Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega

Pov Dulce 

 Quanto mais próximas ficávamos da mansão, mais a sensação de algo estava errado aumentava. Por que? Tudo era perfeito demais. Até mesmo tinha pássaros cantando e uma brisa fresca que trazia uma fragrância misteriosa. As caçadoras estavam muito tensas, pois como Ashley disse, tudo ali inspirava o amor e a paixão, coisas que elas tinham renegado. Estávamos nos aproximando da entrada principal da mansão, passando por uma linda fonte onde um casal parecia valsar. Talvez quando tudo acabasse, conseguíssemos voltar a escola e terminar finalmente o colegial. Então Anahí me levaria para o baile de formatura e nós duas também dançaríamos. 

 Apesar de nunca ter visto a minha garota dançando, ela já tinha deixado subtendido a muito tempo atrás que sabia. E com todo o gingado que ela tinha para desviar dos ataques, não era tão difícil imaginá-la requebrando e rebolando. Ainda mais quando tinha aquele quadril e bunda... Espera, por que eu estava pensando isso? Por que ainda não chegamos a entrada se ela estava tão perto?! Franzi o cenho olhando para os lados. A fonte ainda estava perto! Mas foi quando meu olhar passou pelo chão que meus olhos se abriram em surpresa. Era como se fosse um belo efeito de gelo seco rosa, pois uma fumaça passava por nossos pés cobrindo até o tornozelo. Tentei falar, mas assim que abri minha boca uma fragrância forte invadiu e adentrou fortemente meus pulmões. Era como se eu estivesse cheirando perfume, pois apesar de ser um cheiro delicado, ardia tudo por dentro! Só então notei também que as Caçadoras já estavam lutando contra aquilo, caindo de joelho ao chão tentando manter a consciência.  

Meu coração disparou quando percebi que Ariana já estava desacordada no chão e que Anahí me fitava com olhos azuis esverdeados cada vez mais perdidos. Era uma armadilha. Obviamente nós cairíamos em uma armadilha ao tentar entrar pela frente! Mas aquela era traiçoeira, deixando-nos grogues e moles, entorpecendo nossos sentidos como uma verdadeira droga. Eu já deveria estar alucinando, pois podia jurar que o casal da fonte fez um último movimento de dança antes de se aproximar de nós. A mulher pegou-me no colo enquanto o homem jogava Anahí pelo ombro e pegava Ariana com o outro braço. Eu tentei gritar por Anahí, tentei me soltar, mas nenhum músculo meu obedecia. Era como estar anestesiada e a um fio de desmaiar. As coisas passavam ao meu redor como borrões. Eu via um corredor cheio de quadros belos. Uma sala com uma extensa mesa de jantar, tapetes e cortinas. Até ser depositada em algo extremamente macio e finalmente apagar. 

 Quando acordei foi em um pulo, como se todos os meus sentidos voltassem de uma vez só. Quase cai da cama onde estava, demorando a entender que estava em um quarto que deveria ser maior do que minha casa inteira. A cama era enorme, cheia de almofadas. Havia até mesmo sofás ali dentro, com direito a um enorme tapete vermelho entre eles. Também tinha uma varanda enorme, por onde a brisa passava trazendo aquela fragrância. 

-Parece que alguém já acordou. 

 Quase dei um segundo pulo, assustando-me com aquela voz máscula e forte. Olhei para o meu lado esquerdo, encontrado sentado em um divã o que deveria ser provavelmente a encarnação perfeita de um galã hollywoodiano. Ele era alto, com ombros largos e estava vestido com uma calça branca e uma blusa de mangas compridas cinza. Seu peitoral estava bem definido por debaixo do tecido. O cabelo era castanho claro, caindo perfeitamente para o lado e alguns fios por sobre a testa. O rosto? Era perfeito em todos os detalhes, desde ao nariz fino ao queixo largo. Os olhos eram de um azul estupidamente claro, quase hipnotizantes. Era impossível meu coração não disparar ao ver, provavelmente, o homem mais bonito que já tinha encontrado. 

 -Q-quem é você? – gaguejei ficando de repente tímida. 

 -Perdão pela minha falta de modos, faz tanto tempo que eu não recebo uma visita tão bela quanto você que esqueço de como reagir – ele respondeu galanteador, levantando e fazendo uma breve reverência com um sorriso torto – Sou Adônis, pequena princesa. Oh, agora eu entendia perfeitamente porque Afrodite e Perséfone lutaram por aquele homem. Ele piscou um olho de forma galanteadora e seguiu até uma mesa, servindo dois copos com um líquido vermelho. -Eu estou surpreso e isso acontece raramente – Adônis comentou tranquilo, terminando de servir a bebida e a tampando – Você tem as claras características de Perséfone, ah minha doce Perséfone! – ele se aproximou e entregou um copo para mim, eu nem pensei em recusar quando ele abriu aquele sorriso de garoto perfeito do comercial de pasta de dente – Ao ver-te quase sinto o arrependimento por escolher exclusivamente Afrodite. Pode beber, senhorita. 

 Adônis se afastou e voltou a sentar em uma cadeira perto da minha. Eu nem pensei duas vezes em levar o líquido à minha boca. Senti um gosto que variava entre maçã e morango, era estranhamente delicioso! Voltei meus olhos para o homem, ele tinha a postura perfeita entre o elegante e o desleixado. Como era possível? Eu não saberia, mas ele era simplesmente encantador! 

 -Por que escolheu só Afrodite? – indaguei curiosa, tomando mais um pouco da bebida. 

 -Não me entenda mal, Perséfone é formosa, delicada como uma flor e linda. O problema estava em seu marido, Hades. Era muito mais fácil enfrentar a guerra do que a morte. 

 -Mas no fim foi o javali de Ares que o perseguiu... 

 -E foi Afrodite que me manteve vivo e nesse paraíso romântico. Apesar de ser tedioso quando ela não está. 

 Os olhos azuis me encaravam constantemente, eles eram tão claros quantos os de Anahí, senão mais... Porém foi só pensar na filha de Zeus que meu corpo pareceu entrar em choque. Eu não estava ali como convidada, mas sim como prisioneira! Saltei da cama, mal notando que minhas roupas estavam mudadas. Eu usava um vestido branco, um tanto curto para o meu gosto e com uma espécie de cinto dourado em minha cintura. 

 -Aonde estão as outras garotas? – eu exigi saber. 

 -Bravo – ele sorriu divertido – Saiu do meu encanto mais rápido do que eu pensei. Fico pensando se foi uma tolice mesmo ou ingenuidade a de vocês de pensarem que entrariam em minha casa tão facilmente. 

 -Onde está a Anahí? – era impossível não colocar ela como prioridade – Solte-a agora, não importa onde a colocou! 

 -Não se preocupe, todas estão em lugares onde podem escapar – Adônis passou a mão no queixo e sorriu de lado – Preparei um bom jogo para me distrair. Como eu disse, é bastante tedioso quando fico sozinho neste lugar 

. -Estou cansada desses jogos! – exclamei irritada – É bom que você me diga onde ela está ou...! 

 -Ou o que? – ele me interrompeu e ergueu rapidamente. Já cheguei a comentar que ele era bastante alto? – Vai fugir por aquela porta e se perder em minha mansão? Pois aqui é um verdadeiro labirinto. 

 -O que você quer? – perguntei recuando, sendo impossível não ficar intimidada com a presença mais perto dele. 

 -Como eu disse, é um jogo – Adônis sorriu mais travesso – Eu as coloquei em locais diferente, para quando se soltarem buscarem pelo prêmio maior – ele apontou em minha direção – Você, como sendo filha de Perséfone, também tem seu grande charme. É quase impossível não se apaixonar por alguém como você, por mais sem graça que seja. 

 -Eu sei que a Anahí nutre sentimentos por mim, isso não é novidade!  

-Eu sei, mas não é só ela que nutre, não é? 

 -O que...?! A grande pergunta era, quem seria louco de se apaixonar por mim além de Anahí? Tudo bem, houve aquela confusão de início com Ucker, mas desde o fora que eu dei nele e a viagem para o Mar de Monstros, ele tinha entendido o recado. Que eu era a garota de Anahí Portilla. 

 -A filha de Hades tem sentimentos por você, dirá que não percebeu? – Adônis arqueou uma sobrancelha. 

 -Ela é só uma amiga! – exclamei incrédula. -Você a considera assim, mas acha que ela pensa o mesmo? 

 -Mas eu estou com a Anahí!  

-Desde quando compromisso alheio impede que nosso tolo coração se apaixone? Perséfone e Afrodite são casadas, até aonde eu sei. 

 Aquilo era impossível. Ariana... Era a Ariana! Aquela boneca fofinha que eu cheguei a ter raiva pelo que fez em Los Angeles, mas que depois se tornou alguém bem próximo. Ela sempre estava ali me dando apoio quando Anahí não estava, ensinando a lidar com aquelas minhas novas habilidades... Deuses, isso seria mesmo possível? Eu cai sentada de novo sobre o colchão da cama, tentando ainda achar motivos para que Ariana não tivesse se apaixonado por mim.  

 -Então eis que surge o meu grande jogo! – Adônis bateu palmas uma vez animado – Como também já cheguei a comentar, minha mansão é um labirinto, com alguns perigos para causar distrações. Aquela pessoa que passar por essa porta – ele apontou para uma enorme porta dourada – Você irá se apaixonar perdida e instantaneamente.  

-Impossível – disse rapidamente – Eu sou apaixonada pela Anahí! 

 -Talvez fosse impossível... Se você não tivesse acabado de tomar uma poção do amor. 

 Poção do amor? Olhei para o copo em minha mão com o líquido pela metade, e só assim prestando atenção, eu vi que ele brilhava levemente as vezes. Assustada e com o coração disparado, deixei que o copo caísse no chão, fitando incrédula para aquele homem. 

 -Não, não! – eu me negava a acreditar – Se eu fosse me apaixonar por qualquer pessoa, eu teria de ter me apaixonado por você e sinto muito, isso não aconteceu! 

 -Por que Afrodite se precaveu de que ninguém se apaixonasse de verdade por mim mais – Adônis deu de ombros – Ela sabe ser bastante possessiva, apesar de ficar uma fera deliciosa quando enciumada. 

 Eu já ia retrucar quando sons de coisas caindo repercutiu do lado de fora do quarto. Meu coração martelou forte contra o peito. Eu não sabia se era verdade o que aquele homem perfeito estava dizendo, mas só por precaução eu comecei a rezar com todas as minhas forças para que fosse Anahí a romper aquela porta dourada. Minha espera não foi longa. Os sons aumentaram e eu podia escutar metal contra metal, paredes rachando e o chão tremendo com um forte impacto. Então a porta se abriu elevando uma poeira como se algo tivesse quebrado logo atrás de si. Quando a poeira abaixou e ela apareceu, meu coração pareceu bater contra a garganta para depois derreter preenchido por aquele sentimento tão forte e poderoso. 

 -Dulce! Finalmente te achei, eu não acredito que ela estava certa! Vamos, a Anahí está segurando aquelas malditas estátuas para que eu viesse na frente! 

 A risada divertida de Adônis ecoou pelo quarto ao perceber que aquela não era Anahí. Não, era a Ariana. A doce Ariana! Ela olhou para Adônis e sacou sua espada, aproximando de mim como uma verdadeira cavaleira pronta para defender a sua donzela. Ela era tão perfeita!  

-Então você é o Adônis – Ariana falava de forma ameaçadora.  

-Sim, senhorita – ele respondeu sorrindo grande – Mas eu não sou o seu grande problema agora.  

-Ari – eu chamei sorrindo toda boba – É tão fofo quando você fica desse jeito toda má, quando na verdade é que nem uma bonequinha de pano, dá vontade de esmagar nos braços! 

 -Dulce?!  

Ela tentou recuar, mas eu não poderia deixar a oportunidade passar. Envolvi meus braços em seu pescoço e a abracei forte.   

 -É tão bom ter você assim perto – murmurei contra o ouvido dela, a sentindo estremecer. 

 -Espera, não Dulce! – Ariana segurou em minha cintura e me afastou – E a Anahí, você está com ela e--- 

 -Não estou mais, só agora eu tenho a certeza absoluta que é você Ari, como eu pude ser tão cega?!  

Escutei um estrondo vindo perto da porta, mas o ignorei por completo. O que poderia ser mais importante do que a Ariana ali, bem ao meu alcance? Sem aguentar esperar mais, segurei aquele rosto entre minhas mãos, suspirei rapidamente e a beijei. Não era como eu esperava, mas ainda assim eram os lábios dela. Ela não tinha o cheiro que eu aguardava, ou o seu cabelo tinha a mesma textura que eu ansiava. Mas ainda assim era a Ariana e nada era melhor do que isso.  

-Mas que porra é essa!!!!  

Ariana me empurrou bruscamente e eu a olhei um tanto magoada. Como ela pode quebrar o nosso beijo?!  

-A-Anahí, não fui eu! E-ela... ela! – Ariana começou a gaguejar. 

 -Sua filha da puta eu sabia que você ia estragar tudo em algum momento!  

Só então eu enxerguei a filha de Zeus. Anahí estava suja de poeira, a roupa levemente rasgada e amarrotada. Porém seu olhar era completamente assassino enquanto avançava sobre Ariana. Eu sabia que ela iria machucar a filha de Hades e isso eu não poderia permitir, então sem hesitar eu me joguei entre elas, fazendo Anahí brecar com tudo e quase cair ao fazer isso.  

-Não ouse machucar a Ariana! – ameacei com tudo o que eu tinha – Acabou Anahí, eu descobri que eu gosto da Ariana!  

-O que? Pare de falar besteiras Dulce! – Anahí gritou ficando ainda mais pálida que o normal.  

-Eu não estou falando besteiras, Portilla! Eu gosto da Ariana e é com ela que eu quero ficar, porque ela é doce, gentil, carinhosa. Não uma bipolar como você! 

 -Eu já disse para você parar com isso! – Anahí vociferou enraivada, mas eu via como seu corpo tremia – Você é minha garota!  

-Como eu poderia ser sua garota se você só me machuca? – acusei e senti meu coração apertar, o que eu estava dizendo? 

 -Eu não machuco você – Anahí finalmente parecia quebrar a minha frente – Eu cuido de você Candy, eu daria a minha vida por você. 

 -Mentira! – eu gritei e puxei um pouco o vestido para o lado, exibindo o meu colo – Eu sei que você consegue ver. A primeira cicatriz que você deixou em mim, foi por sua culpa que eu fui atacada por aquela Fúria daquele jeito.  

-Eu já pedi desculpas, eu concertei meu erro. Candy, você---  

-Ou quando você me eletrocutou no navio? Achava que era a única abalada pela morte do Christian?! Eu estava lá para te dar apoio e você me atacou! Esqueceu que fui eu quem vi de camarote a morte dele porque fui eu quem levou ele lá? Eu sofri sozinha porque você me abandonou! 

 Anahí recuou, o seu olhar de medo parecia quebrar uma parte distante de mim. Mas eu tinha de fazer isso, se eu quisesse ficar com a Ariana, eu tinha de me livrar de Anahí. E a única forma de fazer isso era atacando a filha de Zeus. 

 -Você sabia de meus defeitos – Anahí falou tentando parecer forte, mas seus olhos já estavam lacrimejando – Você mesmo assim quis ficar comigo! 

 -Mas eu não quero mais Portilla. Megan estava certa, certa sobre tudo!  

Isso pareceu ser o tiro de misericórdia. Eu vi Anahí desmoronar a minha frente, cambaleando para trás, chorando em silêncio. Por favor, alguém me pare! 

 -Acabou Anahí– disse de forma mais suave e convicta – Eu amo... Eu a-amo...  

Minha garganta travou nesse momento. Olhei para Ariana. Eu sabia que tinha de dizer que a amava. Mas... Mas... Eu não conseguia. A filha de Hades não sabia o que fazer, estava ali paralisada me encarando de volta incrédula. Antes que eu tentasse de novo dizer que amava alguém, Anahí passou por nós tão rápido como um raio, correndo em direção a varanda e se jogando de lá. Ela tinha ido embora, correndo de mim, se afastando de mim como eu tinha pedido. Eu a tinha magoado tão profundamente que ela chorou na frente de outras pessoas. Na frente de Ariana... Foi então que eu mesma quebrei por dentro. A dor veio alucinante, me pondo de joelhos enquanto tossia e cuspia um líquido vermelho. Ariana correu para o meu lado, me apoiando e quase entrando em desespero. 

 -Não pode ser – Adônis finalmente se manifestou, ele estivera assistindo de camarote o tempo todo – Você está pondo para fora a poção?!  

-Dulce, Dulce! – Ariana tentava me amparar. 

 A poção. Olhei para Ariana arfando. Não, eu não a amava. Eu amava Anahí, com todas as minhas forças! Voltei a tossir só de pensar em como as minhas palavras tinham machucado a filha de Zeus e foi impossível não começar a chorar em desespero. 

 -Eu não amo você, me desculpa, eu amo a Anahí, eu amo a Narrí! – eu repetia me agarrando em Ariana. 

 -Eu sei disso – ela afirmou e me ajudou a levantar.  

-Parece que você venceu o efeito da poção do amor – Adônis falou calmamente perto da varanda.  

Então eu ergui o meu olhar para aquele monstro de aparência perfeita. Dessa vez, ele estava com um arco dourado em mãos, com uma flecha de igual material armada e levemente puxada no cordão.  

 -Vamos fazer uma aposta com o Destino – Ele puxou a corda do arco e apontou para cima – Você sabe, eu sou um excelente arqueiro. Vou lançar uma flecha para o alto e em torno de sessenta segundos ela irá atingir o amor de sua vida. Ela está correndo sem rumo em direção ao jardim de flores. Você terá esse tempo para tentar salvá-la. 

 -Seu asqueroso! – Ariana levantou pegando a espada. Mas antes que ela avançasse um passo para atacar, Adônis atirou. 

 Meu corpo agiu por vontade própria. Quando dei por mim eu já estava na varanda, jogando-me de lá de cima sem pensar duas vezes. Eu precisava salvar Anahí, pedir desculpas e dizer que era tudo mentira. Eu faria qualquer coisa para que isso acontecesse, inclusive arriscar a minha própria vida.  

Notas Finais 

Meus amores como sei que estou ausente por esses tempos, estou pensando se vocês gostariam de ter mais um capítulo hoje. Só porque eu sou boazinha( e também estou com medo, já recebi uma ameaça, então se eu agradar talvez vocês eu não corra riscos) se vocês quiserem é só comentar. (; 

Ps: desculpe se estiver com algum erro, meu computado está horrível, então tenho que correr para escrever.