Fanfics Brasil - A Esperança De Dias Normais The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: A Esperança De Dias Normais

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A esperança de dias normais


 


 


Pov Dulce


 


 


Eu estava tão bem que simplesmente não queria acordar. Estava em um lugar


quente e gostoso, embalada em um sono gostoso que raramente semideuses tinham o


direito de ter. Mas alguma coisa irritante estava tentando atrapalhar isso. Pouco a pouco a


minha consciência ia despertando. Eu ia percebendo que estava completamente envolvida


em Anahí. Minha cabeça sobre o ombro dela, nossas pernas entrelaçadas, o braço dela


me envolvendo fracamente. A coberta nos cobria até a metade do corpo, mas isso não


fazia diferença, pois não estava realmente frio.


 


 


Estava prestes a dormir novamente quando um barulho alto me assustou. Abri bem


os olhos e pulei na cama sentando em alerta. Apenas para ver Maite invadindo o quarto,


arregalando os olhos e gritando ao me ver. A filha de Hermes colocou a mão sobre o rosto


e pareceu começar a chorar.


 


 


-Meus olhos! Eu não acredito que eu vi você nua! – ela se desesperava.


 


 


-MAITE!


 


 


Claro que eu não tinha percebido que estava sem minhas roupas, afinal tinha


simplesmente apagado depois de ter o melhor sexo de minha vida. Ou melhor dizendo, a


melhor noite de amor. Puxei prontamente a coberta até cobrir meu torso nu. Anahí


resmungou e apenas virou deitando de bruços, passando o braço por debaixo do


travesseiro.


 


 


-O que está fazendo May?! – falava brava, mas em tom baixo.


 


 


-Já são quase duas da tarde! – Maite se mantinha com as mãos sobre os olhos – E


nenhuma das duas dava sinal de vida. Anahí nunca dormiu tanto assim e eu fiquei


preocupada!


 


 


-Sai daqui! – exclamei ainda encabulada – Eu já te encontro, mas não faz barulho, a


deixa dormir.


 


 


Maite virou e foi andando, mas esbarrou com a parede por estar ainda cobrindo os


olhos. Eu teria rido se não estivesse extremamente encabulada com a situação. Assim que


minha amiga saiu, soltei um suspiro exasperado. Passei a mão sobre o cabelo e olhei para


Anahí. Então o mundo pareceu fazer sentido mais uma vez. Foi impossível conter o


sorriso ao olhar para o amor de minha vida. Eu poderia sorrir pelo resto de minha


existência só de lembrar a noite que tivemos.


 


 


Com toda delicadeza do mundo para não acordar a filha de Zeus, levantei da cama e


vesti um pijama da Anahí que obviamente ficou folgado em mim. Antes de sair do quarto,


coloquei meu travesseiro perto dela e a cobri com o cobertor até os ombros, depositando


um beijo demorado no topo de sua cabeça.


 


 


Assim que cheguei à sala Maite estava sentada assistindo televisão. Fui sentar ao


seu lado, desabando no sofá e passando a encarar o desenho animado sem realmente o


ver. As lembranças vinham descontroladas, logo eu estava sorrindo e perdida nelas.


 


 


-Você deve ter transado a noite toda para estar com um sorriso desses – Maite


comentou e revirou os olhos – E eu preocupada a toa.


 


 


-A gente não transou – reclamei franzindo o cenho – Foi mais do que isso.


 


 


-Vai dizer que fizeram amor? Que bonitinhas! – Maite ria e balançava a cabeça.


 


 


-Estou falando sério Chee! – exclamei e sentei de lado, abri a boca para tentar


explicar, mas não tinha palavras o suficiente – Merda, foi tão perfeito! Eu não sei como


dizer May, mas... É como se ela me dissesse que me amava de todas as formas


possíveis e impossíveis. Era como se estivéssemos ficando completas.


 


 


Suspirei, corei, suspirei mais uma vez e sorri toda boba apaixonada. Maite me


encarou primeiro incrédula, mas ao perceber minha real situação começou a rir.


 


 


-Tudo bem, se você diz eu acredito – ela deu de ombros ainda com ar de riso – Mas


deve ter sido bem intenso, a Anahí ainda está dormindo.


 


 


-Eu não a culpo. Ela sofreu tantas emoções nas últimas horas – disse olhando em


direção ao quarto dela – Mas acho que está tudo bem agora, e se não estiver eu vou fazer


ficar.


 


 


-CANDY!


 


 


Isso era Anahí gritando zangada do quarto. Saltei do sofá imaginando o quanto ela


deveria ter ficado chateada por acordar e não me encontrar ao seu lado. Eu teria ficado


bastante emburrada no lugar dela.


 


 


-Vai lá cachorrinho, sua dona ta chamando – Maite provocou rindo.


 


 


Revirei os olhos enquanto ia para o quarto em passos largos. Quando entrei, Anahí


estava colocando uma blusa sobre o corpo, usando apenas uma calcinha box preta. Mordi


o lábio inferior com aquela visão. A filha de Zeus virou o corpo finalmente me encontrando,


os olhos azuis me encararam em evidente descontentamento, mas antes que Anahí


dissesse algo eu corri em sua direção pulando em seu colo. Como um reflexo perfeito, ela


segurou o meu corpo rapidamente, me deixando envolver a cintura com as pernas me


prendendo nela. Sem dar tempo para que ela processasse o que estava acontecendo de


fato, segurei aquele lindo rosto entre minhas mãos e a beijei com toda a minha vontade até


o meu fôlego acabar.


 


 


-Boa tarde, meu amor – murmurei toda ofegante quando o beijo teve o fim.


 


 


-Boa... – ela respondeu desnorteada, os olhos azuis me fitando encantadores... Até


parecer lembrar-se de algo e logo Anahí estava rosnando baixinho – Onde estava?!


 


 


-Maite apareceu no quarto – expliquei me sentindo culpada, perdendo meus dedos


nos fios claros do cabelo dela enquanto o acariciava – Não queria acordar você, assim


que terminasse de falar com ela eu ia retornar.


 


 


-Como se eu fosse continuar dormindo sem você.


 


 


Ela estava ali, toda zangada e com um princípio de bico naquela boca tentadora, por


não conseguir mais dormir porque eu tinha saído de seu lado. Isso era tão patético e


apaixonante que meu tolo coração estava ali, disparado e todo contente com isso.


 


 


-Que tal assim – comecei a propor começando a sorrir sem conseguir parar mais –


Vamos tomar banho, nos arrumar e comer lá na casa de minha mãe. Você deve estar


morrendo de fome.


 


 


-Vai tomar banho comigo? – ela indagou arqueando as sobrancelhas.


 


 


-Vou sim – dei um selinho rápido – Mas só banho! Estou morrendo de fome.


 


 


-Ah, eu também estou morrendo de fome – Anahí sorriu toda safada – Você não faz


ideia do quanto estou faminta.


 


 


Eu descobri minutos depois, assim que passamos pela porta do banheiro. Bastou


ficarmos nuas para que o propósito do banho fosse completa e totalmente esquecido.


Porque minhas mãos não se contentaram em apenas ensaboá-la, ou a culpa seria dela por


não conseguir manter a boca afastada da minha. Foi provavelmente o banho mais


demorado de minha vida, mas eu não estava reclamando de forma alguma.


 


 


Apenas umas duas horas depois estávamos em minha casa. Blanca me deu uma


pequena bronca por ter passado tanto tempo sem dar notícias e Maite não perdeu a


oportunidade para fazer piadinhas subliminares de que eu e Anahí estávamos fazendo


coisa errada. 


 


 


Claro que o simples fato de nós duas termos ficado extremamente


vermelhas nos entregava prontamente, mas era totalmente constrangedor ter sua mãe


sabendo que você tinha sexo com sua namorada. Um sexo maravilhoso e divino, mas isso


ela também não precisava saber.


 


 


-Estou cansada de ficar em casa! – Maite exclamou saltando do sofá – Nós vamos


sair.


 


 


Eu estava muito bem acomodada entre as pernas de Anahí, meu corpo recostado


no dela enquanto assistíamos televisão. Minha mãe estava no quarto escrevendo seu livro


e tudo parecia... Normal.


 


 


-Aquieta o fogo May – Anahí resmungou – E sai da frente, está na melhor parte do


filme.


 


 


-Anahí, só tem coisas explodindo! – Maite reclamou.


 


 


-Exatamente! Tem coisa melhor do que isso? – Anahí se mexeu para tentar ver a


cena.


 


 


-Vamos sair todo mundo Annie! – Maite insistiu – Nós agora podemos, por causa dos


itens que Miley enfeitiçou.


 


 


Como que para enfatizar a fala, Maite tirou de dentro da blusa o pingente em forma


de caduceu que estava em uma corrente dourada. Prontamente minha mão foi para o meu


próprio pingente em forma de rosa negra. Miley havia me dado o meu colar assim que o


ritual tinha sido finalizado. O cordão de ouro e a lágrima parecia ainda fazer certo efeito no


item... Mas que tipo de efeito nem mesmo a filha da magia sabia prever.


 


 


-Temos de entregar os de Laur e Mila – lembrei a Anahí – E eu tenho de agradecer


a elas por ficarem de olho na minha mãe enquanto estávamos fora.


 


 


-Vou ligar para os meninos – Maite sorriu grande.


 


 


-Já tem o número do Poncho, May? – Anahí sorriu travessa – Quando vai ser o


encontro?


 


 


-Que encontro? – Maite se fez de desentendida.


 


 


-Olha só, não vai ter encontro? Já vai pular encima dele? Não sabia que você era


dessas Maite Perroni!


 


 


Minha amiga jogou uma almofada em Anahí que eu tive de desviar para não acertar


em mim. Depois de um ataque de risos por Maite ter ficado sem jeito, algo que acontecia


raramente, finalmente fui me arrumar para sair. Anahí foi fazer o mesmo, tendo de ir para


casa para isso.


 


 


Eu sabia que em algum momento a tempestade iria vim, por isso queria aproveitar


aquele tempo de calmaria. A qualquer momento Ariana poderia aparecer com o Ucker


finalizando a parte da missão deles. Ou qualquer coisa poderia simplesmente explodir em


nossa cara, nos colocando em um perigo mortal. Tudo era possível na vida de um


semideus e eu tinha aprendido isso na maneira mais prática possível.


 


 


Porém eu estava em uma felicidade sublime. Iria ter um tempo de diversão com


meus amigos e com minha namorada. Não queria admitir que o meu mundo se resumia


apenas em Anahí... Mas foi pensando nela que eu peguei a minha melhor roupa de frio, já


que a neve ainda tomava conta de toda Nova York. Um vestido de cores claras que ia até


um pouco acima do meu joelho. Meia-calça e botas escuras próprias para o inverno, pois


elas eram quentinhas. Uma jaqueta e cachecol, finalizando com uma maquiagem sutil.


 


 


Já era noite quando finalmente tinha terminado. Estava terminando de me olhar no


espelho, passando os dedos pelo meu cabelo que preferi deixar solto quando minha mãe


entrou depois de dar duas batidas na porta. Blanca olhou-me com um sorriso brincando em


seus lábios.


 


 


-Você está linda Dul – ela elogiou orgulhosa – Nem parece àquela menina


desengonçada e atrapalhada do ano passado.


 


 


-Por favor, mãe – revirei os olhos e dei um giro – Acha que a Anahí vai gostar?


 


 


-Do jeito que ela te olha até quando você está com uma roupa velha e cabelo


embaraçado, sei que ela vai te achar linda de qualquer jeito!


 


 


-Você anda demais com a Maite mãe – reclamei fazendo beicinho – Estou falando


sério!


 


 


-Ok – Blanca se aproximou, mexeu em meu cabelo e segurou em meus ombros


sorrindo grande – Eu tenho certeza que quando ela bater aqueles olhos azuis esverdeados em você


eles vão brilhar de tão deslumbrados que vão ficar.


 


 


Não pude deixar de corar e sorrir bobamente com aquilo. Tudo bem, o mundo estava


correndo risco de acabar em um eterno inverno. O quão egoísta eu estava sendo de


priorizar aquele calor tão gostoso que o amor estava me proporcionando?


 


 


-Eu deveria me preocupar com esse relacionamento de vocês – Blanca disse de


repente, me fazendo franzir o cenho e morrer o sorriso – Vocês são tão jovens, tem tanto


para viver pela frente! Em um momento poderiam descobrir que era apenas o primeiro


amor, que deveriam seguir caminhos separados e---


 


 


-Não! – eu me afastei fazendo uma expressão de indignação – Mãe, eu e a Anahí


não vamos nos separar!


 


 


-Por isso disse que eu deveria me preocupar, mas não me preocupo. É quase


palpável o que vocês têm e é assustador para quem ver, porque vocês mal deixaram de


serem crianças.


 


 


-Mãe, eu não sou mais criança!


 


 


-Sei que não – ela suspirou e ficou meio chorosa – Mas é difícil para uma mãe


admitir isso e ainda mais saber que você cresceu perante perigos que eu não posso


proteger.


 


 


-Ah mamãe...


 


 


Corri para seus braços e a apertei contra mim sabendo que tanto ela quanto eu


precisávamos disso. Blanca representava mais do que minha mãe, ela era o meu lado


humano, o meu porto seguro para a “normalidade”. Depois de vários minutos ali recebendo


e dando carinho, escutamos a campainha ressoar por toda a casa diversas vezes,


provavelmente sendo Maite impaciente como sempre.


 


 


Quando sai de casa eu não pude evitar meus olhos percorrendo toda a minha


namorada, minhas bochechas coradas perante aquela figura tão bela e um sorriso


presunçoso por saber que aquela beldade era minha. Anahí usava uma calça preta muito


justa, acentuando ainda mais aquelas pernas torneadas que tinha. Seus velhos coturnos


foram substituídos por novos em um estilo mais teen. 


 


 


A blusa branca tinha um decote


discreto, mas que apertava no busto deixando claro que seus seios eram perfeitos. Para


completar ela estava com o sobretudo que tinha ganhado lutando contra o Leão de


Neméia. O cabelo solto esvoaçava com o vento, fios escuros roçando em seu rosto


enquanto os lábios pintados de vermelho sorriam para mim. Puta merda, aquele batom


vermelho era enlouquecedor!


 


 


-Parem de se comer com os olhos – Maite exasperou e nos empurrou – Vamos que


eu já combinei com todo mundo, vamos para o Central Park!


 


 


Anahí revirou os olhos, cumprimentou minha mãe e acatou prontamente a sua


ordem de me trazer para casa antes das dez horas da noite. Revirei os olhos e tratei de


pular para o Audi de Maite. Anahí foi atrás, fazendo altas caretas enquanto eu e Maite


cantávamos a plenos pulmões as músicas pop que tocava na rádio sintonizada.


 


 


Eu estava mais animada do que nunca estive em minha vida. Apesar de o motivo ser


extremamente bobo, essa era a primeira vez em que sairia para fazer um programa normal


com um grupo de amigos. Parecia distante a época em que meu maior medo era o de não


ter ninguém, de continuar dando problemas pra minha mãe e continuar nos mudando. Mas


agora era totalmente diferente. Meu mundo estava virado de cabeça para baixo, mas


nessa minha nova realidade eu tinha algo extremamente precioso: pessoas em que eu


poderia confiar.


 


 


Chegamos ao Central Park encontrando casais e famílias curtindo o final da tarde na


paisagem de inverno. Crianças corriam de um lado para o outro com gorros na cabeça,


jogando bolas de neve ou montando bonecos. Casais caminhavam lado a lado, sorrisos


calorosos enquanto andavam bem perto por conta do frio que fazia. Claro que Lauren e


Camila eram um desses casais. Elas estavam de braços entrelaçados nos esperando perto


do lago de patinação.Assim que Lauren avistou Anahí, a filha de Afrodite não hesitou um segundo em


correr em sua direção e se jogar em seus braços, quase a derrubando. Camila ria da


espontaneidade da namorada enquanto Anahí xingava Lauren, recebendo uma


sequência de tapas apenas por ter insinuado que a garota estava gorda. Os garotos não


demoraram a aparecer, Maite tentando inutilmente esconder a animação quando Poncho


apareceu agitado e feliz.


 


 


Foram horas surpreendentes e com uma novidade que ninguém esperava.


Conseguimos aproveitar sem que nada explodisse, ou se transformasse em um monstro.


Era tão mais fácil imaginar que em algum momento o Apocalipse iria começar que quando


notei que o tempo havia passado de maneira segura, foi extremamente diferente. Nós


brincamos, rimos, nos provocamos. Anahí estava mais solta do que nunca, rindo das


besteiras, fazendo coisas idiotas e ficando extremamente competitiva com Maite em quase


tudo o que era feito.


 


 


Não ficamos como um casal chato que se separava do grupo. Entretanto havia


momentos em que as orbes azuis claras dela se colidiam com o meu olhar e por minutos


completos ficávamos fora de ar. Era simplesmente assim quando a sua alma gêmea lhe


fitava com tamanha felicidade estampada em olhos brilhantes e sorriso esmagador.


 


 


-Hoje foi um dia importante – Troy disse de repente.


 


 


Estávamos todos ao redor de uma mesa enorme mesa de piquenique, jantando


deliciosos e quentinhos cachorros-quentes. O filho de Atena encontrava-se em uma ponta,


seu olhar era sempre audacioso, mas dessa vez tinha um brilho diferente.


 


 


-Fala logo – Alfonso disse impaciente com o suspense que o amigo fazia.


 


 


-Tivemos um dia normal – Troy explicou e sorriu grande – Sinto que poderia lutar por


mais momentos assim. Não somos idiotas de não saber que em um momento tudo vai


explodir em nossa cara. Mas quando explodir, eu vou lutar para manter o mundo a salvo


para que eu possa repetir um dia como esse. Faz sentido não faz?


 


 


-Você é um fofo – Mila comentou olhando para ele como se fosse uma encantadora


criança pequena dizendo algo incrível.


 


 


-Eu entendo – Laur falou passando um braço ao redor do ombro de Mila – Com


esses itens novos, a nossa vida vai mudar muito. Temos de salvar o mundo para poder


aproveitar essa novidade, não é?


 


 


-Vamos terminar o ensino médio, deuses! – Maite choramingou aliviada,


dramatizando a sua expressão – Mal vejo a hora para ir às festas da universidade!


 


 


A conversa começou a girar em torno de um possível futuro. Não era tolice sonhar


com aquilo quando tinha uma verdadeira batalha épica para acontecer. Aquilo era


alimentar algo tão crucial para a nossa vitória que fez daquele dia de uma importância


imensurável. Estávamos criando sonhos e esperanças de um futuro melhor.


 


 


-E o que Portiñon vai fazer? – Laur virou para mim e Anahí.


 


 


Estávamos uma do lado da outra, nossas mãos entrelaçadas e minha cabeça


repousava no ombro da filha de Zeus enquanto observava toda a interação com um sorriso


suave na boca. Até o momento em que Lauren jogou a pergunta em nossa direção, me


fazendo olhá-la com cenho franzido.


 


 


-Portiñon? – repeti confusa.


 


 


-A junção dos sobrenomes de vocês – Mila explicou sorrindo – Assim como nos chamam


de Camren.


 


 


-Isso é tão idiota – Anahí revirou os olhos.


 


 


-O que vão fazer depois que essa loucura acabar? – Lauren insistiu – Agora são


um casal, almas gêmeas e bla bla bla.


 


 


-Ser um casal faz diferença? – Anahí encarou a amiga com as sobrancelhas


erguidas.


 


 


-Claro que faz – Lauren sorria cada vez mais ao olhar para Mial – Nós, por


exemplo, vamos morar juntas.


 


 


-Vamos? – Mila indagou completamente confusa.


 


 


-Claro que sim! – Laur falava ficando animada – Você sempre quis ter um negócio


próprio, pequeno e elegante, vamos nos formar e vamos poder nos virar como pessoas


independentes. Dividir as despesas tornar as coisas mais fáceis, ainda mais quando é com


a pessoa que você ama. Então isso nem entra em pauta, vamos morar juntas e pronto!


 


 


-Agora entendo porque vocês duas são amigas – murmurei para Anahí – São


ambas mandonas.


 


 


Camila nada respondeu, apenas envolveu-se em Lauren e a beijou sem medo da


impressão que iriam causar. Eu vi o sorriso rápido se formar nos lábios da filha de Afrodite


antes de retribuir ao gesto apaixonado de sua namorada. Suspirei toda boba, voltando a


deitar a cabeça no ombro de Anahí abalada com tanta fofura.


 


 


-Não vai fugir Portilla! – Lauren exclamou exaltada assim que o beijo terminou,


quase assustando Mila – Fale seus planos, deve ter algum nessa altura.


 


 


-Tenho – Anahí disse em descaso – Mas não diz respeito a ninguém aqui.


 


 


-Deixa de ser chata Annie – May alfinetou – Pensei que a Dulce estava te deixando


mais mansa.


 


 


-Deixem ela – parti em defesa assim que notei todos olhando para minha namorada.


 


 


-Vai amarelar de dizer Portilla? – Poncho desafiou.


 


 


-É algo bem simples na verdade – Anahí bufou e eu a olhei curiosa – Eu vou estar


com a Dulce. Fim.


 


 


-Isso até nós sabemos – Troy ria negando com a cabeça.


 


 


-Não gosto de pensar muito no futuro, porque nunca fui de esperar muito por um – a


filha de Zeus ficava cada vez mais tímida – Para mim ficar com a Dulce é mais do que o


suficiente, é necessário. Se vou estar com ela, sei que vou estar dando o melhor de mim


em todos os sentidos.


 


 


-Em todos os sentidos? – Mila repetiu deixando Anahí ainda mais acanhada.


 


 


-Sim. Porque ela merece o melhor de mim, apesar de conhecer todo o meu lado


ruim.


 


 


-Puta que pariu, eu vivi o suficiente para ver a Anahí Portilla sendo uma idiota


fodidamente apaixonada! – Lauren estava quase gritando.


 


 


Aquilo quebrou todo o lado sem jeito de Anahí e despertou o bravo e irritado que


todos conheciam. Claro que Lauren começou a correr pelo parque enquanto Anahí a


perseguia xingando, recebendo olhares desaprovadores dos pais que estavam ali


presentes. Eu apenas para sacanear por terem tirado uma com a minha menina, a


deixando sem jeito apesar de ter sido a coisa mais fofa, fiz crescer uma raiz no caminho de


Lauren a fazendo tropeçar.


 


 


As duas foram nada discretas, Anahí obrigava Lauren a dizer coisas ou senão a


faria comer a neve do chão, com pedaços de terra que acompanhavam o punhado em sua


mão. Poncho filho de Ares como era, não parecia querer ficar fora daquela disputa, então fez


uma bola de neve e jogou contra a filha de Zeus com força suficiente para fazer com que


ela perdesse o equilíbrio.


 


 


Uma verdadeira guerra então começou. Nós chamávamos a atenção em demasia,


seja por estarmos agitados e em grupo grande, seja por lançarmos bolas precisas e


poderosas, ao mesmo tempo que nos movimentávamos com maestria e golpes difíceis, por as vezes no esquivarmos das bolas de neve, ou então fazermos manobras para joga-las, esse momento foi ótimo pra acalmar um pouco o espírito de guerreiros que havia em nós, afinal somos semi-deuses. Eu


sabia que aquele dia não foi único apenas para mim, mas para cada um de nós.


 


 


Outros dias assim poderiam se repetir. Nós só precisávamos derrotar uma deusa


vingativa e abandonada. Resgatar a minha mãe, que era a Rainha do Submundo e deusa


da primavera... E claro, retornamos vivos.


 


Notas da Autora


 


Bom meus amores, espero que estejam gostando, e peço que comentem, gosto de interagir com vocês, bejoss



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Autor(a): AnBeah_Portinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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