Fanfics Brasil - ✶ Guia básico para não se perder Remanescentes - A Fazenda Amaldiçoada (Livro 1)

Fanfic: Remanescentes - A Fazenda Amaldiçoada (Livro 1) | Tema: Fantasia


Capítulo: ✶ Guia básico para não se perder

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Então, sabe quando sua vida começa a tomar um rumo inesperado e de repente você se vê preso em algo maior que tudo? É assim que me encontro atualmente. Nem fui perguntado se queria isso pra mim. Acontece que fui meio forçado a seguir essa vida. Bom, você deve estar curioso pra saber o que está acontecendo e como entrei nessa vida. Vou explicar algumas coisas que farão você entender pelo menos um pouco em que eu me meti.


Cá entre nós, eu não sabia aonde eu tava me metendo quando decidi aceitar minha descendência de Remanescente. Na verdade, eu nem quero continuar sendo um. Porém, infelizmente é algo que você não pode apenas dizer que não quer mais. Faz parte de você. Você é e pronto. Ser um dos nossos, logo no começo, parecia ser bem legal. Sabe, as aventuras, novas descobertas, finalmente se sentir no lugar onde você pode ser aceito. Ah, e sem falar das lutas de espadas que são bem legais, menos os cortes que ocasionalmente acontecem. Só as coisas boas. Mas, acho que se esqueceram de mencionar a parte perigosa no "Manual de Introdução à vida de Remanescente – versão atualizada"— o que chega a ser engraçado já que ele contém quase uns trinta minutos de explicação - que ser um Remanescente é mais que isso. Segundo o Manual, ser um Remanescente é fazer parte da história, é ser parte da herança deixada pelos deuses.


Ah, e têm os monstros que vêm atrás de você querendo... bom, te matar. As missões arriscadas que, eventualmente, podem, olha só, te matar também. E as perdas de amigos que foram mortos ou por monstros, ou quando saiu em missões e/ou simplesmente, desapareceram (com grande chance de ter sido pego e/ou mortos). Pensando bem, o lado ruim de ser um Remanescente fica bem mais explícito depois de algum tempo.


Aliás, Remanescente é um termo utilizado para os filhos ou de pessoas que descendem de filhos dos deuses antigos (Não fui eu quem escolheu o nome. Acontece que, somos os últimos da linhagem dos deuses, ou seja, somos os últimos que sobraram). Você já deve ter ouvido falar sobre alguns deles numa outra história por aí... Eles são bem famosos. Desde os tempos antigos eles vêm à Terra para, sabe, ficar com mortais, terem filhos ou até mesmo só pra curtir uma prainha ou cinema. Em um desses casos de deuses vindo à Terra, minha mãe (Não quero dar spoiler de quem é), conheceu minha meu pai. Queria poder dizer que eles se apaixonaram e viveram felizes para sempre, mas não foi bem assim. Quero dizer, eles se apaixonaram – de acordo com meu pai, ele ficou MUUUUITO apaixonado por Ela e vice versa, até começaram a morar juntos (Olha só que loucura, né? Uma deusa largando tudo para viver um grande amor— talvez.) e, nesse meio tempo de namorarem e morarem juntos, ela acabou ficando grávida e meses depois eu nasci. Aí que começou o problema. Após eu ter nascido, minha mãe teve que partir, pois, ela estava perdendo o controle dos seus domínios; os outros deuses não estavam gostando muito da ideia de ela ter esquecido sua vida que ela tinha antes de conhecer meu pai. Então, ela foi embora. Deixou meu pai e eu – que devia ter uns três meses – para trás. Não que ele me culpe por ter nascido e ela ter ido embora. Meu pai cuidou de mim muito bem, talvez até melhor que se tivesse minha mãe do seu lado. Anos se passaram e o tópico "Quando a mamãe vai voltar?" foi ficando de lado por nós dois, mas eu nunca deixei de pensar nela – mesmo antes de saber que ela era uma deusa e que tinha suas obrigações a fazer. Pra mim, antes, ela tinha apenas nos abandonado sem motivos – o que pode parecer triste, abandonar um bebê tão fofinho como eu. (Sério você deveria ver minhas fotos de quando era bebê e fazia travessuras na banheira. Hm... quer saber? Melhor não ver. Esquece que eu disse isso. APAGAR! APAGAR!). Só que, lá no fundo, eu tinha esperança de que um dia iria reencontrá-la.


Bom, voltando aos avisos.


Nunca, nunquinha, jamais queira ser um Remanescente. Como eu disse antes, nossa vida não é apenas sombra e água fresca. Há muitas dificuldades e, raramente, temos finais felizes. É sempre uma morte trágica e beeeeeeem violenta (Agradeça aos monstros por isso. Parece que eles têm alegria em nos ver sofrendo enquanto morremos. Um pouco masoquista, eu diria). Vou te dar uns conselhos: 1) Se você não tiver seu pai ou sua mãe – é triste, sei bem como é – por favor, não pense que ele ou ela é um(a) deus(a). Por mais que a verdade possa doer, é melhor do que fantasiar e correr o risco de acabar caindo nas mãos dos monstros. 2) Se, por acaso, você sentir uma vontade louca de sair matando tudo quanto é bicho estranho que aparecer na sua frente achando que são monstros,  ateie fogo na história. Sério, não vai ser legal você acabar matando algum animal em risco de extinção só porque ele é exótico e não foi com sua cara.


Agora, se ainda assim, você for um desmiolado que se mete em todo tipo de confusão e com sede de aventura e perigo, é possível que seja um dos nossos (É nosso slogan: “Maluco e que se mete em situações estranhas”? Bem-vindo ao clube). E, no momento em que você for reconhecido como um Remanescente, eles também saberão e virão atrás de você com a maior vontade de matar e fazer pedacinho de você e, possivelmente, virando o jantar (Você não quer virar jantar de monstro, não é?), não importando com as pessoas que estão do seu lado.


É sério. Não queira ser um dos nossos.


Os avisos foram dados. Agora está por conta própria e risco. Desconfie de todos que sejam bonzinhos demais com você, geralmente os desconhecidos e os alegres em excesso – esses são os piores; fique atento a cada esquina, beco, em todos os lugares, porque você estará sendo observado. E será uma questão de tempo até ser pego ou por eles ou resgatado por nós. E, sinceramente, torça para que cheguemos primeiro. Temos cafezinho e biscoito. Eles têm pancadaria, algumas armas que machucam MUUUITO e, ah, eles vão te MATAR. Nada de mais. Apenas mais um dia comum em nossas vidas.


Bem-vindo ao meu mundo.


Meu nome é Adrian West. Tenho 13 anos. E, basicamente, minha vida ficou uma bagunça depois que soube quem eu era. O que eu era.


 



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Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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