Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega
Pov Anahí
Eu já estava de pé a algumas horas. Sei que deveria dormir, ainda mais depois das sensações que Dulce tinha me causado. Nada, absolutamente nada se comparava a quando eu tive as mãos dela em mim. Porém algo rondava a minha mente com tamanha força que era impossível fechar os olhos e ignorar. Era algo que eu precisava fazer. Então quase uma hora depois de Dulce ter apagado, eu me movi com todo o cuidado do mundo, trocando meu corpo pelo travesseiro que eu usava, em uma tentativa de que ela não sentisse minha falta enquanto eu tivesse fora.
Duas horas depois, perto do raiar do sol, eu entrei novamente no nosso quarto de hotel, andando sorrateiramente até a cama onde uma filha de Perséfone repousava em um pesado sono, mas abraçando tão apertado o travesseiro que quase o dobrava ao meio. Sorri sabendo o quanto ela me apertava durante a noite. Sentei ao seu lado na cama, tocando suavemente o seu ombro e deslizando a mão por seu braço. Dulce apenas suspirou e abraçou mais o travesseiro. Inclinei e comecei a dar beijos por seu rosto.
-Dulce, acorda – falei perto de seu rosto.
Ela ronronou e continuou apagada na cama. Revirei os olhos e olhei para a janela, vendo que logo chegaria o momento que eu tanto queria.
-Dulce, acho que a Megan está nua e me chamando! – exclamei fingindo surpresa.
-O que?!!
Ela sentou rapidamente na cama, o cabelo indo para todos os lados, os olhos castanhos bem abertos e levemente assustados. O lençol caiu e revelou que ela estava do
mesmo jeito que eu a tinha deixado. Completamente nua. Eu não consegui deixar de rir da
situação e ao perceber que era uma mentira, ela começou a me dar tapas e a lançar um olhar assassino e sonolento.
-Não se brinca com isso! – ela brigou irritada.
-Você não acordou quando estava cheia de carinhos – expliquei ainda rindo.
-Desgraçada! – ela me bateu mais forte – Você é uma...! Espera, porque está vestida?
Eu estava usando as mesmas roupas de antes, uma calça jeans, meus velhos coturnos e uma blusa preta. Levantei da cama sorrindo travessa.
-Vista-se, vamos fugir um pouco – ordenei.
-Anahí eu estou com sono – Dulce resmungou despencando na cama.
-Nada disso, vamos. Eu quero te levar a um lugar.
-Nem amanheceu!
-Se você não levantar eu te dou choque!
-Você não teria coragem...
ANAHÍ!
Sim, eu dei um choque nela ao encostar minha mão em sua perna. Ela saltou ao sentir a eletricidade e já ia correr em minha direção... Quando suas pernas embolaram no lençol e ela começou a cair. Claro que eu fui ampará-la, imagino que uma de minhas missões de vida era sempre impedir que Dulce beijasse o chão!
-Incrivelmente desastrada – ri baixo – Amor, confia em mim, nós temos de fazer isso.
-Eu te odeio! – Dulce rosnou baixo e se afastou – Espero que seja muito bom, Portilla!
Sorri vitoriosa e assim que ela se afastou não resisti a um lindo tapinha em sua bunda. Dulce me olhou daquele jeito “não acredito que você fez isso!”, fazendo-me rir
facilmente.
-Ok, vou esperar lá fora antes que você me mate – falei já andando de costas para a porta – Mas você só tem cinco minutos!
Ela revirou os olhos e eu fui para fora, encostei na parede, cruzei os braços e esperei. Isso foi o tempo de ficar revendo em minha mente todo o meu plano, sentindo um
frio na barriga só de pensar no que estava prestes a fazer. Dulce saiu, com o cabelo ainda bagunçado e mais ondulado do que o normal por conta disso. Estava bocejando e coçando um olho feito uma criança sonolenta. A minha criança. Assim que me viu ela abriu a boca para reclamar mais uma vez, mas eu não dei chance. Avancei nos empurrando contra a porta do quarto fechada e a beijei de forma eufórica. Talvez fosse a sonolência, mas Dulce levou um tempo para acompanhar o meu ritmo. Quando o fez, eu a apertei mais ainda contra mim, sem conseguir resisti ao impulso de ter mais daquele gosto indubitavelmente viciante de sua boca.
