Fanfics Brasil - Liderança nata The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: Liderança nata

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Pov Dulce



O Acampamento Meio-Sangue estava em luto. Ninguém usava as camisetas
laranjas, o preto e o jeans predominavam a pequena população de semideuses que permaneciam durante o ano no que deveria ser o lugar mais seguro para nós. Até mesmo as ninfas choravam pela perda de Camren. Lauren com seu jeito extrovertido e encanto natural de filha de Afrodite sempre foi admirada pelos outros. Camila sempre tão prestativa e
meiga que fazia amigos em um piscar de olhos.



Era como se a qualquer momento Lauren fosse passar pela Colina gritando que era uma pegadinha e rindo das nossas caras, Mila sorrindo ao seu lado divertida com a situação. Mas isso não iria acontecer, elas morreram, uma salvando e a outra se vingando. Um final dramático e que causava um estado negro em todos nós. Entretanto quem havia mudado terrivelmente era Anahí.



Meses atrás Anahí era temida só por estar passando pelos corredores da nossa antiga escola. O jeito prepotente marcava seus passos, os olhos com um traço de liderança e superioridade mantinha todos afastados. Porém o jeito em que ela se encontrava agora era mil vezes pior. A filha de Zeus se fechou de um modo que nem mesmo eu poderia ler sua expressão, pois esta era ainda mais fria do que o inverno que castigava a terra. Seus olhos era intensos, raivosos, emitindo uma aura tão assustadora que qualquer um engolia em seco só de olhar para ela.
Em todo o caminho Anahí permanecera quieta. Braços cruzados, olhar para a janela. Ela não me afastava do seu lado, mas também não me mantinha. A sensação de
que Anahí se afundasse em uma espécie de sentimento escuro me assustava e preocupava terrivelmente.
O ponto de estresse culminou quando fomos para a praia prestar
homenagens a Mila e Laur. Duas lindas jangadas sendo armadas e incendiadas em pleno pôr do sol. Era
algo lindo e triste, simbolizando a partida de duas pessoas que todos amavam e que se amavam. Todos choravam ou fungavam, não importando de quem filho era, aquela não era a primeira morte a acontecer por conta de Despina. E agora a sensação de que não seria a última beijava a nossa nuca como se Thanatos fosse o nosso amante.



Mas Anahí não chorava. Seu queixo estava erguido, maxilar travado, olhos
imponentes encarando o horizonte ignorando a todos ao seu redor. Inclusive a mim. Ela estava fria, distante, amedrontadora.



-Isso não era para acontecer – Christopher fungou passando a mão nos olhos vermelhos.



-Ela escolheu assim – Anahí disse, sua voz sendo escutada e ao mesmo tempo parecendo ser murmurada.



-O que você quer dizer com isso? – Arin, líder do chalé de Hermes, tinha retornado quando o inverno tinha piorado, assim como alguns outros semideuses – O que realmente
aconteceu?



-Um gigante de gelo saiu do chão – Maite explicou para o meio-irmão, sua voz rouca por conta do choro – Mila salvou Laur de um carro que deslizava. Lauren derrotou o monstro se jogando com ele no buraco.



-Eram quatro semideuses contra um monstro! – Arin gritou transtornado – E vocês não se consideram os fodas? Os mais fortes? – nesse momento ele me encarou – Eu aposto que o monstro estava indo atrás de você, Sav----



Arin não conseguiu terminar de destilar o seu veneno. No segundo seguinte Anahí estava à frente dele, sua mão fechando sobre a garganta do garoto negro e o sufocando a ponto de fazê-lo engasgar pela falta de ar. Mais que isso, Anahí o ergueu do chão
facilmente, o segurando apenas daquela forma como se estivesse levantando um pequeno peso.



-Você não estava lá – ela falava baixo, mas o seu tom feroz era nítido em cada palavra despejada – Você não sabe o inferno que foi. Então mantenha a sua língua dentro da boca ou eu mesmo arranco ela de você puxando com minha própria mão.



