Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega
Pov Dulce
Penélope cortava a floresta como se fosse um raio negro rasgando um pálido e frágil papel. Meu coração batia frenético dentro de meu peito enquanto a voz de minha meia- irmã ecoava por entre as árvores, em um desespero infernal, clamando por ajuda. Eu não suportava a ideia de que Cláudia estava ali no meio daquele caos. Penélope seguia o timbre de minha irmã, deixando claro que não era uma alucinação, não era algo de minha cabeça, pois até mesmo a besta do inferno escutava aquele clamor.
-Dul! Dul! – ela gritava.
-Cláudia! – chamava em frenesi.
-Dulce.
Um sussurro final e tudo parou. O som se extinguiu de repente, da mesma forma em que se originou. Penélope “freou”, suas patas escorregando sobre a neve. Saltei de seu torso, meus pés afundando na camada fofa de neve. Não havia nenhum sinal, não havia nada. Ofeguei finalmente passando por minha mente um fio de lógica. Aquilo podia ser uma puta armadilha!
-Dul! – a voz de minha irmã ressoou de repente em meu lado.
Olhei para a direita e meu coração assim como a minha circulação congelou no lugar. Minha expressão deveria ser a de mais puro espanto e terror. Penélope estava em posição de ataque, rosnando de forma furiosa como eu nunca tinha visto antes. Bem ali, a poucos metros de mim, estava um monstro vermelho. Ele tinha o corpo de um leão, as patas e cauda de um cavalo. Seu pescoço era longo como o de um cavalo, mas a sua
cabeça era a de um lobo. Seus olhos eram vermelhos, mais sagazes ainda dos que os de Penélope. Sua boca estava entreaberta, mas ao invés de dentes havia duas placas sólidas
de ossos que fazem um estalido irritante quando batiam.
-Savinon – a voz de Cláudia falou ironicamente, vinda daquele animal – Humanos são tão fáceis de enganar.
Um arrepio forte passou por meu corpo. Era completamente estranho a voz de minha doce irmã sendo pronunciada por algo tão horrendo, ainda mais naquele tom tão cruel.
Segurei o brinco de minha orelha e o puxei tão forte que eu senti uma leve dor no lóbulo, mas ignorei completamente. A minha espada se formou em minhas mãos, aquela
aberração vermelha pareceu rir da minha postura incerta de ataque. Seus ombros felinos abaixaram anunciando um bote, mas Penélope latiu tão forte que meu corpo tremeu com aquele som. Meu cão infernal correu em direção do monstro escarlate, mas antes que o alcançasse uma bola branca veio correndo de sua lateral e se jogou sobre ele. Recuei prontamente, tendo a terceira surpresa do dia. Se os Yetis existiam, seriam
exatamente aquilo. Gigantes macacos peludos e brancos, com uma cara terrivelmente feia.
O yeti segurava meu cão infernal em um abraço doloroso, eu podia ver Penélope se contorcendo e ganindo em dor. Eu já estava indo ajuda-la, mas o monstro vermelho se jogou a minha frente e me fez cair no chão com a surpresa. Apoiei minha mão livre sobre a neve, sentindo minha palma se conectar na terra abaixo de toda aquela cobertura branca. Antes mesmo que aquela criatura hibrida me atacasse, fiz com que uma parede surgisse inclinada em sua direção, a golpeando com força e a afastando de mim.
Levantei e lancei um olhar para minha cadela, ela estava mordendo fortemente o braço do yeti, conseguindo escapar de seu abraço mortal. Sorri de lado e brevemente, era
hora de finalmente batalhar contra algo. Havia sido facilmente enganada e isso me irritava profundamente, além de imaginar a expressão que Anahí fazia com aquele típico olhar de
“eu avisei”. A besta escarlate girou e logo estava de pé, sua cabeça lupina rosnou em raiva pelo ataque. Finalmente ela avançou, seus cascos mal produzindo som por conta da neve. Esperei o momento certo para poder girar o corpo, desviando do ataque direto e de uma mordida que arrancaria provavelmente toda a lateral de meu corpo. Segurei firme a minha
espada e contra-ataquei tentando cortar o flanco daquele monstro. Mas assim que minha lâmina encostou em sua pele vermelha, a espada retesou e me atingiu de raspão no braço,
produzindo um belo corte abaixo de meu ombro.
-Mas o que...?!
Gritei e me afastei, arfando enquanto o monstro também se recuperava de seu ataque frustrado. Engoli meu desespero, tentando imaginar o que a Anahí faria se estivesse ali e provavelmente seria ignorar aquele medo que tentava me congelar no lugar. Eu já não era mais uma novata, eu não iria fugir da luta!
A besta hibrida avançou mais uma vez, dessa vez eu tentava desviar rapidamente, agradecendo com todo o fervor pelas aulas de esquiva que eu tinha com Maite. Sem isso aquela cabeça de lobo já teria me devorado ou aquelas patas de cavalo já teriam me dado um coice que quebrariam meu corpo facilmente! Encontrei uma abertura quando a criatura tentou me morder mais uma vez, tentei acertar a espada com tudo em sua cabeça. Porém mais uma vez o ataque foi refletido, a barra de proteção da mão batendo com força em minha própria cabeça. Provavelmente aquilo ficaria muito roxo depois.
“O metal é proibido contra esse monstro”.
A voz de minha mãe nunca sussurrou tão próximo de mim, mesmo que ainda fosse dentro de minha mente. Metal não podia? Merda, era por isso que ele estava refletindo em mim! Escutei um rosnado e larguei minha espada para poder jogar meu corpo para o lado,
escapando por pouco de um novo golpe do monstro. Girei e me ergui parcialmente, ficando de joelhos sobre a neve. Encarei o monstro arfando, mas mantendo minha mente focada.
Metal não podia, mas isso não queria dizer que os poderes não. Apoiei minhas mãos no chão e mais uma vez me conectei com a terra. O monstro avançou cegamente em minha
direção e dessa vez eu lhe lancei um último olhar frio, calculando o momento certo para poder fazer outra barreira de terra, dessa vez bem abaixo dele, o acertando na barriga.
O monstro voou para cima dois metros e caiu de costas no chão. Antes que ele se erguesse, eu fiz e me joguei ao chão, meus joelhos escorregando até que minhas mãos seguraram a cabeça de lobo com toda a pouca força que eu tinha. Então fiz com que raízes crescessem próximas a ele e rapidamente, guiando as raízes para invadir pela boca e descesse pela garganta e para cima, até que estivessem saindo pelo ouvido e pelo nariz.
Aquele hibrido vermelho se contorceu, mas não conseguiu evitar aquela morte tão bizarra. Ele se transformou longos segundos depois em pó dourado, me fazendo apoiar as
mãos sobre minha coxa completamente cansada e ofegante. Olhei para o lado bem a tempo de ver Penélope mastigando a cabeça do pé grande. Fiz uma careta, lancei meu
corpo para o lado e não consegui evitar o vomito. Aquilo era tão nojento quanto o que eu tinha acabado de fazer, meu estomago não aguentou tanto. Quase um minuto completo depois, Penélope roçava o seu focinho preto em meu braço o sujando de sangue.
-Temos de voltar, os outros devem estar em perigo. Consegue farejar a Anahí?
Ela apenas latiu baixo e eu prontamente a montei mais uma vez. Penélope farejou o chão e o ar, captando finalmente algo e começando a correr. Eu esperava que ela estivesse bem, que não tivesse se machucado com a idiotice do grupo em acreditar naquelas vozes. Era mesmo impossível que todos tivessem sido capturados e levados para o mesmo lugar, bem naquela floresta. Mas o desespero tinha nos cegado, o que não diminuía a minha vergonha por ter caído tão facilmente e não ter escutado a minha namorada.
Levou cerca de cinco minutos para Penélope diminuir o ritmo de sua corrida e começar a caminhar até o ponto onde Anahí estava. Onde Anahí estava agarrada a alguém. Exatamente isso. A filha de Zeus tinha seus braços envoltos a alguém que também a
abraçava com força, escondendo o seu rosto em seu pescoço. Estávamos em meio a batalha, porque diabos ela estava abraçando alguém?! E quem era essa pessoa?! Desci de Penélope possessa de ciúme, esquecendo por um momento de que tudo estava desmoronando praticamente. Minha mente focava que eu tinha errado por ter caído em uma armadilha, e que agora Anahí abraçava outra pessoa.
-Porrilla! – exclamei forte.
Anahí pareceu despertar, pois seu corpo deu um leve pulo. Ela hesitou - HESITOU – em soltar-se e quando virou em minha direção a primeira coisa que eu notei foi que seus
olhos estavam vermelhos. Anahí Portilla havia chorado. Meus Deuses, como aquilo poderia ficar mais esquisito? E como se quisessem me responder, Anahí deu um passo
para o lado revelando quem ela estava agarrando com tanto desespero.
Senti como se meu mundo estivesse dando um giro tão brusco que fiquei tonta. Eu reconheceria aquele sorriso em qualquer lugar, assim como o seu ar brincalhão.
-CHRIS?! – eu quis gritar, mas minha voz saiu chorosa e esganiçada.
Só então eu percebi que lágrimas escorriam copiosamente em meu rosto. Chirs estava ali a minha frente. Chris estava vivo. Chris tinha aberto os braços depois de rir de minha reação.
Eu corri e praticamente me joguei em seus braços, finalmente entendo o porquê de Anahí ter se agarrado a ele daquela forma e ter chorado. Passaram-se minutos e eu ainda
não podia acreditar, assim como eu rezava para que não fosse um sonho.
-C-como?! – indaguei confusa, erguendo o rosto e segurando o dele como as minhas mãos – Você é r-real, não é?
-Sim Dul – Chris riu divertido – Estou aqui! Inteirinho da silva, quer me beijar pra verificar?
-CHRIS! – Anahí rosnou.
-As coisas continuam as mesmas – ele falou sorrindo, mas logo seu sorriso
desapareceu – Temos de encontrar o resto do pessoal, nos reagrupar.
-Penélope, você consegue encontrar os outros?
Ela rosnou de um jeito como se dissesse “sério que ainda duvida que posso fazer isso?”. Nós três montamos nela e Penélope farejou mais uma vez o ar antes de começar a correr pela floresta. Encontramos primeiro com Maite e Angel, elas enfrentavam uma
daquelas criaturas vermelhas, Angel sufocando o hibrido com seu chicote, Maite tentando imobilizá-lo com seu corpo. Logo o monstro se transformou em pó. Elas também surtaram quando viram Chris sobre Penélope, Maite chorou e gritou com ele, mas não tínhamos mais tempo para lidar com aquilo. Logo encontramos com
Miley, Demi e Ariana, elas terminavam de lidar com os animais polares. No fim, os garotos e Ally nos encontraram, Ucker guiando o caminho sobre Árion.
-Puta merda, é o Chris! – Ucker gritou, descendo do cavalo mitológico.
Chris sorriu grande e também foi cumprimentar o amigo com um abraço. Todos estavam finalmente reunidos e inteiros. Claro, com machucados aqui e acolá, mas nada do que não estávamos acostumados.
-Como isso é possível? – Troy perguntou intrigado.
-Podemos explicar isso – Ally se manifestou – Mas depois de sairmos dessa maldita floresta.
-De onde você brotou? – Demi abraçou a meia-irmã de chalé.
-Longa história. Precisamos de um lugar seguro – Ally resmungou pelo abraço apertado.
Árion relinchou impaciente, Ucker o montou mais uma vez e refizemos a nossa formação, agora com o milagroso acréscimo de Chris e Allyson.
-Façam silêncio para que escutemos o inimigo – Anahí falava naquele tom frio – Não vamos cair na porra de uma armadilha de novo.
Maite encolheu os ombros, sabendo ser a culpada por ter sido a primeira a quebrar o autocontrole e se desesperar. Seguimos ainda mais em alerta, mas aumentando ainda mais o nosso ritmo de marcha, pois todos queríamos saber o que diabos tinha acontecido.
(...)
Depois da floresta, apareceu mais uma vez aquele nada invernal. Um deserto de gelo e neve nos brindava em todo o horizonte. O campo era completamente aberto por longos quilômetros, nos obrigando a montar o acampamento ali mesmo no meio do nada. Estávamos todos ao redor de uma enorme fogueira, todos olhando para Ally e Chris, que estavam um do lado do outro.
-Ok, comecem logo! – Demi exigiu – Como o Chris fugiu do submundo.
-Eu nunca estive lá em primeiro lugar – Chris sorriu divertido – Vaso ruim não quebra!
-Quer dizer que você não... – Anahí engoliu em seco e passou a língua pelos lábios - ... morreu?
-Por um longo período eu achei que tivesse mesmo morrido – Chris encolheu no lugar e esfregou as palmas enluvadas para esquentar – A ideia era explodir o monstro e ter
certeza de que ele cairia.
De repente, uma poderosa bola de neve explodiu na cara do filho de Hefesto quase o derrubando. Anahí estava vermelha de raiva ao meu lado.
-Aquilo foi estupido, imprudente e idiota! – ela gritou com ele.
-Não vamos discutir sobre isso agora – Ally interveio enquanto Christian limpava a neve de seu rosto – Briguem depois, temos uma longa história aqui.
-Ok, vou tentar contar tudo na ordem. Hefesto é o deus do fogo e eu sempre fui um pouco resistente ao fogo. Mas naquele dia eu fui quase imune. Quase, parte de minhas costas ainda estão queimadas – Chris prosseguiu e esticou as pernas – Porém se a
explosão não tivesse me matado, o Mar de Monstro teria. A grande diferença foi o de que eu fui salvo pelo único ser que poderia ter feito isso – ele fitou diretamente a Anahí – Eu
sei que você deve estar pensando agora que deveria ter retornado e ter me procurado, mas sinceramente fico feliz e agradecido por não ter feito isso. Você nunca teria me encontrado no fundo do mar e colocaria a todos em risco.
-Quem te salvou então? – Miley perguntou curiosamente.
-Aylin – ele respondeu meio sem jeito, Chris tinha corado?
Alguns segundos de silêncio se formou quando o nome foi pronunciado. Eu já o tinha escutado, mas onde? Então meu colar esquentou um pouco e foi como se minha mente tivesse estalado.
-A sereia! – eu exclamei ao lembrar da sereia ruiva – Foi ela?
-Sim, ela me levou até uma ilha e não me deixou morrer – Chris explicou – Eu não lembro dessa parte, segundo ela levei três dias apagado. Eu fiquei feliz por estar vivo e muito grato a ela.
-Grato o suficiente para aproveitar a bondade da sereia? – Ucker indagou arqueando uma sobrancelha, provavelmente o provocando.
-Er... Bem – Chris deu de ombros – Não vou mentir dizendo que por algum tempo a minha estadia na ilha foi ruim.
-Você pegou uma sereia! – Poncho exclamou surpreso.
-Elas não são bizarras? – Troy lembrou.
-Só na sua forma de monstro – Miley lembrou.
-Tem razão, a ruiva era muito gostosa... AI Miles! – Demi começou a falar, mas levou um tapa de Miley.
-Podemos concentrar? – Ally resmungou.
Lancei um olhar de rabo de olho para Anahí, lembrando de como a filha de Zeus ficou encarando a sereia quando ela apareceu nua em sua forma humana. Mas Anahí estava em seu modo inabalável, as mãos fechadas em punhos sobre o joelho, fitando
apenas Chris com profundos olhos azuis. Suspirei, ela não iria relaxar mesmo sabendo que Chris estava vivo.
-Estava indo tudo bem, até que eu comecei a pensar que deveria sair dali. Aylin meio que surtou, ela se dizia apaixonada por mim e que eu deveria ficar ali onde era seguro. Felizmente meu pai apareceu para mim em sonhos e me mostrou como construir um barco escondido dela. Levou um tempo, mas eu consegui – Chris contou e passou a mão pelo cabelo, o bagunçando e parecendo um pouco tenso – O problema maior foi sair do Mar de Monstros... Sozinho. Não foi fácil e eu prefiro não comentar sobre isso.
-Como achou o caminho? – Maite perguntou franzindo o cenho – Como conseguiu voltar?
-Meu pai disse para seguir uma estrela em específico no céu. Ela surgiu do nada e Aylin disse que era um sinal de que nós estávamos destinados. Ela era meio louca – Chria deu de ombros.
-A estrela C! – exclamei relacionando os fatos e ele me olhou intrigado – Fizemos meio que um funeral para você. Nele pensamos que os deuses estavam homenageando você, pois algo mágico aconteceu e uma estrela apareceu no céu. Cláudia a nomeou como estrela C.
-Aquela estrela salvou a minha vida – Chris sorriu brevemente e olhou para Ally – Mas me levou diretamente para a baixinha aqui. A família dela estava viajando em São Francisco. Não me perguntem como eu fui parar do outro lado do país, eu realmente não
compreendo isso.
-Ele não estava nada legal – Ally pareceu estremecer – Na verdade, não sei como você conseguia andar. Mas bem... Você também estava sem o braço direito.
-Galera, olha que foda! – Chris quase gritou animado.
Ele puxou o casaco e a blusa de mangas que usava, mostrando o braço direito. Parecia normal, a pele morena e com os músculos definidos. Então de repente, como se fosse a armadura do Homem de Ferro, seu braço começou a se desdobrar e se transformou em um canhão de ciborgue.
-Puta merda! – Demi e Maite exclamaram em surpresa.
-Não faz só isso! – Chris exclamou e seu braço se modificou, mostrando infinitas ferramentas de construção, como chaves, martelos pequenos e outras coisas que eu não sabia identificar – É um braço multifuncional, eu o construí junto com a Ally para que
pudesse ser ligado ao meu corpo.
O seu braço voltou ao normal, as peças se encaixando em questão de segundos e parecendo, mais uma vez, um braço comum. Eu estava em choque, como alguém poderia
ser tão hábil e brilhante?
-Eu não podia atender ao chamado de vocês justamente por conta do Chris. Eu estava em choque e a ligação de íris muito ruim, quando tentei retornar não consegui mais – Ally explicou – Então tivemos de voltar para o Acampamento, mas foi em vão, vocês já tinham partido.
-Quíron nos contou o que tinha acontecido e para onde vocês estavam indo – Chris continuou – Viemos o mais rápido possível, mas teríamos encontrado você antes se eu não tivesse me atrasado criando uma coisa.
-O que é dessa vez? – Ucker perguntou curioso e animado.
-Vocês pararam para pensar que se Perséfone está presa e não consegue se soltar... Como faremos isso? – Ally indagou.
O silêncio constrangedor denunciava como ninguém pensou nessa possibilidade. Em verdade, estávamos em uma missão sabendo apenas para onde ir, mas não o que fazer quando chegarmos ao nosso destino.
-Eu sabia, vocês são nada sem mim – Chris riu e olhou para Troy e Poncho – Vocês lembram o que vocês foram buscar na ilha de Circe?
-Um item mágico – Poncho disse e deu de ombros – Foi isso que nos disseram.
-E a forma do item, uma gema se não me engano – Troy completou o parceiro.
-Não era bem um item mágico, mas um item que repelia a magia e quebrava coisas como encantos e itens divinos. Extremamente perigoso se usado da maneira correta. Estava em seu estado bruto, portanto não tinha todo o potencial – Chris contou e revirou os olhos – Aylin que me contou sobre isso, sereias e seres marinhos são os principais fofoqueiros no Mar de Monstros, ela em especial gostava de saber sobre tudo. Então passei dias em monólogos sem fim. Parecia que os seres se divertiram quando Circe foi roubada e como castigo transformou semideuses em um cachorrinho e em um lêmure.
-Usaremos a gema então? – Ariana questionou.
-Não – Chris sorriu e pegou a sua mochila, aquela que tinha o fundo sem fim e retirou dela um machado de duas faces – Eu embuti a gema aqui e tive um trabalho extra para ativá-la corretamente. Mas ao que parece os deuses estão nos auxiliando um pouco, eu encontrei um pergaminho que me dizia exatamente o que fazer dentro de minha mochila.
-Quando ficou pronto, o que foi extremamente rápido por conta do braço dele – Ally apontou para o braço robótico de Chris que sorria orgulhoso – Viemos seguindo o rastro de vocês.
-Como nos encontraram na floresta? – Maite questionou – Digo, meus sentidos são completamente perdidos aqui, não sei onde estou e isso é angustiante.
-O localizador – Chris sorria – Bastei seguir o meu próprio localizador.
-Eu tenho uma pergunta – Angel disse um pouco sem jeito, ela estava quieta
durante todo o momento, o que era extremamente raro – Sei que não tenho tanta experiência com monstros... Mas o que eram aquelas coisas vermelhas?
-Eu também nunca tinha os vistos, Angel – Anahí falou calma e distante.
Angelique pareceu suspirar de alívio. Ao que parecia as palavras da filha de Zeus ainda estavam fazendo efeito sobre ela.
-Eram leucrotas – Miley quem explicou – São raros e podem imitar vozes para atrair os inimigos. Era mesmo uma armadilha complicada.
Ela olhou duramente para Demi que encolheu os ombros. Eu cocei minha cabeça sem jeito também por ter partido feito louca acreditando que minha irmã estava ali.
-O importante é que passamos por isso – Anahí levantou, seu ar de liderança estava de volta – Eu vou fazer o primeiro turno de vigia. Miley venha comigo, não nos machucamos na floresta. Ally, administre a quantidade de néctar. Descansem o quanto podem, logo sairemos e bateremos na porta do inimigo.
Miley levantou sem protestar, esticando os braços enquanto seguia Anahí para a primeira ronda. Ela nem ao menos olhou para mim ou qualquer outro, seu queixo erguido, seu olhar frio e sagaz. Soltei um suspiro sentindo um pouco a falta de minha namorada
boba, mas de certa forma eu estava aliviada por ter uma líder assim.
-Desde quando ela ficou mandona e líder do grupo? – Ally fez uma breve careta.
-Desde que Lauren e Camila morreram – Maite explicou e os dois recém chegados ficaram em choque – Quíron não contou a vocês?
-Não! – Ally exclamou e logo lágrimas se formaram em seus olhos – Como isso é possível?
-Bem, acho que é nossa vez de contar o que aconteceu.
Maite fez um monólogo mais detalhado, todos aproveitando para escutar finalmente os detalhes. Era horrendo relembrar o que tinha acontecido, a melancolia brigando com a raiva pelo pulsar de meu peito.
-Eu achei que era idiotice da Anahí mudar dessa forma, se tornar alguém tão diferente – Maite comentou e encolheu – Eu odeio admitir, mas depois de tudo o que aconteceu, eu vejo algum sentido. Eu sinto segurança quando ela ordena algo, pois sei
que ela vai está desligada dos sentimentos e pensando no melhor.
-Quando tudo isso passar, eu recupero a minha Narrí – comentei e todos me
encararam, dei um sorriso meio sapeca – Nem que eu tenha de nos trancar em um quarto e eu dê um belo tratamento amoroso em minha menina.
-Uou! – Poncho riu.
-Bastante efetivo, posso apostar – Troy fazia sinal de legal com o polegar.
Isso foi o suficiente para quebrar a tensão que tinha se formado. Chris foi
terrivelmente paparicado a todo o momento. Eu mesmo me mantive muito tempo ao redor dele, sabendo o quanto a sua adição inesperada ao grupo nos dava ainda mais fé e
confiança. As coisas seriam diferente, não menos fáceis, apenas diferente.
Notas Finais
Os leucrotas têm o corpo de um leão, e pelo vermelho. Têm as patas e cauda de um cavalo. Sua cabeça é um cruzamento entre um cavalo e um lobo. Diz-se que têm os olhos vermelhos, e em vez de dentes, duas placas sólidas de osso que fazem um estalido quando batem juntas. Estas criaturas têm o dom de imitar voes humanas com o intuito de atraírem suas presas. Os leucrota não podem ser feridos por nenhum metal conhecido, e tentativas fazem o metal ricochetear, simplesmente.
AAAEEE GOSTARAM DA NOVIDADE???
Autor(a): AnBeah_Portinon
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Como invadir um castelo de gelo. Pov Anahí Primeiro nós vimos as altas torres de mármore, ou qualquer que fosse aquele material esbranquiçado. Era o primeiro sinal de que o castelo de Despina era real, de que estávamos em território inimigo. Árion agitou-se, passando a diminuir o galope sendocauteloso a todo o moment ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 179
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tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25
Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...
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raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57
Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !
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livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44
Continuaaa
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DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41
Continuaaaaaaa
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siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27
Continua!!!
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candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12
QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA
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livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41
Continuaaa
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Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59
VOLTAAAAAAAAAA
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Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43
Continuaaaaaa
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Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52
CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA