Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega
Pov Dulce
Acordei em um sobressalto, meu corpo e sentidos estavam atentos, minha mente esperando pelo ataque de algum ciclope ou feiticeira. Estava ofegante e com o corpo levemente suado, olhei ao redor tentando processar as coisas que estavam acontecendo.
Eu não estava na ilha, mas sim dentro de minha cabine no Vingança do Mar. Soltei um
longo suspiro, lembrando finalmente que tínhamos escapado sobre hipocampos, mas sem
conseguir recordar o exato momento em que chegamos ao navio de Austin. Passei a mão
pelo rosto e depois pelo cabelo, esperando meu coração recobrar do susto que havia levado ao pensar que ainda estava em perigo.
Levantei da cama percebendo que usava uma enorme blusa e um shortinho confortável que havia trazido para a viagem. Peguei os meus chinelos e resolvi sair da cabine para descobrir o que tinha acontecido. Se estávamos balançando daquele jeito, o navio já deveria estar em alto mar, provavelmente bem longe da Ilha das Feiticeiras. Segui direto para a sala de refeições, encontrando a maioria de meus amigos ali, debruçados sobre a mesa e dando
risadas, principalmente a Maite.
-O que está acontecendo? –perguntei, minha voz saindo mais sonolenta do que eu esperava.
-Dul! – Maite pulou, exclamando como se tivesse sido pega em flagrante – Er... Nada demais!
Ucker, Ariana e Angel me olharam surpresos, afastando um pouco da mesa enquanto eu me aproximava. Só então eu percebi que eles montaram uma pequena arena
usando coisas da cozinha, prendendo Anahí e um rato que deviam ter encontrado no navio.
O animal estava furioso e machucado, Anahí ofegante e brava, ainda em seus quinze
centímetros.
-Eu não acredito que vocês fizeram isso! – eu quase gritei ao vê-la quase encurralada pelo rato.
Rapidamente eu peguei o roedor pelo rabo e de propósito joguei em direção a Angel. Ela gritou histérica, saltando e batendo em Ucker em meio ao seu surto, depois correndo para a sua cabine com medo ainda do ataque do animal. O rato saiu assustado em qualquer
direção, eu prontamente estava desfazendo a arena ridícula que eles tinham criado.
-Ah Dul, eu tinha apostado que a Anahí ia ganhar! – Maite reclamou.
-Vocês não vão colocar minha garota em uma arena depois de tudo o que passou! – eu
praticamente gritei com a filha de Hermes.
-Mas ela ta engraçada desse jeito! – Maite se defendeu – E não tinha nada melhor para fazer!
-Engraçado vai ficar seu rabo depois que eu eletrocutar ele Maite Perroni! – Anahí gritou.
Mas o seu grito era fino e mínimo, tão engraçado que eu olhei para ela tentando segurar o riso e me manter séria.
-Anahí não é uma boneca para vocês ficarem brincando assim – ralhei com todos eles e respirei fundo sentando em uma cadeira perto da parte onde Anahí estava – O que aconteceu? Eu não lembro como chegamos aqui no navio.
-Você apagou no meio de caminho – Maite resmungou – E advinha quem te salvou? Claro que eu.
-Onde está Miley e os outros? – perguntei ignorando o bico que Maite tinha por ter a diversão interrompida.
-Ela está quebrando o feitiço de transformação daquele cachorro e lêmure – Ariana explicou calmamente – Você está bem? Eu imagino que fazer aquilo que você fez na batalha deva ter deixado você bem cansada.
-Eles me contaram o que você fez – Ucker abriu um enorme sorriso – Você foi demais Dul! Derrotou um ciclope sozinha em uma arena!
Corei e desviei o olhar, Anahí estava encostada na saleira, os braços cruzados e uma cara emburrada. Mas em sua versão mini aquilo ficava tão, mas tão fofo! Eu não aguentei e comecei a rir.
-Nah, você tá um troço assim! –não consegui evitar.
-Até você Saviñon! – Anahí reclamou em plena chateação, batendo o pé no chão – Mas que saco!
-Desculpa bebê, desculpa! – disse em tom de riso – Porém você ta mesmo parecendo uma boneca nesse tamanho.
Anahí no auge de sua irritação e chateação, deu as costas e foi sentar o mais longe possível de mim. Eu ri do jeito dela, porque convenhamos, aquilo era realmente engraçado quando a garota mais emburrada que eu conheço tinha por volta dos 15 centímetros de
altura! Eu não resisti a segurá-la pela camisa e levantá-la no ar. Anahí começou a xingar todos os impropérios que conhecia enquanto eu a colocava perto de mim, ameaçando a me dar choque se não a soltasse. Já ia coloca-la na mesa, quando escutamos um grito histérico e agudo. E não, não era a Angelique, era a Ally!
Já estávamos todos levantando preocupados e alarmados quando a filha de Apolo apareceu, ofegante e completamente vermelha. Agitada começou a andar de um lado para o outro.
-Ai meus deuses, ai meus deuses, eu não devia ter visto aquilo! – ela repetiu em desespero.
-O que foi Ally? – Ucker se aproximou preocupado.
-É algum ataque? – Ariana questionou alarmada.
-E-eles eram garotos! – Ally tinha os olhos bem abertos, ela estava tão assustada – Miley os transformou em garotos!
-Os animais que nós trouxemos da ilha – Ariana deduziu.
-ELES ERAM GAROTOS! – Ally gritou.
-E claro, quando foram transformados de voltas estavam sem roupa – Demi apareceu
vermelha, mas era de rir – Ally tomou um susto que assustou os dois.
Maite foi a primeira a cair em uma gargalhada. Ally estava quase a assassinando com o olhar quando escutamos passos vindo do corredor das cabines. Então eles apareceram atrás de Miley e Chris.
-Finalmente consegui – Miley sorriu vitoriosa e um pouco cansada – Pessoal, esse daqui é o Alfonso, o pug.
O garoto moreno e mais forte e de olhos verdes abriu um sorriso exibindo covinhas. Ele estava sem blusa, usando apenas uma bermuda, exibindo braços fortes e um verdadeiro corpo definido. Mas apesar disso ele não devia ter mais do que 19 anos.
-E esse é o Troy, o lêmure – Chris apresentou dando um tapa no ombro do garoto.
Troy era loiro, com olhos azuis e alto. Também estava apenas com uma bermuda, a peça sendo mais folgada e curta por causa de seu tamanho. Não tinha o corpo tão definido quanto o do Alfonso, mas não ficava nem um pouco atrás. Também aparentava a mesma idade que o outro.
-Obrigado por terem nos resgatado – Troy pediu e ficou sem jeito quando olhou para Ally – E desculpe por... por... Bem, você sabe, não era nossa intensão aparecer daquele jeito.
-Eu apareceria de qualquer jeito, contanto que fosse humano de novo! – Alfonso exclamou abrindo os braços e depois coçando a orelha – Cara, nada de pulgas e aquelas coceiras esquisitas!
Estranhamente os garotos deram um hi-five em comemoração por não serem mais animais.
-Nós que agradecemos, na verdade – Ally disse ainda muito vermelha– Se vocês não tivessem nos guiado até o cordão enquanto Circe estava ocupada com o outro grupo, não
teríamos completado a missão.
-Foi isso que aconteceu? – questionei um pouco confusa – Vocês sumiram quando Circe apareceu lá na clareira.
-Sim, o dog e o lêmure nos levaram diretamente para a sala do tesouro de Circe! – Maite exclamou – Tinha cada coisa lá, pena que não dava para pegar mais coisas.
-Pegamos o cordão, isso que importa – Maite falou – Ele está seguro e junto com outras coisas que você teve a felicidade de roubar May. Acho que uma daquelas poções vai ajudar a criar os itens que escondem nossa presença.
-Candy! Candy! – Anahí chamava da mesa, quase não dava para escutá-la, por isso me inclinei em sua direção – Pergunte de quem eles são filhos e o que estavam fazendo na ilha!
Acenei com a cabeça e ofereci minha mão para que ela subisse. Anahí sentou em minha palma e deu um gritinho de adrenalina quando eu a levantei. Aquilo devia ser emocionante considerando o seu tamanho.
-Portilla quer saber de quem vocês são filhos e o que faziam na ilha – falei o que foi pedido.
-Eu sou filho de Ares – Alfonso sorriu grande – O Troy é de Atena.
-Nós estávamos em missão, precisávamos encontrar um item – Troy explicou – Mas tivemos de ficar para batalhar, então George poderia levar o item de volta.
-George filho de Dionísio? – Maite questionou e fez uma careta – Ele retornou e entregou uma coisa a Quíron, lembro que o treinador ficou um pouco tenso no dia – então ela
soltou um suspiro – Depois nunca mais voltou ao Acampamento.
-Então foi missão completa, de qualquer forma. Seu plano deu certo, maluco! – Alfonso comemorou agitado, passando um braço no ombro do Troy o obrigando a abaixar para ficar do mesmo tamanho que o outro – Nunca mais duvido de seus planos! Só espero que o próximo não nos leve a ser transformados em bichos.
-Ah, você estava fofo de pug – Maite provocou e só para perturbar aproximou para fazer carinho embaixo da orelha – Quem é o dog bonzinho, quem é?
E para completar a cena, Alfonso começou a encolher com o carinho, parecendo mesmo um cachorro. Maite gargalhou causando uma risada em todo mundo, Alfonso ao perceber fechou a cara e cruzou os braços.
-Annie – Miley chamou – Acho que já podemos lidar com o seu tamanho, não é?
-Não podemos deixa-la assim um pouco mais? – Maite implorou.
-Não, vamos logo Mih – cortei a filha de Hermes passando para o corredor com Anahí ainda sobre minha mão – Não vou deixar eles te perturbarem mais, amor.
Acompanhei Miley até a cabine dela, notando as coisas bem bagunçadas, com livros abertos, poções sobre a prateleira e a cama bagunçada. Ela e Demi tinham juntado também as camas de solteiro e transformado em uma de casal. Coloquei Anahí sobre um
travesseiro, ela saltando para o item assim que minha mão se aproximou.
-Dul – Miley chamou – Não é melhor você ir buscar roupas? Quando você voltar eu já terei acabado. É algo bem simples de se fazer na verdade.
-Vou sim e... – parei ao abrir a porta, olhando para ela fingindo um olhar ameaçador – Não olhe pra minha garota, ok?
Miley riu e eu sorri mordendo a língua de lado. Sai do quarto indo para o meu, escolhendo para Anahí uma blusa do 1975 e um short confortável, pegando uma calcinha
box branca e um sutiã de igual cor. Enquanto retornava, eu vi pelas frestas da porta um verdadeiro show de luzes, a magia de Miley fazendo o seu efeito. Mas quando abri a porta encontrei no recinto tudo normal, além de uma Miley encarando a parede e uma Anahí se cobrindo com o lençol da cama.
-Nossa, foi mesmo rápido – comentei entregando para Anahí a roupa – Está tudo bem com você?
-Sim, tudo inteiro ainda – Anahí comentou e gemeu baixo, começando a vestir as roupas intimas por debaixo do lençol – Graças a Zeus, minha voz voltou ao normal. Até mesmo eu já estava me irritando com isso!
Quando colocada a calcinha e o sutiã, Anahí levantou para poder pegar o resto da roupa. Eu não pude evitar olhá-la, achando graça de como o branco quase não sobressaia sobre sua pele pálida. Mas foi nessa análise descarada que eu notei a sua cintura, havia uma cicatriz maior ali agora, uma linha reta e diagonal, pegando da cintura até a parte detrás do
quadril. Anahy terminava de colocar o short e já pegava a blusa quando eu me aproximei e
toquei a cicatriz.
-Isso foi aquela garota? – indaguei em um fio de voz.
-Sim – ela respondeu calmamente – Como foi só ambrosia e não tive o cuidado da Ally, a cicatriz se formou de maneira acelerada.
-Eu odiei não estar do seu lado lá – contei afastando minha mão para que ela terminasse de colocar a blusa.
-Acredite, a Anahí parecia que teria um curto a qualquer momento lá – Miley comentou, finalmente ousando virar-se – Foi assim que a confusão lá encima começou, ela
praticamente explodiu a gaiola quando a poeira subiu e ela não conseguiu te ver.
-Mas quem acertou a Circe com aquela espécie de Avada Kedavra foi você – Anahí comentou sorrindo de lado.
-Foi só uma magia atordoante – Miley corou um pouco.
-Ei, aceite minha espécie de elogio, não é todo mundo que eu admiro.
Até mesmo eu fiquei surpresa com aquilo. Miley sorriu mais ainda, mas sem deixar de ficar tímida. Anahí passou um braço por sobre meu ombro, agora devidamente vestida e parecendo encarar aquele momento como um outro qualquer.
-Estou morrendo de fome, vamos assaltar a dispensa? – ela propôs.
-Vou fingir que eu não escutei isso – Miley revirou os olhos.
-Viu? Por isso eu gosto dela.
Anahí piscou um olho de maneira divertida para Miley e me puxou para fora da cabine ainda me mantendo bem pertinho de seu corpo. Eu sorri, mas sorri com gosto. Primeiro porque Lauren estava conseguindo exibir emoções sinceras de maneira como aquela, algo que ela nunca faria antes. Segundo porque simplesmente eu a tinha perto de
mim, inteira, viva, com algumas marcas de guerra, mas isso só denunciava uma verdade que me deixava eufórica. Saímos daquele lugar vitoriosas!
Notas da autora
Espero que estejam gostando.
Autor(a): AnBeah_Portinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 179
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tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25
Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...
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raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57
Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !
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livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44
Continuaaa
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DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41
Continuaaaaaaa
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siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27
Continua!!!
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candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12
QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA
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livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41
Continuaaa
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Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59
VOLTAAAAAAAAAA
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Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43
Continuaaaaaa
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Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52
CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA