Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega
Pov Dulce
Chegar no Acampamento Meio-Sangue depois de uma missão nunca seria demais. Era um sinal de que voltamos vivos e isso por si só era uma vitória. Porém chegar ali sobre um cão infernal com sua namorada abraçando sua cintura, não tinha preço! Penélope e
Trevor saltaram bem próximo da parede de escaladas, saindo da enorme sombra produzida por ela. Alguns semideuses que passavam por perto caíram ao chão de susto,
arrancando um risinho debochado de Anahí.
Assim que descemos, os cães infernais soltaram mais uma vez para a sombra, desaparecendo em um piscar de olhos. Eu já não sentia mais as tonturas de antes,
felizmente já estava me acostumando com aquele tipo de viagem tão peculiar.
-Precisamos procurar Quíron para fazer um relatório – Miley disse em um tom cansado – E logo depois vou precisar ajeitar as coisas para o ritual. Ele precisa acontecer
exatamente quando a lua atingir o seu ponto mais alto na noite.
Deixei que meus ombros caíssem, eu não queria ter de ir para a Casa Grande e ficar horas explicando sobre tudo o que passamos. Porém, felizmente, eu tinha a melhor namorada do mundo.
-Talvez apenas eu e Ariana dê conta do relatório – Anahí falou e mexeu no cabelo – Você precisa descansar para o ritual Miles e você – ela olhou para mim sorrindo de lado – Tem uma mini- Saviñon esperando por um relatório pessoal.
Soltei um suspiro de alívio, me joguei nos braços dela roubando um beijo rápido e simplesmente parti. Anahí não iria fugir, estaria apenas em uma conversa chata com o treinador do acampamento. Enquanto isso eu poderia matar toda a saudade que eu sentia
de minha pequena irmã. Então não perdi tempo em ir para o Campo dos Morangos, onde ela provavelmente estaria brincando ou atrapalhando as ninfas e outros semideuses que estavam cultivando.
Assim que eu apareci por lá, a encontrei rindo de algo que uma ninfa contava. O ser da natureza tinha um cabelo tão preto que chegava a parecer azul, a sua pele levemente rosada a deixava com um ar ainda mais etéreo. Quando me viu, a ninfa sorriu e tocou o
ombro de Cláudia apontando para a minha direção logo depois. O sorriso que surgiu em meu rosto foi tão grande quanto o que minha pequena irmã exibiu. Ela gritou de felicidade e saiu correndo, recebendo alguns olhares feios por pisar em algumas plantas no meio de caminho. Abaixei meu corpo e abri os braços, caindo para trás quando o corpo dela chocou-se com o meu em um abraço de urso.
-Você demorou! – Cláudia reclamou fazendo bico.
-Desculpa! – eu pedi rindo e levantando – Mas já sei o que fazer. Que tal nós irmos para o refeitório, nos entupirmos de comida e conversamos? Eu vou querer saber tuuudo o que você aprontou por aqui!
-Nada disso, eu sou uma boa menina! – Cláudia pos as mãos na cintura e fez cara de sabida – Qualquer acusação sobre mim foi feita de forma infundada!
-Aonde aprendeu isso? – indaguei já rindo.
-Um garoto de Hermes disse que se eu disser isso quase nunca vou me meter em encrencas! – ela respondeu piscando um olho.
Os irmãos de Maite ainda permaneciam sendo travessos, não importava a estação ou estado de humor. Pensar nela me fez desejar uma ligação, mesmo que por mensagem de íris, para saber como ela estava e minha mãe Blanca. Uma leve sensação de culpa tomou meu corpo, pois quando eu saia assim, preferia de certa forma não entrar em contato com ela ou poderia facilmente jogar tudo para cima e correr para os braços dela.
Cláudia e eu fomos para o refeitório e passamos um bom tempo ali, comendo e conversando de tudo e nada ao mesmo tempo. Ela me contava como já estava ficando
tedioso ficar ali, que geralmente quem mais brincava com ela era o Ucker porque ele conseguia falar com o Aidu. Eu perdi completamente a noção das coisas enquanto estava ali com minha irmã comendo um delicioso pedaço de pizza, rindo de suas expressões exageradas e infantis ao contar alguma história do Acampamento. Em meio aquele clima de reencontro, Anahí chegou no refeitório com uma expressão tão cansadinha que eu tive vontade de leva-la para o chalé e colocar para dormir. Sem falar nada, ela quase desabou ao meu lado na mesa. Cláudia estava sentada sobre a mesa, com um prato azul em seu colo e com um bico emburrado cada vez maior
por Anahí não ter falado com ela ainda.
-Será que eu posso solicitar uma audiência com minha princesa do mundo mágico dos unicórnios? – ela falou seriamente falando com Cláu – Eu preciso fazer algumas
reclamações e exigir que ela aumente o meu pagamento como cavaleira oficial. Preciso de mais marshmellows e sorrisos.
-Quais são suas reclamações, nobre cavalheira? – Cláudia prontamente entrou na brincadeira, assumindo toda uma pose de realeza ao erguer o queixo e falar de maneira afetada.
-Eu estou correndo riscos de morrer! – Anahí falava indignada e chateada, era tão boa naquilo que se eu não soubesse que estava encenando acharia que estava
reclamando de verdade – Tipo, eu olho para ela, ela sorri para mim e meu coração dispara e não para mais! Eu vou ter um ataque cardíaco assim!
-Seu coração dispara?! – Cláudia colocou as mãos sobre a boca como se aquilo fosse uma notícia bombástica.
-Sim! – Anahí bateu a mão na mesa – Eu não posso lidar com isso! É que nem um cavalo bravo que começa a dar pinote dentro de meu peito. Isso é bastante sério minha
princesa! Porque depois disso eu começo a perder a noção do que acontece ao meu redor e só consigo olhar para ela!
-Será que isso é algum tipo de feitiço? – Cláu falou em tom baixo e espantado – Pobre cavaleira!
-Candy você me enfeitiçou?! – Anahí olhou indignada para mim – Como pode fazer isso comigo?
-Espera um pouco! Como eu virei a vilã sem fazer nada? – reclamei prontamente.
-Fique quieta que você não tem voz nessa corte e nem é sua vez ainda – Anahí me cortou cruzando os braços – Mas eu acho que já sei qual é meu problema. Princesa Cláu, sua irmã é na verdade uma ladra!
-O que?! – eu a olhei incrédula – Eu não fiz nada Portilla!
-Fez sim! – ela apontou o dedo em meu rosto me olhando de forma acusatória – Você me roubou!
-Isso é uma acusação muito séria – Cláudia continuava em sua pose de princesa – O que ela te roubou Annie?
-Meu coração – Anahí disse prontamente e com um sorriso de canto que foi logo disfarçado – Ela me enfeitiçou, roubou meu coração e ele volta para mim só quando ela
está por perto, por isso dispara em meu peito querendo voltar para ela.
-Que coisa feia Dulce – Cláu negou com a cabeça fingindo decepção – Peça desculpas a sua cavaleira!
Naquele momento eu descobri que estava completamente enrascada com aquelas duas. Era evidente o quanto Cláu adorava Anahí e como a filha de Zeus criava toda uma
aura de brincadeira envolvendo minha irmã em seu encanto. Porém também nem sabia como fingir que não estava derretida com tantas declarações em meio a diversão. Então tentei entrar no jogo também e encolhi os ombros e soltei um suspiro resignado.
-Ta, ta! A culpa é minha. Mas é porque eu quero a Narrí só para mim! – cruzei os braços e fiz beicinho mimado.
-Não! A Narrí é minha cavaleira do mundo mágico dos unicórnios, eu só a coloquei para proteger você – Cláu reclamou prontamente e ia continuar, mas então parou, pareceu pensar e seus olhos se iluminaram – Mas se você tiver o coração da Narrí quer dizer que
vocês duas vão ficar juntas para sempre e que seremos uma família, não é?
Aquela animação e esperança era tão sincera que eu podia ver a expectativa da resposta deixar minha irmãzinha cada vez mais ansiosa. Olhei para Anahí e ela dessa vez não escondia um sorriso lindo. Ela passou o braço por minha cintura e deu um beijo longo
em minha bochecha.
-Acho que posso passar o resto de minha vida com ela e você Cláu, o que você acha? – Anahí propôs – Vocês duas já tem meu coração mesmo!
Cláu gritou tão animada que nem pensou duas vezes em se jogar em nossa direção, quase nos derrubando do banco. Anahí e ela riam de forma gostosa, enquanto a filha de Zeus a puxava para seu colo e a atacava com cosquinhas. Aquela cena parecia iluminar
completamente o meu dia, mesmo que ele fosse totalmente nublado lá fora. No final Cláu veio para meu colo para que Anahí pudesse comer alguma coisa e começasse a contar um pouco de nossa aventura para Cláudia. Era indubitável a habilidade dela em contar as histórias, exagerando no ponto certo, pondo mais emoção em alguns momentos, criando
suspense que deixava Cláudia vidrada em tudo o que ela falava.
-Cláu, quem está treinando você? – Anahí indagou quando estávamos voltando para os chalés.
-O tio Quíron! – ela sorriu – Eu estou aprendendo a usar arco-e-flecha, que nem a Valente do desenho animado!
-Tenho certeza que você vai ser mais incrível do que ela – Anahí falou confiante.
-Eu tenho de ir – Cláu avançou um pouco mais e virou em nossa direção – Tio Ucker falou que ia me ensinar a montar melhor em Aidu!
Ela acenou e saiu praticamente correndo. Anahí me puxou diretamente para o seu chalé, soltando um suspiro cansado assim que atravessou a porta. Já estava tirando os coturnos com os pés e chutando em qualquer canto.
-Ei mocinha – segurei na cintura dela e a desviei do caminho para a cama – Um banho primeiro, que tal?
-Vai tomar banho comigo que nem fizemos no hotel? – ela perguntou com um sorriso de lado.
-Nada disso – neguei prontamente e dei um beijo no pescoço dela – Você também precisa descansar Nah. Passou a noite em claro para me fazer a surpresa e... Bem, ficamos bem agitadas em muitas partes da noite e início da manhã.
-Eu gosto dessa agitação – ela riu, mas já abria a porta do banheiro, virando para mim antes de entrar – Não ouse sair daqui.
-Não irei, prometo – bati continência.
Ela me roubou um rápido selinho antes de entrar no banheiro. Sentindo-me a vontade ali dentro, fui até o armário de Anahí e já separava uma roupa para ela. Uma
calcinha box e uma blusa folgada, do jeito que ela gostava de usar para descansar. Assim como também separei uma blusa dela de algum time esportivo para usar, a da Lana estava suja da viagem apesar de ser indiscutivelmente a minha preferida.
Assim que ela saiu do banheiro eu estava entrando para tomar um rápido banho. Mas ainda assim quando também sai, ela já estava cochilando sobre a cama. Sorri
rapidamente só com a imagem de Anahí dormindo serenamente. Aproximei da cama, deitando ao seu lado e puxando a coberta para nos cobrir. Mal comecei a me ajeitar perto de seu corpo e o braço dela me envolvia e puxava, me aconchegando da forma que eu
mais gostava.
-Pensei que estava dormindo já – comentei baixinho.
-Faltava você – ela disse sonolenta – Como poderia dormir sem meu coração por perto?
-Nah – falei baixo e completamente derretida – Você é tão fofa e linda.
-Não sou fofa – ela resmungou ainda de olhos fechados – Não confunda as coisas, eu sou apaixonada por você.
-Você é fofa – afirmei rindo baixo – Mas só comigo e Cláudia.
-São minhas garotas.
-Eu amo o jeito que você fica perto da Cláudia... É tão meigo e único.
-Sua irmã é minha princesa, eu tenho de trata-la com respeito – Anahí começou a acariciar meu braço com a ponta dos dedos, passando tão suavemente que eu mal sentia o seu toque, o que deixava o carinho ainda mais gostoso – Não espalhe por ai, mas eu adoro crianças.
-Ok, seu segredo está guardado comigo – disse baixinho e cumplice, admirando bem de perto o sorriso de canto que se formava naquela linda boca. Eu não contive o suspiro, passando a olhar cada detalhe daquele rosto, gravando mais uma vez cada pedacinho
dele em minha mente – Narrí... Você é tão incrível.
Talvez fosse o meu tom tão encantado que a fez abrir os olhos. Eles estavam entre o azul e o verde, nem mesmo eu poderia dizer a tonalidade certa deles naquele momento. Olhos mutáveis, acompanhado de um leve franzir de cenho. Mordi o canto de meu lábio
apenas para conter outro suspiro, eu sei que estava apaixonada, mas não queria parecer aquele tipo de idiota que não aguentava ficar sem ser idiota apaixonada por tanto tempo. Eu tinha de admitir, era extremamente difícil não ser quando se tinha uma Anahí Portilla
calma e serena perto de você.
-Não acho que seja tanto assim – Anahí disse com a voz grave – Eu sei admitir que sou boa em batalha, em guerra, usando meus poderes, sobrevivendo – ela ergueu uma
mão e tocou a ponta de meu nariz, seu olhar estava tão intenso que eu não estava respirando sem perceber – Mas você está trazendo um novo eu, um que nem mesmo eu sabia que existia.
-Eu também mudei por você – falei bem baixo, sentindo meu corpo estremecer – Toda minha coragem, minha força, veio por sua causa, de um jeito ou de outro. Hoje eu sou mais determinada, mais ciente de mim.
-Estamos tão melosas – Anahí fez uma breve careta, me fazendo rir baixinho – Mas se você gosta...
-Eu amo tudo em você. Até seus defeitos.
-Eu sempre desconfiei que você era louca – Anahí dizia como se tivesse confirmado uma grande teoria.
Bati em seu ombro e foi a vez dela rir. Anahí me puxou para um abraço e logo depois estava me dando beijos preguiçosos por todo o meu rosto. Ela ainda estava cansada, eu sabia disso. Mas também eu ainda era um ser curioso e não iria mais segurar a dúvida que me rondava desde o fatídico dia em que pegamos a selenita.
-Nah, conta uma história para mim? – pedi manhosamente.
-Ah, minha criança grande – ela disse divertida – Estou com sono, sabia?
-Vai contar para mim depois então? – eu estava fazendo o meu melhor bico.
-Esse é o golpe mais traiçoeiro Candu. Esse bico devia ser proibido! – ela resmungou e ajeitou melhor o corpo na cama, pegando um pouquinho de espaço só para poder me encarar melhor, deitando de lado e apoiando o cotovelo no colchão e a cabeça na mão – O
que quer que eu conte?
-O mito de Psiquê e Eros!
Eu tinha me animado e logo estava deitando de lado também. Eu precisava saber mais daquela mulher que tinha salvado a minha vida. De todos os deuses ou entidades divinas que tinha conhecido, eu não conseguia negar que Psiquê estava ganhando o meu favoritismo. Mesmo que a tenha visto apenas uma única vez por um curto tempo, o jeito
dela, o modo como ela apareceu e nos revelou ser almas gêmeas... Aquilo mudou praticamente toda a minha vida!
-Ok. É um pouco grande e tem detalhes que eu não lembro – Anahí disse ficando pensativa – Mas Psiquê era humana, uma princesa. Tão linda que começou a chamar a atenção dos homens. Muitos vinham ao seu reino apenas para admirar a sua beleza. Isso
chamou a atenção de Afrodite, deusa da beleza, que se sentiu invejosa.
-Me conta uma novidade – revirei os olhos.
-Os deuses são vaidosos com seus domínios – Anahí comentou sorrindo e depois voltou para o conto – Bem, ela vendo que a popularidade de Psiquê apenas crescia, ordenou a Eros, seu filho, que atirasse uma flecha do amor nela a fazendo se apaixonar
por um homem qualquer, não lembro se era feio ou algum tipo de problema.
Eu não consegui evitar um arrepio ao escutar sobre a flecha. Minha simpatia apenas crescia por Psiquê, afinal eu sabia o que era estar na mira de uma flecha mágica.
-Ele obedeceu a mãe de princípio. Foi até Psiquê e mirou a flecha na garota, mas ele foi vítima do encanto da garota e apaixonou-se. Eros jogou-se na frente da flecha antes que a atingisse. Psiquê, no entanto, não chamava mais a atenção, suas irmãs se casaram
e ela não. O pai dela, o rei, foi consultar o oráculo de Delfos, um dos oráculos fodões de Apolo. Eros viu então ai sua chance, usando do oráculo foi ordenado que Psiquê deveria ser deixada numa montanha para ser desposada por um monstro.
-Eles obedeceram?!
-Era uma época em que o respeito e o culto aos deuses era algo realmente forte. Era uma profecia e profecias tinham de ser cumpridas. Então Psiquê foi levada para a
montanha, lá adormeceu e o Zéfiro, um dos ventos, foi levada a um lindo vale. Ela encontrou o caminho até um castelo e lá foi servida por seres invisíveis. Durante a noite ela
foi levada para um quarto escuro onde finalmente encontraria Eros, o terrível monstro. Mas o deus foi manso, a embalava gentil e a fez sua mulher.
-Ai ele foi um fofo! – não contive o suspiro romântico.
-Ele só estava apaixonado – Anahí revirou os olhos – Isso durou por um tempo, ele indo visita-la pela noite, a amando e partindo ao amanhecer. Mas isso fez Psiquê sentir-se só e em um dos raros momentos, ela pediu para ver suas irmãs. Eram umas verdadeiras
cobras, elas incentivaram Psiquê a descobrir quem era o amante. Era uma das regras dele, ela nunca deveria conhecer a sua identidade, se a regra fosse quebrada, ela nunca o veria novamente. Ela estava grávida se não me engano, e se ela descobrisse a verdade, o bebê nasceria mortal.
-Eu não acredito que ela desobedeceu! Eu aposto que ela fez isso!
-Claro, você é tão curiosa quanto ela deve ter sido. Mas acho que nem foi por isso, as inseguranças surgiram por causa das irmãs dela, enciumadas e invejosas de sua
situação. Então enquanto Eros descansava ao seu lado, ela aproximou uma lamparina de
seu rosto para vê-lo. Ela ficou tão encantada com ele que não percebeu que a lamparina
iria derramar.
-Eu estou começando a me identificar cada vez mais com ela – comentei em tom baixo, tinha de ser desastrada como eu também!
-Você é ainda melhor do que ela. É minha – Anahí deu de ombros e me fez revirar os olhos – Mas voltando a história. Eros acordou assustado e falou algo como o amor não
pode conviver com a suspeita. Ele ficou realmente magoado por ela ter pensado que ele era um monstro, mandando-a voltar para as irmãs. O único castigo que lhe foi imposto seria o dele abandoná-la.
Meu coração se apertou com a simples ideia de escutar o amor de sua vida dizer algo assim. Assim como sabia que Psiquê provavelmente teria se sentindo tão culpada por tudo o que fez que estaria arrependida até os ossos.
-Psiquê o procurou, não desistiu até ver-se no templo de Afrodite. Entenda, Eros desobedeceu a mãe e a tomou como esposa. Afrodite não iria facilitar em nada para
Psiquê e impôs tarefas difíceis só para que ela pudesse falar com Eros.
-Eu sei que ela fez todas elas apenas para ter uma pequena chance!
-Certamente o fez. A primeira era a de separar milhares de grãos por tipos, mas estava tudo muito misturado, seria impossível terminar a tempo. Mas então formigas apareceram para ajuda-la. Na segunda tarefa ela tinha de conseguir lã dourada de
carneiros ferozes. Ela morreria tentando, se não tivessem dito para ela esperar que os carneiros dormissem e ela recolhesse a lã dos galhos. A terceira tarefa era a de pegar água que jorrava de uma fonta em uma montanha, onde vivia um monstro de verdade. Uma águia a ajudou, pegando o balde e enchendo com o líquido. A última tarefa envolve sua mãe.
-Minha mãe parece estar em todos os babados – revirei os olhos.
-Mania de se intrometer, já sei a quem você puxou – Anahí riu baixo – Mas dessa vez foi a mando de Afrodite. Psiquê teria de pegar um pouco da beleza da deusa no mundo inferior e trazer dentro de uma caixinha. Ela não fazia ideia de como chegar ao submundo
e pensou em atirar-se de uma torre.
-Morrendo ela iria para lá. Tem lógica apesar de parecer desesperado.
-Ela permaneceria morta, então. Mas enfim, a torre ensinou como chegar lá e aconselhou a não abrir a caixa quando pegasse a beleza. Mas quando ela conseguiu a
caixa e retornava, pensando no encontro com o amado, pensou em como estava acabada. Advinha o que ela fez?
-Abriu a caixa!
-Exatamente. Ela foi tomada por um sono profundo. Eros soube do que acontecia e voou ao encontro dela, a salvando do destino de Bela Adormecida. Pediu a mão dela em
casamento diretamente a meu pai, Zeus, sendo a única forma de Afrodite aceitar a união. E eles viveram felizes para sempre.
Anahí terminava a história bocejando e deitando a cabeça sobre o travesseiro. As pálpebras já se fechavam sem que ela conseguisse ter controle. Cansada do jeito que estava, eu não sabia como ela tinha conseguido me contar toda a história. Sorri
bobamente, deitando melhor na cama e a puxando para mim, deixando que ela me usasse
de travesseiro essa noite. Ela resmungou satisfeita, aconchegando em mim e inspirando forte perto de meu pescoço. Eu sabia que ela estava praticamente farejando o meu cheiro.
-Durma, meu amor – murmurei fazendo cafuné nela – Eu amo você.
Ela resmungou alguma coisa, mas na linguagem de rosnados da Anahí, aquilo provavelmente era um “eu te amo também”.
Notas da autora
Eu esqueci de falar mais os capítulos estão sendo postados sem revisão, então desculpe qualquer erro.
Autor(a): AnBeah_Portinon
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Pov Dulce Acordamos com batidas fortes na porta do chalé de Anahí. Eu resmunguei enquanto Anahí me abraçava ainda mais. Ela mal se movia durante o sono ou pareciaquerer me largar mesmo que inconsciente. Pensei em ignorar completamente a porta, masna terceira batida mais forte Anahí rosnou furiosa e de mal humor. -Candy vai lá ou eu ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 179
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25
Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...
-
raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57
Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !
-
livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44
Continuaaa
-
DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41
Continuaaaaaaa
-
siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27
Continua!!!
-
candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12
QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA
-
livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41
Continuaaa
-
Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59
VOLTAAAAAAAAAA
-
Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43
Continuaaaaaa
-
Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52
CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA