. Dãã!). O pessoal que trabalha no Planetário vê nele um grande líder, um exemplo para seguir e, consequentemente, eles me tratam de uma forma, hã, um tanto especial. Vez ou outra, eu ia com ele até o trabalho, ver como funciona as coisas, uma vez entrei no Centro de Pesquisa – totalmente sem querer— eles trabalham numa espécie de traje robótico com propulsores e outras coisas que não entendia muito bem. Bom, resumindo: eles ficaram um pouco furiosos demais e a partir daí foi proibido a entrada de gente não autorizada naquela ala, mesmo que seja filho do diretor.


***


Dei um pulo do carro, peguei minha mochila e fui andando com meus companheiros de viagem até a entrada principal do Planetário. Tudo parecia bem até ver Davi. Ele era o segurança da guarita que ficava no turno da tarde. Mesmo longe (cerca de quinze metros) dava pra perceber que ele estava diferente. Sua aparência trocava a cada instante, numa inconstante troca de roupa, ou de pele. Numa hora parecia o Davi noutra parecia alguém coberto de areia que já havia morrido há tempos.


— Zumbi de areia. – confirmou Ferdinand. – Maldição! Eles chegaram na nossa frente.


— Eles podem possuir humanos? – perguntou Susan.


— Puff! Que pergunta idiota garota. – rangeu Candence contrariando-a, só para variar.


— Candy, ela fez uma pergunta válida. – Ferdinand parecia calmo, como achei que nunca fosse vê-lo. – Não, Susan, eles não podem possuir humanos. Eles não são que nem os fantasmas. Mas, eles podem assumir a aparência da pessoa caso...


Ele não terminou. Sabíamos o que ele queria dizer com isso.


— Ah, não. Pobre Davi! – lamentei a morte dele. Eu o conhecia, ele era gente boa, sempre tinha uns biscoitos em sua gaveta. Algumas vezes tinha ficado com ele até mais tarde esperando meu pai sair do Planetário. – Ele não merecia isso! Temos que matar esse bicho antes que machuque mais alguém.


— Olha, Tampinha – Aí estava o velho Ferdinand de novo. –, eu mais que ninguém gosto de uma boa luta, mas não seria prudente atacá-lo. – Antes que eu pudesse perguntar, ele se adiantou. – Não sabemos em quantos eles estão. Talvez seja só um, ou dois, ou talvez dezenas deles. Este daí pode alertar os outros, caso tenha— reforçou –, de que estamos aqui e aí sim será um banho de sangue, como eu disse hoje cedo.


— Então... precisamos de um plano para entrarmos sem sermos vistos. – sugeriu Sue. – Mas como?


— Adrian, você já esteve aí dentro mais do que nós três juntos. – disse Candence. – Existe alguma forma de entrarmos despercebidos?


Revirei minha mente. Já tinha visto a planta dos prédio várias e várias vezes, até mesmo do projeto original. Eu me lembrava vagamente de uma entrada lateral que havia sido desativada, lá em meados de 1990. Se eu conseguisse lembrar aonde exatamente ficava...


— E então, Adrian, sabe ou não? - Candece estava impaciente.


— Deixa ele pensar, Alegoria de Carnaval. – Disse Susan, irritada com a Candence.


— Você me chamou do quê? – Ela estava ficando vermelha como um pimentão. Havia invocado seu arco dourado, assim do nada.


— Vocês duas, parem! – vociferou Ferdinand, mas não tão alto para que o zumbi ouvisse. – Não vê que esta briguinha não vai legar a lugar algum? Sugiro que parem com isso imediatamente, até pelo menos chegarmos ao Q.G e aí vocês podem voltar a se odiarem, ou sei lá o que quiserem.


Ambas cruzaram os braços e viraram o rosto em direções opostas. E não deram mais uma palavra.


— Ei! Terra para Tampinha. – Chamou Ferdinand, estalando os dedos em frente ao meu rosto.


— Hã, oi. – disse, distraído.


— Sabe ou não, uma forma de entrarmos?


— Sim, sim. Conheço uma velha entrada lateral do prédio que, talvez esteja boa o bastante para termos acesso a parte interior do Planetário.


— Tá, então vamos. – Ele colocou sua mãozona no meu ombro. – Não me agrada em nada dizer isso, mas você irá nos liderar até chegarmos lá dentro. Não ferre com tudo, está bem?


Não o respondi, óbvio. Apenas sai do meu canto e fui andando devagar até a lateral do edifício, com eles bem atrás de mim – Susan vindo logo atrás, Ferdinand no meio entre ela e Candence, que vinha por último. Onde supostamente estava localizada a entrada encontrava-se cheia de mato. As plantas quase cobriam um terço total do muro, o que deixou mais difícil de encontrar a porta. Olhei no relógio, eram 15:25. Agora sim, cada minuto que passasse meu pai estaria em perigo. Agora era real. Eles já estavam lá.


— Cadê esta bendita porta, West? – reclamou Ferdinand. O grandão ficava batendo nos braços espantando os mosquitos.


— Está por aqui em algum lugar. – respondi. – Sue, Candence, como está aí, acharam alguma coisa?


— Não! Ainda não. – gritou Candence.


— É... Adrian, acho que encontrei algo. – disse Sue. – Aqui. Tem um barulho metálico, talvez seja a porta, afinal.


Fomos correndo até onde ela estava. O matagal era grande, mas, mesmo com dificuldades, chegamos até ela. Sue apontou onde era a suposta localização da porta e BINGO! Era lá. Tiramos o máximo possível do mato que tampava a porta, mas, infelizmente a porta parecia enferrujada pelo passar dos anos. Tentei força-la, mas não parecia sequer se mexer.


— Deixa comigo. – pediu Ferdinand. – Posso coloca-la a baixo em instantes.


Bom, ninguém questionou. Ferdinand pegou distância, talvez uns cinco, seis metros da porta. Veio em disparada pra cima dela e...


CRAAANC!


A porta não teve a mínima chance contra ele. Por sorte o barulho foi abafado pelo mato que ficou entre a porta e o chão. Uma nuvem de poeira levantou, causando-nos tosse. Mas nada que fosse comprometer nossa saúde, eu acho.


— Bom trabalho, Fer. – Candence não se aguentava de alegria, apertando as bochechas dele. – Esse é meu garotinho forte.


Ele parecia estar corando.


— Bom, vamos logo. – interrompi o momento de ternura e carinho. – Não temos mais tempo.


Eles assentiram e entramos no Planetário pela porta secreta. O time Alpha Delta Operação de Resgate estava dentro do Planetário e não mediria esforços para acabar com todos os Zumbis de Areia que estivessem lá dentro, e proteger as outras pessoas



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Autor(a):

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

 Bom, não pensamos no que poderíamos achar naquela passagem secreta, inclusive de não termos como enxergar lá dentro. Por sorte, nos primeiros metros após entrar ainda dava para ver um resquício de luz que vinha de onde ficava a porta, deu para ver que o lugar estava realmente fechado, o chão estava cheio de poeira e nas ...


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