Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega
Pov Anahí
Eu estava começando a odiar o branco. Pois isso era a única coisa que nos rodeava por dias. Sim, dias que estavam se acumulando e formando semanas! Pois além de atravessarmos os Estados Unidos, tínhamos de passar pelo Canadá. A neve cobria
praticamente todo o país, o frio estava rigoroso em cada estado em que passávamos. Isso atrasava a locomoção com os carros para enfrentar as estradas perigosas por conta da anomalia climática. Fora os ataques e o fato de Árion ter “fugido” por dois dias apenas porque estava entediado.
Estávamos agora nos aproximando da divisa da Columbia Britânica e Yukon, último Estado a ser atravessado antes de entrarmos no território abandonado pelos deuses. Alasca. Eu não sabia o que esperar quando nos aproximássemos do inimigo. O perigo era gritante a cada segundo que se passava, mas a sensação de que tudo ainda poderia ficar pior era ainda mais forte.
Mas isso pouco me importava. Eu estava disposta a qualquer coisa para fazer a porra dessa missão ter algum sentido. Para que na primavera nós todos nos reuníssemos e prestássemos homenagens aos que se sacrificaram para que pudéssemos vencer. Nós iriamos vencer essa guerra, precisávamos dessa vitória. Ou eu iria enlouquecer. Era fácil deixar que meus novos instintos tomassem conta de mim. O peso de ver meus amigos morrendo despertou uma nova cadeia de pensamentos que me tornava mais
controlada. Mais fria. Mais severa. Mais determinada. Eu precisava ser algo além de Anahí Portilla, a garota problemática que tinha um passado triste. Então apenas abracei essa nova pessoa que o destino estava moldando.
-Eles não param de vir – Maite resmungou ao meu lado.
Agucei o meu olhar e não tardei a ver o que irritava a filha de Hermes. Do chão, brotava, literalmente, construtos de gelo. Miley havia explicado que eram criações de um determinado elemento que poderia tomar formas diversas, ao bel prazer do seu criador. Já tínhamos enfrentado uma horda de lobos de gelo, aranhas, coisas esquisitas que não poderíamos nem ao menos descrever e agora, bem ali, surgiam algo que eu poderia descrever apenas como esqueletos de gelo. Eram apenas cinco nascendo a metros de
distância. Seus corpos misturavam carne e osso, com partes de gelo maciço.
-Boyer, Perroni – chamei lançando um olhar para ambas – Conseguem resolver isso?
Angelique fez uma careta, mas logo estava retirando o cinto e o transformando em um chicote. Maite já tinha a adaga em mãos e avançava determinada, já experiente com
batalhas. Tínhamos saído apenas as três para rondar o perímetro do acampamento que tínhamos armado para passar a noite. Eu sabia que encontraríamos monstros, eles sempre apareciam agora, como se tentassem nos impedir ou retardar. Por isso tinha escolhido Angel para o grupo. Ela ainda era a que tinha menos experiência em batalha e nada melhor do que a prática e o perigo real para melhorar essa questão.
Elas batalharam. Maite lidando com dois esqueletos de gelo ao mesmo tempo enquanto Angel tentava manter a distância de um, já que o chicote era uma arma mais efetiva a uma distância considerável. As semideusas estavam indo bem, mas a desvantagem numérica se provou uma questão difícil. Angel finalmente derrubava o seu esqueleto e pisava com força em sua cabeça, esmagando o crânio. Mas atrás dela aparecia outro esqueleto de gelo, aplicando um chute que fez a morena cair de cara com a
neve. A filha de Afrodite virou o corpo em pânico. Maite gritou, mas não podia ajudar, estava lidando com o restante dos inimigos.
Eu observava friamente, esperando que Angel reagisse de alguma forma, que virasse o jogo. Mas o medo a imobilizava. Bufei baixo, posicionei melhor meus joelhos e virei meu corpo na direção deles. O esqueleto já começava a cair encima dela, as mãos
direcionadas ao pescoço dela. Controlei o vento assim que comecei a correr, o fazendo abrir caminho e me impulsionar por ele ao mesmo tempo. Em segundos eu estava ali, bem
ao lado deles. Levei a minha mão até a cabeça daquele monstro de gelo, o empurrando para trás e para baixo, o fazendo cair tão forte que o afundou na neve e produziu estalos de chão
rachando. O feitei sem nenhum pingo de piedade, fechei minhas mãos em punhos e aproveitei da minha força aprimorada para aplicar um golpe tão forte que fez meu ataque quebrar a caixa craniana, afundando minha mão por dentro daquela cara feia.
Levantei a tempo de ver Maite derrotando o que restava. Limpei a mão em minha calça e já estava girando para poder retornar o acampamento... Quando senti mãos firmes me empurrando furiosamente para frente. Abri os olhos em choque, virando meu corpo bruscamente para encontrar uma Maite puta da vida.
-Porque você não a ajudou quando ela caiu?! Angel quase se machucou de verdade! – Maite esbravejou apontando o dedo em minha direção.
-Ela tem de aprender a se virar sozinha – expliquei ajeitando o meu casaco de Leão de Nemeia – Ou ela sempre vai ser fraca, uma simples filha de Afrodite que deveria ficar folheando revistas de moda do que salvando o mundo.
Eu notei o quanto as minhas palavras atingiram Angelique. Ela abriu seus olhos claros de maneira magoada, seu lábio inferior tremeu e ela parecia hesitar em se levantar. Meu tom indiferente apenas parecia piorar a minha fala.
-Não seja idiota, Portilla! – Maite avançou pronta para me bater.
-Maite, não! – Angel terminou de levantar e segurou o braço da mais alta – Ela está certa. Eu paralisei.
-Isso não justifica Anahí estar mais idiota do que nunca! Você não é melhor do que ninguém, porra! – Maite gritava ainda agitada.
Não, eu não era melhor do que ninguém, na verdade ainda me considerava uma grande estúpida. Mas não poderia deixar isso transparecer, jamais. Então avancei, meus passos firmes, meu olhar ameaçador, parei a centímetros da minha amiga, encarando os seus olhos castanhos sem temer por um segundo.
-Não me culpe por ter mandado o meu medo para a puta que pariu – falava em um tom pausado, mas ao mesmo tempo carregado – Ela teve medo, ela paralisou por culpa do medo. Ela tem de aprender a lidar com a merda desse sentimento ou irá morrer – Maite vacilou assim que eu falei a palavra morte – Se antes mesmo de chegarmos lá estamos enfrentando esses monstros, já pensou em como vai ser quando batermos na porta do
inimigo? Ela não me terá tão atenta para poder impedir que o inimigo avance. Ou você para lidar com a maior quantidade. Essa é a nossa realidade, filha de Hermes. Engula ela
para que possamos sobreviver.
Maite recuou dois passos. Eu nunca fui tão intensa em meus comandos, em meus pensamentos. Olhei para Angel e ela encolheu, respirei fundo pelo nariz e me afastei para diminuir a tensão que havia sido criada.
-Não tenha receio de deixar seus instintos te guiarem – falei mais calma para a filha de Afrodite – É normal cairmos, mas temos de ser rápidos para levantar e contra-atacar. Mantenha sua mente limpa e eu sei que poderá lidar melhor com a situação da próxima vez.
Angel acenou levemente e isso foi o suficiente para mim. Dei as costas e comecei a retornar para o acampamento improvisado. Estávamos perto da estrada principal, no meio do nada coberto pela neve. Barracas foram erguidas, os carros estavam a metros de distância. Uma fogueira no centro foi acesa para tentar manter o mínimo de calor
necessário para que nós não congelássemos. Quando retornei fui até Demi, ela estava em pé sobre o capô de um dos carros, vigiando ao nosso redor. Nada de diferente havia sido notado e ao que parecia as
aventuras do dia tinham sido
encerradas. Jantamos enlatados, não era a melhor coisa, mas poderia ser bem pior. Poderíamos ter apenas barras de cereal o que definitivamente
acabaria com o meu apetite.
Maite não trocou uma palavra comigo, parecendo ainda chateada pelo episódio mais cedo. Angelique também parecia mais pensativa do que o normal, o que poderia ser um bom sinal se ela estivesse cogitando sobre a possibilidade de se manter mais focada em controlar a situação do que se deixar levar por ela.
O primeiro turno de vigia ficou com Alfonso, Maite e Troy. Sempre nos reservávamos para poder manter sempre olhos abertos, uma surpresa naquela altura do campeonato não
seria nada bem vinda. Dentro de minha barraca com Dulce, ela se aconchegou no mesmo saco de dormir e ficou me encarando por um longo tempo. Ela sabia que algo tinha acontecido e estava ali, aguardando que eu contasse.
