Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega

Pov Dulce

Assim que o sol nasceu eu já estava de pé do lado de fora do Chalé 7, a cabine de Apolo. Eu estaria mentindo se dissesse que não estava nervosa, pois estava até mesmo tremendo e batendo o pé no chão. A porta finalmente se abriu, revelando uma baixinha de
cabelos castanhos bem claros, quase loiros, e uma cara amassada. Ally esfregava os olhos
e bocejava, ela ficava extremamente fofa quando fazia algo assim. Porém quando seus olhos castanhos baterem em mim, sua expressão foi fechando aos poucos.

-Cadê a Anahí? – ela indagou começando a andar.

-Dormindo ainda, provavelmente – dei de ombros e a segui – Não fui até lá ainda. Precisamos dela? Pensei que era algo só comigo.

-Não, só to surpresa, a Anahí está como um cão protetor com você. Sempre por perto.

– Ally falou – Seria legal se ela fosse assim com os outros e não só com você.

-Na verdade ela é – ri baixo – Só que de mal humor. Mas ela sempre ta lá pra ajudar, mesmo que rosnando.

Ally revirou os olhos e seguiu caminhando. Eu queria perguntar um monte de coisa, mas tinha medo de irritar aquela pequena. Seguimos por uma área da floresta até encontrarmos uma caverna. Eu estava surpresa de nunca ter visto aquele lugar antes, mas não duvidava que havia outros mistérios no próprio Acampamento Meio-Sangue que eu desconhecia.

A caverna era bem ampla e até mesmo arejada, revelando ser até mesmo bem cuidada por alguém. Havia velas ali dentro guiando o caminho até uma sala que mais parecia um altar luxuoso. Tinha divã, almofadas grandes e vermelhas, quadros no chão, harpas e instrumentos musicais antigos. No centro, uma estátua de um homem bonito, com uma pose
heroica e um sorriso divertido no rosto.

-Meu pai – Ally falou quando me viu fitando a estátua – Aqui é uma área sagrada, ajuda a entrar em contato com ele e ter mais sucesso nas buscas de profecias.

Acenei com a cabeça fingindo compreender tudo o que ela falava. Mas a bem da verdade, eu estava ansiosa demais. Era como se eu estivesse indo para uma cartomante e ela estaria revelando o meu futuro.

-Venha, sentaremos nas almofadas.

Segui Ally até o canto direito onde estavam as diversas almofadas. Escolhi uma rosa para sentar com as pernas cruzadas em estilo índio. Ally pegou a vermelha e se posicionou a minha frente.

-Como isso funciona? – indaguei sem conseguir mais conter a curiosidade.

-Eu rezo pedindo pela sua profecia na missão. Se der certo vou começar a falar esquisito e recitar, depois ficarei fraca e por isso você vai me dar um pouco de néctar que
tem naquele jarrinho ali.

Ela apontou para um recipiente sobre uma mesinha de canto. Acenei com a cabeça,
meu coração disparando quando a vi endireitando a postura e fechando os olhos. Ally começou a controlar a respiração enquanto eu tentava observar tudo quieta. Mas eu estava nervosa, tente mandar alguém hiperativo ficar quieto quando estava tendo uma leve crise de ansiedade. O resultado era que eu me mexia, batucava em minha perna, olhava para tudo e
para nada ao mesmo tempo. Ally suspirou e eu a olhei assustada esperando pela profecia.

-Se você não relaxar eu não vou conseguir me concentrar Dulce! – Ally reclamou ainda de olhos fechados – Distraia a sua mente.

-Mas eu não consigo, eu não sei o que vai acontecer! – murmurei me sentindo culpada.

-Pensa na Anahí então, ela deve ser uma boa distração – mesmo com as pálpebras abaixadas, as sobrancelhas de Ally ficaram sugestivas.

-O tempo todo – suspirei sem conseguir.

-Sem detalhes, me deixe concentrar!

Acenei com a cabeça mesmo que ela não fosse ver. A filha de Apolo tornou a se concentrar na respiração, parecendo começar a meditar. Resolvi seguir o seu conselho e distrai a mente com Anahí. Comecei a imaginar como seria se não fossemos semideusas.

Teríamos ficado juntas? A começar que Anahiy nem estaria em Miami, mas sim com sua família sendo uma garota normal. Provavelmente sem o seus complexos e jeito difícil. Tentei imaginar Anahí sem as suas defesas, sendo uma garota rebelde, mas ainda assim muito
comunicativa e amável. Não era tão difícil quando eu tinha pequenas amostras desse jeito singular e secreto dela. Eu permaneceria desastrada, curiosa e com um puta azar, tinha certeza disso. Então provavelmente não, não estaríamos juntas. O que me fazia de certa
forma agradecer por nossa condição, pois definitivamente Anahí Portilla era uma parte boa
dessa minha nova vida. Minha mente continuou nessa linha, imaginando uma Anahí normal, com a sua irmã Marichello que provavelmente seria parecida com ela. Quem sabe ela faria alguma faculdade? Ou até mesmo algo próprio? Será que ela já pensou nessa possibilidade? Do que fazer quando acabasse o ensino médio?
Eu estava tão absorta em minhas conjecturas de como a Anahí seria se fosse uma humana que tomei um susto quando Ally agitou-se a minha frente. Eu literalmente saltei
quando ela tremeu o corpo como se estivesse recebendo algum espírito, não de forma exagerada, mas ainda assim assustador. Os olhos dela se abriram, mas estavam completamente opacos, distantes.

-Escute bem filha da primavera o que eu venho te revelar, pois a sua profecia tudo poderá mudar.

Aquela definitivamente não era a voz de Allyson Brooke. Era ainda mais sinistro do que eu imaginei que fosse! Uma fumaça verde parecia sair da boca dela, a envolvendo e a tornando ainda mais mística, uma verdadeira personagem de filme de terror. Meu coração parecia bater em minha garganta, meu corpo inteiro gelado enquanto escutava atentamente.
Dessa vez a voz da filha de Apolo parecia longe e perto, sussurrada e falada.

“Pelo passado obscuro, a dama do mar irá se desmanchar

Sob os olhos da anfitriã, uma grande coisa diminuirá

Pelas mãos do favorito do amor, vosso coração se confundirá.

Quando vitoriosa com meio-sangues estiver a retornar,

Uma escolha difícil o herói terá de tomar.

Água com fogo se chocará, ou o rei dos mares irá visitar.”

Ok, agora eu entendia quando diziam que as profecias eram confusas! Assim que Ally terminou de recitar o último verso, seus olhos viraram para trás e seu corpo caiu para o lado sobre outras almofadas. Eu dei um salto para frente para ajeitá-la já que a semideusa caiu de muito de mal jeito. Assustada, toquei o rosto pálido de Ally com medo de que algo realmente tivesse acontecido, mas ela estava respirando. Enquanto repetia como um mantra a profecia em minha cabeça para não esquecer, fui pegar o néctar que ela indicou.

Sentei perto de Ally colocando a cabeça dela em meu colo, criando uma leve inclinação
que ajudaria ela a beber o líquido divino. Com todo o cuidado do mundo, já que eu estava
lidando com a melhor curandeira do acampamento, a fiz beber o néctar devagar para que não
engasgasse. Precisou de apenas alguns segundos para Ally soltar um suspiro fraco e piscar
lentamente como se estivesse acordando.

-Hey – falei baixo e preocupada – Está tudo bem?

-Sim, só com dor de cabeça, mas já passa – Ally disse com uma carinha de dor e eu não resisti a fazer um cafuné.

-Relaxe aqui um pouco então – aconselhei.

Ally apenas aceitou, virando o rosto para ter uma melhor posição. Mantive o carinho em seu cabelo, martelando a profecia em minha mente. Depois de cinco minutos Ally se moveu e bem lentamente levantou se espreguiçando, provavelmente o néctar tendo feito efeito.

-Você lembra da profecia toda? – Ally perguntou.

-Sim, foi bem estranha – fui sincera e fiz uma careta – Agora entendo porque você não gosta disso, foi assustador. Como um filme de terror na vida real.

-Eu sei, é horrível a sensação – a pequena massageou a têmpora – Vamos? O resto tem de saber da profecia.

Apenas concordei com um acenar de cabeça. Saímos da caverna em silêncio, ambas séria depois de uma profecia confusa e que parecia determinar o nosso futuro. Assim que chegamos na área dos chalés, perto da fogueira estavam os nosso amigos.

-Até que fim! – Anahí exclamou.

Ela parecia irritada, os braços estavam cruzados e sua expressão não eram das melhores. Porém mesmo assim eu sorri ao vê-la, pois a achei linda. Usando uma de suas calças jeans com rasgos discretos e coturnos. Uma blusa linda preta e vermelha, com sua
jaqueta por cima. Mas dessa vez, Anahí usava uma touca preta. Ela ficava extremamente linda de touca.

-Como foi? – Maite questionou fitando de mim para Ally.

-Temos uma profecia – a filha de Apolo disse dando de ombros – Você sabe recitar de novo Dul?

-Sim, fiquei repetindo o tempo todo enquanto você descansava.

Recitei a profecia, todos parecendo concentrados em cada verso, sabendo que aquilo de alguma forma influenciava no nosso futuro. Um silêncio tomou conta dos semideuses, eles absorviam as palavras, imaginavam o seu significado e, assim como eu, não
conseguiam imaginar nem o que significavam de verdade.

-Agora que já temos a profecia, melhor nos arrumarmos para a viagem. Vamos depois do almoço – Anahí liderou quebrando o silêncio.

-Vamos nos dividir – Chris aconselhou – Ir todos juntos é como pedir para acontecer
incidentes de tamanhos monstruosos no meio de caminho.

-Dulce e Anahí comigo, estamos acostumadas a viajar juntas – Maite anunciou prontamente.

-Chris e Angel comigo então – Ally ponderou – Como vamos?

Nesse momento Quíron apareceu a galope em sua forma de Centauro. Ele olhou significativamente para Ally e ela apenas acenou, como se afirmasse a uma pergunta
silenciosa que o treinador tinha feito. Ele sorriu brevemente e olhou daquela maneira paciente
para nós.

-Consegui a carona de vocês, para garantir que cheguem seguros até o primeiro destino – o centauro comentou – Argos apareceu essa manhã, parece que Hera está
concedendo ajuda a missão de vocês.

-Hera?! – Chris e Anahí exclamaram surpresos e ao mesmo tempo.

-Uau – Ally parecia em choque.

-Quem é Argos? – perguntei curiosa pela reação deles – E Hera não é a esposa de Zeus?

-Argos é um servo fiel de Hera, ele ajuda aqui no Acampamento também – Angelique explicou, mas também parecia igualmente surpresa – Mas nunca imaginei que Hera iria ajudar em uma missão ligada a alguma cria de Zeus. Ela odeia os filhos dele.

Olhei prontamente para Anahí que revirou os olhos e deu de ombros. Uma deusa a odiava? Já não bastava os monstros a perseguirem mais do que aos outros semideuses?

-Mas ela também é a deusa do casamento, deve estar compadecida a causa de Hades
em resgatar a sua esposa – Angel ponderou e deu de ombros – Não vamos negar ajuda, Argos vem a calhar bastante.

Todos concordaram nesse ponto. Chris foi o primeiro a se afastar e ir para as forjas preparar os materiais que iriamos levar. Angel e May partiram para o chalé terminarem
de ajeitar as coisas assim como Ally. Anahí disse que ia fumar no Punho de Zeus para relaxar antes da viagem, respeitei o seu momento apesar de nunca ter gostado tanto do seu pequeno vício.

Passei o resto da manhã com Cláudia. Brincamos, corremos e ajudamos algumas ninfas. Ela sabia que eu tinha de partir logo, por isso não desgrudava de mim. No almoço, fez com que Anahí prometesse mais uma vez me proteger e ainda obrigou a May a ficar de olho em Anahí para que a filha de Zeus cumprisse a promessa.

Depois nos encontramos todos no topo da Colina que marcava a entrada mais conhecida do Acampamento Meio-Sangue. Franzi o cenho ao não encontrar o Chris ali, onde estaria o filho de Hefesto?

-Chávez deve ter perdido o tempo na forja – Ally comentou.

-Vou busca-lo – Anahí ofereceu.

-Vou com você – acrescentei rapidamente.

Ela nada comentou, apenas começou a andar e eu me mantive ao seu lado. Anahí mantinha a mesma roupa que usava pela manhã. Eu havia trocado, precisando usar algo mais quente para sair naquele estranho tempo frio de outono. Assim, usava calça escura, botas de cano baixo, uma blusa de mangas cumpridas branca com estampa de panda e um colete até mesmo pesado para aquecer.

Quando entramos na forja do filho de Hefesto, Chris estava jogando um monte de coisa dentro de uma mochila velha e com estampa do exército. Eu abri bem os olhos ao vê-lo conseguir colocar um machado de guerra ali dentro, a arma entrando sem maiores
dificuldades mesmo sendo óbvio que não cabia!

-É a mochila com fundo infinito. Cabe tudo ali dentro – Anahí me explicou – Um dos presentes que ele ganhou em alguma missão. Sempre quis uma dessas – ela avançou para perto do amigo – Ei Chris, está todo mundo esperando você.

-Mas já? – ele indagou surpreso, parecendo mesmo perdido no tempo – Espera, só falta algumas bombas de fogo grego.

-Fogo grego? – indaguei curiosa.

-É um fogo especial muito, mas muito difícil de apagar.Extremamente perigoso – Chris explicou sem me olhar – Ah Anahí, pegue aquele relógio encima da mesa, é seu!

Ele continuou pegando itens aleatórios e jogando dentro da mochila. Anahí foi para uma mesa mais à direita e encontrou um relógio de ponteiros de cor preta e azul. Ela o colocou e franziu o cenho.

-Eu não sou uma pessoa que perde a hora Chris – ela comentou confusa.

-Aperta duas vezes sobre ele – ele explicou agora parando e dando aquele sorriso de criança travessa – Você vai gostar.

Anahí obedeceu prontamente. Assim como seu isqueiro, o relógio se desdobrou crescendo e se transformando em um escudo de tamanho médio e circular. Ela recuou em surpresa, mexendo o braço e eu pude ver duas tiras envolta de seu antebraço, sendo o apoio que segurava o escudo.

-Nah, tem imagens nele! – exclamei quando notei os detalhes.
Anahí retirou o escudo do braço o segurando com mais facilidade do que seu tamanho apresentava. Sim, havia imagens ali como se contassem uma história. Reconheci duas delas. Uma era a de um ciclope e de alguém saltando para cima dele do alto, com uma espada apontada para seu enorme olho. Outra era de um avião sendo perseguido por aves e
raios ao redor. Essas duas marcavam a minha chegada ao acampamento, quando Anahí
teve de lidar com o monstro de um olho só. A outra era a de quando estávamos voando e atravessando o pais para chegar na Califórnia. Tinha mais três imagens, a de uma serpente com várias cabeças; outra de um Pégaso voando com duas crianças encima e a última, a do
centro, a de um raio na frente de uma águia. O escudo era de bronze e as imagens estavam em relevo, contendo algumas cores em vermelho.

-Aqui é quando nós encontramos a Hidra, lembra? – Chris apontou para a serpente – Você foi idiota de cortar as cabeças.

-Conseguimos fugir, não reclame! – Anahí brigou, mas sorriu – Aqui foi quando nos conhecemos e fugimos no Pégaso não é?

-Sim, não sou muito bom com as artes, mas foi o melhor que deu pra fazer. O escudo é de bronze reforçado, também mexi com o peso, ele é extremamente leve mas é praticamente indestrutível, só algo realmente poderoso para fazer algumas rachaduras.

-Você só dar presentes pra ela, estou ficando com ciúmes aqui – comentei fazendo beicinho e apontando para o Chris – E é dele, não de você Anahí.

-Devo me preocupar com isso? – ela questionou arqueando as sobrancelhas.

-Claro! Chris é um amor de pessoa, engraçado e bonito – respondi apenas de pirraça.

-Quando voltarmos farei algo bem especial para você Dul, ganhou meu coração depois dessa.

Sacando a brincadeira, Chris se aproximou e me abraçou de lado, eu prontamente envolvi a cintura dele com um braço e dei língua para Anahí. O olhar dela ficou mais sério, eu poderia jurar que a qualquer momento ela soltaria algumas faíscas de ciúme.

-Acho que essa é a hora que a gente corre né? – Chris falou baixo ao meu lado.

-Com certeza!

Ele riu alto, me largou e saiu correndo pegando a mochila com estampa do exército dele. Fiz o mesmo, começando a correr com tudo o que tinha. E tudo o que eu tinha dentro de mim era uma verdadeira desastrada, no meio de caminho eu tinha de tropeçar em uma pedrinha! Estava já caindo para frente quando braços me circularam e puxaram para trás,
fazendo minhas costas chocarem em algo macio.

-Depois de tudo você ainda consegue ser desastrada! – Anahí comentou e riu – Não sei porque acho isso fofo, você poderia se machucar sério – então me soltou de vez e pareceu lembrar que estava zangada – Pena que o seu filho de Hefesto não estava aqui pra te salvar né?

-Essa função eu guardo para você, amor – falei sorrindo divertida.

-Será que vocês duas poderiam deixar para namorar depois? – May gritou um pouco ao longe – Temos uma missão suicida para fazer!

Anahí bufou e saiu na frente. Segurei o riso e fui um pouco mais atrás, observando descaradamente toda a anatomia protuberante de seu traseiro. Anahí não deveria ter
nenhuma vantagem em zoar minha bunda, a dela era tão grande também!

-Você deveria disfarçar mais quando estiver secando a Portilla – Maite comentou quando fiquei ao seu lado.

-Não dá, eu tenho vontade de apertar – admiti em um suspiro.

-Cruzes, me poupe desses detalhes sórdidos – Maite fez uma careta de nojo – Agora eu estou com a imagem de uma bunda branca em minha mente. Vou ter pesadelos, Dul!

Não pude deixar de gargalhar. Aquela era Maite, sempre com algo na ponta da língua, mesmo que fosse algo idiota. Chegamos mais uma vez ao topo da Colina, dessa vez com Quíron nos acompanhando até o final da floresta. O centauro estava preocupado, era função dele treinar os semideuses para que sobrevivessem nesse mundo caótico. Era difícil imaginar o que ele sentia quando sabia que um de nós morria devorado ou capturado pelo inimigo.

No encostamento da pista principal estava uma van preta. Ao lado dela estava um homem de óculos escuros, muito alto e robusto, usando um terno elegante com gravata azul escura. Porém assim que eu me aproximei meu corpo gelou. Existiam coisas bizarras, mas Argos superava tudo o que eu já tinha visto. Ele tinha muitos olhos, espalhados por todo o seu
corpo, até mesmo na palma da mão! Quando ele foi abrir a porta da van, eu pude ver um olho
castanho nas costas de sua mão me encarando atentamente.

-Não comente nada perto dele – Maite sussurrou para mim em tom de alerta – Argos é legal.

Concordei com a cabeça e entrei, ali no fundo havia espaço para cinco pessoas, sendo Maite a ir ao lado de Argos para guiar pelo caminho. Anahí prontamente escolheu o banco para apenas duas pessoas e me puxou para o seu lado, olhando sério para Chris. Era extremamente fofo o jeito possessivo dela.

-Brincadeiras à parte – Angel começou depois de cinco minutos de viagem – Vocês duas formam um belo casal.

Anahí remexeu com o elogio, olhei para ela sorrindo e sabia que ela estava lutando para não parecer sem jeito.

-Isso não é de sua conta – Anahí começou a ficar na defensiva, sempre que ela fazia isso contra-atacava – Você tem de---

Eu a cotovelei na cintura e ela me olhou em surpresa. Em meu olhar estava a repreensão. Angelique estava apenas elogiando nós duas, ela não poderia apenas aceitar?

-Argh, obrigada, eu acho – Anahí resmungou uma resposta mais decente e cruzou os braços.

Sorri pela atitude melhorada e Chris parecia segurar o riso. Ally e Angel nos olhavam com uma expressão de “awn” fazendo Anahí bufar e olhar para a janela. Peguei em sua
mão e fiquei brincando traçando desenhos abstratos em sua palma. Aos poucos a senti relaxar e logo uma outra conversa foi iniciada por Angelique. Aquela seria uma longa viagem.

Notas Finais

Não gente, eu não abandonei a Fic eu só estava muito doente e minha mãe me proibiu de mecher no computador até que eu melhorasse, foi uma mistura de virose acompanhada de uma forma de cabeça do inferno ( ou seria do tártaro) mas peço perdões pela demora em postar.