Fanfics Brasil - Apaixonadas The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: Apaixonadas

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Pov Dulce



Eu estava dívida entre os sentimentos que me invadiram quando atravessei o arco de entrada do Acampamento Meio-Sangue. Estar ali antes do tempo significava que algo muito sério estava acontecendo. Porém estar ali antes do tempo, significava também que eu poderia ver Cláudia. Meu coração estava disparado enquanto sai em disparada, passando pela
Casa Grande e indo em direção aos chalés.



-Dulce! – Christian gritou vindo da arena, ele me viu afobada e deu um sorriso – Ela ta no Campo dos Morangos.



Gritei um obrigada já virando o corpo para ir em direção ao lugar indicado. Tropecei umas duas vezes antes de chegar a área de plantações de morangos. Não havia muitas pessoas ali, apenas ninfas e uma garota ruiva com uma miniatura de mim mesmo. Ela
estava agachada com uma cesta do lado, escutando atentamente o que a ruiva falava. Abri um enorme sorriso, uma felicidade explodindo dentro de meu peito ao ver minha irmã.



-Cláu! – chamei o nome dela alto.



Seus olhos chocolates se ergueram prontamente, e então brilharam. Ela gritou, levantou e correu em minha direção. Cláudia tinha as mãos e os joelhos sujos de terra, mas quem disse que eu liguei? Quando ela se jogou em mim, eu já tinha os braços abertos para pegar a criança e a esmagar contra mim. A enchi de beijos, só percebendo agora o quanto estava com saudades dela.



-Dul, Dul! – ela chamava quase saltitando em meu colo – Eu estava com saudades!



-Eu também princesa, eu também! – a abracei apertado mais uma vez e ela retribuiu.



-Você está me esmagando!



-Você também!



Nós acabamos gargalhando. A soltei no chão, sem conseguir parar de sorrir. A garota ruiva se aproximou, ela se chamava Ebba e era filha de Deméter. Disse que estava ensinando a Cláudia como funcionava o sistema de plantação e conversando. Cláudia segurou em minha mão e começou a me arrastar tagarelando sobre um tal de Aidu. Ela me levou até os
estábulos, um lugar bem amplo e com um campo verde bonito. A pequena levou dois dedos
até os lábios e assoviou alto uma única vez.



-Aidu, Aidu! – ela gritava parecendo chamar algo. Então ele apareceu. Majestosamente branco e pequeno, era um unicórnio bebê. Sim, um cavalo branco com um chifre perolado no meio da testa. Era uma das coisas mais lindas que eu já vi na vida. O cavalo pequeno aproximou de Cláudia e ela com um sorriso quase rasgando seu rosto foi acariciar seu pescoço e crina.



-Esse é Aidu, o Chris me ajudou a escolher o nome! Quer dizer o fim do meu nome, só que de trás para frente. Encontramos ele com a pata machucada na floresta – Cláudia explicou orgulhosa – Ele é meu
amigo!



-Nossa princesa, estou encantada, ele é muito bonito! – disse sinceramente encantada – Hey garotão, posso te tocar também?



Fui me aproximando cautelosamente, os olhos negros focaram em mim quando abaixei
para ficar na altura do equino. Mas assim que estiquei minha mão, Clauy o incentivou a se aproximar e logo eu estava acariciando um unicórnio. Metade da população infantil teria inveja de nós duas naquele momento! Eu me perdi na noção de tempo, ficando ali com Cláudia brincando com Aidu e conversando sobre o que ela andava aprontando no acampamento. Ela falava, falava sem parar, animada e teatralmente. Eu não me incomodei nem um pouco, aliás, adorava esse lado extrovertido de minha irmã menor.
Só notei que estava anoitecendo quando Maite apareceu nos procurando e dizendo que era hora das crianças tomarem banho para jantar. Só então descobri que agora teria de ir para o Chalé de Deméter ao invés do de Hermes, o qual eu já estava acostumada. Porém Cláudia me arrastou tão animada que eu não me permiti ficar triste por não dividir mais a mesma cabine com Maite.