Por pura teimosia, tentei ignorá-la. Eu conseguia fazer isso com os outros, porque não com aquela latina magrela? Mas ela não desistia, manteve-se firme no olhar até que
eu soltei um suspiro de derrota. Não era à toa que Dulce era a minha alma gêmea.
-Eu gritei com a Maite e a Angelique – contei – Angel caiu no meio da batalha e não conseguiu reagir. Claro que eu a salvei no último minuto, mas deixei a pressão da situação a colocar no limite. Maite não gostou disso.
-E a Angel? – Dulce indagou.
-Aceitou o que eu disse. Que ela precisava aprender a reagir ou iria morrer.
-A Maite irá entender em algum momento.
-Você entende?
-Sim, você está cuidando dela na verdade – Dulce sorriu de lado – De um jeito bem bruto, mas está. Pressionar Angel para que ela possa lidar com a pressão real depois.
Eu não precisava da compreensão de ninguém. Pouco estava me fodendo para o que eles estavam pensando de mim agora, sendo agressiva e mandona desse jeito. Havia um propósito para isso e se ele fosse atingido no fim, eu sairia duplamente vitoriosa. Mas Dulce estava ali, com seus enorme olhos castanhos me enxergando além do que eu poderia prever. Saber que ela estava ao meu lado, me aceitando e compreendendo... Dava-me uma determinação ainda maior.
-Agora durma – ela ordenou fazendo uma expressão séria – Amanhã provavelmente chegaremos ao Alasca, se o tempo colaborar.
-Duvido que isso aconteça..
-De esperanças tolas vive o homem. Por isso nós mulheres somos incríveis e perseveramos.
Sorri rapidamente, a puxando para mais perto de mim para se aconchegar ao meu corpo. Dei um beijo casto em sua testa antes de fechar os olhos e me preparar para o novo dia de amanhã.
(...)
O carro a nossa frente parou quase que bruscamente, fazendo com que Demi que dirigia uma picape quase batesse no fundo. Sai do carro pronta para esbravejar aquela falta de imprudência, sabendo que uma pequena guerra aconteceria pois quem dirigia o carro da frente era a Maite. Mas assim que eu sai do carro meu corpo inteiro tremeu com um calafrio. Um daqueles que parecia um grito de seus instintos de que algo estava muito mal.
Ali havia uma névoa, uma que escondia tudo o que estava a nossa frente. Escutei um rosnado vindo a minha esquerda e logo Dulce aparecia montada em Penélope, parando ao meu lado e se mantendo sobre a cachorra infernal.
-Temos de ir por ai? – Demi perguntou levemente insegura.
Estávamos quase em fila, encarando a névoa a nossa frente. Ucker saiu de lá,
montado no prepotente cavalo mitológico. Ele era magnifico. Um modelo único da espécie, grande para ser comparado a qualquer raça, mas bonito com uma cor de mel e crina preta, olhos castanhos ferozes que analisavam cada um com superioridade. Em seu pescoço,
uma corrente com um pingente que piscava, era o localizador que Chris tinha construído.
-Atravessamos essa floresta e chegaremos próximos do Castelo – Ucker falou.
-Que floresta? – Demi indagou arqueando uma sobrancelha.
-Logo depois da névoa – o filho de Poseidon explicou apontando para atrás de si – É a única forma de atingir a área onde a fortaleza está. Nem que vasculhássemos o Alasca inteiro encontraríamos.
-Que tipo de floresta é essa? – Troy perguntou sagaz.
-Ah bem – Ucker coçou a cabeça enquanto Árion relinchava, provavelmente respondendo a pergunta que o filho de Atena fazia – Do tipo em que nenhum semideus
quer estar.
-Então provavelmente esse é o caminho certo – Miley falou – Teremos de seguir sem os carros a partir de agora, certo Annie?
Os olhos azuis me fitaram em busca da aprovação. Era sempre assim agora, alguém sugeria algo já buscando o meu olhar. Acenei brevemente com a cabeça, concordando com ela e ordenando que pegássemos o necessário. Andar com peso era um risco, pois poderia nos atrasar ou atrapalhar, colocando a vida de alguém em risco.
Troy e Alfonso seguiam a frente na nossa formação básica, seguido por Maite e Angel nas laterais, Miley e Demi logo atrás. Dulce e Ariana vinham atrás cobrindo a retaguarda, sempre montadas em seus cães infernais, enquanto Ucker liderava a formação guiando o grupo. Estávamos prontos, armados e em alertas, atravessando a
névoa com toda a bravura e loucura que nos restava. Foram quase duzentos metros de névoa, eu escutava Maite reclamando mais à frente que a cada passo que dava, mais confuso ficava os seu senso de direção.
A floresta surgiu gloriosa e
assustadora. Eram árvores muito altas, quase gigantes, formando pinheiros, eucaliptos e outras dessas árvores da vegetação de tundra. Todas cobertas por neve ou com galhos secos. Árion relinchou e recuou um pouco, sendo
incentivado por Ucker a continuar. Até mesmo os cães estavam começando a rosnar ameaçadoramente. O pior estava para chegar e todos nós sabíamos disso, mas mesmo
assim avançamos. Mas nada nos preparou para aquilo. O silêncio. Nada se ouvia, nada se mexia. Até mesmo a brisa mais gélida roçava timidamente ao nosso redor, como se o tempo e espaço estivessem também congelados. Isso era ainda pior do que uma explosão, pois com o
silêncio ninguém estava preparado para lidar.
-Não gosto disso – Miley falou tensa, olhando ao redor rapidamente – Não gosto nada disso!
-Não é minhas férias de inverno favorita também – Poncho resmungou lá da frente.
-Ela está certa, isso cheira a armadilha – Troy também passou a olhar para os lados.
-Concentrem-se! – o meu comando foi levemente ríspido, mas ainda assim sutil em comparação aos outros.
Mais dez minutos de caminhada, até mesmo nossas respirações eram escutadas perante a falta de som. A floresta tinha árvores em uma distância considerável entre uma e
outra, sem nenhum animal ou sinal do que estávamos pisando além de neve. Nosso pés afundando até a altura do tornozelo ou mais.
-Dul!
Todos paralisaram na hora. Meu coração disparou enquanto minha respiração exalava rapidamente a fumaça por minha boca, denunciando o quanto aquele chamado havia me assustado. Era a voz de Cláudia. Mas isso não era possível, ela estava em
segurança no Acampamento Meio-Sangue.
-Por favor, Dul! – a voz se pronunciou mais uma vez.
-Cláudia! – Dulce gritou de volta.
Pisquei rapidamente, engolindo forte todo o desespero que eu senti ao escutar a voz da pequena Dulce. Dulce quebrou a formação, avançando sobre Penélope. Seus olhos bem abertos, sua expressão era de quebrar meu coração de tão preocupada que estava.
-Socorro! – outra voz foi gritada, dessa vez aguda e denotando tanto medo que era quase possível imaginar alguém em desespero.
-É o Wilmer! – Demi congelou no lugar.
-Dul!
-Demi!
-ESPEREM! – gritei forte e firme – Eles não podem estar aqui!
Miley segurou Demi que já estava prestes a correr. Dulce lançou-me um olhar atravessado, incrédula, raivosa, morrendo de medo. E era isso o que iria foder com a gente se não fossemos cuidadosos. Medo. Eu estava tremendo por dentro só de imaginar a possibilidade de Cláudia estar ali, capturada, cativa, sofrendo de alguma forma. Mas eu tinha de controlar o impulso, alguém tinha de pensar naquela merda!
-Alguém! Por favor, me salve! – uma terceira voz surgia.
-Dul, Dul, Dul! – Cláudia gritava cada vez mais desesperada.
-Demi, por favor, não me abandone de novo! Eu vou morrer! – o tal Wilmer também gritava.
-É... É minha mãe! – Maite empalideceu.
-Isso é impossível, ter tantos deles justamente aqui – tentei argumentar – Ninguém vai se mexer! É uma armadilha.
-Filha? Onde você está? Por favor filha, volte! Eu estou com medo, está frio! – a terceira voz, a suposta mãe de Maite, implorava parecendo estar aos prantos.
-FODA-SE ANAHÍ!
Maite foi a primeira a sair correndo. Mais vozes surgiam e o grupo logo se
desesperou. Eu quis gritar, mas tudo começou a se tornar um verdadeiro caos quando os monstros finalmente apareceram. Eram animais polares, maiores, ferozes, endiabrados. Alguns com partes de gelo, outros com um olhar tão azul que denunciava o quanto anormais eram. Lobos, ursos, raposas gigantes. Olhei ao redor, vendo Dulce desaparecer em uma sombra quando a voz de Cláudia apenas gritou aguda e medrosamente. Xinguei
fortemente e estava para correr atrás da garota, quando uma sombra cobriu meu corpo.
Meu instinto disparou rapidamente, obrigando-me a seguir o impulso de
simplesmente me jogar para o lado. Mais uma vez isso salvou minha vida, pois logo onde eu estava um enorme urso polar pisoteava com suas garras estranhamente maiores que o normal. Girei para me por de pé e me equilibrar, girando na mão minha espada, me pus
pronta para batalhar. Já estava para contra-atacar, quando um rosnado me fez olhar para o lado. Eu tinha certeza de que iria morrer! Mas então flechas surgiram, flechas certeiras e únicas, que pertenciam apenas a uma pessoa. Elas acertaram o tigre branco que saltava em minha direção, acertando em seu ombro e peito, o fazendo cair no meio de caminho bem ao meu lado.
Correndo em minha direção estava vindo um ser pequeno e de cabelos loiros, mas com um olhar determinado. Allyson Brooke ajeitou novamente seu arco, retesou o cordão e dessa vez atirava contra o urso polar que retornou a avançar.
-Mas o que?! – eu gritei incrédula, sem conseguir uma explicação lógica para aquilo tudo.
-Faça as perguntas depois! – ela esbravejou – Seria bom uma ajudinha aqui!
Ela tinha acertado apenas uma flecha na pata esquerda do urso. Ele rugia de dor, mas isso o deixou ainda mais furioso. O animal ia avançar na direção da pequena, mas eu corri e saltei alto, usando do ar para poder pousar sobre os ombros peludos e brancos. Pousei uma mão em seu ouvido e soltei uma descarga de eletricidade, fritando o cérebro que ele tinha e o derrubando no chão.
-Como isso é possível? – encarei Ally ainda sem crer.
-É uma longa história, você não vai acreditar no que aconte---
-ANAHÍ!
Eu nunca descobri o que Ally iria contar. O mundo estava acabando ao meu redor, os semideuses que ainda ficaram na formação batalhavam contra bestas polares. Mas nada
se comparava a sensação de escutar a voz de Mari. Finalmente eu entendi o desespero de Dulce ao escutar Cláudia. Ally gritava a minha frente, mas o chamado de minha irmã
caçula veio ainda mais forte. Eu tive de fazer isso. Eu simplesmente dei as costas e comecei a correr em direção a voz dela, mesmo sabendo que ia dar em uma grande merda. Eu precisava me certificar que não era ela. Que não poderia ser! Quanto mais perto eu ficava, mais meus instintos gritavam, formigavam sobre minha pele, arranhava a minha razão tentando trazê-la de volta. Então parou de vez. Não escutava mais a voz de Mari, ou os sons ferozes da batalha. Não restava nada além de longas árvores e neve.
-Anahí! – Mari sussurrava.
Virei meu corpo, mas tudo o que eu vi era uma mancha vermelha saltando em minha direção. Não tinha tempo de reagir, apenas perceber o simples fato de que eu iria morrer. Mas então algo me empurrou e explodiu ao meu lado. Girei sobre a neve ofegando e
sentindo um forte cheiro. Levantei em alerta para a batalha, avistando uma figura encapuzada, perto dela um monstro vermelho caído. Não precisava parar para pensar se
era um inimigo ou não, meus instintos falava para que eu lutasse e finalmente eu iria escutá-los. Com a espada ainda milagrosamente em minha mão, eu avancei soltando um grito furioso.
-Não, Anahí! Sou eu!
O capuz caiu, assim como eu teria feito se não estivesse chocada demais. Não, não podia ser!
Notas Finais
Hehehe olha que voltou
Palpites de quem pode ser essa pessoa??
Autor(a): AnBeah_Portinon
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Pov Dulce Penélope cortava a floresta como se fosse um raio negro rasgando um pálido e frágil papel. Meu coração batia frenético dentro de meu peito enquanto a voz de minha meia- irmã ecoava por entre as árvores, em um desespero infernal, clamando por ajuda. Eu não suportava a ideia de que Cl&aac ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 179
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tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25
Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...
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raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57
Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !
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livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44
Continuaaa
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DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41
Continuaaaaaaa
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siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27
Continua!!!
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candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12
QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA
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livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41
Continuaaa
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Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59
VOLTAAAAAAAAAA
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Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43
Continuaaaaaa
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Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52
CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA