Fanfics Brasil - Um Dia Comum? The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: Um Dia Comum?

842 visualizações Denunciar


Pov Dulce 


  


No início daquela manhã, eu me considerava uma adolescente normal. Certo, determinadas coisas teimavam em contestar essa afirmação, mas até aquele ponto de minha vida, eu tinha a nítida concepção de que era apenas uma garota normal com um azar peculiar para estar no lugar errado, na hora errada. Era uma garota de 16 anos, almejando tudo o que uma adolescente dessa idade poderia querer. Não, não pensava em namorados, na verdade, era muito complicado pensar em manter uma relação com outras pessoas quando vivia me mudando. Por isso, talvez, a coisa que eu mais almejasse fosse que eu tivesse amigos, que eu pudesse passar pelo menos dois aniversários com as mesmas pessoas. Mas isso não era possível, e parte disso era culpa minha. 


Não que eu fosse uma garota rebelde. Pelo contrário, ansiava sempre fazer as coisas certas para não dar problemas para minha mãe. Ela era uma esgotada e esforçada senhora que fazia de tudo um pouco, uma escritora que gastava boa parte de seu dinheiro para cobrir tantas mudanças. Blanca não era minha mãe de verdade, casou-se com meu pai quando eu já tinha um ano de idade. Quando papai ainda era vivo, as coisas eram muito mais fáceis, mas desde que ele havia aparecido morto em uma rua, tudo havia ficado drasticamente difícil. Eu tinha apenas sete anos na época e tudo o que compreendia era que não tinha mais o meu herói. Em seu lugar restou uma guerreira, com seus altos e baixos, mas que no fim da noite ainda vinha ao meu quarto desejar-me boa noite e depositar um beijo em minha testa. 


Então o que dava errado? Essa era uma pergunta que vivia se repetindo em minha mente como um disco ruim e arranhado. Por mais que eu tentasse, eu não poderia lutar com determinadas coisas. Eu tinha algo que os especialistas chamavam de dislexia e hiperatividade, eu dizia que era um pé no saco em minha vida. Não conseguia me concentrar nos estudos, assim como era praticamente impossível ficar parada por mais de meia hora. O que me deixava inquieta na sala de aula, fazendo tudo, menos conseguindo prestar atenção no que os professores diziam. Ah, mas esses transtornos são comuns e já podem ser controlados, certo? Em partes, se isso fosse apenas o meu problema. Certas coisas aconteciam. Coisas que muitas vezes eu não sabia explicar. Muitos momentos eu me sentia perseguida ou sendo vigiada. Um psicólogo chegou a sugerir que eu tivesse esquizofrenia paranoide, do tipo leve. Acrescento a minha longa lista de problemas, pequenos fatos como ser desastrada, curiosa e teimosa. Isso definitivamente me colocava em problemas também. 


Esse ano estava sendo um grande ano. Havia recebido apenas três detenções esse mês, não fui expulsa da escola ainda e as férias de verão estavam prestes a começar. Fazia uma semana que não sentia aquela sensação ruim que sempre precedia a de perseguição. Aquele era para ser o dia mais normal de minha vida. Era. 


Encontrei com Maite na entrada da escola, como sempre. Maite Perroni era uma garota alta, expansiva e com um senso de humor incrível. Tão idiota quanto eu, o que a fazia o mais próximo que eu já tive de melhor amiga. Ela também era agitada e, apesar de não ter precisado dizer em voz alta, também tinha dificuldades em manter a atenção. 


-Acho que uma lesma consegue chegar mais cedo na escola do que você – Maite provocou assim que seus olhos pousaram em mim. 


-Não enche, May – pedi com o meu costumeiro mal humor matinal. 


-Acordou a miss delicadeza de sempre – a garota riu e começou a me acompanhar pelos corredores – Já falou com tia Blan que vamos sair à noite? 


-Já, ela relutou, mas deixou – deixei meus ombros caírem em desanimo – Eu que não acredito que vou... 


-É uma festa feita por adolescentes, advinha só, você é uma! Mesmo que pareça uma velha solteirona reclamando da vida. 


-Eu sei que você me ama, isso é o suficiente para mim e eu-- 


Meus pensamentos foram completamente cortados. De repente, meu corpo esbarrou em algo e minha falta de massa corporal foi totalmente a favor da gravidade, fazendo-me cair ao chão. Ergui o olhar ainda em choque, mas assim que meus olhos castanhos travaram nos olhos claros daquela garota, a raiva subiu a minha cabeça. Claro, TINHA de ser a idiota da Portilla. 


-Não olha por onde anda? – resmunguei recebendo ajuda de Maite para me levantar – Oh, esqueci você simplesmente não tem educação. 


-Se você fosse tão rápida quanto sua língua é em falar idiotice, evitaria muitos desastres – ela revidou prontamente. 


Bem, até aquele ponto, isso era normal. Anahí Portilla, uma encrenqueira de primeira. Ninguém sabia realmente muita coisa sobre ela, apenas que não era bom meter-se em seu caminho. Tudo bem, eu seguiria essa regra muito feliz, se ela não fosse amiga de Anahí. Até hoje me perguntava como isso era possível, pois Maite Perroni apesar de seu jeito expansivo e imperativo, era uma ótima amiga. Não era possível associar que alguém conseguisse ficar perto da Portilla por mais de cinco minutos. 


-Nem pense em revidar – Portilla ameaçou assim que eu abri a boca, os olhos que mudavam entre o azul e o verde me fitando tão intenso que eu quase recuei – May preciso falar com você no intervalo. 


-Espero que seja importante – Maite resmungou – Eu sempre acabo sem lanchar direito quando isso acontece. 


-Sempre é importante! – a garota disse ríspida. 


Então Anahí saiu atropelando tudo a sua frente. Ninguém ousava ficar em seu caminho, então era provável que os estudantes preferissem saltar da sua rota a levar um esbarrão. Encarei Maite, as sobrancelhas erguidas, o olhar afiado. 


-Nem adianta Dul, eu não vou dizer nada – Maite deu de ombros e ajeitou a mochila – Agora vamos que o sinal vai bater e meu primeiro tempo é aula de física. Blah, odeio física. 


Resmunguei e mordi a língua para que eu não brigasse com minha amiga. Era sempre assim. Anahí aparecia com sua “boa” educação e praticamente convocava Maite. Elas sumiam o intervalo inteiro e depois Maite nada falava do que acontecia. Às vezes, voltava cansada, como se tivesse corrido o tempo todo, ou até levemente machucada. Já levei em consideração elas fazerem parte de algo perigoso, como uma gangue escolar que tinha de enfrentar outras gangues, fugindo da escola para isso. Porém logo descartava essa possibilidade, era apenas a minha mente fértil buscando motivos para ter a minha única amiga roubada de mim. E ainda mais para aquela garota. 


Enquanto Maite ia para sua aula de física, eu teria minha dose de tortura em matemática. Eu odiava matemática, e inglês, e química, e física... E tudo. Eu tinha dificuldades de aprendizado e, ao invés de Deus compensar isso me dando uma boa vantagem nos esportes, eu tinha de ser desastrada o suficiente para quase sofrer um sério acidente toda vez que pisava em uma quadra de esportes. 


Durante a aula, eu fingia prestar atenção ao mesmo tempo que tentava me enganar, dizendo a mim mesma que eu não estava incomodada por Anahí ter convocado Maite para mais um encontro secreto. Tinha de fingir que estava ignorando aquela pontada dolorosa de curiosidade que sempre tinha quando isso acontecia. Afinal, Maite era provavelmente a única pessoa na face da Terra que talvez conhecesse algo de Anahí Portilla. A garota era um verdadeiro mistério, um que eu não me interessava tanto em descobrir, mas ainda assim o era. 


Prepotente, não seguia ordens ou regras, violenta o suficiente para socar quem ficasse a sua frente. Se eu achava que tinha os recordes em ir em detenção, Anahí me superava em aparecer naquela sala de aula por mal comportamento ou agressividade. 


O intervalo chegou depois de uma longa e chata aula de geografia política. Eu estava extremamente desanimada em passar aqueles trinta minutos só, quando vi o vulto de Maite e Anahí antes de sumirem em um corredor. Foi como se um capetinha ficasse sussurrando em meu ouvido para segui-las. Perguntei-me onde estava o anjinho dizendo que eu não deveria ir, mas este nem fez questão de aparecer. 


Seria apenas para saber que Maite estava bem. Amigas se preocupam umas com as outras, certo? 


Ao menos, foi isso que eu disse a mim mesma ao quase correr em direção àquele corredor na esperança de não perde-las de vista. As duas seguiam até a piscina abandonada. O aquecedor havia quebrado e a direção nunca fez questão de concertar já que o clube de natação treinava em um clube afiliado a escola. Eu as seguia a uma distância segura, não queria imaginar a cara brava que Portilla faria ou a decepção de Maite ao perceber que as seguia. Por um momento, amaldiçoei a minha impulsividade e curiosidade. Porém era tarde demais, eu não conseguiria voltar, eu precisava descobrir o que acontecia ou seria eternamente atormentada por minha imaginação. 


Elas entraram no prédio vazio, e eu esperei alguns minutos, buscando uma alternativa para entrar sem ser flagrada. Fui até uma janela enferrujada, logo avistando Maite sentada a beirada da piscina vazia. Anahí permanecia em pé, andando de um lado para o outro, aparentemente nervosa enquanto discutia algo com Maite. Sabia que estavam distraídas demais para notar a minha presença, então consegui – incrivelmente até – entrar pela porta principal sem fazer barulho e me direcionar para uns caixotes vazios onde deveria estar um equipamento velho de manutenção da piscina. 


-Pode não ser Anahí – Maite argumentou tediosa – Você disse na semana passada que a Sra. Turner poderia ser uma dracaenae, e apesar dela ser feia quanto, ela é só isso, uma velha resmungona. 


-Tem algo estranho Maite! – Lauren bufava e passava a mão pelos cabelos – Mês passado houve aquele ataque e eu quase morri porque VOCÊ disse que não era nada demais. E ainda fiquei de suspensão por ter destruído o pátio norte – ela parou e apontou o dedo – Isso não teria acontecido se você não tivesse fugido com o rabo por entre as pernas. 


-Foi mal, eu não podia pegar mais uma suspensão, seria expulsa! 


Que tipo de discussão era aquela?! Ataque? Dracaenae? Eu franzi meu cenho totalmente perdida no que escutava. Todo mundo sabia que Anahí havia tido um ataque e quebrado coisas do pátio ao norte, que por sorte estava vazio por ser horário de aula. 


-Ainda acho que a Saviñon está envolvida – Anahí disparou do nada. 


Eu quase tropecei para a frente com o susto que levei ao escutar o meu nome. Como assim eu estaria envolvida?! 


-Ela pode ser no máximo uma humana sensível ao véu da névoa – Maite soltou um longo suspiro – Fiquei ao lado dela o máximo que eu pude Anahí, nada demais aconteceu além dela ter azar e um pouco de mania de perseguição. Você está esquecendo que a Dul tem 16 anos, irá fazer 17. Alguma coisa já deveria ter acontecido, é a regra agora! 


-Você sabe muito bem como eles não seguem as regras. Ou eu nem existiria, certo? 


-Oh, desculpa princesinha faísca e... 


-Cale a boca! 


-Ta sensível hoje?! 


-Não, cale a boca, tem alguém aqui! 


Meu coração disparou tão forte que eu pensei que elas poderiam escutar os meus batimentos cardíacos e me encontrar. Estava começando a me encolher e preparar uma rota de fuga, quando tudo mudou. Braços fortes, peludos e tatuados me envolveram como seu eu fosse uma boneca de pano. Gritei em pânico mais por instinto do que realmente processando o que acontecia. Fui erguida facilmente do chão. 


-Finalmente achei! – uma voz forte e masculina esbravejou como se tivesse encontrado o brinquedo perdido. 


Olhei para cima, deparando-me com o novo zelador da escola. Eu sabia disso apenas porque o vi e o achei esquisito demais. Poderia ser apenas impressão minha gerada pelo pânico, mas aquele homem agora parecia ter mais de dois metros de altura, seus músculos eram tão fortes quanto ferro. Porém os dentes eram tão sinistramente pontiagudos que meu sangue pareceu fugir de minhas veias. 


-Solte ela agora! 


Anahí gritou em tom de ordem. Maite havia saltado do lugar e agora me olhava em puro choque e horror. 


-Não, finalmente achei o pacote que o Mestre pediu! – o zelador exclamou e bufou – Mestre disse para não chamar atenção. Mas comer meio-sangues não é chamar atenção, certo? – então ele me jogou contra as caixas como se eu realmente fosse uma boneca de pano – Primeiro a irritadinha! Depois você moça! 


Minhas costas inteiras doíam com o impacto, havia caído de mal jeito e meu tornozelo dava pontadas de dor. Mas eu mal processava isso. O zelador parecia crescer mais, ficando mais bruto, mais selvagem. A blusa de manga cumprida que compunha o seu uniforme se rasgava com os músculos tonificados, exibindo braços cheios de tatuagens que eu mal podia identificar. O cabelo ficava ainda mais crespo, mais medonhos, o ar que o rondava era o de selvageria. Seus olhos não eram inteligentes, mas demonstravam uma força assustadora. 


Porém Anahí não se intimidou. Pelo contrário, seu olhar tornou-se ainda mais ameaçador, faiscantes até. Ela tirou do bolso um isqueiro e apontou para o zelador como se aquilo fosse algo perigoso, como uma pistola ou revólver. 


-Última chance – Anahí ameaçou, queixo erguido, postura superior. Deus, ela era louca! 


-Dul, aqui – Maite de repente estava ao meu lado, falando baixo – Anahí vai distrair o Lestrigão e nós vamos escapar. 


-Ma-Maite o que...? Anahí ela... Puta merda! 


Eu não conseguia formular nenhuma frase. Minha mente dava um nó cego incapaz de se desatar. Tudo pareceu piorar quando, de alguma forma, Anahí apertou o isqueiro e ele se desdobrou rapidamente, crescendo e se transformando em uma espada. Não era uma daquelas de brinquedos, era um item que você via em filmes épicos, com guerreiros manejando e brandindo como se fossem faquinhas de cozinha. Meus olhos se abriram se recusando a acreditar nas coisas que aconteciam bem ali, na minha frente. Maite tentava me puxar, mas meu corpo estava simplesmente petrificado. Eu a encarava como se não fosse algo real. Como poderia ser? 


-Mamãe sempre disse para brincar com a comida! – o zelador exclamou. 


Anahí resmungou tipicamente. Segurou mais firme a empunhadura da espada e eu podia jurar que um fio de eletricidade passou por toda a lâmina. O zelador avançou, tentando soca-la diretamente. Portilla apenas desviou, girando o corpo para o lado e dançando um pouco para mais longe. Ela tinha tudo sobe controle. 


-Dul! – Dinah me deu um tapa na cara, finalmente me despertando – Nós, precisamos, ir! 


Foi então que a adrenalina se ativou em meu corpo. O sentimento de fuga foi quase sufocante. Eu sabia que estava correndo perigo de vida, aquela sensação de perseguição quase me afundou no chão. Dessa vez quando Maite me puxou eu a segui prontamente, deixando-me levar pela minha amiga. Lancei um último olhar para trás, preocupada com Anahí. Mas tudo o que eu consegui ver foi uma guerreira desviando de uma sequência de golpes e acertando a espada no braço do que eu acreditava ser o nosso zelador. Seu olhar era sério, compenetrado na tarefa de atacar e esquivar. Eu tive a certeza de que aquela não era a sua primeira batalha, assim como tinha ainda mais certeza de um outro fator: minha manhã que começou normal, teve o seu fim. 


Mal sabia eu que aquilo era apenas o início. 


NOTAS DA AUTORA


ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, EU NÃO SOU DE COBRAR MAS, EU AGRADECERIA MUITO SE VOCÊS PUBLICAREM COMENTARIOS. DESCULPA QUALQUER ERRO, BJS PRA TODOS



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): AnBeah_Portinon

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Pov Dulce  Chegamos a parte leste da escola, onde havia quase nada além de um jardim mal cuidado. Maite estava agitada, resmungando coisas que eu não conseguia compreender. O que diabos havia sido aquilo?! Como o nosso zelador virava um protótipo de Hulk e atacava a uma aluna? Tudo bem que todo mundo no fundo queria dar um soco ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais