Fanfics Brasil - Chegando ao Acampamento-Meio-Sangue The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: Chegando ao Acampamento-Meio-Sangue

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Pov Anahí 


O banco traseiro daquele carro velho não poderia ser o melhor dos lugares para dormir, e aquela descarrega do veículo estava provavelmente quebrada, produzindo um som irritante. Mas eu já dormir em condições piores, em situações piores. Bem-vindo ao mundo da Portilla, uma semideusa que ficava feliz em poder dormir por algumas horas no banco de trás de um carro. 


Claro que aquilo não fazia parte de meus planos, estar ali no meio de uma fuga totalmente improvisada, resgatando o que eu considerava o ser mais desastrado da face da Terra. O meu principal propósito era o de voltar para Miami, sobreviver a minha maneira, mas só retornar ao Acampamento Meio-Sangue no início do verão. Mas, obviamente, o destino não tinha planos tão carinhosos para mim. 


Acordei sentindo fome, afinal mal havia tocado na pizza da noite anterior. Ao que parecia a Saviñon adorava aquilo e eu preferi deixar meu segundo pedaço para se tornar o quarto dela. Um pequeno agrado que ela não teria novamente. Não, eu não sou uma garota má, não a esse ponto de não levar em consideração a reviravolta que aquela garotinha estava tendo. Ela tinha até uma vida normal, até cruzar o nosso caminho no dia anterior e deparar-se com um lestrigão burro, mas forte o suficiente para me acertar uma vez ou outra. 


Eu sabia que algo estava acontecendo. Não algo qualquer, algo grande. Estava sentindo isso durante todo o mês e tinha tentado alertar Maite. Mas de nada adiantou, a surpresa praticamente estourou na nossa cara, nos pegando desprevenida e nos obrigando a sair correndo com o rabo por entre as pernas. No entanto, se algo estava acontecendo, envolvia aquela garota de traços latinos. Uma semideusa “velha” não reclamada, uma que dominava cães infernais com apenas um comando de voz. Eu nunca realmente me importei com Dulce María Saviñon, não mais do que o suficiente para mandar Maite ter um olho sobre ela, aproveitando da amizade das duas. 


-Ela fica até fofa dormindo – escutei a voz de Dulce. 


Quase franzi o cenho, entregando o meu estado desperto. Estava de olhos fechados, perdidas em meus devaneios, provavelmente ainda aparentando estar em sono profundo. Mas só agora eu prestava atenção no que elas falavam. 


-Anahí não é tão má quanto parece – Maite falou gentilmente – É só uma garota que teve de crescer muito rápido. 


Quase revirei os olhos, odiava essas coisas que Maite ficava falando de mim. Era como se em algum momento eu pudesse ser frágil. E eu não o era, não poderia ser. Se fosse, seria morta a qualquer momento. Sim, eu brigava por tudo, brigaria com o mundo se fosse necessário e achasse certo. Se a vida queria me ferrar, teria muitas dificuldades para isso! 


-Queria que ela fosse mais... Fácil de conversar – escutei Saviñon comentar hesitante – com certeza eu teria um monte de perguntas para fazer para ela. 


-Esqueça Dul, a Anahí é difícil assim mesmo. 


-Será que as fofoqueiras poderiam parar de falar de mim? – resolvi intervir ficando incomodada – Vão cuidar dos problemas de vocês. 


Sentei em um movimento rápido, encarando seriamente Dulce que ainda estava olhando para mim do banco da frente. Ela tremeu, desviou o olhar rapidamente e encolheu. Fiquei satisfeita, causar isso nos outros sempre foi uma vantagem. Porém, diferente do que Maite disse, minha lógica de vida era bastante simples: atacar antes de ser atacada. Estava dando certo até agora, então parecia uma ótima estratégia. 


-Onde estamos? 


-Em alguma cidade da Carolina do Sul, ao anoitecer devemos chegar pelo menos em Virgínia – Maite disse olhando um pouco pra os lados e para o céu. Dulce a olhava de forma engraçada e a morena alta riu – Filha do deus dos viajantes lembra? Eu sempre sei onde eu estou. E não são todos que desenvolvem isso. 


-Isso sim é útil, nunca iria se perder. 


Eu tinha de concordar com a Saviñon, o que era uma coisa rara de acontecer. Maite Perroni era uma filha de Hermes prodígio. Rápida e com muita agilidade apesar de seu tamanho, possuía uma lábia que enganava facilmente os humanos, além de ter um talento natural para roubar e nunca perder o caminho. 


-Vamos parar para comer alguma coisa e eu irei pegar emprestado algumas roupas de alguma loja por ai – Maite decidiu e sorriu travessa. 


-Nada disso Beorlegui! – exclamei assim que vi o sorriso – Se você me vier com uma blusa da Hello Kitty eu enfio ela na sua garganta! 


Maite explodiu em uma risada. Fazia cerca de dois anos éramos parceiras, ou amigas, nunca sabia definir o ponto onde uma coisa se transformava na outra. O fato era que íamos ao acampamento juntas e morávamos perto, aprendemos rapidamente que sobreviver com alguém aumentava as chances de sucesso do que viver sozinho em um mondo onde monstros queriam devorar você. Literalmente. 


A filha de Hermes estacionou o carro em frente a uma lanchonete simples, seguia sempre conversando com Dulce enquanto eu preferia ficar um pouco mais atrás, sem prestar atenção nenhuma no diálogo entre elas. Pedi o hambúrguer mais caro e batatas fritas, junto com um copão de refrigerante de limão. Eu era simplesmente viciada em coisas de limão. Por vezes eu via Dulce distante, com aquele olhar de quem havia acabado de mudar drasticamente a vida. Então era nesses momentos em que Maite puxava uma conversa qualquer para distrair a garota. Dessa vez ela contava sobre seus inúmeros meios-irmãos humanos, que sua mãe humana tivera com outro humano. Eu sabia que Maite havia fugido de casa para evitar que algum deles se machucassem, mas também sabia que ela ainda os amava com toda as forças e não o esquecia. 


Eu queria poder dizer isso de minha família. 


-Aqui o dinheiro que peguei ontem à noite, deve dar para pagar as contas – Maite falou tirando as notas do bolso – E enquanto eu vou providenciar algumas coisas, vocês poderiam ir em algum supermercado comprar mantimentos e algumas coisas básicas. Não posso sair pegando tudo de todos os lugares ou seria flagrada em algum momento. Sou boa, mas não sou ninja ainda. 


-Eu posso ir com você? – Dulce pediu manhosa, ótimo, também não queria ficar com ela. 


-Dul, desculpa, mas você acabaria me atrapalhando, eu preciso ser rápida para não ser notada – Maite disse com cuidado e abriu um enorme sorriso – Mas depois eu te dou algumas dicas básicas, vai que você precisa um dia? 


-Vamos logo – disse por fim. 


Levantei pegando o dinheiro e indo no balcão pagar as coisas. Maite saiu com um enorme sorriso e assoviando como se fosse ao parco. O lado cleptomaníaco dela se divertia muito com essas partes. Então restou para mim e Dulce seguirmos para o supermercado mais perto e fazer as compras básicas que Maite pediu. Eu ia quieta, apesar de ver a inquietação de Dulce que seguia ao meu lado em uma distância segura. Sabia que ela queria perguntar alguma coisa, ou simplesmente quebrar o silêncio que eu impus. 


Mas quando se tratava de Dulce María Saviñon, todo cuidado estava se tornando pouco. Afinal, quem seria aquela garota? Uma não reclamada com quase dezesseis anos, desastrada e que tinha domado um cão infernal, uma das bestas ferozes que o rei do mundo inferior adorava. Ela poderia ser um perigo no futuro, pois meus instintos de sobrevivência gritavam isso. Estava perdida em meus pensamentos até que escuto um barulho, prontamente olho para o lado bem a tempo de ver que Dulce havia tropeçado e começava a cair de frente para o chão. Sem pensar, estiquei meu braço pegando o dela e a puxando em minha direção, evitando que ela caísse de cara com o piso branco e um pouco sujo do lugar. 


-Você um dia vai se matar – constatei prontamente. 


-Não duvido – a morena ofegou com o susto – Mas obrigada mesmo assim. 


Ela estava perto. Perigosamente perto, o suficiente para que eu sentisse o cheiro dela e eu sabia que era natural, já que não tinha como ela ter usado perfume no meio de nossa fuga. Era uma fragrância de flores, um toque primaveril que parecia surtir um efeito estranho em mim. A soltei bufando, voltando a empurrar o carrinho pensando que eu estava certa. Ela era um sinal gritante de confusão. Foquei minha atenção nas lanternas a minha frente, tentando ler nas notas amarelas os detalhes sobre ela. Mas minha leitura nunca é ou seria boa. 


-Você também tem dificuldade de leitura? – Dulce questionou ao meu lado. 


-A maioria de nós tem. Nossos genes foram treinados para leitura antiga. Incrivelmente pode aparecer algo escrito em grego e nós saberemos o que significa – expliquei sem dar muita importância, escolhendo a lanterna prateada apenas porque achava a laranja grande demais – Assim como a hiperatividade também é comum. Não conseguimos ficar parados porque não nascemos para ficar parados. Somos guerreiros. Ou ao menos a maioria de nós, você está longe disso. 


-Eu sei disso, mas não precisa ficar frisando o tempo todo – Dulce resmungou fazendo bico sem perceber. 


-Você pode aprender a melhorar, para isso serve o Acampamento Meio-Sangue. 


Empurrei o carrinho até a área de barras de cereais, não era gostosas, mas eram pequenas, nutritivas e poderiam quebrar o galho nos momentos de sufoco. Eu via as tentativas de Dulce de tentar iniciar uma conversa, mas eu a ignorava. O quanto menos me envolvesse com alguém, melhor seria. Outra lição de vida que eu nunca iria esquecer. 


  


(...) 


Chegamos em Nova York na manhã seguinte. As três cansadas de ficar dentro de um veículo desconfortável em movimento. Eu e Maite reversávamos a direção, já que Dulce não sabia dirigir. Acreditem, eu pensei que iria enlouquecer dentro daquele carro! Aquelas duas não paravam de falar momento algum! Maite sabia respeitar meu jeito quieto, mas dulce? Ela era tão irritante! 


Porque eu iria querer saber qual era o cara mais bonito de uma boyband do momento? Ou qual música do Ed Sheraan era melhor? Ou porque não deveria assistir filmes de terror porque são aterrorizantes? Isso não era óbvio? Aliás, Dulce adorava o garoto com aparência mais gay, gostava de Lego House e preferia comédias românticas. Informações desnecessárias sobre uma pessoa que eu não queria manter contato. 


-Estamos chegando em Long Island! – exclamei quase suspirando de alívio – Maite, acelera! 


Era fim de tarde, o trânsito não colaborava muito, mas quanto mais perto do Acampamento Meio-Sangue ficávamos, menos movimento encontrávamos. Quando as colinas começaram aparecer, eu fiquei mais atenta e mais séria. Maite reduziu a velocidade, também assumindo uma postura mais séria. 


-Aconteceu algo? – Dulce percebeu a tensão que se instalava. 


-Sempre tem monstros por aqui – Maite explicou sem desviar os olhos da estrada. 


-S-sempre? – Saviñon gaguejou estremecendo de medo. 


-O lugar onde fica o Acampamento não é bem um segredo, ao menos a área base, eles não são capazes de entrar lá. Porém nada impede deles tentarem nos comer no meio de caminho – Maite concluiu. 


Estávamos perto. Nem sinal de que algo estranho estava para acontecer e era ai onde morava o perigo. Eu estava extremamente incomodada, como se soubesse que algo estava por vim e não soubesse dizer o que. Meus instintos gritavam isso. Foi então que uma enorme sombra passou por sobre nós e Dulce gritou. Maite freou bruscamente e virou o volante, fazendo o carro deslizar pela estrada e quase capotar, chegando a levantar um pouco a lateral e cair de vez com o peso da gravidade. Eu fui arremessada ao chão já que estava sem cinto de segurança. Eu não disse que tinha algo de estranho?! 


Abri a porta bruscamente, saltando para fora do carro finalmente vendo que uma árvore inteira foi arremessada na estrada. Busquei em meu bolso o meu isqueiro preto e o ativei. O pequeno objeto transformou-se em uma espada de tom prateado, seu peso sendo perfeito para o meu manejo. Maite e Dulce saíram logo depois de mim, Maite com sua adaga de prata em mãos. 


-Oh meu Deus o que é aquilo?! – Dulce gritou em desespero. 


Não é Deus, Dulce. Deuses. Porque se o Deus cristão existe, ele não tem nem um pouco de piedade de nós. O chão passou a tremer a cada passo que aquele enorme vulto se aproximava. Cerca de seis metros de altura, corpo humanoide, roupas decompostas e rasgadas. Mal tinha cabelo na cabeça, mas daquela parte do corpo o que mais chamava a atenção era o seu único olho. Em uma de suas mãos, o monstro tinha um porrete de madeira de tamanho proporcional ao seu corpo. Ele se aproximava a passos rápidos, nos fazendo afastar instintivamente. 


-Ciclope! – Maite exclamou quando finalmente viu o monstro melhor – Deuses! 


-May, pegue a Dulce e vá para o acampamento – disse respirando fundo. 


-Mas Anah... 


-AGORA MAITE! – gritei duramente com ela. 


Maite segurou uma Dulce assustada e começou a arrastá-la para uma floresta que antecedia a colina onde se escondia o Acampamento Meio-Sangue. O ciclope observou o movimento e apertou o passo e eu avancei. O sangue circulava rapidamente em minhas veias, meu coração bombardeando uma adrenalina que eu precisava para aquela batalha. 


-Aqui seu grandão estúpido – gritei para chamar atenção dele. 


-Semideusa! – ele exclamou meio abobalhado. 


-Por que os monstros não tem cérebro? – resmunguei para mim mesma, apesar de ter de agradecer por isso. 


-Eu vou comer o seu! 


Ele desceu o porrete em um golpe vertical e direto. Joguei meu corpo para o lado e girei duas vezes, segundos depois a arma de madeira atingia o asfalto com tanta força que o rachou no impacto. Se fosse eu ali, provavelmente teria sido esmagada. Impulsionei para ficar de pé e corri mais uma vez em direção ao monstro, minha mão direita segurava firmemente a empunhadura da espada, enquanto a esquerda apontava para o chão. Eu senti aquela vibração conhecida quando eu comecei a usar uma determinada habilidade. As correntes de ar passavam por meu corpo, agitando-se e mesclando-se ao meu comando. Quando estava a um metro de distância do monstro gigante, manipulei o ar e o fiz impulsionar meu corpo para o alto. A sensação que dava era a de que eu estaria voando, quando na verdade tudo se tratava de ter certo controle das correntes de ar. Quando atingi a altura do ombro do ciclope, cravei a lâmina de minha espada, gritando com o esforço de finca-la por completo. O monstro urrou em agonia e começou a se mover. Segurei com ambas as mãos a espada e deixei que uma descarga elétrica escapasse pela espada, atingindo o monstro e provocando mais danos. 


Mas apesar do meu brilhante ataque, isso não era o suficiente para derrubá-lo. O ciclope cambaleou, gemia em agonia, mas sua enorme mão direita pegou o meu corpo como se eu fosse um graveto. Ele apertou com força, começando a literalmente me esmagar. Minha espada ficou fincada nele como se fosse um espinho. Eu não podia evitar o gritos e tentar me debater furiosamente para tentar me soltar. Eu não poderia morrer ali, eu não morreria ali! Não daquele jeito, não para um monstro estúpido daqueles! O ar ao meu redor começou a ficar revolto, a minha fúria começava a deixar o tempo cada vez mais carregado. Porém, apesar disso tudo, eu senti minhas costelas começarem a estalar e uma dor alucinante atravessar todo o meu corpo. 


-Desgraçado! – gritei. 


Eu não estava pensando em uma estratégia em si. Soltei raios por todo o meu corpo, dando choques por toda a mão dele. Aquilo doía em mim, usar tantos raios ao mesmo tempo. Mas o meu propósito básico funcionou. Logo o aperto foi soltado bruscamente... Porém eu ainda estava a uma altura de seis metros de distância do chão! As leis da física eram claras, logo comecei a cair sem ter concentração ou energia para manipular os ventos. Merda, com sorte eu quebraria alguns ossos e ficaria em coma por alguns dias! Isso se o monstro não me pisoteasse no meio de caminho! Estava prestes a alcançar o chão quando algo voador passou ao meu lado, agarrando o meu corpo dolorido, mas impedindo o impacto. 


-Te peguei Annie! 


Aquela voz me causou um alívio profundo. Christian estava ali, montado em um verdadeiro Pégaso de cor acinzentada, aparecendo como um verdadeiro príncipe encantado pra salvar a donzela. Merda, eu seria perturbada por causa disso futuramente. Porém o meio-sangue não estava sozinho. Da floresta, arqueiros filhos de Apolo começaram a lançar flechas em direção ao monstro, sendo liderados por Allysson. Pela esquerda, filhos de Ares, o deus da guerra, avançaram e eu poderia reconhecer Wes e Keaton entre eles. 


-Voe para o alto, vamos acertá-lo de cima! – falei para Christian, já sentada corretamente na garupa do cavalo alado. 


-Annie, você está machucada – Christian alertou. 


-Eu não vou fugir da briga! 


Eu fui completamente taxativa. Mexi em meus bolsos e lá estava o meu isqueiro. Eu agradeci mentalmente a quem inventou aquilo, pois aquele item SEMPRE voltava para meu bolso depois de um tempo. Flechas atingiam o ciclope nos braços, peito e pernas. Os filhos de Ares riam enquanto confundiam o monstro, o acertando no calcanhar, fincando as lanças nos pés. Para eles aquilo era uma diversão. Chris fez com que o Pégaso voasse para o alto, assim quando ficamos a uns dois metros acima do ciclope, eu ajeitei meu corpo, transformei meu isqueiro em espada e gritei o mais alto que podia. 


-Ei coisa feia! 


O ciclope olhou para cima por puro reflexo. Foi então que eu saltei. Empunhava minha espada com a lâmina para baixo e enquanto caía, movia o meu corpo para poder acertar exatamente onde eu queria. A minha espada cravou uma segunda vez naquele monstro, mas dessa vez a lâmina era cravada em seu único olho. O ciclope gritou alto e cambaleou para trás. O filhos de Ares atacaram suas pernas, flechas ainda eram atiradas. Logo, o enorme monstro de seis metros e um olho só, caiu para trás produzindo quase um pequeno terremoto com a sua queda. Eu me segurei o tempo todo em minha espada, acompanhando o movimento decadente dele, apoiando os pés naquele nariz grande e oleoso dele. 


Então ele se dissolveu em pó dourado. Era assim que os monstros morriam, transformavam-se em poeira dourada e retornavam para as profundezas do Tártaro. Quando ele desapareceu, meu corpo e minha espada caíram ao chão. Mais uma vez Chris veio para o meu lado, passando um braço em minha cintura para apoiar o meu corpo. 


-Você sempre chega trazendo confusão – Chris disse, mas sorria – Bem vinda de volta, Annie. 


-Confusão... Confusão é o meu nome do meio – disse com dificuldade, até respirar estava doendo naquele momento. Chris riu. Ele era o mais próximo que eu tinha de melhor amigo, um garoto de cabelos negros e arrepiados para cima, a pele levemente bronzeada e uma criatividade incrível. Filho de Hefesto, um terrível piadista. Porém era provavelmente a única pessoa em que eu mais confiava nesse mundo. 


-Precisamos leva-la até a enfermaria – Ally Brooke aproximou-se, o seu arco já estava nas costas. 


-Sim doutora! – Chris concordou com seu bom-humor. 


Ally era a líder da enfermaria, a sua baixa estatura era recompensada pelo tamanho de seu talento com o arco e a cura, principalmente a cura. Filha de Apolo, era uma das garotas mais gentis que eu conhecia, porém, os meus elogios paravam por ai, pois eu realmente não conhecia aquela garota. Chris me colocou no Pégaso para evitar que tivesse de me carregar ou até mesmo que eu tivesse que andar. Eu agradecia, porém antes de me entregar a dor que estava sentindo, consegui questionar: 


- Maite e Dulce conseguiram chegar ao acampamento? 


-Foi Maite quem nos avisou, estava com uma garota magra latina assustada, acho que essa deve ser a Dulce – Chris respondeu. 


Soltei um suspiro aliviado. Missão cumprida, agora poderia desmaiar em paz. 



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Autor(a): AnBeah_Portinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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