Fanfics Brasil - PARA A CASA DA VOVÓ NÓS VAMOS O Jogo Da Mentira- Trendy/Vondy

Fanfic: O Jogo Da Mentira- Trendy/Vondy | Tema: Dulce, gemeas


Capítulo: PARA A CASA DA VOVÓ NÓS VAMOS

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Na noite seguinte, Dulce entrou no condomínio dos Pardo, gemendo sempre que seus pés empurravam os pedais.


– Que dor – resmungou. Elas tinham acabado de ter o pior treino de tênis da história, que envolvera uma corrida de oito quilômetros antes de uma exaustiva partida amistosa, além de exercícios. Ela mal conseguia mexer as pernas. Por que Roberta não podia ser sedentária?


Taylor estava no banco do carona, mexendo em seu iPhone e ignorando o comentário de Dulce, embora também estivesse em agonia.


– Então, seu encontro com Alfonso ontem à noite foi bom? – Dulce não conseguiu evitar a pergunta.


Taylor levantou os olhos e lançou-lhe um sorriso meloso.


– Foi. Foi muito romântico... Acho que vamos juntosao Baile da Colheita.


– E Caleb?


Taylor se sobressaltou, pega de surpresa.


– Caleb e eu nunca fomos namorados – disse ela após um instante.


Dulce torceu o nariz. Pareciam ser no Baile de Bo as-Vindas, desejou dizer.


– E o que você tem a ver com isso? – disparou Taylor, voltando-se para o telefone. – Agora que está com Christopher...


Dulce se retraiu diante do modo enojado com que Taylor disse o nome de Christopher.


As amigas de Roberta pareciam aceitá-lo bem, sobretudo Taylor, que havia encorajado Dulce a abrir o jogo com as amigas sobre o romance. Mas seria uma atuação? Ou, se Taylor tivesse mesmo matado Roberta, seria uma sugestão secreta, como que para dizer: Eu sei que você não é minha verdadeira irmã. Sei que nunca gostou do Alfonso.


– Não tenho nada a ver com isso – disse Dulce rigidamente. – Só estava puxando assunto.


Mas eu tinha tudo a ver com isso. E se o Alfonso gostasse mesmo da minha irmã?


Será que faria isso comigo? Enfim, provavelmente tinha chegado à conclusão de que eu o trocara por Christopher. Ah, se ele soubesse a verdade...


Dulce parou na entrada da garagem dos Pardo. O sol estava se pondo atrás da casa de adobe de dois andares que a deixou de queixo caído quando viu pela primeira vez.


Ela ainda tinha dificuldade de acreditar que morava ali. Os raios alaranjados refletiam-se no Range Rover do sr. Pardo. Ao lado estava um reluzente Cadillac preto que Dulce nunca tinha visto. A placa da Califórnia dizia FOXY 70.


– De quem é esse carro? – perguntou Dulce, desligando o motor.


Taylor lançou-lhe um olhar estranho.


– Ahn, da vovó? – disse ela em tom de “dã”.


As bochechas de Dulce ficaram quentes.


– Ah, é verdade. Eu sabia. É que ela não vem aqui há algum tempo. – A essa altura, estava acostumada a disfarçar suas gafes “eu não sou Roberta”, embora não sentisse que estava se saindo tão bem. E, claro, a vovó Pardo seria mais uma pessoa que Dulce teria de convencer de que era Roberta.


Taylor já estava saindo do carro.


– Legal – disse ela, jogando uma mecha de cabelo louro-mel por cima do ombro. – O papai está fazendo churrasco. – E, com isso, ela bateu a porta.


Dulce puxou o freio de mão. Ela tinha se esquecido de que a mãe do sr. Pardo estava chegando para a festa de aniversário de cinquenta e cinco anos do filho, algo que a sra. Pardo vinha planejando freneticamente nas últimas semanas. Até então, tinha providenciado o bufê, organizado a banda, esquadrinhado a lista de convidados, gerenciado os lugares nas mesas e resolvido vários outros detalhes. A avó também estava ali para ajudar.


Com um suspiro profundo e fortificante, Dulce saiu do carro e tirou sua sacola de tênis do porta-malas. Ela seguiu Taylor pelo caminho de pedra que levava ao quintal dos Pardo. Uma risada feminina áspera e gutural trespassou o ar, e, assim que Dulce contornou a casa, viu o sr. Pardo diante da churrasqueira, segurando uma bandeja de espetinhos de legumes. Ao lado dele estava uma mulher mais velha, porém bem elegante, com um martíni na mão. Ela era basicamente o que Dulce tinha imaginado ao pensar na vovó Pardo: tranquila, classuda e charmosa.


O rosto da mulher se abriu em um sorriso frio ao ver as garotas.


– Queridas.


– Oi, vó! – gritou Taylor.


Por incrível que pareça, a mulher mais velha se aproximou delas sem deixar cair uma gota de álcool no pátio de pedra. Ela olhou Taylor de cima a baixo.


– Deslumbrante como sempre. – Depois, voltou-se para Dulce e a abraçou com uma força surpreendente para uma mulher tipo mignon. Seu colar de pérolas espetou a clavícula da garota.


Dulce retribuiu o abraço, inalando o perfume de gardênia da mulher. Quando a avó de Roberta se afastou, segurou Dulce diante de si e a examinou com atenção.


– Meu Deus – disse ela, balançando a cabeça. – Obviamente passei tempo demais sem vir aqui. Você está tão... Diferente.


Dulce tentou não se contorcer sob as mãos da mulher. Diferente não era exatamente a aparência que ela queria.


A avó de Roberta apertou os olhos.


– Será que é seu cabelo? – Ela levou um dedo ossudo e de unhas perfeitas aos lábios. – Por que a franja está sobre seus olhos? Como você consegue enxergar?


– É assim que todo mundo usa hoje em dia – retrucou Dulce, tirando a franja dos olhos. Ela deixara o cabelo crescer um pouco porque a franja de Roberta também era desse tamanho, mas no fundo concordava com a avó.


A senhora enrugou o nariz insatisfeita.


– Você e eu precisamos ter uma conversinha – disse ela em tom severo. – Soube que ainda está dando trabalho aos seus pais.


– Trabalho? – guinchou Dulce.


A boca da avó se tornou uma linha reta.


– Algo sobre roubar coisas de uma butique não faz muito tempo.


A garganta de Dulce ficou seca. Era verdade que roubara uma bolsa em uma loja para ganhar acesso à ficha policial de Roberta. Quinlan, o detetive de polícia, tinha uma pasta enorme sobre Roberta, cheia de trotes do Jogo da Mentira que ela tinha feito ao longo dos anos.


Enquanto vovó encarava Dulce com firmeza, uma lembrança voltou a mim: eu estava sentada em meu quarto prestes a fazer o upload das fotos da equipe de tênis para o Facebook quando ouvi vozes na sala de estar. Com a câmera na mão, fui na ponta dos pés até a escada, tentando ouvir. Parecia que vovó e meu pai estavam discutindo, mas sobre o quê? E foi então que minha câmera digital novinha escorregou da minha mão e caiu no degrau de cima com um baque. “Roberta?”, disse meu pai. Ele e minha avó saíram da sala e foram até a base da escada antes que eu conseguisse fugir. Eles me olharam do jeito que a vovó estava olhando para Dulce naquele momento.


– Já deixamos isso para trás – disse o sr. Pardo, virando filés na churrasqueira. Ele usava um avental preto com a estampa de uma cascavel enrolada na frente, e seu cabelo grisalho estava penteado para trás. – Na verdade, ela está se saindo muito bem nos últimos tempos. Tirou uma nota muito alta em um teste de alemão recentemente. Também está tirando boas notas em inglês e história.


– Você é indolente demais com ela – disparou a avó. – Ela nem sequer foi punida pelo que fez?


O sr. Pardo pareceu meio desanimado.


– Foi! Ela ficou de castigo.


A avó caiu na gargalhada.


– Por quanto tempo? Um dia?


De fato, o sr. Pardo tinha terminado o castigo antes da hora. Todo mundo fechou a boca, constrangido, e, por alguns longos segundos, os únicos sons foram o chiar da churrasqueira e os pássaros cantando. Dulce olhou de relance para a vovó Pardo, que encarava o filho. Era estanho ver alguém mandar nele.


Após um instante, ele pigarreou.


– Então, meninas. Frango ou carne?


– Frango, por favor – disse Dulce, ansiosa para mudar de assunto. Ela se sentou ao lado de Taylor em uma das cadeiras verdes em torno de uma mesa de jardim. A porta do pátio se abriu com um rangido, e Drake, o enorme dogue alemão dos Pardo, pulou para fora. Como sempre, foi diretamente até Dulce; era como se ele sentisse que ela ficava desconfortável perto de cachorros e estivesse fazendo de tudo para conquistá-la. Hesitante, Dulce estendeu a mão e deixou que ele a lambesse. Tinha medo de cães desde que um chow-chow a mordera, mas lentamente estava se acostumando ao imenso animal.


A sra. Pardo saiu da casa em seguida, com uma toalha de mesa xadrez azul e branca em uma das mãos e o BlackBerry, que não parava de tocar, na outra. Sua expressão era desanimada, mas, quando viu as filhas sentadas à mesa, abriu um sorriso. Mesmo quando a sra. Pardo estava estressada, ver Dulce e Taylor melhorava seu humor. Era uma experiência nova para Dulce. Em geral, as figuras paternas a olhavam com uma expressão reticente e interessada apenas no pagamento do sistema de adoção.


– Então, meninas, como foi o treino? – A sra. Pardo ergueu a toalha xadrez no ar e deixou-a cair sobre a mesa de vidro.


– De matar. – Taylor pegou um palito de cenoura em um prato de legumes que estava sobre a churrasqueira e a mastigou ruidosamente.


Dulce estremeceu diante da escolha de palavras de Taylor, mas forçou um sorriso cansado.


– Corremos oito quilômetros – explicou ela.


– Além dos exercícios de tênis? – A sra. Pardo apertou o ombro de Dulce. – Vocês devem estar exaustas.


Dulce assentiu.


– Com certeza vou precisar de um banho quente hoje à noite.


– Eu também – retrucou Taylor em tom petulante. – Não tome um de seus banhos de banheira de meia hora.


Dulce abriu a boca, prestes a dizer a Taylor que nunca tomaria um banho de banheira de meia hora, mas depois se deu conta de que devia ser algo que Roberta fazia.


Ela também começara outra lista: Diferenças Entre Mim e Roberta. A lista a ajudava a se lembrar de quem ela era em meio a tudo aquilo. Quando Dulce chegara a Tucson, só trouxera uma sacola pequena, roubada logo depois. O restante de suas coisas, seu violão, suas economias e seu laptop de segunda mão, comprado na loja de penhores, estava guardado em um armário na estação de ônibus de Las Vegas. Nos últimos tempos, parecia que sua identidade também ficara naquele armário. A única pessoa de sua antiga vida com quem mantinha contato era sua melhor amiga, Demi, com quem mal falara desde que tinha chegado a Tucson. Demi achava que Dulce estava feliz, morando com Roberta na casa dos Pardo. Dulce não podia contar a verdade, e as mentiras tornavam a distância entre elas grande demais para transpor.


O sr. Pardo aproximou-se da mesa e colocou ali cinco pratos cheios de grelhados.


– Frango para minhas meninas, filés para mim e para a vovó, ao ponto para malpassado, e muito bem-passado para minha linda esposa. – Ele afastou uma mecha de cabelo dos olhos da sra. Pardo e deu um beijo na bochecha dela.


Dulce sorriu. Era bom ver que duas pessoas podiam ficar juntas durante décadas e continuar tão unidas. Poucas vezes tinha vivido com uma família temporária na qual os pais morassem juntos, muito menos que se amassem.


Era algo que eu também notava agora que estava morta: meus pais realmente se gostavam. Terminavam as frases um do outro. Ainda eram carinhosos e doces um com o outro. Algo ao qual nunca dei valor quando estava viva.


A vovó Pardo voltou seus férreos olhos para o sr. Pardo.


– Você está magro, querido. Está comendo direito?


O sr. Pardo riu.


– Sério? Minha barriga de tanquinho não existe mais.


– Ele come muito. Pode acreditar – disse a sra. Pardo. – Você deveria ver nossa conta do supermercado. – Então seu BlackBerry tocou, ela olhou para a tela e franziu a testa. – Não acredito. A festa é no sábado, e agora a florista está me dizendo que não podemos ter malvas-do-campo nos arranjos de mesa. Eu queria muito usar apenas flores e plantas nativas do Arizona, mas talvez tenha que fazer alguns arranjos de copos-de-leite se a florista não for mais eficiente.


Dulce riu bem-humorada.


– Que tragédia, mãe!


Os olhos da avó de Roberta se estreitaram, e seu rosto ficou repentinamente duro.


– Olhe como fala, menina – advertiu ela em tom rígido.


As bochechas de Dulce ficaram quentes.


– Eu só estava brincando – respondeu em voz baixa.


– Duvido muito – disse a avó, espetando seu filé.


Mais uma vez, houve um longo e desconfortável silêncio. O sr. Pardo limpou a boca com o guardanapo, e a sra. Pardo brincou com o bracelete Chanel em seu pulso. Dulce se perguntou o que não estava percebendo.


Vasculhei minha memória enevoada em busca de uma resposta, mas não consegui encontrar nada. Sem dúvida a vovó estava de marcação comigo.


A sra. Pardo olhou para os convivas e depois fechou os olhos.


– Esqueci o jarro de água e os copos. Meninas, podem ir lá dentro pegá-los? – Ela parecia exausta, como se a avó estivesse drenando sua energia.


– Claro – disse Taylor em tom alegre. Dulce também se levantou, louca para fugir da avó. Elas foram até a cozinha de ladrilhos espanhóis. As bancadas escuras de pedra-sabão reluziam, e os panos de prato com tema de abacaxi pendiam organizados no puxador do forno. Dulce estava pegando o jarro de água quando sentiu certa mão em seu ombro.


– Roberta – chamou o sr. Pardo em voz baixa. – Taylor.


Taylor ficou imóvel com uma bandeja de copos cheios de gelo na mão.


– Soube que Alfonso vai voltar para a escola amanhã – disse o sr. Pardo, fechando a porta do pátio. As críticas da avó à sra. Pardo por escolher salsa como a música para a festa evaporaram no mesmo instante. – Não é porque saiu da cadeia que alguma coisa vai mudar. Quero que vocês duas mantenham distância dele.


Taylor contraiu a boca.


– Mas, pai, ele é meu melhor amigo. Você não tinha problemas com ele antes.


As sobrancelhas do sr. Pardo se ergueram.


– Isso foi antes de ele invadir nossa casa, Taylor. As pessoas mudam.


Taylor baixou a cabeça e deu de ombros. Dulce notou que ela não fez qualquer menção ao encontro que teve com Alfonso no dia anterior.


– Roberta? – O sr. Pardo encarou Dulce.


– Hum, vou ficar longe dele – murmurou.


– Estou falando sério, meninas – disse o sr. Pardo em tom grave. Ele olhou diretamente para Dulce, e mais uma vez ela se perguntou o que não estava percebendo. – Vou descobrir se você começar a andar com ele, e haverá consequências. – Depois ele virou as costas e retornou ao pátio.


Assim que ele fechou a porta, Taylor voltou-se para Dulce. Havia um sorriso doentio em seu rosto.


– Foi inteligente não mencionar que nos viu ontem à noite – disse ela em tom gélido.


Dulce fez uma careta.


– Se gosta tanto do Alfonso, você deveria ter dito alguma coisa. Convencido o papai a não se preocupar.


Taylor jogou o cabelo louro-mel sobre o ombro e se aproximou. Seu hálito cheirava a molho picante para churrasco.


– Nós duas sabemos que às vezes o papai é super protetor. Se sabe o que é bom para você, vai ficar de boca fechada. Entendeu?


Dulce assentiu vagamente. Depois que Taylor voltou ao pátio, Dulce se apoiou no balcão da cozinha, sentindo-se exausta de repente. Se sabe o que é bom para você.


Aquilo tinha sido... Uma ameaça?


Eu também não sabia. E não estava ansiosa para descobrir.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 294



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  • ana Postado em 02/03/2021 - 00:40:52

    Aaaaaa, kd vc????

  • ttm Postado em 27/07/2020 - 15:20:43

    deve ser horrível desconfiar de quase todos ao redor, continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 03/08/2020 - 13:49:40

      Já pensou passar por algo assim, é foda

  • ttm Postado em 23/07/2020 - 15:04:25

    continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 27/07/2020 - 13:50:47

      Continuando amore

  • ttm Postado em 21/07/2020 - 16:48:49

    ok, por essa eu não esperava de modo algum kkkkkkkkkk continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 23/07/2020 - 14:22:04

      Hahaha acho q bem esperava

  • ttm Postado em 19/07/2020 - 22:46:34

    continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 21/07/2020 - 14:53:42

      Continuando amore

  • ttm Postado em 17/07/2020 - 16:05:48

    PUTA MERDA, continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 19/07/2020 - 17:44:05

      Continuando amore

  • ttm Postado em 13/07/2020 - 18:36:59

    continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 17/07/2020 - 12:15:51

      Continuando amore

  • ttm Postado em 11/07/2020 - 22:07:43

    acho que a Taylor pode estar envolvida, mas também não tenho certeza hahahaha, continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 13/07/2020 - 17:31:13

      Várias teorias kkkk

  • ttm Postado em 09/07/2020 - 19:13:31

    continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 11/07/2020 - 16:12:27

      Continuando amore

  • ttm Postado em 07/07/2020 - 18:25:30

    a resposta da Belinda pra Bethany KKKKKKKKKKK amei, continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 09/07/2020 - 15:45:09

      Resposta foda kkkkk


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