Fanfics Brasil - Desculpa Mas Eu Não Sei Voar! The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: Desculpa Mas Eu Não Sei Voar!

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Pov Dulce



Aquele paraíso estava se tornando um verdadeiro pesadelo. Agora eu entendia perfeitamente o porquê Miley odiava Circe. Por um momento na batalha de Anahí, eu
quase tinha saltado lá para ajudá-la, sendo segurada firmemente por um aperto de Ariana em meu braço. Quando a vi encolher? Entrei em desespero total. Tudo bem que uma Anahí tão pequenina seria fofa. Se não estivesse machucada!



Assim que cheguei ao centro da arena, vi três feiticeiras ajeitando armamento ao redor, deixando a escolha todos os tipos de armas brancas e escudos. Depois elas se
posicionaram em uma espécie de triângulo e recitaram em uníssono um feitiço. Grades com mais de sete metros apareceram ao redor da arena, protegendo a arquibancada. Uma barra bastante afastada pela outra, podendo alguém passar facilmente por ali. Isso não quer dizer boa coisa, ah não quer mesmo!



-Para esse jogo, as regras são bem simples! – a voz de Circe repercutiu pela arena – Que o mais forte sobreviva! Tragam o monstro!



Meu corpo inteiro congelou no lugar quando escutei a palavra monstro. O chão tremeu quando uma enorme jaula simplesmente apareceu no meio da arena, materializada provavelmente pela magia. Dentro dessa jaula estava um verdadeiro pesadelo em formas gigantescas. Um ciclope. Meu corpo recuou quando seu único olho cravou em mim, suas íris de um castanho avermelhado que não tinha quase brilho nenhum de inteligência. O enorme homem segurou as grades da jaula, as sacudiu furiosamente e rugiu fazendo com que meus ossos tremessem de medo.



A coragem que eu tinha estava fugindo lindamente com o rabo entre as pernas! Eu nunca havia enfrentado um monstro sozinha. Maite e Anahí, principalmente Anahí, estava comigo para me dar suporte ou até mesmo me salvar. E agora ali estava eu, uma coisa pequena, magra e desajeitada, enfrentando um furioso homem de um olho só e selvagem! O ciclope era apenas um pouco maior do que a grade mágica que foi colocada,
agora fazendo sentido aquela proteção toda. Era para que ele não escapasse para a arquibancada.



Olhei para o camarote e eu poderia jurar que havia um ponto brilhante, como se um pequeno objeto estivesse entrando em curto-circuito. Provavelmente sendo Anahí em desespero similar ao meu. Miley tinha uma expressão um pouco assustada, seus olhos
castanhos arregalados, um semblante bem parecido com o qual Ariana estava. Circe, ao seu
lado, um sorriso debochado. A deusa menor estalou os dedos e eu escutei vários estrondos seguidos.



A jaula havia sido aberta.



Merda, merda, merda!



O ciclope deu o primeiro passo e o mundo parecia que ia desabar! Ele avançou diretamente para mim, e o que eu fiz? Obviamente que eucorri! Uma sombra passou pelo meu corpo e no segundo seguinte uma enorme mão batia ao meu lado, meu corpo ficando exatamente no espaço entre o polegar e o indicador. Meu coração batia tão acelerado que eu acreditava que ele fosse escapar de meu corpo em uma fuga desenfreada, me abandonando ali! O impacto da palma contra o chão fez tudo vibrar e eu quase desequilibrei, tendo de
mover os braços para endireitar meu corpo e voltar a correr.



Eu sabia que não poderia fugir para sempre, a arena é minúscula quando se comparada ao ciclope que me perseguia. Em algum momento ele iria me pegar e eu seria esmagada. Então eu precisava fazer alguma coisa! A primeira coisa que pensei foi que minha espada, por ser leve e fina, de nada adiantaria contra aquele monstro. Então corri em direção
ao arsenal colocado pelas feiticeiras, pegando uma espada espartana com lâmina curta e mais grossa. Era muito mais pesada, mas depois de tanto treino eu saberia maneja-la sem deixar que a arma caísse. Ou ao menos eu esperava desesperadamente por isso!



Assim que peguei a espada e um escudo, sim um escudo, eu precisava me proteger já que não sabia lidar direito com aquela espada! Eu corri para longe do ciclope, o escutando pisar forte bem atrás de mim quase me pegando. Assim que eu cheguei no extremo oposto, forcei a minha mente a pensar em algo que não fosse que eu iria morrer esmagada. Ele era alto, então eu teria de atacar por baixo e muito rápido. Respirei fundo segurando firme a espada em minhas mãos, precisava me controlar, precisava fazer aquilo direito. Ou tudo teria sido em vão!
Impulsionada pela adrenalina e um pouco de loucura, gritei e corri em direção a ele. Desviei de seu pé esquerdo que vinha em minha direção como se estivesse tentando esmagar um inseto grande. Corri para o pé direito e ergui melhor a minha espada, atingindo o tendão de trás do pé em um corte mais forte que eu poderia dar. O ciclope urrou e eu não tive tempo para ver se meu ataque havia dado certo, pois ele estava recuando e eu poderia ser
atingida. Joguei meu corpo para o lado evitando o seu calcanhar, rolando duas vezes até conseguir me por de pé. Não perdi tempo, não parei para pensar e analisar, apenas corri de novo para o pé direito dele, saltando por cima e fincando a espada com tudo na parte superior do pé. Ia cair do outro lado, mas usei do escudo para poder amenizar o impacto e não me machucar.



Levemente atordoada com tantos movimentos, eu comecei a me afastar indo em direção a outro monte de armas, dessa vez pegando qualquer espada. Eu estava indo bem, juro que tinha até um fio de esperança com tantos golpes bem sucedidos... Até virar meu corpo e ter tempo apenas de ver uma enorme mão vindo em minha direção. Meu sangue gelou por um segundo, para no próximo eu estar me jogando para o lado de qualquer jeito para não ser pega. Resultado? O ciclope tinha a outra mão para me amparar e encurralar,
envolvendo meu magro corpo latino em seus dedos grossos.



Gritei quando eu ia sentindo meus ossos sendo esmagados, o escudo em meu braço apenas piorava a situação, machucando toda a lateral de meu corpo.



-Você parece um espinho – ele falou em um tom grosso, mas levemente débil – Sabe o que eu faço com espinhos? JOGO FORA!



Então eu descobri que estava voando. O ciclope me jogou para cima como se eu fosse um lixo a ser arremessado para longe. Meu corpo cortava o ar furiosamente, meu grito morrendo na garganta. Sabe uma novidade? Eu não era a Anahí e NÃO SABIA VOAR! Quando meu corpo atingiu o ponto máximo de altura e começou a cair, eu comecei a gritar em desespero. Eu via a arquibancada cada vez mais próxima, o ar forte fazendo com que meus olhos lacrimejassem e meus músculos doerem. Eu tinha a plena, total e completa certeza de que iria morrer.



“Use seus poderes, Dulce, aproveite o que tem em mão”.



A voz feminina vinha fraca e suave, gentil e levemente preocupada, eu poderia jurar que era a mesma voz em meu sonho. Então foi como um estalo em minha mente quando a ideia absurda veio. Mas era uma ideia! Tirei o escudo de meu braço com a maior dificuldade, meu
coração desesperado para que tudo desse tempo e eu não fosse esmagada antes de realmente tentar algo. Segurei o escudo, fitei fortemente o chão e despejei toda a minha adrenalina, desejando com todas as minha forças que aquilo desse certo e implorando a
Perséfone para que desse.



A poucos metros de atingir a arquibancada, eu fiz com que a terra se elevasse em questão de segundos. Tudo tremia embaixo, eu podia ver rapidamente as feiticeiras gritando e algumas coisas caindo ou quebrando enquanto a terra se elevava e formava uma espécie de
rampa. Sim, exatamente uma rampa, que nem aquelas que os skatistas usavam! O escudo que estava embaixo de mim colidiu com a terra e eu senti um forte choque contra meu corpo, fazendo com que ele quicasse e levantasse mais meio metro no ar. Foi o suficiente para que eu ajeitasse o escudo embaixo de meu traseiro e ele novamente caísse sobre a terra, deslizando para baixo tremendo forte por não ser um piso regular. Eu vi rapidamente que
estava indo diretamente em direção ao ciclope, foi quando outra ideia suicida veio a minha mente.



Manipulando a terra, fiz a rampa ficar mais íngreme para ganhar mais velocidade ainda na decida e criando um novo fim a ela.
A rampa terminava exatamente com uma inclinação para cima, quando passei deslizando com o escudo ele foi jogado um pouco mais alto e eu tive de me soltar e girar em pleno ar para não bater em uma das grades, conseguindo por muito pouco passar entre elas!
Então meu corpo voou em direção ao ciclope, segurei o escudo a minha frente e com uma grande velocidade, o atingi bem diretamente no têmpora. A velocidade e a aceleração compensavam na força de impacto, o fazendo começar a cair para trás. Eu me segurei firmemente na orelha dele, afinal ainda estava em uma enorme altura! Cair dali também era sinônimo de que eu morreria.



Quando o ciclope finalmente caiu ao chão, a poeira ergueu-se fortemente. Eu saltei em uma altura de dois metros antes de que ele atingisse o fim, caindo desmaiado. Tossi forte, engolindo a poeira e me sentindo zonza depois de usar tudo o que eu tinha para não morrer
durante as quedas. Ergui meu corpo toda trêmula, respirando com dificuldade e com a visão turva.



-Ela ganhou! – uma garota acreditou – O ciclope está desmaiado!



-Deuses, você viu como ela ergueu aquela montanha do nada? – escutei outra comentando.



-A filha de Perséfone! – Circe ria contente – Muito bom, muito bom! Você será uma linda feiti---



Circe não pode completar a fala, uma explosão surgia bem na entrada da arena, agitando a todas as feiticeiras. Eu estava ainda sobre o efeito do que tinha acabado de fazer, caindo de joelhos e tossindo forte. O que estava acontecendo? O que eram aquelas luzes indo de um lado para o outro? Eu podia jurar que eram bolas de fogo, raios de energia e... Maite?!



-Achei você! – Maite disse e me ajudou a levantar – Vamos, pegamos o cordão!



-O-o que? – conseguir dizer e tossi forte.



-Enquanto vocês ficavam com Circe, aqueles bichinhos nos levaram direto para o cordão! Depois eu explico direito!



Maite me levantou melhor e eu consegui ver outra explosão acontecendo no Camarote. Meu coração parou e meu corpo congelou no lugar. Anahí! Anahí estava lá em um tamanho tão pequeno que seria facilmente perdida! Mas então Ariana e Miley apareciam, correndo e ofegantes, Miley com o ombro chamuscado.



-Me solta, Grande!



A voz fina de Anahí ecoava baixo naquela confusão toda, só então eu vi que Ariana segurava Anahí pelas mãos, como se fosse uma boneca viva. Meu coração voltou a bater
naquele momento. Aproximei e rapidamente ofereci a mão para pegar Anahí, Ariana nem hesitou em me entregar a garota.



-Isso é a Anahí! – Maite gritou e pareceu segurar o surto de riso – Ai meu deuses, temos de correr, antes que a distração acabe! Dulce, segura bem ela pois vamos correr
bastante!



Olhei para Anahí e a vi se apoiando em minhas mãos, soltei um suspiro e a levei para a minha blusa, a colocando dentro de meu decote.



-Se segura e sem gracinhas! - exigi.



Ela passou os braços para o lado de fora para se segurar firme, Maite tentava não falar nada, sendo impedida apenas com outra explosão. Então começamos a correr para fora, minhas pernas respondendo apenas aos comandos instintivos. Eu nem ao menos estava pensando direito, não depois de tudo o que tinha acontecido naqueles últimos trinta minutos!



Chegamos perto da floresta, encontrando finalmente Angel e Ally. No colo de cada uma estava o pug e o lêmure. Trocamos apenas um rápido olhar antes de voltarmos a correr, sendo liderados por Maite que tinha um sexto sentido muito forte para os caminhos. Ao
alcançar a praia, paramos tão bruscamente que eu quase topei em Angel que ia um pouco mais a frente.



-Pensaram que iam escapar assim tão fácil? – Dizia Kate, uma das feiticeiras.



Nossos barcos estavam pegando fogo atrás dela, ou seja, sem nenhuma forma de voltar para o navio! Ariana pegou sua espada, assim como Maite a sua adaga e Ally ajeitou o arco na direção dela. Outras feiticeiras estavam se aproximando atrás de nós. Logo
estaríamos cercadas!



-Ei garota!



Uma voz atrás da feiticeira a fez virar institivamente, apenas para ser acertada na perna e no braço por uma flecha. Só então eu percebi que Demi estava ali, na água do mar, montada em um hipocampo e ao seu lado mais dois!



-Vimos as explosões – Demi explicou – Austin conseguiu chamar a cavalaria, agora vamos logo! Onde está a Anahí?



-Aqui comigo! – gritei já correndo para a água – Vamos, antes que elas cheguem!



Os outros não perderam tempo, subimos nos hipocampos e eles rapidamente deram meia volta indo em direção ao navio. Olhei para trás a tempo de ver as feiticeiras se reunindo na praia, uma tentou até lançar uma espécie de energia roxa em nossa direção, mas o ataque morreu a um metro atrás de nós, acertando a onda que se formava.
Finalmente eu soltei um suspiro e senti meu corpo pesar completamente. Enquanto o
hipocampo ia deslizando facilmente pelo oceano, meu corpo caiu para frente, minha cabeça
encostando nas costas de Maite que ia a minha frente.



-Candy! Candy! – escutava a voz fina de Anahí vindo de baixo, ela se mexeu dentro de minha blusa e pareceu dar um choque em meu seio – Dulce María !



-Ai Nah! – reclamei despertando e olhei para baixo, ela estava lutando para escalar minha blusa e se pendurar no decote de novo – Você não poderia ficar quietinha?



-Você está bem? – ela perguntou gritando para que eu a escutasse.



Ali estava Anahí em seu tamanho minúsculo, apoiando as costas em minha blusa com os braços na borda para se segurar. Eu sentia seus pés contra meu colo, quase sem fazer pressão nenhuma. Mesmo pequena, eu conseguia ver seu cenho franzido e olhar preocupado. Suspirei sentindo o cansaço vindo forte, tomando conta de meu corpo cada vez mais.



-Só estou ficando... Ficando cansada Narrí – murmurei quase sem forças e sorri fraco – Você viu? Eu derrotei o ciclope. Eu... Eu quase voei... Que nem você...



Eu escutava a voz de Anahí e alguns pequenos choques, mas nem isso fazia minhas forças voltarem. Estava tão, mas tão cansada que tudo o que eu queria era fechar os olhos e me deixar levar. Eu não estava percebendo, mas meus sentidos iam cada vez se desligando pela minha falta de energia, a adrenalina me abandonando. Não demorei a desmaiar ali, não caindo no mar porque grandes braços me seguraram, Maite a minha frente finalmente virando para me amparar.



Notas da autora



Próximo capítulo vem quente.



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Autor(a): AnBeah_Portinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA




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