Fanfics Brasil - Minha Nova Aprendiz The Mythology- Portiñon- Adaptada

Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega


Capítulo: Minha Nova Aprendiz

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Pov Anahí 


Quase duas semanas se passaram desde que chegamos ao Acampamento MeioSangue. Neste final de semana, o lugar iria lotar com todos os semideuses que haviam conseguido chegar ao lugar. Alguns, infelizmente, não conseguiam e nunca mais se tinham notícias. Eu tentava aproveitar aqueles momentos calmos que antecediam a bagunça que seria dali para frente. 


Saí do meu chalé logo cedo. A cabine designada para Zeus nunca ficava com nenhum habitante além de mim. Eu tinha meios-irmãos, dois até onde sabia. Um, ficava em outro acampamento, romano. Fiz uma careta ao lembrar disso. Outra, era caçadora. Minha careta aumentou ainda mais. Eu odiava as caçadoras e tinha um motivo forte para isso, um que eu nunca queria lembrar, mas parecia me atormentar principalmente quando acordava ou ia dormir. Fui direto para a forja de Chris sabia que ele já estaria acordado. O garoto não gostava de dormir, era atormentado por pesadelos desde que descobriu sua habilidade especial com fogo. Desde então o meu amigo morava ali, no acampamento. 


-Caiu da cama Annie? – ele perguntou distraído em parafusar algo. 


-Sempre levanto a esse horário, sabe disso – respondi um pouco ríspida. 


-Ah como eu adoro o seu mal humor matinal. Mas tenho algo que vai deixar sua manhã mais alegre. 


Chris abandonou o seu projeto e retirou as grandes luvas que usava, seguindo para uma parte de sua forja ainda mais bagunçada. Os filhos de Hefesto eram brilhantes em construir e concertar coisas. Ele finalmente pareceu encontrar o item que tanto procurava e jogou em minha direção. Por puro reflexo eu o peguei, abrindo a mão para encontrar o meu isqueiro preto, agora com detalhes dourados. Assim que eu tive de ficar internada, Chris me pediu para trabalhar na minha arma, sempre tendo de voltar até mim para pegar o item quando ele desaparecia de sua vista, retornando para algum bolso meu. 


-Ative ele e veja meu presentinho – Chris abriu um enorme sorriso. 


Fiz o que ele mandou e o item se desdobrou transformando-se em uma espada. Mas dessa vez, uma com o fio da lâmina em dourado, o centro ainda permanecendo prateado. A empunhadura havia mudado, agora no topo havia o desenho de asas de águia levemente curvadas para poder fazer a proteção da mão. Estava um pouco mais pesada, mas ainda assim havia ficado ainda mais bonita. 


-Eu acrescentei bronze celestial – Chris disse. 


-Bronze celestial? Mas...! 


-Eu sei, material raro, mas acabei encontrando e como você é minha melhor amiga e a pessoa mais propensa a encontrar confusões que colocam sua vida em morte... – Chris deu de ombros – Uni o útil ao agradável, apesar de ter sido nada fácil fundir os materiais e deixar a lâmina bem afiada. 


-Você é incrível Chris! 


Aquele era um dos raros momentos em que eu verbalizava um elogio, por isso Chris sorriu sem jeito e passou a mão sobre a nuca. Abri um rápido sorriso e fiz a minha espada voltar ao normal em sua forma de isqueiro. 


-Isso merece uma comemoração! 


-Vai fumar a essa hora da manhã, Annie? – Chris me olhou desaprovador. 


-E há hora certa para essas coisas? Quero aproveitar enquanto isso daqui não está cheio de crianças e Quíron fique reclamando do bom exemplo que os mais velhos tem de dar – resmunguei. 


-Te vejo mais tarde então. Estou fazendo algo realmente grande aqui! 


-O que está aprontando? 


-Caça Stromberg. Só um dos irmãos Stromberg aparecer e ele começa a jogar todos os tipos de coisas nada agradáveis e a correr atrás. Advinha só? Praticamente indestrutível. 


Chris tinha uma antiga briga com Wes e Keaton desde que eu me entendo por gente. Talvez fosse uma disputa estimulada pelos seus próprios genes, afinal todos sabiam que Ares era amante de Afrodite, que por acaso era esposa de Hefesto, que por acaso era o pai de Chris. Eles sempre competiam por tudo, desde coisas idiotas como a de quem come mais comida apimentada, até de quem conquistava mais semideusas novatas. Revirei os olhos e saí da forja de meu amigo, seguindo em direção até a floresta, roubando alguns morangos da plantação no meio de caminho. 


Tudo o que eu queria era um momento a sós. Um em que eu pudesse me iludir de que estava tudo bem e que eu poderia relaxar um pouco. Por isso sempre ia para o Punho de Zeus, um lugar próximo ao rio onde tinha uma enorme rocha que lembrava um punho. Ninguém ia lá a essa hora da manhã e era o lugar perfeito para fumar. Um habito que eu não levava tão a sério, mas que me ajudava a divagar e a esquecer um pouco os problemas. 


Enquanto caminhava, devorei os morangos frescos, grandes e suculentos. A plantação de morango assim como as obras feitos no prédio de artes e ofícios eram vendidos e ajudavam na manutenção do acampamento. Querendo ou não ainda precisávamos do material humano para manter aquilo funcionando. Tinha pegado um dos meus cigarros de menta, colocado entre os lábios e o acendia com o meu isqueiro agora preto e dourado. Estava tão concentrada nesse trabalho que mal notei que havia chegado ao meu destino. Traguei profundamente, segurei o cigarro entre os dedos e comecei a liberar a fumaça ao mesmo tempo em que finalmente ergui meu olhar. Quase me engasguei quando engoli o resto da fumaça que não tinha liberado. 


Dulce Saviñon estava ali. 


O que infernos aquela garota estava fazendo?! Por um momento, senti a raiva explodindo dentro de mim. Aquele era o meu lugar sagrado nas primeiras horas da manhã, onde eu poderia relaxar. Eu me sentia completamente invadida só de vê-la ali. Mesmo que ela não soubesse da condição de que aquele ambiente me pertencia, não era para ela estar ali! Controlando o impulso de mandar um raio no traseiro dela, finalmente processava o que estava acontecendo. 


Saviñon estava de costas para mim, segurando uma espada e tentando alguns golpes. Ela estava treinando sozinha. Um treinamento de merda, aliás. A base dela era completamente errada, o jeito que ela segurava a espada apenas machucaria a sua mão e, para começar, aquela arma era pesada demais para um iniciante. 


Porém eu tinha de admitir, aquela garota era persistente. Às vezes, quando sem querer a encontrava, a via se esforçando. Ela era naturalmente desastrada, mas não desistia de correr pelo campo com Maite, mesmo que a maior passasse por ela diversas vezes completando uma volta completa. Ou deixava de passar horas se habituando ao arco-e flecha com Ally, mesmo que sua mira fosse horrível e tenha quase acertado a perna de um filho de Deméter. E ainda encontrava tempo para ficar conversando com Demetria e Angelique, provavelmente fofocando qualquer coisa, como toda garota normal fazia. 


Levei o cigarro aos lábios e suguei com mais força do que geralmente fazia. Inspirei o ar para fazer o efeito da nicotina subir mais rápido. Precisava me concentrar para não bater naquela Ruiva magricela. Mas só de vê-la usando a espada de jeito tão errado, me irritava. Eu amava a batalha com espadas e era quase uma ofensa que ela estivesse tentando algo com aquela arma. 


-Você está fazendo tudo errado – resmunguei alto ao vê-la cortar o ar e quase perder o equilíbrio do corpo. 


Porém bastou eu me pronunciar que ela se assustou, tropeçou e caiu de bunda no chão. A espada escorregou de sua mão e quase cortou a canela direita. O que eu disse sobre ela se matar um dia? Era exatamente por essas coisas. 


-Portilla! – ela exclamou surpresa e se levantou completamente vermelha, mas ao me ver franziu o cenho – Não sabia que você fumava. 


-Você sabe nada sobre mim, Saviñon – deixei claro e traguei mais um pouco do cigarro – Saia daqui, treine na arena. 


-Por que deveria? – ela ergueu o queixo de modo desafiador. 


-Porque teria de me enfrentar para ficar aqui, quer apanhar logo cedo? 


Ela me olhou com ódio nos olhos cor de chocolate. Eu sabia que estava sendo grossa e rude, mas isso pouco me importava. Queria que ela explodisse por estar no meu lugar favorito, na melhor hora da manhã para mim. 


-Eu só quero treinar em paz, sem ter alguém dando palpite! – ela se defender e abaixou para pegar a espada. 


-Não seria necessário dar palpite se estivesse fazendo certo – revirei os olhos e apontei para a trilha atrás de mim – Agora saia! 


Ela fechou a mão livre em punho e manteve o olhar travado no meu. Eu tentei impor minha presença, ela ficou incomodada, mas Dulce não recuou. Eu tinha de dar um ponto para ela, isso raramente acontecia. Ser filha do deus dos deuses tinha me dado a habilidade de intimidação, mas parecia que quando Dulce María estava sendo teimosa nada a intimidava. Porém, mesmo assim, ela começou a andar para a trilha e eu quase sorrir com a pequena vitória. Levei o cigarro mais uma vez aos lábios, virando o rosto para poder assoprar a fumaça suavemente. 


-Você entende bastante de espadas não é? – Dulce perguntou antes de passar por mim. 


-Sim – confirmei secamente. 


-Ninguém derrota você na espada, não é? – ela prosseguiu. 


Virei meu rosto e ergui uma sobrancelha como se perguntasse “onde você quer chegar?”. Dulce respirou fundo e ficou brincando com o cabo da empunhadura da espada que segurava. Eu estava com um mal pressentimento. 


-Portilla, eu quero que você me ensine a usar a espada! 


Ela simplesmente disparou aquilo. Assim. Sem mais nem menos. Eu a olhei surpresa, já que Saviñon não estava nem ao menos pedindo. Então eu me descobri dando risada de como aquilo era um absurdo. 


-Você sabe contar algumas piadas as vezes, Saviñon – disse e fechei novamente o semblante – Agora vaza daqui, ainda tenho mais um cigarro no bolso e quero aproveitar que ainda é cedo. 


-Não, por... – ela fez uma careta – Por favor, Anahí. 


-Não se iluda Dulce, eu não vou ajudar você! – vociferei prontamente. 


-Você disse que é a melhor na espada. Maite é boa com adagas, mas eu não gosto. Ally está me ensinando arco-e-flecha e eu tenho melhorado. Mas... Eu sinto que preciso. As espadas podem ter muitas vantagens, eu vi os garotos treinando e meio que me identifiquei. E você disse que era a melhor e é a única que eu conheço por aqui que sabe usar a espada tão bem. 


Dulce disparou a falar, parecendo nervosa e tentando justificar seu ponto de vista. Ela estava certa, ninguém me vencia em um duelo quando eu estava portando uma espada. Havia treinado todos esses anos com aquela arma. Era até como se fosse uma parte de mim. 


-Não – neguei mais uma vez de maneira fria – Eu ganho nada com isso, Saviñon. Você está me irritando já! 


-E vou irritar mais ainda se não me ajudar! – Dulce ameaçou, parecendo desesperada, determinada e ameaçadora ao mesmo tempo – Eu vou te perturbar todos os dias, a todo o momento! Mesmo que você me bata, eu vou continuar! E vou ficar te chamando de Pikachu. Vou te atormentar tanto que você vai se arrepender de não ter aceitado! 


-Pikachu?! 


-Sim, aquele ratinho amarelo elétrico que solta choque do trovão. Ele é até fofo.  


Aquela garota é louca. Eu tinha esquecido até do meu cigarro que estava chegando ao fim. Resmunguei, o joguei no chão e pisei. Passei a mão sobre o cabelo movendo os fios Castanhos claros para trás, era uma pequena mania minha. Olhei para Dulce, admitindo que ela tinha coragem. Mas ainda assim neguei com a cabeça e comecei a me afastar, não iria mais discutir um absurdo daqueles com uma garota da qual nem ao menos me importava. 


-Anahí! – Dulce me seguiu, segurou meu braço firme, bem firme, olhei para ela completamente irritada e zangada, mas isso não a intimidou – Por favor, eu preciso. De alguma forma eu preciso fazer isso certo. Eu estou tentando de verdade, eu prometo que vou fazer tudo o que você mandar nos treinos. Não vou reclamar de nada! 


-O que eu ganharia com isso, Dulce? Nada. Vê? É inútil para mim. 


-Eu só quero ficar forte para poder proteger minha mãe e viver com ela! – Dulce gritou, exasperada, cansada e apertando ainda mais meu braço. Aquilo fez meu coração disparar por um momento – Eu não pedi por nada disso, mas eu sei que não tem como mudar essa merda toda. Então eu quero aprender a lidar com isso e poder ficar perto da única pessoa viva que pode me amar. Tem essa coisa louca ainda atrás de mim e eu quero poder sobreviver a isso, Anahí! 


Só naquele momento eu entendi que Dulce não estava sendo nem um pouco orgulhosa ou querendo algo realmente mesquinho. Ela queria aprender a lutar para se defender, para sobreviver. E para proteger alguém que ama, tendo uma mísera possibilidade de poder ainda viver junto dessa pessoa. Sua mãe. Esse pensamento me fez lembrar da minha própria, de como ela me expulsou de casa falando que eu era um perigo para Mari e Eddie, meus irmãos. Eu pouco me importava com ela, mas sim com os meus pequenos. A saudade deles me deixava ainda mais amargurada e se Dulce fosse seguir o caminho da sobrevivência solitária, como eu havia feito, perderia toda a vivacidade que tinha naqueles lindos olhos castanhos. Ela não merecia a minha vida, ninguém merecia. 


-Ok, tem razão. Foi demais da minha parte achar que você tinha algum tipo de bondade – ela resmungou soltando meu braço e limpando algumas lágrimas que desciam pelo rosto dela – Morra engasgada com esse cigarro, Portilla. 


Deixe ela ir embora, dizia para mim mesma. Deixe ela se virar sozinha, ninguém nunca ensinou nada a você. Apesar de ter Maite ao meu lado, ela não entendia muita coisa sobre mim, apesar de me apoiar mesmo assim. 


Puta merda, eu vou me arrepender disso! 


-Você está usando a espada errada – falei a vendo parar no meio de caminho e virar para mim surpresa – Ela é pesada demais para alguém como você – comecei a andar e passei por uma Dulce estática – Vamos ao arsenal pegar a arma certa para que comece. 


-Você... Você vai me ajudar? – Dulce me seguiu, ainda incrédula. 


-Sim – disse e revirei os olhos – A parte de que você falou que iria ficar me irritando todos os dias realmente me assustou. Seu apelido nerd então? Nossa, quase me fez temer pelo meu status social no acampamento. 


Saviñon sorriu, um lindo sorriso cheio de expectativas e que a deixou ainda mais bonita. Desviei minha atenção para o caminho, me xingando mentalmente por estar notando aquele tipo de coisa. 


-Só para deixar claro, você fará tudo o que eu ordenar, por mais absurdo que seja – disse firme – Se eu mandar você correr, você corre. Se eu mandar você se bater, você se bate. 


-Ok... Você é sádica? 


-Não, mas definitivamente você é masoquista por ainda estar me seguindo. Que fique claro que você que aceitou isso. 


A garota apenas acenou com a cabeça e me seguiu em silêncio. O caminho foi curto depois disso, entramos em um enorme depósito onde guardávamos boa parte de nosso arsenal bélico. Fui diretamente para a parede onde estavam as espadas. Coloquei a mão sobre o queixo analisando cada uma delas, em seus diferentes tipos e formas. Uma espada nunca era igual a outra, variava em seu formato, seu peso, seu material e até mesmo sua funcionalidade. 


-Elas são tão diferentes uma da outra – Dulce comentou ao meu lado, realmente interessada. 


-Sim – concordei sem olhá-la – Você não tem força para usar as espadas mais longas, nem as bastardas que geralmente são de duas mãos. Então estou em dúvida entre as espadas curtas, que exigem ataques diretos e a curto alcance. Ou até mesmo os floretes, que possuem a lâmina mais fina, para quem tem mais agilidade e velocidade. 


-Vou deixar você escolher ou irei pela que mais parece bonitinha – ela admitiu. 


Revirei os olhos e optei por uma espada leve. Escolhi três e a fiz segurar, questionando sobre o peso da espada. Não podia ser suave demais ou pesada demais. A melhor que se encaixou eu a fiz levar. A gritos, ensinei como se colocar a bainha no corpo, era tão irritante ela não saber as coisas mais básicas que eu já começava a querer desistir. Porém, eu não era de voltar atrás, se quisesse que aquilo acabasse, eu teria de fazer Dulce sofrer até pedir para parar. O pensamento me fez quase sorrir diabolicamente. Não era uma pessoa má, apesar de meu comportamento levemente agressivo. Mas Dulce sabia ser irritante e persistente quando queria. 


Seguimos para a arena, Dulce sem jeito de estar andando ao meu lado. Eu ignorando qualquer coisa. Não devia satisfação de minha vida a ninguém, se alguém viesse reclamar mandaria chupar a manga azeda que o Hades cuspiu. Ao chegar lá, tentei ser paciente e mostrar como se segurar a espada. 


-Nem firme demais ou vai doer o pulso, nem suave demais ou irá perder o manejo correto – instruí – por isso é importante o peso da espada ser minimamente confortável e força física para carregar certos tipos de espadas. 


Dulce acenou e fez alguns movimentos, muito melhores apenas por estar segurando uma espada mais propícia a suas habilidades. 


-Em uma batalha a um princípio primordial. Tenha uma boa de pés, ou fode tudo – expliquei da melhor maneira que eu conseguia – Joelhos flexionados para conseguir uma reação rápida. Você tem de ser rápida nos movimentos e saber ler o oponente para poder se posicionar. 


Eu falava e dava exemplos. Dulce seguiu uma vez, quase acertando de primeira. A corrigi e ela acertou. Mas na terceira vez ela ficou tão concentrada em observar os pés que, como que magicamente, começou a tropeçar para frente e quase me furou com a espada. Eu roubei a arma dela de mal humor por ter quase sido atingida. 


-Primeiro é bom você começar a ter mais habilidade corporal mesmo, ou irá me matar sem querer – bufei. 


-Ou querendo mesmo – ela acrescentou rapidamente. 


-Justo, mas daqui até lá, contente-se em se manter viva primeiro. Você vai precisar se alimentar pelo menos de três em três horas, já vi como você come e é impossível te pedir algo saudável. 


-Ei, eu sou uma jovem em crescimento, preciso de pizza! 


-Milagrosamente deve ir tudo para a sua bunda. 


-PORTILLA! 


Ela avançou para me bater, mas eu simplesmente desviei. Não era segredo nenhum, Dulce possuía uma bunda invejável, e, eu tinha de admitir, muito gostosa. Ela resmungou frustrada por ter errado e eu soltei um sorrisinho irônico. Depois disso, a fiz fazer vários exercícios só para saber como andava a sua condição física. No fim, ela caiu deitada na arena sem se importar com a sujeira. Estava suada e visivelmente acabada. 


-Já vai pedir para sair? – perguntei esperançosa. 


-Nunca, Portilla, não vou desisti – ela gemeu de dor e levantou meio cambaleante – Vamos, manda ver, o que você quer agora? 


-Que você tome um banho, está acabada – disse sincera até demais, conseguindo um olhar mortal dela – Nos encontraremos todas as manhãs, logo quando o sol nascer. Não quero reclamação, você que pediu. Beba bastante água e também terá de falar com a Angelique. 


-O que a Angel tem a ver com nossos treinos? 


-Você precisa de equilíbrio corporal, ter alguma noção das coisas. Peça para Angel te ensinar a dançar. 


-Sério isso? 


-Sim. 


-Você sabe dançar, Portilla? 


-Como eu disse, você sabe de nada sobre mim Saviñon. Até amanhã e se você se matar até lá ao tropeçar em algo pontiagudo, irei ao seu enterro por pura consideração a sua coragem de ter pedido minha ajuda. 


-Desculpa, mas pessoas azedas em meu enterro eu dispenso. Estou liberada? 


-Amanhã, pela manhã esteja aqui e... É melhor você não usar acessórios quando estiver treinando – comentei apontando a espada em direção ao pescoço dela, onde repousava uma corrente de prata com o pingente escondido dentro da blusa. Só agora notei que ela estava sempre com aquilo. 


-Não vou tirá-la, é um presente de meu pai – disse firmemente. 


-Ok, dispensada. 


Ela assentiu e praticamente se arrastou para fora da arena. Deixei um sorriso escapar, pequeno e torto. Aquilo poderia ser um pouco divertido, no final das contas. 



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Autor(a): AnBeah_Portinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • tryciarg89 Postado em 09/02/2022 - 17:32:25

    Por favor poste mais,uma das melhores fics que já li,descobri ela recentemente. Mas por favor continue...

  • raphaportiñon Postado em 28/01/2022 - 14:34:57

    Poxa, achei essa fic há poucos dias e me apaixonei por ela. Li e reli várias vezes nesse pouco tempo e é uma pena que não teve continuação, ela é maravilhosa e perfeita assim como Portiñon. ❤️... Com almas gemêas como deve ser, sem traição mas com todos os sentimentos de amor, dor, bondade, raiva, felicidade, ciúme, perdão, angústia, amizade, aventura e um amor eterno. Cada capítulo foi sensacional. Pena que não teve continuação e fim !

  • livia_thais Postado em 02/04/2021 - 23:41:44

    Continuaaa

  • DreamPortinon Postado em 19/12/2020 - 03:48:41

    Continuaaaaaaa

  • siempreportinon Postado em 05/11/2020 - 21:08:27

    Continua!!!

  • candy1896 Postado em 05/11/2020 - 20:12:12

    QUE BOM QUE VOLTOU, CONTINUA

  • livia_thais Postado em 30/09/2019 - 22:05:41

    Continuaaa

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:11:59

    VOLTAAAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:02:43

    Continuaaaaaa

  • Jubs Postado em 02/05/2019 - 03:04:52

    CONTINUAAA QUE ESSE CAPÍTULO SÓ ME DEIXOU CURIOSA


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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