O garoto segurava no braço de Anahí tentando se soltar, se debatendo em pleno ar enquanto muitos estavam assustados demais para reagir. Arfei sem conseguir acreditar que aquela era a minha Anahí, aquela doce garota que dizia me amar com tamanho
carinho que me derretia por dentro. Eu fui a primeira a avançar, tocando o ombro dela e sussurrando no ouvido dela.



-Solte ele Nah – pedi tremula – Já chega de brigas por enquanto.



Ela prontamente abriu a mão e Arin caiu desastrosamente no chão, se encolhendo enquanto buscava ar desesperadamente. Maite e Ucker correram para ajuda-los. Quíron galopou para perto, mas antes que ele se aproximasse Anahí simplesmente deu as costas e saiu dali sem demonstrar nenhum remorso ou qualquer tipo de emoção.



Eu a observei tremendo, sem saber o que fazer diante daquela nova Anahí. Senti uma mão em meu ombro, olhei para o lado e me deparei com Ariana tristonha e séria. Ela fez apenas um gesto de cabeça, um pedido mudo para que eu a seguisse e assim o fiz. A
filha de Hades apenas me levou para um lugar mais afastado, assim poderíamos falar com um pouco mais de privacidade.



-Eu sei o que a Anahí está pensando – Ariana comentou de forma direta – Porque seria a mesma coisa que eu pensaria.



-O que? Por favor, Ari! – implorei.



-Ela vai se fechar completamente para os outros – Ariana suspirou – Demonstrar sentimentos agora é sinal de fraqueza. Ela viu três amigos morrerem e não conseguiu fazer nada, provavelmente está se sentindo imponente e vai fazer de tudo para demonstrar o contrário. Mas ela pode se afundar nisso de um jeito sinistro Dul, você tem de ser o porto seguro dela.



-Ela não pode ficar assim, eu sei que está sofrendo e---



-Não, você não sabe – Ariana me cortou gentilmente e umedeceu os lábios antes de continuar – Você pode ter uma noção de tudo o que ela já passou Dul, mas sentir é uma coisa completamente diferente. A história de Anahí é barra pesada e ela vai reagir da forma que aprendeu a fazer. Atacar antes de ser atacada. Mas isso de certo modo é uma coisa boa.



-Como isso pode ser bom Ariana?!



-Precisamos de um líder. Um que consiga pensar com clareza, que saiba lidar com as situações difíceis. Esse alguém é a Anahí, porque ela já passou por coisas piores até mesmo do que eu. Tomando essa postura, ninguém irá duvidar de seu julgamento porque
ela vai necessitar fazer a coisa certa. Portilla é impulsiva na maior parte do tempo quando tem os sentimentos a flor da pele, mas quando os controla e toma essa face? Dul ela fica
realmente poderosa.



Era como um paradoxo. Anahí se transformaria na frente das pessoas, tornando-se aquele ser frio e amedrontador. Mas Ariana colocava isso como necessário para o nosso
futuro, e de certa forma eu entendia, pois um líder não poderia fraquejar em uma guerra ou perder a noção das coisas em surtos. Foi inevitável não lembrar o quão desesperada eu
fiquei de ver minha mãe em fogo de batalha, não conseguindo pensar em outra coisa que não fosse coloca-la em segurança. Mal lembro de como a Anahí ficou, dívida entre ir ajudar Lauren e de nos salvar. Mas no fim ela fez a escolha, engolindo todos os
sentimentos e só tendo o seu momento quando estávamos seguras.



-Mas você não pode deixa-la se afundar nisso – Ariana comentou – Porque ela pode se perder facilmente nesse caminho.



-O que eu faço? – indaguei insegura.



-Isso eu não sei – a filha de Hades abaixou os ombros – Acho que deve ir lá falar com ela, você a conhece melhor do que ninguém aqui. Boa sorte, Dul.



Depois de jogar essa bomba de responsabilidade em mim, Ariana saiu indo para perto de Ucker, Troy e Poncho. Soltei um longo suspiro, encarando o céu cada vez mais
escuro com a chegada da noite.



Acuada, segui em direção ao chalé de Zeus apenas para encontra-lo vazio. Franzi o cenho imaginando onde Anahí estaria... O que não demorei muito em descobrir. Segui em passos lentos em direção ao Punho de Zeus, tentando
formular em minha mente o que eu deveria fazer ou dizer para a minha namorada. Mas tudo era tão confuso que eu não sabia nem como pensar naquilo. Foi um pequeno alívio quando a encontrei escorada na pedra. O cigarro de menta entre os lábios cheios enquanto sugava a fumaça de maneira despreocupada. O rosto encarava o céu ignorando o mundo ao seu redor. Ela estava com um ar terrivelmente
misterioso e poderoso, trajando roupas completamente escuras.



-Você pode se aproximar sabia? – ela falou sem me encarar, sua voz saindo mais rude do que eu estava acostumada.



-Como sabe que eu estava aqui? – indaguei por curiosidade e tentando arranjar tempo para mim.



-Seu cheiro – a resposta veio indiferente.



Mordi o lábio para conter um suspiro e mostrar o quanto eu estava vulnerável
perante essa nova Portilla. Aproximei a passos hesitantes, parando a menos de um metro de distância da garota. Anahí abaixou o olhar, cravando aquelas enormes orbes azuis em mim. Tão cristalinas quanto indecifráveis, o olhar de Anahí permaneceu nos meus por longos segundos. Era como se ela me desafiasse a fazer alguma coisa,
como se soubesse exatamente como me intimidar.



Mas Anahí Portilla nunca me intimidou antes, não seria agora que ela iria fazer. Respirei fundo, ergui o queixo e endireitei a postura. Anahí arqueou uma sobrancelha notando a minha mudança. Em um movimento rápido peguei o cigarro dela que estava
pela metade. Ela já abria a boca para reclamar provavelmente pensando que eu o jogaria fora, mas contrariando as expectativas o levei aos lábios e o traguei timidamente. A fumaça adentrou em minha boca causando um gosto estranho. No segundo seguinte eu estava tossindo fracamente, completamente desacostumada com esse tipo de coisa.



-Idiota – Anahí falou baixo, mas quando a fitei havia ali bem escondido um sorriso de canto – O que está fazendo?



-Dizem que cigarro relaxa, não entendo como – fiz uma careta – Não sei como gosta tanto disso.



-Você fez errado – ela revirou os olhos – Mas não quero que fume. Isso não é para você.



-Oh, isso é só algo que a Potilla pode ter? – emburrei prontamente.



-Sim – Anahí levou o cigarro a boca, sugou sem tirar os olhos de mim e assoprou de uma maneira sexy – Combina mais comigo do que com você.



-Então serei obrigada a experimentar de outra forma.



Surpreendendo a mim e a ela, a segurei pelo colarinho da blusa preta e a puxei em um único movimento. No segundo seguinte minha boca estava sobre a dela, o lábio inferior dela entre os meus em uma pressão gostosa. Anahí demorou a reagir, os olhos azuis esverdeados abertos em uma surpresa, nem mesmo eu tinha fechados os meus. Mas foi perceptível a rendição dela. O suspiro contra meus lábios, o gesto de deixar o cigarro cair para poder me segurar pela cintura, os ombros mais soltos. E a boca começando a mover-se sobre a minha. Só então fechei meus olhos e deslizei minha língua, realmente ansiosa para sentir o gosto de tabaco e menta diretamente daquela boca.



Ali estava a minha Anahí novamente, beijando-me lentamente e me envolvendo em seus braços. Ela estava ali, ao mesmo tempo em que se formava outra pessoa. Uma guerreira que se preparava para a guerra.



-Narrí – murmurei contra seus lábios – Nós sempre soubemos que íamos cair em alguns momentos.



Ela afastou, seus olhos assumindo aquele brilho defensivo e frio. Suspirei e acariciei o seu rosto com uma mão.



-Eu vou ser seu suporte para levantar, Anahí – falei calma, mas firmemente – Não importando essas consequências desse levantar. Vamos fazer isso juntas.



-Não quero que fique igual a mim Candy – ela admitiu – Não será algo bonito. Eu não poderei ser fofa, meiga, romântica... Isso é sinal de fraqueza para os outros.



-Será comigo, apenas comigo – a fitei determinada – Mas na frente dos outros, seremos imbatíveis. Porque vamos vingar nossos amigos, porque vamos proteger qualquer tipo de futuro que vamos ter. Mas vamos fazer isso juntas, você não precisa ficar só nesse
caminho. Deixe-me enxergar você quando ninguém mais puder.



Anahí me fitou daquele jeito intenso que fazia minhas pernas tremerem. Não por ser carinhoso ou algo do tipo, mas por ser aqueles olhos azuis absurdamente intimidadores e que mesclavam todo o tipo de sentimento. Sabia decifrar cada um deles, assim era muito fácil me perder naquele olhar e até mesmo esquecer de como se respira.



-Você é definitivamente meu ponto fraco – Anahí disse por fim, tocou meu queixo e suspirou – Mas é ainda mais o meu ponto forte.



-Eu sou incrível – murmurei para quebrar o clima tenso.



Ela sorriu brevemente, mas sorriu. O peso do luto ainda estava a nossa sombra. A perda de duas pessoas tão incríveis apenas anunciava que o próximo podia ser qualquer um. Anahí segurou em minha mão e nós caminhamos de volta para o chalé.



(...)



Estávamos todos nós reunidos em torno da fogueira, alguns sentados em cadeiras, outros no chão ou em pé. Quando digo todos, me referia a todos os que aceitaram participar dessa loucura de alguma forma. Ucker e Ariana estavam sentados mais
afastados das chamas, era notório o quanto a amizade deles cresceram depois que partiram em uma missão juntos. Demi estava conversando animadamente com Angelique e
Maite, sentadas próximas da fogueira. Poncho e Troy dialogavam estratégias com Quíron, afinal ambos eram filhos da guerra mesmo que tão diferentes. Miley se aproximava de mim e de Anahí, eu e minha namorada estávamos sentadas sobre um tronco caído. Ela com aquela nova postura impenetrável, eu observando a todos pensando em como eles eram idiotas e corajosos de arriscarem a vida para estarem ali.



-Ally não poderá vim – Miley falou sentando do outro lado de Anahí, a uma distância segura – Segundo ela, está em um trabalho importante e que depois se explicaria.



Anahí apenas a olhou de canto e manteve a sua postura. Era difícil vê-la tão séria e indiferente, tão inabalável. Mas isso dava uma postura confiante, mesmo que Anahí não soubesse o que fazer, enquanto se mantivesse desse jeito, seria difícil discordar de qualquer coisa que ela diga.



-Já que estão todos aqui, vamos começar? – Maite propôs chamando a atenção de todos depois de bater palmas fortemente duas vezes – Onde está o cavalinho?



-Árion – Ucker a concertou fazendo uma careta de desgosto – E ele não é um cavalo qualquer!



-Se apaixonou por ele Ucker? – Poncho provocou.



-Deixe de provocação – Ariana se intrometeu lançando um olhar típico de filha de Hades, fazendo com que o filho de Ares recuasse – Foi realmente complicado conseguirmos isso.



-Conte-nos como foi – Anahí pediu em um tom calmo que disfarçava a ordem.



-Primeiro tivemos de encontrar a filha de Plutão – Ariana começou a contar e fez uma careta – Tivemos problemas típicos no caminho. Monstros menores, mas em grande quantidade, eles estão se mobilizando.



-Quando a encontramos, ela nos explicou que Árion só aparecia quando queria, mas que sabia um truque ou dois para que o atraísse – Ucker continuou por ela – Então quando ele veio foi uma conversa muito estranha.



-Você discutiu com um cavalo – Maite não conteve a zoação da vez.



Dessa vez até mesmo Ariana soltou um risinho rápido, o que provava que a situação foi mesmo estranha. Ucker deu de ombros e passou a mão no cabelo engraçado que tinha antes de continuar.



-Ele é orgulhoso e independente. Para resumir, ele vai nos ajudar, mas eu tive de oferecer algo em troca – os ombros dele caíram em desanimo – Quíron, não brigue muito, era necessário!



-Prometemos que daríamos uma grande quantidade de ouro para ele – Ariana ficou tensa – Mais especificamente do USBD....



Meus olhos se abriram em choque. Ela só podia estar brincando! O United States Bullion Depository (Depósito de Ouro dos Estados Unidos) era simplesmente um dos locais mais bem guardados e protegidos do país! Até mesmo Maite estava com uma cara
incrédula e espantada para a possibilidade de roubar o maior deposito de ouro que existia.



-Vocês conseguiram completar a missão – Anahí quebrou os segundos de silêncio que se formaram – Isso que importa no momento. Vamos por prioridades.



Nesse momento começou um burburinho ao mesmo tempo em que Arin e mais um outro semideus se aproximou pelo outro lado da roda, o completamente oposto ao de Anahí.



-Queremos ajudar – o outro rapaz se pronunciou.



-Quem é ele? – indaguei baixo olhando para Anahí e Miley.



-Brian, também é filho de Hermes – Miley respondeu no mesmo tom.



-É uma missão perigosa, garotos – Quíron se aproximou em um trote lento, seu rabo de cavalo balançando duas vezes.



-Sabemos disso – Arin disse confiante – Por isso queremos ajudar.



-É um perigo real – Troy reforçou – Três... Infelizmente caíram. O quanto são experientes lutando contra monstros?



Brian encolheu-se. Eu podia ver a boa vontade do garoto, mas seus olhos
denunciavam a inexperiência. Arin, porém, mantinha-se orgulhoso e de peito estufado.



-Talvez poderíamos usá-los como iscas ou escudos vivos – Anahí se pronunciou, seu tom frio e calmo, extremamente indiferente – É a única utilidade que teria para a missão.



-Eu sou o líder do chalé! – Arin resmungou dando dois passos.



-Porque Maite não quis assumir – Demi cantarolou disfarçadamente.



-Eu posso lidar com isso – Arin persistiu – Também sou bom como vocês.



-Não é questão de quem é mais forte, bom ou melhor – Anahí pronunciou
duramente.



Ela foi levantando de maneira até elegante, seus olhos estavam verdes e faiscavam. Aquele ar de superioridade a envolvia naturalmente. A filha de Zeus deu apenas três passos para ficar a menos de dois metros de distância do garoto negro.



-Eu não confio em você – ela falou simplesmente – Essa é uma missão que exige um grande número de pessoas que se transforme em uma única unidade. Se não puder confiar em você, não poderá fazer parte.



-E quem te elegeu a líder? – Arin desdenhou – Ariana é tão forte quanto, Ucker também é filho dos três grandes e fala com o cavalo mitológico. Miley tem a magia e a Demi é a melhor arqueira! Maite tem poderes melhores até mesmo que os meus. O que diabos você faz Portilla para poder ser a líder?



Foi quase imperceptível o tremer do corpo de Anahí. As mãos delas se fecharam em punhos e eu podia jurar ter visto estática percorrendo seus dedos. Mas ainda assim, ela se mantinha calma. Controlada.



-Eu voto na Portilla como líder – me pronunciei sabendo que era nesse momento que eu tinha de ser o suporte que ela precisava – Ela tem mais experiência do que qualquer um aqui em sobreviver.



-Também voto nela – Ariana ergueu até mesmo a mão.



Palavras não foram mais necessárias. Aos poucos cada um ia levantando a mão como se concordasse naquela votação improvisada, elegendo Anahí Portilla como líder da missão. Ela acompanhava cada erguer de punhos com certa satisfação no olhar, sabendo que estava certa ao dizer que poderia confiar em qualquer um ali.



-Não se humilhe mais ainda, Arin – Maite falou se aproximando do irmão – Recue, isso é maior do que sua necessidade de se provar.



-Ok! – ele ergueu as mãos com uma expressão magoada – Só espero que vocês não morram ou destruam o mundo!



Ele e Brian se afastaram, o garoto de ombros caídos sem nem ter tido como
argumentar. Maite tocou o ombro de Anahí e o apertou suavemente, como se para dar um apoio mudo que eu sabia que Anahí precisava. Quíron trotou para perto com um semblante cansado.



-Vocês devem partir logo ao amanhecer, não há muito tempo a ser perdido – ele disse e olhou para cada um – Eu queria poder fazer mais por vocês crianças. Mas estou orgulhoso do caminho que vocês fizeram até agora. Vocês não serão heróis quando
terminarem esta missão, pois vocês já são. Eu acredito em cada um de vocês e desejo que a sorte estejam ao lado de vocês a todo o momento.



Aquelas palavras pareceu atingir a todos de uma maneira boa. Meu coração disparava ao pensar que eu era uma heroína, como uma daquelas dos filmes ou livros que lemos de fantasia. Mas para receber um título como esse, tive de ficar no limite, quase enlouquecer e descobrir novas prioridades em minha vida. Aquele era meu novo mundo e eu iria fazer de tudo para mantê-lo.



-Christhopher – Anahí assumia mais uma vez a sua pose de líder – Você irá com o Árion, pelo que eu sei sobre sua lenda ele é realmente rápido. Eu sei... – por alguns segundos ela vacilou, mas logo seu queixo e sua voz ficava mais determinada – Eu sei que Christian criou um dispositivo de rastreamento, colocaremos ele no cavalo para que não nos percamos.



-Ele é realmente muito rápido – Ariana concordou – Podemos ir parando nas cidades ao redores das capitais para nos reagruparmos, somos um número grande e não há um veículo que caiba todos.



-Usaremos tudo o que temos – Anahí acenou com a cabeça gostando da ideia da filha de Hades – Dulce e você seguirão nos cães infernais. Maite, precisaremos de dois carros rápidos para o restante de nós. Poderá providenciar?



-Farei isso agora mesmo – Maite sorriu – Afinal a melhor hora para roubar é quando os idiotas estão dormindo. Ruas mais vazias, menos visibilidade, essas coisas.



-Alfonso, Troy – Anahí chamou – Poderão ir com ela? São dois veículos afinal de contas.



-Yes, sir! – Poncho bateu continência sorrindo.



-Ucker – Anahí virou para o primo, filho de Poseidon – Qual a localização afinal de contas?



-Ele disse que não sabe ao certo, que vai sentir quando chegar lá – Austin respondia – Mas que fica localizado no Alasca.



-Deuses – Quíron soltou parecendo preocupado – Não me surpreende. O lugar é onde os deuses tem menos influencia, é quase inexistente.



-Um bom lugar para se aprisionar uma deusa e construir um castelo de gelo – Miley ponderou.



-Peguem seus casacos de frio – Angel se pronunciou – Está aberta a temporada de caça a deusas!



A brincadeira conseguiu arrancar uma certa animação. Ninguém hesitava, ninguém se atrevia a pensar que não daria certo. Eu podia sentir que havia um forte sentimento coletivo de resolver aquela questão. Não pelos nossos egos, não para sermos os
salvadores. Mas para fazer valer a pena os sacrifícios que fizemos até agora. A morte de nossos amigos não seriam em vão, assim como o nosso futuro, seja ele qual for, irá existir
e se tornar o nosso presente.



Notas Finais



Quem gostou da nova Anahí? hehe. Para melhor entenderem, vou fazer uma relação de quem está indo para essa nova etapa: Anahí, Dulce, Maite, Angelique, Alfonso, Troy, Christopher, Ariana, Miley e Demi.


PS: vocês querem mais um capítulo hoje? Se sim, é só comentar, bjoos



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Autor(a): AnBeah_Portinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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