Fanfics Brasil - Minha Paz The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: Minha Paz

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Pov Anahí



Eu ergui meus braços defendendo um forte chute de Alfonso, vindo diretamente em direção a minha cabeça. Ele recuou a perna e prontamente veio com uma sequência de socos rápidos, precisos e que acabariam comigo caso um deles acertassem. Sim, estávamos treinando. Eu não poderia ficar parada, pois se o fizesse, minha mente seria tomada por aquela depressão do luto, pela saudade e eu iria mais uma vez definhar pela falta que Chris fazia.



Dois dias haviam se passado e todos pareciam um pouco melhor,
aceitando a ideia de que o filho de Hefesto havia ido embora. Todos menos eu, ao que parecia. Eu despejava toda a minha raiva pela perda em treinos, sabia que estava mais arisca e rude do que o normal, assim como mais quieta e isolada.
Por mais incrível que pareça, Poncho estava se tornando uma boa desculpa. Ele não cansava, possuía uma resistência invejável e mal ofegava depois de duas horas de treino.



Estava se tornando meu saco de pancadas favoritos, pois por mais forte que eu batesse nele, mal parecia fazer efeito. Eu o estava chamando de homem de aço em minha mente.



-Boa! – Poncho elogiou quando eu desviei de um soco direto de direita e apliquei um gancho, o fazendo recuar e mal se machucar – Trabalhe mais com o jogo de quadril, Portilla. Você pode se tornar uma boa lutadora.



Eu sabia lutar com espada, mas tinha de admitir que meu combate físico e desarmado estava um tanto precário. Na verdade, tudo se tornava um pouco precário quando se falava na técnica que o Poncho utilizava. Ele era um pouco diferente dos filhos de Ares que
estávamos acostumados.



Expansivo, falava alto, um tanto briguento... Mas era protetor e
divertido. Em nossos treinos eu tinha descoberto que ele era um lutador de rua, participando de lutas ilegais de vale tudo, só não chegava a matar o adversário. Isso quer dizer que a maioria iria parar no hospital com um ou dois ossos quebrados. Apesar disso, ele não era violento em si, apenas muito bom em luta. Seu melhor amigo sempre foi o Troy, desde que
entraram no Acampamento Meio-Sangue. O que era estranho se fosse parar pra pensar na
inimizade natural de Ares e Atena, assim como Zeus e Hades.



-Ei crianças – Dulce apareceu na arena, em seus ombros estava Cláu – Está na hora de comer. Vão tomar banho e ir para o refeitório!



-Desde quando ela virou nossa mãe? – Poncho reclamou e riu – Acho que desde que ela ameaçou fazer crescer uma raiz em um recanto obscuro meu se não deixasse você ir comer alguma coisa ontem.



Revirei os olhos, mas comecei a me afastar dele para obedecer Dulce. Eu não sabia dizer ao certo como nós duas estávamos. Enquanto eu estava treinando ou me isolando, ela se agarrava em Cláudia. Mas sempre tinha um momento em que ela aparecia para cuidar de mim, e eu deixava. Como quando ela apareceu, tarde da noite em meu chalé e sem dizer uma palavra deitou ao meu lado. Eu apenas a abraçava com força, agradecendo aos deuses por ela ter feito isso. Ou eu não conseguiria dormir.



Fui para meu chalé acenando para Poncho, observando Maite aparecendo do outro lado com uma garrafa de água e um sorriso... Tímido? Bom, eu poderia entender, se gostasse de homens. Alfonso estava sem camisa, exibindo os seus músculos tonificados pelo exercício e tinha aquele sorriso idiota que as garotas pareciam gostar em um garoto como aquele.
Revirei os olhos, mas no fundo estava contente de Maite finalmente estar se interessando em alguém.



Tomei um banho gelado e longo, esperando esfriar os músculos e a cabeça. Sai do banheiro usando apenas minha calcinha box preta e a blusa laranja do acampamento,
enxugando meu cabelo molhado com a toalha. Então meus olhos se depararam com Dulce, usando uma saia rodada um tanto curta para meu gosto, e uma blusa preta com o desenho de laço no centro. Ela estava sentada em minha cama, as pernas cruzadas balançando o pé
distraidamente, as mãos apoiadas no colchão.



-Vim ver se o Poncho te deixou inteira – ela falou dando um sorriso fraco.



-Ele é forte, mas eu sou teimosa – dei de ombros terminando de enxugar meu cabelo e colocando a toalha sobre uma daquelas camas vazias – Você continua treinando com Ariana?



-Ela está me ensinando a parte de controlar melhor meus poderes agora – Dulce respondeu e deu de ombros – Agora que estamos em terra, fica mais fácil.



-Espero que ela esteja fazendo direito – resmunguei pegando um short para vestir.



Já estava começando a abotoar meu short quando, de repente, Dulce estava ali de pé, me empurrando contra a parede e colando aquele corpo magro, macio e cheiroso contra o
meu. Pela primeira vez em dias, meu coração disparou loucamente contra meu peito.



-Nah – Dulce murmurou rouca, os olhos castanhos prendendo os meus – Eu... eu...



Ela resmungou sem conseguir encontrar as palavras, ao invés disso resolveu agir. Segurou meu rosto por entre as mãos e me puxou para um beijo, selando nossas bocas com uma pressão que parecia me despertar por completo. Eu não sabia ao certo explicar o que aconteceu comigo naquele momento, todo o meu corpo esquentou como se estivesse a muito tempo frio. Meu coração batia forte em uma felicidade que pouco a pouco me
dominava. Mas Dulce afastou cedo demais os lábios de mim.



Eu não poderia perder aquele calor, aquele fio de vida que fazia-me tão bem. Então dessa vez eu a agarrei, levando uma mão até o cabelo castanho e o segurando firmemente enquanto a outra ia direto para o quadril dela apertar e puxá-la de vez contra mim. Então eu a beijei, um beijo intenso, sôfrego, necessitado. A posicionei ainda melhor, deixando uma de
minhas pernas entre as dela e erguendo um pouco minha coxa, fazendo minha pele entrar
facilmente em contato com a calcinha dela. Dulce gemeu em minha boca com toda aquela pegada e beijo alucinante. E então se entregou para mim. Eu sentia isso na maneira como deixava que seu peso caísse sobre o meu, confiando de que eu estaria ali para ampará-la. Ou no movimento de sua boca e língua, que dançava com a minha em um ritmo perfeito.



Dulce estava me fazendo sentir aliviada, acesa, viva. Por todo esse tempo eu tinha meu bálsamo bem ali, mas estava ocupada demais lambendo minhas feridas para notar que Dulce era a resposta para eu sobreviver a tudo isso.



-Annie – Dul afastou ofegante, muito ofegante – Ar. Eu preciso... – eu deixei que ela respirasse, mas logo estava com minha boca em seu pescoço, mordendo, lambendo, chupando devagar a fazendo gemer – Deuses, eu senti tanto a sua falta Nah!



Eu também sentia. E só naquele momento eu percebia o quanto, pois todo o meu corpo, coração e ser gritavam por ela. Mesmo que a dor pela perda de Chris estivesse ainda ali, eu sabia naquele momento que se Dulce estivesse ali para me iluminar e me salvar, eu
poderia sobreviver aquilo.



-Desculpe se eu fui uma idiota me afastando – murmurei contra o seu pescoço, sem coragem de fita-la, a abraçando apertando contra mim.



-Você precisava de seu espaço Narrí – Dulce me acolheu em seus braços, fazendo carinho em meu cabelo – Minha função era ficar por perto, mesmo que você não percebesse.



Suspirei, tragando aquele cheiro de primavera que vinha dela. Meu coração permanecia acelerado, o meu corpo quente em contato com o dela. Não era apenas o beijo, o contato, ela era por si só, ali em meus braços. Dulce era meu vício mais poderoso, um que eu não tinha vontade de largar. Eu precisei ficar abraçada a ela por mais tempo, até sentir a fome castigando o meu estomago. Respirei fundo e ergui o olhar para me deparar com duas bolas
de chocolate carinhosas me encarando de volta.



-Espera eu me arrumar para irmos almoçar juntas? – pedi tão suave que me surpreendi.



-Claro que sim amor – ela sorriu tão lindo para mim que eu podia sentir meu coração derretendo – Ganho um beijinho pela paciência?



A respondi com um longo e apaixonado beijo. Um que nos envolveu mais uma vez,
custando a nos separar. Era quase doloroso, eu poderia jurar. Terminei de me vestir, saindo do chalé de mãos dadas com Dulce. No refeitório, deixei que a garota latina me guiasse para a mesa onde o nosso grupo estava, surpreendendo a todos já que geralmente eu me isolava em minha mesa.



-Finalmente a Chancho conseguiu resgatar a Portilla da caverna da solidão! – Maite exclamou assim que me viu sentando ao lado de Dulce.



-May você não deveria estar ocupada olhando para o peitoral do Alfonso? – ataquei usando
um tom debochado.



-E ela volta com força total! – Angel riu ao ver Maite ficar vermelha.



Foi um bom início, nada melhor do que zoar a rainha das zoações. Porém, ainda assim, eu não me sentia tão entrosada quanto antes. Faltava algo. Faltava a risada de Chris, as provocações dele, o sorriso fácil e acolhedor que ele sempre me dava, mesmo que eu
estivesse emburrada e vociferando. Fiz minha refeição boa parte em silêncio, até Cláudia aparecer sonolenta e cutucar Dulce.



-Dul, eu to com sono, conta uma história para mim?



Sem querer eu apertei a perna de Dulce com um pouco mais de força, já que minha mão repousava tranquilamente um pouco acima de seu joelho. Ela me fitou arqueando as sobrancelhas, mas como eu conseguiria explicar que agora eu tinha descoberto que ela era
minha paz, eu não conseguia deixa-la ir tão facilmente?



-Você se importaria se a Narrí fosse com a gente? – Dulce falou voltando a olhar para Cláudia – Eu acho que ela também gostaria de escutar uma história minha.



-Claro! – Cláu abriu um enorme sorriso – Annie dessa vez dorme comigo!



-Como assim ela dorme com você? – Dulce arqueou uma sobrancelha.



-Você toda noite vai dormir com a Annie não é? Dessa vez ela vai dormir comigo!



-Hummm Chancho, seguindo minha ideia de dar um pouco mais de vida para aquele chalé sem graça? – Maite não deixou de comentar.



-Vamos Cláu!



Dulce levantou abruptamente, totalmente vermelha enquanto Maite e Angel começavam a rir da situação. Eu apenas revirei os olhos, se ao menos tivesse acontecido alguma coisa para ter vergonha, provavelmente eu teria corado um pouco. Dulce
praticamente nos arrastou para fora e foi direto para o chalé de Deméter. Eu me senti um pouco desconfortável ali dentro, sem conseguir deixar de lembrar que da última vez em que estive ali foi em um ataque de fúria por causa de Megan. Cláu me puxou para a sua cama, deitando facilmente em meu colo me usando como travesseiro exatamente como Dulce fazia.



-Que história você quer, minha princesa? – Dulce perguntou sentando na beirada da cama.



-Uma mais empolgante! – Cláu disse depois de ficar pensativa.



-Que tal a história em que sua irmã aparece na ilha de uma bruxa malvada e derrota um ciclope sozinha? – sugeri e os olhos castanhos da Saviñon menor me encararam, eram os mesmos olhos que os de Dulce – Sua irmã foi incrível, parecia uma daquelas heroínas que a gente ver na televisão.



-É sério Dul? – Cláu encarou a irmã com olhos brilhando.



-Ah não é para tanto – Dulce ficou sem jeito, encolhendo os ombros.



-Claro que é – exclamei e me ajeitei melhor, para que do meu colo a pequena pudesse me olhar – Então pode deixar que essa história eu conto.



-Conta, conta! – Cláu nem mesmo parecia mais com sono.



-Depois de dias navegando pelo traiçoeiro Mar de Monstros, eu tinha avistado a Ilha da bruxa Circe! – eu comecei impondo um tom mais teatral na voz – Foi lá que encontramos um cachorrinho e um lêmure, que dispostos a nos ajudar levou floresta adentro...



Quando criança, era eu quem contava as histórias de dormir para Marichello e Derick. Com Cláu, eu me sentia tão a vontade quanto estaria com eles, contando sem ter medo em mudar tom de voz e parecer uma grande idiota. Às vezes, era esse mesmo o propósito. Cláudia escutava atentamente, perguntando, agitando, encolhendo de medo nas horas críticas.



Dulce pouco interferia, eu sabia que ela prestava mais atenção em mim do que no meu próprio enredo. E sabe? Eu não me incomodava nem um pouco que ela estivesse ali, me
olhando e ficando por perto.



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Autor(a): AnBeah_Portinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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