Tomamos banho juntas, sem pudores e sim muitas brincadeiras. Ficávamos desenhando no vidro embaçado por causa da temperatura, ou fazendo cocegas uma na outra. Maite estava certa, éramos como duas crianças.



Quando fomos para o refeitório
quase uma hora depois, abri um sorriso ao ver que todos estavam em uma mesa única, diferente do que acontecia no verão onde cada chalé ficava separado. Menos Anahí que estava solitária como sempre comendo um enorme prato com carne e salada.



-Princesa, vai para as meninas que eu vou ali trazer a Narrí – murmurei para Cláudia.



-Eu quero abraçar a minha cavaleira! – Cláudia sorriu grande.



-Logo ela vai para lá, eu prometo – falei segura.



Cláudia acenou e correu para sentar ao lado de Maite e Chris. Caminhei devagar até a mesa de Anahí, ela estava concentrada cortando um pedaço de bife sem me notar. Então com todo o carinho do mundo eu dei um tapa atrás da cabeça dela. Anahí empurrou o garfo para frente espalhando toda a comida, xingando na mesma hora e virando para encarar seu agressor com raivosos olhos quase verdes. Quando me viu, sua expressão foi mudando aos poucos de furiosa para uma indignada.



-Por que fez isso, Saviñon? – ela perguntou em tom zangado.



-Porque você é idiota – respondi simplesmente e sorri – Vem, vamos sentar com os outros.



-Eu quero comer em paz – Anahí resmungou como sempre – Eles vão arranjar um jeito de começar a me provocar, vou responder e vai começar toda uma sequência de brigas.



-Vamos Narrí, eu juro que te protejo – pedi com carinho e a vi negar com a cabeça, revirei os olhos e me inclinei para sussurrar em seu ouvido – Eu prometo que te recompenso depois, vem sentar comigo.



O garfo parou totalmente o seu trabalho de juntar a comida. Anahí virou o rosto para me fitar de maneira intensa enquanto eu dava um sorriso inocente. Ela revirou os olhos quase totalmente verdes, mas mesmo sem dizer nada levantou pegando o prato. Sorri vitoriosa e caminhei ao lado dela para a mesa onde estavam Maite, Angelique, Ally, Christian e Cláudia. Anahí sentou ao lado de Chris, eu ao lado dela e logo Cláudia estava quase subindo encima da mesa para sentar em meu colo.



-Annie, você protegeu a minha irmã? – Cláudia questionou com toda a pose do mundo.



-Mas é claro – Anahí falou como se fosse óbvio – Eu não deixaria nada acontecer a ela, Princesa Cláudia.



-Acho bom, ou então colocaria a Maite como primeira cavaleira de defesa no seu lugar! – Cláudia ameaçou apontando o dedo de maneira mandona, mas logo sorriu.



-Iria se arrepender, eu sou melhor do que ela – Anahí fez uma cara indignada.



-Epa, quem disse? Eu que cuidava da Dul antes de você começar a ter um tombo que vai até o Tártaro por ela – Maite logo se defendeu ao mesmo tempo em que contra-atacou.



-Ainda assim, sou melhor agora – Anahí deu ombros tentando ignorar o fato de May mencionar o tombo que realmente existia – Mas quero que as Saviñon vão logo comer, devem estar morrendo de fome.



-Sim! – respondi ao mesmo tempo que Cláudia.



Fizemos nosso pratos contendo o máximo de massa possível, depois fomos fazer as oferendas. Eu pedi para que minha mãe, Perséfone, estivesse bem onde quer que estivesse.



Ta, eu não a amava como amava minha mãe Blanca, mas ela não deixava de ser, bem, minha mãe. Quando voltamos, dessa vez Cláudia sentou ao meu lado para comer o jantar. De início a conversa foi bastante trivial e divertida, como sempre acontecia quando tinha eu,
Maite, Ally e Angelique juntas. Anahí era sempre mais na dela, mas sorria disfarçadamente com alguma idiotice engraçada que eu fazia e eu adorava saber que era o motivo de seus sorrisos.



Logo Ebba apareceu para lembrar do horário que já estava tarde e que seria bom Cláudia ir dormir. Ela fez um pouco de manha para que eu fosse junto, mas dei uma desculpa
qualquer e prometi que dormiria na mesma cama que ela essa noite. A bem da verdade, eu tinha de ficar para discutir coisas importantes sobre o futuro incerto que tínhamos pela frente.



-Ok – Ally disse assim que Cláudia saiu com Ebba do refeitório – O que temos planejado até agora?



-Amanhã iremos para New Jersey encontrar com Miley e mais alguns “recrutas” – Maite explicou bebendo algo verde – Iremos de navio até o Triângulo das Bermudas.



-E rezaremos para não morrer – Chris completou – Bom plano.



-O Mar de Monstro sempre foi um mistério – Anahí finalmente falava uma frase completa, mas seu tom estava sério – Não podemos planejar muito antes de estar lá
realmente.



Por que não procuramos as Caçadoras primeiro? – Angel sugeriu.



Eu senti Anahí ficar tensa ao meu lado, sua postura ficando mais rígida e seus olhos faiscando em direção a Angelique. A filha de Afrodite encolheu no lugar sobre o efeito daquele olhar ameaçador que Anahí tinha naturalmente por ser filha de Zeus.



-Não me venha com esse olhar assassino – Angel disse fazendo uma rápida careta – Mas essa não é a missão mais fácil? Encontrar a selenita?



-Na verdade, encontrar as caçadoras quando estão em caçada é complicado – Chris disse pensativo – No Mar de Monstros é mais perigoso, mas temos meio que uma direção. Miley saberia chegar a Ilha de Circe, certo?



-Esperamos que sim – Maite comentou terminando a sua bebida– Qualquer lugar que
formos vai ser perigoso mesmo, não acho importante por onde vamos começar, mas sim
que sobrevivamos no final.



-Também espero, srta. Beorlegui – a voz de Quíron soou atrás de nós.



O centauro estava em sua forma original, braços cruzados e olhar paciente de sempre. Ele fitava a cada um de nós e eu meio que senti o peso do julgamento em seu olhar.



-Eu não acho certo que tantos semideuses se arrisquem dessa forma – ele foi enfático, mas soltou um suspiro – Mas os deuses estão ocupados também procurando pela deusa e cuidando das consequências que estão surgindo. Tenho um favor a pedir.



-Fala Q. – Chris disse de maneira desleixada.



-Quero que Dulce vá encontrar o Oráculo antes de sair – o treinador do acampamento exigiu.



-Mas Rachel está na escola interna dela – Angel comentou.



-O oráculo de Delphos é o mais famoso e poderoso que já conhecemos, querida Angelique, abençoado pelo próprio Apolo. Mas... Isso não quer dizer que profecias não possam ser ditas de outros modos.



-Ah não! Eu odeio fazer isso! – Ally prontamente exclamou.



-Mas seria bom – Maite disse com cuidado, fitando Ally mais séria do que o de costume – Uma profecia é como uma prévia futura do que o Destino reservou para nós. É uma missão difícil a que pegamos para nós, uma profecia é quase necessária Allycat.



-Ok, mas só com a Dul! – Ally acabou aceitando e bufando – E algo bem específico, não vou atrás de uma grande profecia.



-Eu desejo boa sorte e bom descanso, meio-sangues, que os deuses olhem pelo caminho de vocês.



-Como se isso fosse algo realmente bom – Anahí resmungou baixinho.



Quíron fingiu escutar nada e se afastou produzindo o som de cascos ao caminhar para fora. O grupo ficou mais quieto e eu me mexi e remexi. Não estava aguentando de curiosidade quando Anahí bufou do meu lado.



-Fala logo Candy, o que quer saber? – ela indagou nada gentil, mas era o seu jeito.



-O que é esse lance todo de profecia que eu e Ally temos de fazer? – indaguei corando um pouco, odiava não saber das coisas.



-As profecias marcam as grandes missões – Chris explicou paciente – Quando os heróis são chamados para combates ou para realizar tarefas, eles recebem profecias sobre o futuro. São versos confusos e que só entendemos na maioria das vezes quando está
acontecendo ou aconteceu.



-Isso não é ruim? Ficar esperando que algo aconteça sem saber se vai realmente acontecer desse jeito? – perguntei incerta.



-Sim e não – Maite deu de ombros – É melhor alguns versos confusos do que nada.



Soltei um suspiro ainda um pouco confusa, mas convencida de que só entenderia quando estivesse acontecendo. Ally foi a primeira a levantar alegando precisar descansar para o que viria a seguir. Anahí tocou minha perna suavemente e fez um gesto com a
cabeça indicando a porta, um pedido mudo para sairmos também.



-Boa noite, descansem bem – falei levantando, olhei para cada um deles e suspirei – E obrigada por entrarem nisso, mesmo sabendo dos riscos.



-É a nossa vida, Chancho – Maite sorriu grande.



Chris e Angelique concordaram com ela, Anahí levantou com uma expressão suave, mesmo sem sorrir eu sabia que também achava a mesma coisa. Sem perceber, busquei a mão dela e logo a filha de Zeus entrelaçava os nossos dedos. Era algo tão automático que chegava a ser natural. Mas esquecemos de um detalhe básico: não estávamos mais sozinhas ou só com Maite para lidar.



-Que fofo, elas andam de mãos dadas! – Chris provocou prontamente afinando a voz.



-Nunca pensei que a Anahí tivesse um pingo de gentileza para algo tão bobo assim – Angelique suspirou – A fera está sendo domada pela bela garota. Isso é tão romântico.



-Vão se foder – foi a resposta grossa de Anahí.



Revirei os olhos e a puxei dali, sorrindo só pelo fato de mesmo sendo provocada pelos amigos, Anahí não soltou a minha mão. A levei para fora dali, mas foi Anahí que me puxou até o Chalé I, o chalé dela. Assim que entramos, eu explodia de curiosidade. A filha de Zeus acendeu as luzes e eu franzi o cenho. No centro do chalé havia uma estátua de Zeus que encarava a porta. Era como uma enorme caixa de mármore, muito bem organizado... E frio.



Havia poucos boliches ali e o único com sinal de que foi mexido era o que estava justamente fora da visão da estátua. Na parede que ficava atrás da cama de solteiro haviam pôsteres de
cantores e até mesmo figuras aleatórias.



-Não é nada comparado a bagunça do Chalé de Hermes – comentei me jogando na cama de Anahí.



-É quieto – Anahí sentou ao meu lado, tirando os tênis que usava – Solitário, mas com o tempo eu acostumei.



Assim que esteve descalça, Anahí arrastou o corpo para trás até encostar na cabeceira da cama. Não hesitei em ir até ela e sentar em seu colo, recebendo um sorriso
suave ao mesmo tempo em que os braços dela me envolviam. Por mais que Anahí Portilla fosse um cavalo com os outros, em momentos assim ela era extremamente carinhosa e
cuidadosa.



-Candy – Anahí chamou começando a mexer em meu cabelo em uma espécie de
cafuné – Você está com medo?



-Eu estaria mentindo se dissesse que não – respondi sincera, me aconchegando em seus braços – Mas tenho medo de que algo aconteça algo a eles – olhei para ela e senti meu coração apertar – Medo de que alguma coisa aconteça com você.



-Nada vai acontecer com você e comigo – Anahí disse firme, segurando a minha cintura e me puxando mais para si – Eu era muito boa em sobreviver, mas agora é diferente.



-O que é diferente?



-Eu quero viver, viver com tudo o que eu tenho direito – ela começou usando ainda aquele tom firme, mas aos poucos foi vacilando e ficando levemente corada – Eu tenho direito a ser de alguém e ter alguém, certo? Digo, você é minha, eu sou sua. Então isso quer dizer
que eu quero viver com você. É algo assim e... Porra! – Anahí xingou quando começou a ficar nervosa ao falar de seus sentimentos – Você entendeu?



Sim, eu havia entendido. Meu coração disparava enquanto eu via aquela garota com síndrome de lobo solitário tentando declarar que queria viver junto comigo. Eu via Anahí portilla, com seus olhos claros estupidamente lindos. De sobrancelhas grossas e bastante
expressivas. Os lábios pareciam ter sido desenhados pela própria Afrodite, de tão desejosos e lindos que eram. Eu a via por completo, cada detalhe de seu rosto que se mantinha ansioso por minha resposta. Eu via a mulher de minha vida. Sim, eu tinha entendido que estava completa e perdidamente apaixonada por Anahí Portilla.



-Merda, diga algo Dulce. Eu sei que sou uma idiota quando se trata de discursos mais íntimos, mas eu estou tentando de verdade fazer você entender que eu quero que isso dê certo! – Anahí finalmente não aguentou meu silêncio.



-Você está apaixonada por mim, Anahí – disse serena, vendo a verdade estampado nos olhos azulados. Ela me fitou mais uma vez daquele jeito intenso que me derretia, não contive um suspiro – Assim como estou apaixonada por você. Não haveria ninguém mais
com quem eu quisesse compartilhar minha vida.



-Vo-você disse que se apaixonou por mim? – Anahí indagou ainda incrédula.



-Com todas as letras. Eu estou apaixonada por você, Portilla.



-Oh deuses!



Anahí me agarrou em um abraço apertado, soltando um suspiro tão aliviado que me fez rir. Ela enterrou o rosto em meu pescoço inspirando forte, eu sabia que ela adorava o meu cheiro natural. Então Anahí Portilla começou a rir a princípio baixo, mas logo se tornando uma gargalhada. Um riso sincero de felicidade que inundou todo o meu ser. Um riso longo como eu nunca vi ela fazendo, um que era extremamente gostoso e contagiante. Quando Anahí ergueu o olhar, tinha um sorriso destruidor de corações no rosto. Ela estava tão linda sorrindo daquele jeito que meu coração pareceu transbordar agoniado com aquele sentimento poderoso que me dominava.



-Eu vou fazer valer a pena Dulce Saviñon. Fazer valer a pena ser minha garota, porque eu não posso perder você – Anahí declarou em um tom apaixonado.



-Não vai me perder Narrí – prometi fazendo carinho em seu rosto – Eu conheço você e te quero mesmo assim. Deuses, como eu te quero!



Eu não resisti mais, segurei o rosto dela entre minhas mãos e o puxei para mim para selar aquele momento com um beijo. Um que eu pensei que seria apaixonado e calmo, mas em poucos segundos eu entreabria os lábios para receber uma língua impetuosa e
exploradora. Anahí transformou aquele beijo em algo intenso e incrivelmente gostoso. Agora ela sabia exatamente como me enlouquecer com um beijo e não hesitava em fazer isso constantemente. A língua dela comandava a minha, os lábios ditavam um ritmo não muito rápido, mas ainda assim intenso e voraz. Anahí tocou o céu de minha boca, sugou demoradamente minha língua e chupou meus lábios ao mesmo tempo em que o puxava em sua direção. Busquei o ar por entre meus dentes, morrendo de tesão só com aquilo. Inclinei meu rosto em direção ao pescoço dela, mordendo, beijando e chupando o ponto de pulso. Anahí segurou forte em meu quadril e cintura, arfando e arrepiando. Era delicioso saber o poder que eu tinha sobre ela, que eu não era a única a morrer derretida com simples toques. Eu já estava colocando minha mão dentro da camisa dela quando Anahí segurou em meu pulso e pareceu respirar fundo.



-Temos de descansar Candy – Anahí lembrou – E se formos começar agora, eu não deixaria você sair daqui.



-Eu não quero sair daqui – aleguei com a voz baixa e rouca



-Acredite, eu não quero que você saia – a fitei confusa e Anahí acariciou meu rosto ao mesmo tempo em que tinha um sorriso sacana no rosto – Na verdade depois de um momento tão meloso como o que tivemos, tudo o que eu mais quero é foder você
deliciosamente.



Eu sei que eu deveria ser uma moça, que deveria pensar que quando nos tocávamos fazíamos amor e não sexo. Mas depois de experimentar, de saber o poder que um orgasmo tinha... Tudo o que eu queria também era que ela transasse comigo a noite inteira. Meu corpo implorava por isso! Quem era eu para negar um pedido tão gritante?



-Mas, iriamos nos cansar e quem sabe você não conseguiria nem andar direito amanhã? – Anahí continuou com aquele sorriso malicioso.



-O que te faz pensar que isso aconteceria? – tentei argumentar e ela arqueou uma sobrancelha, bufei sabendo que seria provável que aquilo fosse verdade – Merda Anahí, eu vou ficar na vontade!



Resmunguei e fiz meu melhor bico pidão. Mas tudo o que aquela garota branquela fez foi rir daquele jeito gostoso e me abraçar. Eu sabia que ela estava certa, não era nada indicado que fizéssemos algo do tipo essa noite. Porém dizer isso para meu corpo era uma
história completamente complicada.



-Odeio você – reclamei choramingando.



-Eu devo dizer que adoro o fato de você ser desinibida e safada – Anahí me fitou divertida – Isso me surpreende na verdade.



-Quer que eu vire uma santinha requintada que não sabe o quanto o sexo é gostoso depois de ter orgasmos seguidos por sua culpa? – arqueei uma sobrancelha e Anahí
desatou a rir, dei de ombros – Apenas não nego para mim as coisas que quero – acabei franzindo um cenho, um pensamento começando a me incomodar de repente – Isso faz de mim uma garota promiscua?



-Não bebê – Anahí acariciou meu cabelo – Você não é uma vadia só por gostar de sexo comigo e não complicar as coisas.



-Claro que é sexo com você, eu só fiz com você – disse no automático.



-E vai ser só comigo, é o suficiente – Anahí replicou mais séria e dura, segurando meu queixo de maneira firme – Você é minha garota.



Também começava a me perguntar se era errado sentir minha calcinha molhar toda vez que Anahí ficava possessiva daquele jeito.



-Não estava reclamando Narrí – soltei um suspiro e dei um longo selinho nela – Mas acho melhor eu ir, prometi que iria dormir com a Cláudia.



Comecei a me levantar do colo dela, apenas para quando conseguir parcialmente o feito, ser lançada contra o colchão e Anahí subir encima de mim. Arfei e perdi
completamente o ar quando ela me beijou forte, voraz. Eu já estava ficando tonta e perdendo a noção do nosso recém combinado de que nada aconteceria quando ela se afastou, os lábios úmidos e vermelhos por conta do beijo.



-Não iria sair daqui sem o beijo de boa noite – ela piscou e se afastou – Vou com você até o chalé.



Pisquei várias vezes tentando retornar a realidade, o sabor dos lábios dela ainda grudados aos meus parecia dificultar enormemente essa missão.



Suspirei auditivamente, balancei a cabeça em negação e Anahí sorriu travessa enquanto me ajudava a sair de sua cama. Para me vingar, quando ela me levou até o chalé de Deméter, eu olhei para os lados e
ao não encontrar uma alma viva, a agarrei dando o meu beijo de boa noite. Dessa vez foi ela quem ficou dando suspiros disfarçados, com tanta dificuldade de se afastar que dava passos para trás apenas para não me perder de vista.



Só naquele momento eu admiti que ela estava certa sobre algo que tinha dito no nosso primeiro encontro. Eu conhecia os seus defeitos, mas quando visse suas qualidades iria cair perdidamente apaixonada. Dessa vez, Anahí Portilla estava indubitavelmente certa.


 


Notas Finais


 


Para quem tava com saudades da fofura da Cláudia *o*



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Autor(a): AnBeah_Portinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA




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