Fanfics Brasil - Novata The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: Novata

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Pov Dulce 


Tudo sempre mudava drasticamente. 


Em um momento estávamos conversando tranquilamente no carro, minhas costas doendo por ter ficado tantas horas sentada em uma mesma posição praticamente. No outro, entravamos na área de Long Island e éramos atacadas por um monstro gigante de um olho só. E mais uma vez Anahí ficava para trás para lutar sozinha. Isso era tão errado! Por que se ela fosse morrer, seria por minha culpa não é? Porque Maite tinha de me levar para um lugar seguro. 


-Maite! A Anahí... – falei enquanto era basicamente arrastada por uma floresta – Você tem de ajuda-la! 


-Anahí sabe o que faz – Maite disse cortante, mas ela apertou ainda mais a minha mão – Além do que, teremos mais chances se chegarmos ao acampamento e pedirmos ajuda. 


Eu não tinha como opinar. Aquilo era tão novo, tão absurdamente amedrontador que eu simplesmente não sabia como agir. Eu me sentia... Incapaz. Fraca. Frágil. E talvez fosse exatamente isso o que eu fosse. Maite quase gritou de alegria quando viu um enorme arco de pedra no alto da colina. Quando olhei para ele entendi prontamente o que Anahí quis dizer com o grego, pois no alto do arco rochoso havia escritos cravejados que lembrava uma língua bastante antiga. Bastou piscar duas vezes para que eu soubesse que ali estava escrito “Acampamento Meio-Sangue”. 


Maite me puxou mais ainda, quase arrancando meu braço de meu corpo e fazendo de minha mais nova preocupação acompanha-la sem tropeçar ou cair. Eu tinha um medo incoerente de que se caísse, era capaz de Maite me abandonar no chão para poder chegar ao tal do Acampamento. 


-Maite! – uma baixinha loira se aproximou com um arco preso as costas, ela tinha um princípio de sorriso, mas ao olhar a expressão séria de Maite seu rosto fechou – O que houve? Cadê a An... 


-Anahí! Ciclope! – Maite disse quase atropelando as palavras – Na estrada, ela precisa de ajuda! 


-Meus deuses! – a loira abriu bem os olhos e já puxava um arco das costas – Demetria! Paul! Monstro embaixo da colina, Anahí está lá! – ela olhou mais uma vez para Maite – Filhos de Ares estão logo ali fazendo alguma coisa idiota. Chame-os! 


Maite apenas acenou e me puxou enquanto a garota loira era seguida de outra maior, mas de cabelos pintados e de um garoto bem magro, mas com um rosto bonito. Eles seguiram correndo colina abaixo enquanto minha amiga me levava para um ponto mais dentro da área do acampamento. Eu mal tinha tempo de processar as coisas, tudo o que eu menos queria era atrapalhar. 


-Wes, Keaton! CHRISTIAN – Maite gritou esbaforida ao encontrar os três garotos se encarando de forma estranha, todos os três tinha um peitoral armadura – Anahí, ciclope, início da colina! 


-Ae irmãos, hora da diversão! – Wes gritou e soltou um grito forte de guerra. 


Mais quatro garotos corpulentos se aproximaram, todos eles armados e seguiram correndo pela mesma direção que as arqueiras foram. Menos Christian, ele correu para o outro lado pra segundo depois passar montado em um cavalo com asas de cor cinzenta. Meus olhos se abriram ao ver aquilo, era um Pégaso não era?! Maite estava prestes a sair também, mas eu a segurei fortemente, agarrando o braço dela tremendo. Aquilo era demais para a minha cabeça, era demais para assimilar! 


-Dul. Desculpa, desculpa, eu estou aqui – Maite falou calmamente enquanto eu começava a arfar rapidamente – Sem surtos. 


-A Anahí vai ficar bem? – eu perguntei incerta e tremula – Ela vai ficar não vai? Seria minha culpa se alguma acontecesse. Vai ser-- 


-Não pense assim – Maite me interrompeu e ela mesmo respirou fundo – Anahí não é derrotada facilmente. Ela vai ter reforços e eu-- 


-Não! Não me deixa aqui sozinha! 


Eu estava sendo egoísta, sei admitir isso. Porém era mais forte do que eu. Aquela sensação sufocante que eu estava em um lugar esquisito, com pessoas diferentes que saiam correndo para enfrentar um monstro de metros de altura. Eu iria entrar em pânico sozinha ali. Maite pareceu entender isso e respirou fundo como que para ter paciência. 


-Eu posso imaginar as piadinhas que a Anahí faria se te visse assim – Maite tentou brincar. 


Ela me chamaria de fraca. De uma maneira nada delicada até, mas se ela sobrevivesse para fazer qualquer tipo de comentário eu estaria feliz. 


-Vou te levar até Quíron, ele é o treinador do Acampamento. Não acho que o Sr. D. esteja aqui, os deuses estão mais reclusos no Olimpo. 


Apenas acenei. Tínhamos um treinador, ótimo, mas ainda assim minha mente ainda permanecia no que poderia estar acontecendo com a Portilla. Maite me puxou mais uma vez, porém com mais calma e delicadeza, apesar de sua expressão ainda conter um quê de preocupação. Passamos por mais algumas árvores e eu finalmente comecei a ver um pouco mais do Acampamento Meio-Sangue. 


Era um lugar rústico, a maioria das construções feita de madeira. Localizado no meio da floresta, o chão era terroso e plano. Passamos por um enorme pinheiro e sobre ele tinha uma espécie de pele de cordeiro ou algo muito similar. Maite murmurou que aquele era o velocino de ouro, um dos itens que protegia o acampamento. Um pedaço de pele de bode, ou cordeiro, ou o que for, protegia o acampamento. Eu já não buscava mais nenhum tipo de lógica nisso tudo. 


Encontramos uma casa. Era até bonita por fora e era grande, lembrando uma casa como outra qualquer. Maite subiu a varanda, parou em frente a porta e já ia bater na madeira quando esta se abriu. Um homem em sua cadeira de rodas apareceu, o cabelo grisalho e a barba grande e desregular. Ele tinha um olhar cálido e gentil, apesar de uma expressão cansada. 


-Maite, você veio antes do verão... – ele notou e franziu o cenho – Aconteceu alguma coisa? 


-Algumas coisas – Maite colocou no plural e foi para o lado finalmente me mostrando – Quíron, essa é Dulce María saviñon. Ela é uma meio-sangue. 


-Olá Dulce – ele foi educado, mas parecia me avaliar com seus olhos escuros – Quantos anos você tem? 


-Dezesseis – soltei uma respiração cansada – Maite me contou sobre a regrinha da idade. 


-Isso é realmente estranho. Você tem certeza beorlegui? 


-Ela mandou um cão infernal parar, ele parou. Nenhum humano faz isso – Maite deu de ombros – Mas seria muito melhor se o senhor conversasse com ela enquanto eu vou até a Anahí. 


-Portilla, onde está? 


-Ciclope na colina, mas já mandei reforços. Mas você sabe como ela cai de cabeça em uma batalha como se fosse uma filha de Ares. Deve estar no mínimo com algum osso fraturado – Maite disse com pesar. 


-Ela vai estar bem, não é? – indaguei rapidamente, meu corpo tremendo só de imaginála machucada – Maite, você tem de ver se ela estar bem eu-- 


-Ela estará – Maite disse firme – Mas eu vou ver sim como ela está. O Quíron é legal Dul, pode conversar tranquilamente com ele ok? Depois eu passo aqui. 


-Entre criança. 


Maite correu para longe dali em uma velocidade incrível, sem esbarrar em nada no caminho. A morena alta sempre foi muito boa nos esportes, mas eu nunca imaginaria que ela teria tanta habilidade corporal. Quíron entrou na casa fazendo um sinal para que eu o seguisse. Eu estava acanhada, preocupada, cansada, e de quebra assustada. Com um gesto calmo, o homem na cadeira de rodas apontou um sofá aparentemente confortável e eu não hesitei em me jogar nele. 


-Dulce, você não precisa temer enquanto estiver aqui, esse é o lugar mais seguro para os semideuses estarem. Nós treinamos vocês, cuidamos e ensinamos a sobreviver no mundo lá fora. Alguns até mesmo se tornam heróis. 


Quíron dizia tudo com calma, parando um pouco a minha frente. O corpo dele inclinou e mais uma vez o senhor me analisou. 


-Eu seria muito insensível de conversar com você agora, Dulce, você está cansada e assustada. Mas gostaria muito de encontrar você depois. Por enquanto posso responder as suas perguntas, se tiver alguma. 


-Eu... – comecei confusa com tanta abertura, respirei fundo – Obrigada – passei a mão pelo meu cabelo nervosa – Eu sei que tudo isso é de verdade, que os monstros estão me seguindo e que querem algo de mim. Mas eu não sei o que eu sou, então... O que eles podem querer de mim?! 


-Terá de entender um pouco de história, minha querida. Isso acontece desde o princípio dos tempos. Os semideuses em sua maioria nascem com grandes destinos, então eles são caçados para que não possam cumpri-los. Os monstros em sua maioria são criaturas que sofreram alguma punição divina ou coisa similar, matar semideuses é uma forma de atingir os deuses. 


-Eu não quero nada disso senhor. Eu só quero voltar para casa! – senti meu corpo cansado tremer um pouco, as lágrimas me tomando mais uma vez – Eu nem sei como minha mãe está. Eu me despedi tão bruscamente dela! 


-Fique calma querida, você poderá treinar aqui e quando se sentir preparada, poderá retornar para perto de sua mãe humana. Não obrigamos ninguém a permanecer no Acampamento, apesar de ter regras quando o verão começa – Quíron era sempre paciente e eu agradeci por isso, ele ficou quase um minuto inteiro em silêncio – Você disse que tem uma mãe... então seu progenitor divino é um deus-- 


-Não – neguei o cortando sutilmente – Blanca não é minha mãe biológica. Meu pai, Fernando, é humano. Ele se casou com ela e ela vem cuidando de mim, mesmo depois que ele morreu. Quíron, você pode ver se ela estar bem? Por favor, eu preciso saber. 


-Verificarei, está bem? Vou pedir para alguém acompanhar você até o Chalé de Hermes. 


-Não tem problema chamar o nome dos deuses aqui? Anahí disse que nomes tem poderes. 


-E ela está certa. Porém aqui você pode usá-lo com o devido respeito. 


Acenei com a cabeça e Quíron me guiou para fora da casa. Eu já ia oferecer ajuda para ele descer a varanda, quando de repente ele começou a mudar. Seu corpo começou a ficar mais alto e suas pernas ganharam patas. Quatro patas de cascos para ser mais exata. Aquilo me deixou de queixo caído, bem ali a minha frente o senhor na cadeira de rodas se transformava metade em cavalo. Então lembrei de Maite me explicando sobre o poder de ilusão da névoa, putz, aquilo funcionava mesmo! 


-Você sabe quem eu sou, Dulce? – Quíron indagou notando o meu olhar de choque. 


-Deveria? – perguntei ainda observando aquele corpo de cavalo dele. 


-Sou um centauro – ele explicou – Homem do tronco para cima, cavalo da metade para baixo. Sou o treinador dos semideuses, enquanto vocês precisarem de mim, estarei aqui. 


Acenei fingindo compreensão. Entendam, o homem era metade cavalo! Ele sorriu divertido com a minha expressão e chamou uma garota que passava. Eu estava distraída ainda com aquele falto dele ser um equino na metade do corpo, quando finalmente escutei meu nome. Virei o rosto e me deparei com uma garota que sorria grande. Ela era estupidamente linda. Pele bronzeada , cabelos escuros e longos, com as pontas pintadas de vermelho. O sorriso exibia dentes brancos perfeitos e a sua roupa era completamente linda. 


-Camila, essa é Angelique, filha de Afrodite – Quíron apresentou – Ela vai apresentar você ao acampamento e depois leva-la ao Chalé 11. 


-Eu queria saber da Anahí ela... ela... 


-Está na enfermaria sendo atendida pessoalmente pela Ally – Angelique me cortou e eu senti um alívio tremendo – Ally é a nossa curandeira mestra e filha de Apolo, logo a Annie ficará boa e resmungona como sempre. 


-Ela é assim até aqui? 


-Pior! Ela fica se achando o tempo todo. Agora venha que você está um horror e já estou cheia de pena, olha essas olheiras e aspecto cansado, parece que um caminhão passou sobre você. 


-Uma árvore sim, talvez. 


Angelique riu do meu humor e me chamou com um aceno de cabeça. A garota falava bastante, o que me ajudou a distrair. Era vaidosa, isso era evidente e estampado no modo dela agir, mas não deixava de ser uma garota legal quando me mostrou boa parte do acampamento. Aquilo era ainda maior do que eu imaginava! 


Aquela casa eles chamavam de Casa Grande, que era onde Quíron ficava junto com o Sr. D. o diretor do acampamento. Perto dali havia uma quadra de esportes onde alguns garotos jogavam vôlei. Logo depois um prédio que Angelique disse ser para as artes e outros ofício, sendo seguido por uma parede de escalada com perigos usados para treinos e competições. Também tinha um anfiteatro, uma arena de combate e um refeitório. Os chalés ocupavam o centro do acampamento e eram vários, cada um com sua numeração. Os principais estavam distribuídos em forma de U e a filha de Afrodite teve a paciência de me explicar que os deuses eram divididos entre os deuses olimpianos, os doze mais famosos, e os deuses menores que geralmente tinham alguma ligação com os olimpianos. Os chalés eram cada um mais diferente que os outros. Angelique continuaria a me levar pelo tuor se Maite finalmente não tivesse saído do Chalé 11, roupa trocada e banho tomado. 


-Dul! – ela sorriu ao me ver, estava bastante tranquila – Ei Angel, voltou mais cedo esse ano. 


-As coisas complicaram – Angel deu de ombros e foi pulou no pescoço da Maite a abraçando forte – Você está me devendo duas horas seguidas de Beyoncé! 


-Logo resolveremos isso, prometo – Maite riu e depositou a garota morena no chão – Sendo babá da Dulce por um tempo? 


-Ei! – protestei prontamente. 


-Ela é legal – Angel acenou com a cabeça – Mas... Eu não acredito, a Lauren está usando o meu batom! Aquela vadia de quinta me paga! 


-Esgane ela e use essas suas unhas enormes, ao menos elas terão alguma utilidade real ao invés de serem apenas pintadas com esmaltes caros – Maite sorriu grande. 


-Pode ter certeza! – Angelique saiu bufando e pisando forte no chão. 


-Filhas de Afrodite, algumas podem ser legais, mas certas coisas nunca mudam – Maite riu e me olhou – Vamos entrar, você deu sorte que o acampamento ainda está vazio, então poderá escolher tranquilamente a sua cama. 


-Maite... Como a Anahí está? – perguntei com receio da notícia. 


-Viva – Maite sorriu grande – Me disseram que ela pulou do alto do Pégaso e deu o golpe final no ciclope. Ela sempre se exibe nas batalhas. 


Soltei um suspiro aliviado. Maite me contou que ela estava na enfermaria, como Angel também me garantiu. Mas só fui relaxar quando fui tomar um banho, que para a minha surpresa, não foi gelado. Maite me deu roupas, uma blusa laranja com um desenho de Pégaso na frente, calças jeans e tênis apesar de serem um pouco velhos. Depois disso fomos para o refeitório comer algo, eu descobri que estava morrendo de fome. 


Só então eu comecei a reparar que o Acampamento apesar de não estar cheio de meio-sangues, existiam outros seres perambulando por ai. Basicamente sátiros e ninfas. Homens metade bodes, mulheres espíritos da natureza. Maite explicou que geralmente os sátiros são os protetores dos semideuses, eles que vão em busca das crianças e trazem para o acampamento. O meu deve ter se perdido no meio de caminho, tamanho era o meu azar nesse mundo. 


Entramos no refeitório e eu descobri outra tradição. A de fazer oferenda de parte de sua comida a alguém divino, a jogando na lareira que havia ali. Eu não sabia bem a quem fazer minha oferenda ou agradecer. Então apenas pensei em Hermes, o agradecendo por ter cuidado de boa parte de nossa viagem a mantendo 90% segura. Claro, o ciclope tirava o resto da segurança. Eu estava bem, comendo bastante e descobrindo que aquela comida era divina, quando senti uma bola de papel batendo em minha cabeça. Acreditem, aquilo tinha uma força que fazia latejar o lugar. 


Olhei ao redor surpresa com o ataque. O refeitório era dividido por mesas, cada uma responsável por um chalé. Eu estava com Maite, por ser indefinida ainda. Haviam poucos por ali, alguns garotos sonolentos que May disse ser filhos de Hipnos. Algumas filhas de Afrodite comendo salada e frutas e a mesa de Ares, a mais barulhenta de todas. 


-Ah Dul, não ligue para esses retardados, a maioria só tem músculo – Maite resmungou lançando um olhar afiado na direção deles – Mas infelizmente você é a novata, muitos vão pegar no eu pé. Espero que você sobreviva sem nenhum arranhão. 


Naquele momento eu só fiz revirar os olhos e achar que ela estava falando metaforicamente. Eu logo descobri que Maite nunca foi tão séria em sua vida. 


(...) 


Três dias se passaram. Três longos dias. Eu era uma novata e indefinida, sem nenhum tipo de conhecimento sobre as coisas que aconteciam ali. Os filhos de Ares eram os piores, liderados por um idiota chamado Drew Chadwick, sendo seguidos por seus dois cãeszinhos, Wes e Keaton. Mas eles não eram os únicos. Os filhos de Hermes quando entediados tinham como passatempo predileto arranjar confusão e importunar os outros. Na noite anterior, quando fui deitar e abraçar meu travesseiro como sempre fazia, uma ratoeira prendeu em meu dedo indicador e médio. Eu soltei um grito escandaloso de dor. Maite tentava me ajudar sem dar risada, afinal ela também era filha de Hermes e vivia aprontando por ai. Como quando pintou de rosa uma das paredes vermelhas do chalé de Ares. 


Eu passava, e eles me cutucavam, faziam-me tropeçar porque isso era simplesmente fácil. Alguns roubavam minha comida ou simplesmente jogavam coisas em mim. Isso era estressante e humilhante as vezes. O que me fazia aguentar as coisas sem surtar de vez, era o lado bom do Acampamento. Tinha pessoas realmente legais ali, como Ally e Angelique. Ou até mesmo Demi, que era tão expansiva e escandalosa como Maite, de um humor tão incrível que era impossível não rir perto dela. 


O Acampamento era quase como todos os outros, tendo atividades para fazer. Até agora, pegaram leve, me mandando apenas para os campos de morangos ajudar as ninfas e até mesmo passar um tempo cuidando do estábulo. Essa última parte teria sido terrível se não fosse Christian, um filho de Hefesto que adorava animais. 


O meu quarto dia amanheceu bem e Maite me convenceu a ir para a arena. Em um momento ou outro eu teria de começar a aprender a lutar. Ela me fez usar saias e botas de guerra, além de um peitoral um pouco pesado, mas que iria me proteger. Demetria estava por lá, dando aulas de arco-e-flecha para alguns outros semideuses, ela acenou escandalosamente para nós nos fazendo rir. 


-Olha, olha! Saviñon resolveu servir de alvo no treino? – Drew apareceu com um sorriso idiota. 


-Deixa ela, Drew – Maite prontamente se pós na minha frente. 


-Eu não esqueci o que você fez no nosso chalé, Maite! – Drew falou ameaçadoramente – Não vou pegar leve só porque você é uma garota! 


-Como se eu tivesse medo, eu tenho mais bolas do que você! 


Aquilo pareceu enfurecer o rapaz, seu rosto ficou vermelho e ele avançou. Maite estava se posicionando para brigar sério, eu não sabia o que fazer! Mas antes que a morena alta pudesse fazer qualquer coisa, um vulto branco como o fantasma passou por nós e acertou um soco certeiro em Chadwick, o jogando no chão. 


-Portilla! – Drew resmungou em meio a um gemido. 


Sim, Anahí. Ela estava ali de pé, usando calça jeans bem justa, o cabelo preso em um rabo de cavalo e a blusa laranja do acampamento. Parecia que nada tinha acontecido com ela, estava inteira e prepotente como sempre. 


-Drew – Anahí sorriu superior – Ia mesmo bater em alguém fraco como a Maite? 


-Ei! Eu te derrubei uma vez! – Maite se defendeu. 


-Porque trapaceou – Portilla revirou os olhos e chutou a perna de Drew – Vamos, levanta, quero treinar, estou esses dias todos de repouso sem que a Ally deixasse eu levantar. Aquela baixinha me dá mais medo do que você. 


-Ally da mais medo do que qualquer outra coisa quando está séria – Drew resmungou levantando – Não vou pegar leve, Portilla, eu vou surrar essa sua bunda branca! 


-Pode tentar. E Maite, não deixa a Saviñon pegar em nada afiado, ela pode matar você sem querer, atrapalhada do jeito que é. 


Eles se afastaram. Anahí mal tinha falado comigo e já veio provocando, ignorante como sempre. Aquilo fez apenas o meu sangue ferver ainda mais. E de pensar que eu estava me preocupando com aquele cavalo em forma de mulher! Opa, me desculpa Quíron, você não merecia essa ofensa. 


-Relaxa, com o tempo você já vai estar se defendendo sozinha – Maite me consolou. 


-Vamos – disse determinada. 


Eu não poderia ser fraca para sempre. Iria mostrar para todos ali que eu poderia ser muito boa quando provocada. Mesmo que isso levasse um tempo, eu sabia que tinha de ficar melhor, para poder voltar para casa. 
 


NOTAS DA AUTORA


 


EU SINCERAMENTE ESPERO QUE GOSTEM, PROVAVELMENTE POSTAREI AMANHÃ, ENTÃO BJSS



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Autor(a): AnBeah_Portinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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