-Bom dia meu amor – eu murmurei ofegante quando quebrei o beijo por falta de ar.
-Huuum – foi o gemido baixo dela.
-Vamos, ou perderemos o tempo certo.
Segurei em suas mãos e entrelacei nossos dedos. Antes que ela reclamasse estava andando rápido, quase correndo, para fora do hotel. O céu já começava a clarear um
pouco, não sendo mais tão escuro quanto a hora mais densa da noite. Eu a arrastei pelas ruas até chegar em um prédio comercial. Olhei para cima e sorri tendo a certeza de que
era aquele o prédio mais alto da região.
-Candy – virei para ela ainda sorrindo – Me segura firme, vamos voar.
-O que? Espera, o que você está planejando?
-Segura!
Eu a agarrei pela cintura com um braço e logo estava nos impulsionando rapidamente para cima, nos fazendo voar. Dulce pareceu travar um grito na garganta e me agarrou pelo pescoço quase sufocando. Deuses, era tão bom voar com Dulce em meus braços! Porém apesar de adorar essa sensação, eu fui o mais rápido possível para o topo do prédio de no mínimo cinquenta andares. Pousamos no terraço e Dulce ainda me agarrava.
-Chegamos Candy – disse divertida.
-Ah – ela disse surpresa, me soltando aos poucos.
Segurei na mão dela a sentindo fria. Praguejei mentalmente comigo mesma por não ter percebido que ela tinha saído sem agasalho nenhum. Tudo bem, eu estava congelando também. Mas a agitação interna estava vencendo qualquer sintoma de frio. Levei Dulce até a beirada do prédio, tendo uma bela visão da cidade e do horizonte cheio de montanhas.
-Vem, senta aqui comigo, vamos ver o nascer do sol – falei já abaixando para sentar na beirada.
-Você me acordou apenas para ver o nascer do sol? – Dulce indagou descrente, mas logo sentando ao meu lado.
Nossas pernas estavam balançando no ar, qualquer vento mais forte e nós cairíamos. Isso se eu não fosse filha de Zeus e soubesse controlar as correntes de ar. Aproximei mais de Dulce, passando um braço por sua cintura e colando a lateral de nosso
corpos.
-Shh, espere e verá, logo vai começar – falei serenamente.
Dulce suspirou e encarou o horizonte. Um silêncio gostoso pairou sobre nós nos minutos que se sucederam, encarávamos nenhum ponto em específico a nossa frente, apenas aguardando o iniciar de um novo dia. O vento ainda era bastante frio, ele
balançava nossos cabelos e trazia a fragrância de primavera de Dulce, aquele cheiro pelo qual eu era completamente viciada. Ah, convenhamos, eu era totalmente viciada na garota.
Quando o fenômeno começou, eu senti Dulce prendendo a respiração. O sol vinha timidamente por trás das montanhas, iluminando lentamente a tudo. Apolo era responsável
pelos momentos mais belos de todos os dias. O de levar e trazer o sol. O espetáculo era ainda melhor dali de cima, tendo uma visão quase limpa de como as luzes claras tomavam conta da cidade.
-É um novo começo – murmurei sentindo meu coração disparar – Eu achei que seria mais fácil de explicar se eu fizesse alguma metáfora, você sabe que eu sou horrível com palavras e que acabo me embolando quando fico nervosa.
-Apenas diga o que quer, Nah – Dul pediu suavemente, desviando os olhos para mim.
Abri a boca para tentar me explicar, mas as palavras pareciam travar em minha garganta. Vamos Anahí, diga tudo o que você ensaiou durante todas essas horas! Tentei
mais uma vez e tudo o que consegui foi rosnar frustrada comigo mesmo. Mexi em meu
cabelo tentando encontrar alternativas, mas tudo o que eu fiz foi suspirar derrotada. Soltei a garota morena apenas para tirar de meu bolso o que eu levei a noite para conseguir. Ou roubar, na verdade.
-Abra a mão – ordenei toda sem jeito – Eu meio que pensei... Nós nunca conversamos para pôr em todas as letras o que temos.
-Precisou de uma flecha para nós dizermos eu te amo Anahí – Dulce tentou brincar.
Aquilo fez com que meu coração quase parasse. Olhei séria para Dulce, nervosa só com a lembrança dela morrendo em meus braços. Aquilo me destroçava por dentro todas as vezes que eu pensava, parecendo que eu ainda podia sentir.
-Desculpe – Dulce pediu rapidamente e abriu uma mão – Piadinha sem graça, entendi.
-Nunca mais brinque com isso, Dulce María – disse seria e duramente.
-Prometo que não, mas não deixe que isso estrague o momento – ela implorou fazendo beicinho.
-Ok – respirei fundo, fechei os olhos com força por alguns segundos e voltei a encará-la, finalmente depositando nas mãos dela – Eu acabei de pegar, tive de escolher rápido porque fiquei com medo de ser descoberta de alguma forma.
Dulce franziu o cenho para depois arregalar os olhos quando viu em sua mão um par de alianças feitas de ouro branco. Ela me fitou ainda em choque e eu senti meu rosto
avermelhar enquanto pensava em me explicar.
-Veja, a sua – falei apontando para uma das alianças – Tem a metade do coração feito com pedrinhas azuis, quase certeza que são safiras, sabe a tempestade é sempre meio azul, meio branca. Ela me representa, eu sou meio que uma tempestade, metaforicamente falando, explodindo a qualquer momento com seus raios e trovões, mas tendo o momento de calma depois. – falava encarando aqueles olhos castanhos ternamente, apesar do nervosismo, Dulce ainda continuava sendo a fonte de toda a
minha paz - A minha, pelo que eu li na vitrine, tem o coração feito de painite. A joia é marrom e pelo que eu li, com muita dificuldade, é que ela é uma das joias mais raras do
mundo – sorri toda boba – Não é à toa, tem a cor de seus olhos. Nenhum castanho é igual ao seu, nada é igual a você Dulce. Porque é o seu castanho que me desarma, que me faz rir facilmente. É você quem me faz ter esperança e força... Então eu peguei para mim a pedra mais rara, porque você é única. Você é única para mim, Candy!
Olhei para Dulce e ela ainda encarava as joias quase sem respirar. Isso era um bom sinal?
-Um anel completa o outro – peguei ambas as peças e juntei os aros, mostrando o coração completo – Achei que... Eu sei que vai parecer idiota, mas tinha lógica até poucos
segundos atrás, mas aquele lance de almas gêmeas se completando e tudo o mais... Entende? Você é meu encaixe, eu sou o seu. Temos nossa própria equação, nosso próprio ritmo.
Ela apenas balançou a cabeça concordando, ao menos estava me escutando!
-Então, te trouxe aqui para ver o nascer do sol... Porque seria um novo começo para nós duas. Eu sei que não terminamos nada para começar alguma coisa, ou coisa parecida, ou... Sei lá, eu sinto que as coisas não são mais as mesmas. Eu tenho tanta certeza de que te amo que chega a ser um pouco assustador, porque é um sentimento mesmo forte e que domina até mesmo a minha razão… Você entende?
Eu estava ficando puta nervosa e nem ao menos tinha chegado onde queria ainda! Dulce finalmente olhou para mim. Os olhos carregados de uma intensidade que me fez estremecer por dentro. Ela sorriu, aquele sorriso que me derretia de tal modo a ter medo
de cair dali de cima por não ter mais forças sobre mim mesma.
-Tudo meio que está diferente Annie – ela falou serena – Mais intenso, mais certo, mais nós ao invés de eu e você. Nossa equação mudou, lembra? Um mais um é igual a um.
-Isso! – eu exclamei aliviada por ela estar entendendo, meu alívio deve ter sido evidente, porque ela riu baixo do meu jeito – E eu quero começar isso do jeito certo. Eu
não ligo para rótulos, ou para qualquer outra coisa parecida. Mas ao mesmo tempo eu quero que quando perguntarem para você se você namora...
-Eu direi que sim – ela completou e sorriu ainda mais lindamente – Uma garota bem ciumenta e brava, aliás.
Meu coração bateu tão forte em um espaço tão curto de tempo que eu pensei que ele fosse quebrar a minha caixa torácica. E eu não me importaria, porque eu estava tão
feliz naquele momento que tudo o que eu fiz foi gritar e praticamente socar o ar, claro que Dulce tomou um susto e começou a gargalhar da minha explosão de felicidade.
-ISSO! – gritei e ofeguei – Deuses, eu pensei que ia morrer se você não tivesse entendido.
-Entender que você estava me pedindo em namoro? – Dulce ainda ria.
-Sim! Eu iria gaguejar se tivesse que falar com todas as letras.
-Então agora eu quero que você peça da maneira certa.
-O que? Mas você já aceitou!
-Vou ter de dizer para as outras pessoas que apesar de gostar de uma garota, ela não me pediu em namoro – Dulce negou a cabeça teatralmente.
-Não! Você... Argh DULCE! – passei a mão pelo meu cabelo nervosa – Você namora comigo. Pronto.
-Peça Nah, ou eu também nem uso o anel.
-Mas eu tive todo o trabalho de roubar! – ela me encarou abrindo a boca incrédula – Juro, até aprendi a desligar o sistema elétrico com o meu poder. Por isso consegui entrar na joalheria e tudo o mais.
-Peça logo Giovanna!
Eu a encarei indignada por além dela querer que eu faça algo extremamente difícil estava me chamando de Giovanna! Como se estivesse brigando comigo! Rosnei alto e passei a mão no rosto.
-Ok, vamos logo acabar com isso! – vociferei chateada e acuada, mas bastou olhar para ela que eu comecei a tremer de nervoso – Merda, merda – sussurrei, fechei os olhos, respirei fundo – Dulce... Candy... V-você gostaria de-de – travei por completo, mas os olhos dela me encaravam em expectativa – Você seria louca e estupida de n-namorar alguém como eu? – engoli em seco e não aguentei olhar mais para ela – Cheia de defeitos e que está que nem i-idiota gaguejando? Mas eu te amo, te amo mais do que tudo! Eu juro que é verdade e que eu v-vou te provar todos os dias isso!
-Sim – ela disse tranquila e serena, sem nem pestanejar.
A olhei indignada por conseguir fazer a parte mais fácil. Dulce riu e pegou a minha mão direita, deslizando o anel com pedras marrons. Ela esticou a mão oferecendo o anel com pedras azuis. Mesmo tremendo eu fiz a importante missão de colocar o anel no dedo anelar dela sem deixar que a pedra caísse.
-Satisfeita? – indaguei arqueando uma sobrancelha.
-Não. Eu não saberia por em palavras, então acho que vou ter de fazer algo.
Antes que eu tivesse tempo de absorver aquela negativa, Dulce em um movimento hábil sentou em meu colo, de frente para mim. As pernas dela passaram por minha cintura, esticando-se atrás de meu corpo. Eu quase desequilibrei, mas apoiei uma mão no chão e a
outra no quadril dela. Já ia reclamar da quase queda quando os lábios dela tomaram os meus em um beijo. E que beijo! Dulce não perdoou nem nos primeiros segundos, era um beijo totalmente apaixonado e intenso, dominado completamente por ela. Ela praticamente deitou o corpo sobre o meu, dificultando ao máximo meu equilíbrio, mas eu me mantive
firmemente ali, a permitindo roubar todo o meu ar enquanto explorava toda a minha boca e chupava a minha língua do jeito que eu mais gostava, lento e não muito forte.
Mas era mais do que isso. Ia além do prazer de beijar Dulce, que apesar de ser muito, em nada se comparava a devoção que ela estava tendo em me beijar. Era intenso, forte, impetuoso... Porém havia tanto dela ali que eu sabia que o beijo era apenas perfeito
porque eu conseguia sentir em cada movimento, em cada suspiro e toque o quanto ela me amava. Esse seria provavelmente um beijo que apenas os fodidamente apaixonados trocariam.
Quando ela se afastou, com a boca molhada por causa do beijo e os olhos semicerrados eu tive a visão de um anjo. O sol estava atrás dela iluminando a tudo, deixando o cabelo dela ainda mais vermelho vivido. Dulce era quase surreal, tão linda, tão mulher e ao mesmo tempo tão menina. E era minha garota, minha namorada, minha alma gêmea. Arfei e dessa vez fui eu quem a agarrei sem medidas e pudores, a beijando com toda a vontade que tinha de ter aquela menina mulher pelo resto de minha vida. Envolvia nossas línguas, tocava o céu daquela boca e mordia o lábio dela, o sugando com um pouco de força sabendo que iria formigar depois. Ela puxou o ar por entre os dentes, reagindo prontamente a minha boca sobre a dela.
-Não faz assim Narrí – ela choramingou – Eu... eu...
-Fica excitada? – sorri contra a boca dela.
-Você sabe que sim – Dulce respondeu sem jeito.
-Dulce – falei aproximando minha boca do ouvido dela para sussurrar daquele jeito que eu sabia afetar ela – Sente como minha mão está fria?
Coloquei minhas mãos dentro da blusa dela, tocando as costas lentamente. Ela gemeu e arrepiou. Sorri travessa, dedilhando meus dedos por suas costelas. Ela suspirou entregue por alguns segundos, mas logo segurava meu cabelo e puxava para trás, me
fazendo tombar a cabeça com o seu movimento.
-Pare de me provocar! – ela ordenou e eu prontamente fiz o contrário, levando minhas mãos para seus seios coberto pelo sutiã – ANAHÍ!
-Você está tão linda aqui – falei em tom de devoção – O vento agitando o seu cabelo, o sol atrás de você beijando sua pele morena. E só de pensar que essa garota linda e
gostosa é minha me dá um puta tesão.
-Nós estamos no alto de um edifício Anahí! – ela falou e arfou quando eu massageei ambos os seios – Anaaaahí, pare, olhe como o transito já está ficando
movimentado. Alguém pode nos ver.
-Estamos muito longe do chão e não tem prédio tão alto aqui para que alguém nos veja – contradisse pondo minha boca no pescoço dela – Você é minha Candy, minha
namorada.
Dizer aquilo me fez sorrir contra a sua pele antes de dar um longo e delicioso chupão. Dulce encolheu, estremeceu e gemeu. Quando nossos olhos se encontraram foi
como se a química explodisse mais forte do que uma bomba nuclear. Inevitável como uma força da natureza, nossas bocas se colaram em um beijo urgente, desesperado. A adrenalina de estar em um lugar tão inusitado quanto aquele parecia triplicar ainda mais as sensações. Poderia nevar naquele momento e eu iria apostar que os flocos de neve
derreteriam só de se aproximar de nós duas.
-Anaaahí – Dulce gemeu meu nome gostoso.
Se eu tinha algum autocontrole ele tinha se esvaído com aquele gemido. O domínio que Dulce tinha de me levar a loucura em poucos segundos poderia ser assustador se eu não adorasse. Eu a senti movendo-se em meu colo, mas apenas para poder de ajeitar suas pernas ao meu redor, ficando levemente ajoelhada. Isso foi o suficiente para que eu levasse as mãos até a calça dela, abrisse e descesse até o meio das coxas. Assim que minha mão adentrou a calcinha dela, meus dedos frios tocaram o sexo terrivelmente
molhado dela. E quente, deliciosamente quente. Nós duas gememos ao mesmo tempo,
envolvidas naquele momento louco.
Não havia tempo para provocações e nem vontade sobre isso. Era um desejo tão sufocante que precisava ser saciado. Devorado e consumado. Assim, não hesitei em
posicionar dois dedos nela e a penetrar fundo, mas em um movimento bem lento. Eu não
saberia pôr em palavras a sensação que era sentir Dulce me apertando daquele jeito. Eu a observei como se fosse a obra prima mais linda. E talvez fosse. A filha de Perséfone tinha os olhos fechados, a cabeça inclinada levemente para trás e os lábios entreabertos.
Eu a via contra o horizonte que ainda estava em seus tímidos primeiros momentos do dia. Ali do alto, eu estava tomando para mim a mulher mais linda e charmosa que existia. Gemi sentindo meu corpo estremecer e esquentar só com isso, passando a movimentar cada vez mais rápido.
Dulce segurou forte em meus ombros, seu tronco cada vez mais indo para trás. Segurei em suas costas com a mão livre para dar apoio. Isso foi o suficiente para que ela se sentisse segura e começasse a rebolar fodidamente gostoso em meu colo enquanto a
tomava. Ter Dulce Saviñon rebolando era a coisa mais alucinante e prazerosa que eu
poderia experimentar em vida! Ela acompanhou o meu ritmo facilmente e sempre que eu
parava com os dedos dentro dela, rebolava bem sinuosa e lento, como que para sentir meus dedos ainda mais dentro dela.
Ela gemia alto. Eu arfava com a visão que tinha, com as sensações de que aqueles gemidos eram só meus. Não resisti mais e afundei ainda mais meus dedos, forte, firme, rápido, atingindo o ponto dela assim que curvei levemente meus dedos dentro dela. Naquele momento se eu não a estivesse segurando, Dulce teria caído. Ela jogou o tronco para trás, ficando em um ângulo perigoso, mas que eu conseguia suportar. Aquilo foi a
deixa para toma-la em investidas tão rápidas quanto possíveis.
Quando ela teve o orgasmo, foi a coisa mais gloriosa. Sua cabeça foi para trás, fazendo o cabelo ruivo e ondulado tocarem meus joelhos. O sol a iluminava e Dulce parecia brilhar de prazer, exalando sexo e satisfação por todos os poros. Deuses, eu podia ter um gozo intenso só de olhá-la daquele jeito! A puxei para mim, a fazendo cair com todo o seu peso sobre o meu corpo. Eu a abracei, a sentindo ainda tremula e arrepiada por
efeito de um lindo orgasmo demorado. Com todo o cuidado do mundo ajeitei a calcinha dela e subi a calça, a fechando enquanto a minha namorada se recuperava. Minha namorada. Eu poderia morrer sorrindo naquele momento.
-Nah você vai ter de me carregar – Dulce falou dengosa – Minhas pernas estão tremendo e eu sinto minha bunda gelada. Por sua culpa!
-Foi delicioso – disse sorrindo travessa – Nossa primeira transa como namoradas. Você não vai poder dizer que eu não te levei as alturas...
-Idiota!
Dulce começou a rir e eu a abracei a acompanhando no riso. Eu sabia que aquele era o momento mais marcante de minha vida. Pois nada se comparava a fazer Dulce Saviñon oficialmente minha namorada.
-Esqueça o que eu disse sobre os rótulos – falei enquanto levantava com ela ainda em meu colo, acreditem, manter o equilíbrio tendo alguém em seu colo e no alto de um prédio era complicado! – Eu estou adorando esse lance de namoradas. Minha namorada,
minha garota---
-Meu amor – Dulce falou meio corada, com um sorriso de lado e finalmente com os pés no chão – Acho que nunca vou reclamar de ter um único amor. Você já vale por tudo, Nah. Você é meu amor, minha aventura, minha namorada! Mas sabe, é meio complicado tentar colocar tudo o que eu sinto em palavras, então vou tentar demonstrar mais uma vez e eu tenho certeza que você vai entender.
Então no segundo seguinte que ela termina de falar, Dulce segura em minha blusa e simplesmente se joga para trás pegando um forte impulso. Quase gritei a xingando
enquanto despencávamos de lá do alto! Claro que por puro instinto eu a segurei bem firme entre meus braços, controlando o vento enquanto o meu coração estava disparado, a adrenalina circulando o meu corpo e o frio na barriga bem intenso por conta do susto e por
estarmos simplesmente voando. Quando a fitei pronta para reclamar, Dulce estava dando aquele sorriso destruidor de mundos.
-Eu sinto exatamente tudo o que você está sentindo agora só de saber que eu sou a dona de seus sorrisos mais lindos Nah – Dulce explicou.
Estávamos flutuando ali no alto ainda, sendo simplesmente muito fácil o domínio do ar quando Dulce estava ali comigo. Seria o que Psiquê tinha dito sobre sermos mais fortes juntas? Era no sentido literal do significado? Ah isso não importava, não quando meu
coração estava prestes a ter uma síncope com aquele sorriso, com o simples fato de ter Dulce em meus braços em pleno ar. Soltei um longo e apaixonado suspiro, encaixando nossos lábios sem me importar de estarmos ainda voando.
Em verdade, tinha acabado de descobrir a melhor sensação do
mundo. A de beijar minha namorada a metros e mais metros do chão.
(...)
Voltamos ao hotel. Eu carregava Dulce nas costas, segurando as suas pernas e rindo de qualquer besteira que ela estava falando. Naquele momento eu estava em um estado tão pleno de felicidade que eu poderia rir do vento. Assim que entramos no saguão
desgastado e quase sem decoração do hotel, as meninas desciam as escadas.
-Graças aos deuses! – Miley exclamou assim que nos viu – Quando não vimos vocês duas no quarto pensamos o pior!
-Desculpa – Dulce falou prontamente – É culpa da Anahí, ela me sequestrou!
-Não minta, no máximo eu só te arrastei – reclamei prontamente, ainda sem soltá-la.
-Agora que as encontramos, podemos partir – Ashley decidiu.
-Vocês terão de ir na frente, com os cães – Emily comentou – Nosso tempo é curto demais para uma viagem de carro. Assim como não dá para ir todo mundo em só dois
cães infernais.
-Onde vocês estavam? – Megan inqueriu.
Olhei um pouco surpresa para a intromissão da garota de Deméter. Os olhos dela nos encarava seriamente, esperando a resposta sem vacilar em sua nova postura de caçadora durona.
-Isso não importa a ninguém – disse também assumindo o modo Portilla de ser.
-Vocês poderiam entrar em perigo, isso é inconsequente Anahí – Megan persistiu em dar um sermão.
-Eu nunca colocaria Dulce em perigo – falei de maneira fria, lançando um olhar realmente mortal a Megan – Deixei de ter de te dar satisfações quando entrou na caçada, Megan. Não se intrometa na porra de minha vida e fique na sua!
-Anahí... – Miley falou em tom de alerta.
-Eu só estou pensando no bem do grupo e da missão. Perderíamos tempo procurando vocês duas e a garota está com uma das peças do ritual! – Megan se defendeu
prontamente.
-Então porque você parece incomodada com nós duas? – Dulce falou estranhamente calma – Talvez não devesse se esconder na falsa noção de dever com a missão e parar com o que quer que esteja sentindo ou pensando. Afinal de contas, você não é mais nada da Anahí e tem um juramento com Ártemis, não é vantajoso para
nenhuma das partes manter um clima tenso porque você não aguenta ver que eu consegui
algo que você não.
-E o que seria isso? Ter Portilla como namorada? Fazer ela te proteger? – Megan estava debochada.
-Pelo contrário. Eu protejo a Nah com tudo o que eu tenho, apesar de achar que não é suficiente. Mas eu sei que ela é uma idiota que não vai fugir do perigo ou se esconder.
Então eu não vou fugir, vou ficar ao lado dela – Dulce envolveu ainda mais os braços em mim, me deu um beijo rápido no rosto e riu – E claro, eu domei essa ferinha aqui.
-Eu não sou bicho pra ser domado – resmunguei baixo.
-Mas é minha fera – ela respondeu sorrindo tão lindo que eu não consegui negar nada naquele momento.
-Chega desse tipo de discussão – Ashley agitou-se e fitou Megan – Você está certa quando coloca que poderíamos ter tidos problemas. Mas não tivemos, isso que importa – então olhou para nós duas – Respeitamos a relação de vocês duas, mas não usem o nosso juramento em vão ou como qualquer outra coisa. Nossa lealdade com a deusa é tão
intensa quanto qualquer outro sentimento puro que exista e é uma ofensa quando desmerecido por terceiros que não sabem como realmente é.
-Devo admitir que eu tinha uma visão ruim das caçadoras – eu admiti fitando diretamente Ashley e dei um sorriso de lado – Vocês duas mudaram um pouco o meu
conceito. Se temos de nos separar agora, gostaria de dizer que foi uma honra trabalhar com vocês. Afinal de contas vocês que encontraram a selenita e foram prestativas durante toda a missão.
-Você é exatamente o que dizem – Emily riu – Agressiva, brava, impulsiva. Mas pelo visto é um pouco mais do que isso também.
-Esqueceu o idiota – Dulce falou rapidamente.
-Principalmente o idiota – Ariana concordou prontamente.
-Querem parar? – rosnei e as duas riram.
-Vamos? – Miley chamou bocejando – Uma viagem das sombras sobre cães infernais com essa distância toda até o acampamento não vai ser fácil. Encontraremos vocês lá?
-Gostaríamos de ter a pedra depois do ritual – Ashley confirmou – Ela é poderosa demais para ficar sem a proteção devida.
-Nunca estive mais de acordo – Miley aceitou.
-Nos vemos no Acampamento Meio-Sangue – Emily se despediu.
-Tomem cuidado ok? – Dulce desejou sincera.
Megan nada falou enquanto nós saiamos e as caçadoras ficavam para planejar melhor a viagem. Do lado de fora e quando atingimos uma área mais isolada, Ariana
assoviou do mesmo jeito que Dulce fez noite passada, chamando os cachorrinhos do inferno. Eles não tardaram a surgir, Trevor sendo ainda maior do que Penélope.
-Eu estou louca para abraçar Cláu – Dulce falou descendo de minhas costas para subir em Penélope.
-Ela vai esmagar você com aqueles bracinhos – Ariana comentou já em Trevor e ajudando Miley a subir na enorme bola de pelos.
-Acho que ela vai gostar de saber mais ainda que você se considera nossa irmã – Dulce pontuou.
-Só para deixar um ponto bem claro – falei e apontei para Ariana – Eu nunca que vou te chamar de cunhada.
As outras três riram e eu subi bufando em Penélope, abraçando prontamente Dulce pela cintura. Ela apoiou a mão com a aliança sobre a minha, deixando os anéis bem
próximos um do outro. Pela primeira vez eu estava sorrindo antes que aquela enorme cadela se jogasse em uma sombra para uma maldita viagem.
Notas da autora
Esse é o primeiro capítulo da maratona, eu vou estar postando capítulos durante o dia a quantidade mínima é 10 capítulos, mas vou tentar postar mais.
Autor(a): AnBeah_Portinon
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Pov Dulce Chegar no Acampamento Meio-Sangue depois de uma missão nunca seria demais. Era um sinal de que voltamos vivos e isso por si só era uma vitória. Porém chegar ali sobre um cão infernal com sua namorada abraçando sua cintura, não tinha preço! Penélope eTrevor saltaram bem próximo da parede de escal ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 179
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tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25
Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...
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raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57
Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !
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livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44
Continuaaa
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DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41
Continuaaaaaaa
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siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27
Continua!!!
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candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12
QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA
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livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41
Continuaaa
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Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59
VOLTAAAAAAAAAA
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Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43
Continuaaaaaa
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Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52
CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA