Fanfic: The Mythology- Portiñon- Adaptada | Tema: Dulce María, Anahí Portilla, Portiñon, Mitologia Grega

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Pov Dulce

Aquilo deveria ser o rei dos reis dos monstros. Ou um demônio como a própria Despina havia chamado. Com a presença dele ali, até mesmo os nossos inimigos tinham congelado para olhar aquela figura enorme e assustadora. Grande era um adjetivo que se tornava minúsculo perto daquilo. Um colosso monstruoso, talvez? Não importava, aquilo poderia devastar uma cidade pequena com
pouco menos de cinco passos. Ele tinha um corpo que lembrava um berserker, um guerreiro extra grande e forte. Parecia haver uma carapaça sobre seus ombros e que desciam pelos braços, formando uma proteção extra de couro e que deveria ser resistente. Sua pele era azul escura, seu abdômen era tão definido como se tivessem rochas ali. O rosto? Era mais assustador do que os piores pesadelos de uma criança traumatizada pelo bicho que se esconde dentro do armário. Seu maxilar parecia ser protegido por ossos, ossos estes que se alongavam pela lateral do rosto, tomavam a testa e cresciam como
chifres para trás. Com a boca entreaberta, naquela distância, eu conseguia ver cada um dos dentes sendo exibidos. Grandes, pontiagudos, mortais.

O monstro moveu os ombros, jogou a cabeça para trás e urrou. Um urro que pareceu reverberar por todo o Alasca. Até mesmo os deuses devem ter escutado do Monte Olimpo. Alguns orcs encolheram de medo, elfos negros recuaram e o medo parecia estar presente em todos nós. Era incontrolável, aterrorizador.

-O que você fez?! – Hades gritou – Como pode libertar esse monstro?! Irá acabar com tudo!

-É o preço que estou disposta a pagar – Despina falava com desprezo – Um que custará a vida de sua amada de uma vez por todas!

Ao mesmo tempo em que Hades gritava um sonoro e poderoso não, avançando contra Despina, a deusa abria sua mão em nossa direção, mas mirando em minha mãe. Tudo pareceu acontecer em câmera lenta. Da palma esbranquiçada, saiu um raio azul claro. Anahí segurou em meu corpo institivamente, começando a me puxar para me proteger daquele golpe. Perséfone estava levantando o corpo para tentar escapar, mas parecia que seria tarde demais. E o teria sido. A deusa da primavera teria sido atingida em cheio por um golpe furioso e poderoso de sua meia-irmã... Se Hécate não tivesse agido. A deusa da magia e das cruzadas tomou uma decisão, traçando seu próprio caminho ao se pôr na frente de Perséfone. Suas mãos foram para frente, criando um círculo mágico de cor branca em pleno ar, fechos de luz se formando tão rápido que era como se fosse um
efeito de luz. Mas não rápido o suficiente para conter o golpe por completo. O círculo mágico de defesa diminuiu o impacto, mas Hécate foi jogada para trás, recebendo parte do
golpe.

-Não! – Miley gritou correndo para a sua mãe.

Então tudo pareceu voltar a sua velocidade normal. Anahí quase caiu ao me puxar bruscamente. Hades foi com tudo para cima de Despina, conjurando sombras que envolveram a deusa e parecia sufoca-la. Ele parecia, naquele momento, tão aterrorizante
quanto aquele demônio. Mas então Perséfone o chamou e Hades pareceu acordar de seu torpor.

A batalha tinha recomeçado, um tanto quanto confusa pois agora parte dos nossos inimigos pareciam querer fugir. E se eles queriam fugir, eu podia apostar que nós também iriamos querer. O deus dos mortos soltou Despina e correu para Perséfone, a deusa da primavera estava ao lado da amiga.

-Temos de leva-la ao Monte Olimpo – Perséfone falava com um leve tom de
desespero.

-Não passaremos daquele demônio – Hades olhava para Hécate com um semblante sério, com raiva contida – Infernos! Despina não o controla, não conseguiu energia suficiente para isso e nem sei de onde ela conseguiu o suficiente para despertar uma besta
dessa e---

Hades parou de repente, abrindo seus enormes olhos negros e encarando a esposa. Ela engoliu em seco e balançou a cabeça confirmando. Era por isso que Despina não tinha
simplesmente matado Perséfone como vingança. Ela estava usando a energia da deusa para reanimar aquele monstro demoníaco. Tudo começou a tremer quando o demônio do gelo começou a tentar quebrar o resto da parede que o continha.

-Eu sei como pará-lo – Miley falou, seu tom distante enquanto encarava a mãe semi inconsciente.

Hécate pareceu prender a respiração. Ela não conseguia falar, mas olhava para Miley como uma verdadeira mãe desesperada e preocupada o faria.

-É a minha escolha – Miley levantou e levou a mão ao pescoço de Hécate, retirando dali o colar pentagrama que a deusa usava – Vou precisar disso, infelizmente não teria energia suficiente – Hécate usou de todas as forças para segurar o braço da filha –
Desculpe mãe, é o caminho que eu escolhi, sabe que não pode se intrometer. Não você.

-Faça-o – Hades ordenou encarando Miley e suavizando o olhar – Será um ato belo de bravura e se conseguir, salvará muito mais do que pode imaginar.

-Eu vou conseguir – Miley falou determinada, passando a caminhar na minha direção e a de Anahí – Vou precisar da Dulce.

-Não! – Anahí se colocou a minha frente – Ela não vai sozinha.

-Você tem de ficar. Ucker está ferido, Ally está cuidando dele e Troy fazendo a guarda. Os outros estão machucados e Anahí, você é a mais poderosa. Terei de levar Demetria comigo também e o desfalque será grande. Se perdermos aqui, nada disso valerá a pena também – Miley falava determinada em cada palavra – Dará tudo certo, eu prometo.

-Eu vou, Anahí – passei pela sua barreira corporal e a fitei entre determinada e carinhosa – Logo voltarei, prometo. Fugiremos para o Caribe depois.

Apesar da tentativa de brincar enquanto o mundo acabava ao nosso redor, Anahí permaneceu séria, dando um passo para trás enquanto Miley segurava em meu braço e íamos buscar por Demi. Em uma última olhada, eu via Anahí segurando mais firme a sua espada e avançando ao lado de Hades para voltar a batalha. O deus parecia cansado e por um momento lembrei do que Despina havia dito. Ele era fraco ali, por causa do lugar, e incrivelmente já havia feito muito. Ele não se afastou muito da esposa e da deusa caída, fazendo proteção a elas enquanto minha namorada deslizava pelo salão brandindo a espada, disparando raios e rivalizando em brutalidade com a Ariana.

-Demi! – Miley gritou quando a avistou.

Retornei à minha concentração. Demetria terminava de lançar flecha contra um lobo branco, auxiliando Poncho na batalha. Assim que Miley fez o chamado, a filha de Apolo
voltou sua atenção à namorada e se aproximou a passos largos.

-Está tudo bem? Como está sua mãe? – Demi perguntou rapidamente.

-Ficará bem, mas para isso temos de parar aquela coisa – Miles disse apontando para o alto, em direção ao demônio que quebrava toda a coluna de gelo ao seu redor ainda – Dul, chame Penélope e peça para que ela nos leve o mais próximo possível dele.

-Qual o plano? – Demi indagou hesitante.

-Eu conheço uma magia – foi tudo o que Miley falou – Confia em mim, dará certo.

Demi concordou com um aceno de cabeça, confiando tão cegamente em Miley quanto eu confiaria em Anahí. Corremos para um lugar mais seguro, seguindo por um corredor até encontrarmos uma grande sombra. Assoviei chamando por Penélope e ela
saltou elegantemente da parede sombria. Dessa vez, minha cadela infernal parecia acuada, as orelhas para baixo e o tempo todo olhando em direção ao demônio.

-Eu sei – falei com ela acariciando o seu pescoço – Mas precisamos chegar perto dele para derrota-lo. Hades, Perséfone e Hécate precisam disso, ok?

Penélope rosnou baixinho, mas baixou o corpo para que pudéssemos subir. Eu fui a frente, Miley ao meio e Demi a agarrando firmemente para que não caísse por trás. Penélope se jogou pela sombra e a viagem foi realmente rápida, estava tão acostumada a isso que já quase não surtia efeito em mim. Coisa que não se aplicava em Demi, já que assim que Penélope saiu por uma sombra de uma árvore, ela escorregou aos tropeços e quase vomitou.

-Ali – Miley apontou para um ponto à frente.

Daquele ponto de vista, o demônio era ainda mais assustador. Estávamos bem próximo, menos de meio quilometro. A besta estava soterrado até a metade do corpo, lutando para se soltar. Miley olhou para Demi que fez um sinal de ok com a mão mostrando que estava tudo bem. Olhei para Penélope e ela recuou, era o máximo que a cadela iria. Respirei fundo e segui a filha da magia quando ela começou a correr em direção ao mais temível inimigo que eu já vi. Éramos tão insignificantes que o demônio
gélido não nos notou, estava ocupado demais esmurrando o gelo.

Corremos até perto de uma rocha esbranquiçada. Miley olhou o lugar, segurou firme o colar que tinha pegado de Hécate, soltou um suspiro longo e saiu da proteção da rocha. Demi a olhou surpresa, fazendo gestos para que voltasse e se escondesse. Mas
tudo o que a semideusa morena fez foi caminhar e parar no meio do nada, nos obrigando a segui-la... Apenas para que Miley apontasse a mão em nossa direção, murmurasse alguma coisa e correntes negras surgissem absolutamente do nada, nos prendendo e jogando contra a rocha.

-O que...?! – Demi gritou.

Que merda é essa? – vociferei encarando Miley.

-Eu precisava de você Dulce, para me deixar o mais próxima possível dele – Miley disse mordendo o lábio, mexendo no colar nervosamente – E eu precisava de você Demi, porque... Porque eu precisava me despedir antes.

Minha expressão de surpresa era tão óbvia quanto a de Demetria. Despedir? Então...

-Não! NÃO! – Demi começou a se debater, sendo esse o motivo por Miley ter nos prendido – Você não vai fazer nada para pôr sua vida em risco. Dulce! Nos tire daqui, faça alguma coisa!

-Ela pode fazer nada Demi – Miley aproximou, os lábios tremiam e os olhos estavam marejados. Ela ajoelhou na frente de Demetria que implorava com murmúrios para que ela não fizesse as coisas. Miley tocou o lábio dela com dois dedos e Demi silenciou-se por magia – Shhh. É uma escolha minha, ok? Mas para que eu faça isso de maneira tranquila eu preciso que você saiba, Demi – Miley acariciou o rosto de Demi com dedos trêmulos, nesse momento nós três já estávamos chorando – Eu amei você mais do que eu pensei ser capaz de amar alguém.

-Miley, não faça isso – eu implorei por Demetria – Vocês tem de ficar juntas, vocês duas se amam, deve haver algum outro jeito!

-Não há nada Dul, se houvesse realmente, eles teriam dito quando eu peguei o colar – Miley argumentou e fungou – É uma magia poderosa, tanto quanto a que minha irmã usou para me proteger. Eu vou prender mais uma vez esse demônio, mas é o tipo de
magia que exige... Tudo.

Demetria agitou-se, balançando a cabeça e tentando soltar-se. O soluço parecia travado em minha garganta. Eu não conseguia acreditar que Miley tinha me trazido até ali para assistí-la morrer ao lado de sua namorada.

-Não faça isso, não! – eu continuei a implorar, mesmo que tudo o que ela tenha dito tivesse lógica, que fosse para um bem maior – Chega de mortes, chega!

Ela tocou meus lábios assim como fez com Demi, as lágrimas pareceram triplicar. Miley então segurou entre as mãos o rosto de Demi e aplicou um beijo demorado e casto. As lágrimas da filha de Apolo eram tantas que molhavam por completo a mão da garota morena.

-Você não irá parar no tempo por minha causa. Eu amo você e sofreria só de pensar que você se entregou a escuridão por minha causa. Nós iremos nos encontrar mais uma
vez, nem que seja em outra vida – Miley falava em um tom choroso e carinhoso ao mesmo tempo – Porque eu nasci para ser sua, eu tenho certeza disso. Então... Viva por mim também, faça tudo o que nós queríamos fazer. E não desista de nada, porque você é
a pessoa mais incrível desse mundo, Demetria Lovato.

Um último beijo foi trocado. Demi tremia os ombros de tanto que chorava. Miley enxugou o rosto e começou a se afastar. Eu sentia Demetria morrendo a cada passo que
Miley dava em direção ao monstro. Arfei quando ela parou a cinquenta metros de distância, o suficiente para ser atingida por uma das pedras de gelo que se deslocavam sempre que o demônio tentava se soltar.

Ela pareceu colocar o colar no pescoço, ajoelhou sobre um joelho e colocou a mão sobre o chão. Meio minuto depois, um enorme círculo mágico se formou sobre o chão, com
um diâmetro grande o suficiente para cobrir a área dela e do monstro, mas não chegando perto de nós. Demi soluçava e batia os pés, tentava gritar, mas nada saía de sua boca. Eu
também tentava, mesmo que soubesse que era inútil. A dor de simplesmente saber como tudo aquilo iria terminar era ainda maior do que assistir.

O círculo mágico foi ganhando cor, ficando mais forte, alternando entre o azul e o roxo. O monstro parou, tentou virar o corpo em direção a Miley fazendo toda a geleira estremecer. Sua face era ainda mais assustadora de perto, como se estivéssemos
encarando o lado mais sombrio de uma besta. Ele urrou na direção dela, mas Miley não hesitou, ela ergueu-se e começou a flutuar.

O corpo pequeno e moreno pareceu ganhar vida mágica. Uma aura esbranquiçada a tomou, tornando a garota dotada de um poder mágico que era palpável até mesmo de
onde nós estávamos. Outro círculo mágico surgiu sobre a cabeça dele, com a mesma proporção e posição com o que estava no chão. Raios coloridos começaram a sair no limite da circunferência. Todo o ar ao nosso redor tornou-se agitado. Era algo lindo e mágico, mas cheio de um significado que arrasava o meu coração.
O demônio de gelo tentou atacar. Ergueu a mão e ia golpear Miley. Demi agitou-se ainda mais, porém menos de cinco metros de distância, um campo de força translucido impediu o avanço, soltando choques por todo o braço do monstro. Ele não conseguiria encostar um dedo na filha de Hécate. Não quando ela estivesse naquela forma. Os raios e as cores nos círculo mágico se intensificaram. Miley brilhou fortemente e a besta invernal gritou em agonia. Ele estava se agitando até que correntes surgiram, grandes, mágicas, poderosas. Envolveram os braços dele e o prenderam no chão. Uma coleira que parecia ser feito de bronze celestial circulou o pescoço dele e por fim, todos os raios o atingiriam. O monstro ficou congelado e selado nas correntes mágicas.
Lentamente os círculos mágicos foram perdendo o brilho até desaparecer.

Miley ainda flutuava e brilhava, seu corpo virou e Demi pareceu estremecer. Quando olhei em seus olhos, a filha de Apolo encarava fixamente a garota que voava, até que estalou em minha mente que Demetria podia enxergar de longe,provavelmente estaria vendo Miley de perto naquele momento.

“Eu te amo, por favor, não me deixe”. Eu podia fazer a leitura labial perfeitamente, pois seria exatamente o que eu falaria para Anahí. Olhei para Miley, mas tudo o que eu consegui enxergar foi um leve aceno de adeus. Então ela brilhou forte até a luz
desaparecer e leva-la consigo.

Nossas correntes se quebraram e eu senti como se uma bola estivesse saindo de minha garganta. Ao mesmo tempo, eu escutei o grito de dor de Demetria ao meu lado. Ela desabou sobre meu colo, chorando convulsivamente. Meu coração se apertou e despedaçou, eu me sentia incapaz, pequena e frágil. Inútil. Demi permaneceu daquele jeito enquanto tudo o que eu podia fazer era segurá-la forte, com medo de que ela se
quebrasse com tamanha dor.

Não sei quanto tempo se passou, apenas que em algum momento o chão ao nosso lado deu uma leve estremecida. Olhei na direção vendo um Hades cansado da batalha, a
sua direita uma Anahí que arregalou os olhos ao nos ver. Ela correu em nossa direção e caiu ajoelhada perto de mim. Eu não podia abraça-la por causa de Demi, apesar de minha real vontade era a de agarrá-la e chorar para sempre.

-Onde está Miley? – Anahí fez a pergunta proibida.

Demi soluçou forte e agarrou-me ainda mais. Olhei para Anahí em dor, pesar e
principalmente luto. Palavras não foram necessárias. A filha de Zeus caiu para trás atônita, as lágrimas rolando silenciosamente pelo rosto enquanto ela percebia que a filha de Hécate tinha morrido.

-Acabou, crianças. Vou nos levar para um lugar seguro – Hades falou.

Primeiro ele nos teletransportou pelas sombras até o castelo, para a sala do trono. Todos estavam lá... Menos o Uckee. O corpo dele estava enrolado e sendo carregado por um Poncho que lutava contra lágrimas. Nenhum deles precisou perguntar onde estava
Miley, pois bastava um olhar para Demetria que perceberiam que ela estava devastada e abalada. Com todos reunidos, inclusive Perséfone e Hécate, uma apoiada na outra, Hades
finalmente fez um último teletransporte, com as sombra nos envolvendo como um abraço frio.

Quando tudo clareou mais uma vez, nós parecíamos estar em uma outra sala real. Mas dessa vez, uma bem decorada, linda, clara e com vários pares de olhos nos encarando abismado.

-Grande – Ariana resmungou próximo a mim – Ele nos fez invadir bem o salão de convivência do Monte Olimpo!

Olhei vagarosamente ao redor, finalmente notando os seres como ninfas e sátiros, outros que eu ainda não sabia identificar. Segurei no braço de Anahí e comecei a cair, finalmente deixando o cansaço falar mais alto. Ela não aguentou me segurar, mas fez com que nós duas desabássemos com cuidado. Os outros aos poucos também foram sentando ali mesmo, chorando ou se perdendo na conclusão que rondava a todas as nossas
cabeças.

Nós saímos vitoriosos, nós conseguimos. Mas também perdemos duas coisas preciosas para nós. Anahí ao meu lado começou a cair para trás, eu me assustei já que foi simplesmente de repente. A segurei e me desesperei ainda mais ao ver que ela estava inconsciente.

-Anahí! Anahí! – a chamava sacudindo o ombro.

Não, porque ela não acordava? Ela não poderia morrer, não ela!

-Calma, criança – uma mão tocou o meu ombro – Ela apenas desmaiou de cansaço.

Olhei para o alto e vi um homem. Sua barba era bem feita, o cabelo grisalho e sua postura a de um líder. Os olhos azuis faiscavam e a sua toga grega era magnífica nos mais mínimos detalhes. Eu não precisava perguntar o seu nome, aquele era Zeus, o pai de Anahí.

-Apolo! Priorize a cura de Perséfone e Hécate – Zeus ordenou, o seu tom de
liderança idêntico ao da filha – Asclépio cuidará dos semideuses. Hades... Precisamos
conversar.

-Não agora – Hades falou em um tom sério e sombrio, como desafiasse o irmão mais novo a contradizê-lo – Irei acompanhar a minha esposa, depois faço o maldito relatório para você. E não se atreva a dar um sermão por ter saído do Submundo para ir ao terreno
proibido!

-Eu sei reconhecer o momento de recuar, principalmente quando é você o herói – Zeus falou um tanto rude, mas soube recuar – O procurarei depois.

Um rapaz loiro seguido por ninfas pegou as deusas, provavelmente sendo Apolo. O próprio Zeus pegou a filha no colo, seu semblante ficando preocupado rapidamente, mas logo ele estava pondo a máscara de rei dos deuses. O quão furiosa Anahí ficaria se soubesse que era extremamente parecida com o pai? O deus maior começou a seguir em uma direção, sendo acompanhado por um jovem rapaz de cabelos encaracolados que
guiavam os semideuses, sendo provavelmente Asclépio. Eu o segui de perto, temerosa de estar tão próximo do rei dos deuses, mas sem me atrever a me afastar tanto de Anahí.

O pesadelo havia acabado. O irônico era que a realidade parecia que seria ainda pior agora.

Notas Finais

Devo chamar o Hulk pra me defender de novo? >...<

Duas boas notícias. A grande batalha já passou. Não haverá mais mortes!!*Pelo menos por enquanto né.*
Isso é bom, não é?