Fanfics Brasil - Um caminho para a vitória O Jogo Da Mentira- Trendy/Vondy

Fanfic: O Jogo Da Mentira- Trendy/Vondy | Tema: Dulce, gemeas


Capítulo: Um caminho para a vitória

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Algumas horas depois, Dulce parou na entrada da garagem do bangalô de Christopher, que ficava em um condomínio na frente do Sabino Canyon. Era a menor casa do quarteirão (a de Anahí, ao lado, tinha mais que o dobro do tamanho) e sem dúvida já vivera dias melhores. Havia tinta preta descascada nas persianas e um pequeno rasgo na porta de tela, que pendia torta nas dobradiças.


Ela abriu a porta do carro e foi até a varanda de Christopher. Da área arborizada atrás da casa vinha o som dos grilos, cujo zumbido constante ressoava nos ouvidos de Dulce. Ela ergueu a mão para tocar a campainha, mas se retraiu quando ouviu um estrondo.


– Droga, Christopher – A voz de uma mulher ecoou do outro lado da porta. Um vulto passou pela tela sem notar Dulce na varanda. – Não pedi para você passar o aspirador ontem?


Dulce se afastou da campainha. Porém, antes de conseguir sair da varanda, passos soaram, e uma mulher alta apareceu no vestíbulo.


– O que você quer? – O vestido florido azul da mulher pendia solto sobre o corpo esquelético, e sardas manchavam sua pele clara. O cabelo castanho-acinzentado ralo estava preso em um rabo de cavalo bagunçado, e finas mechas caíam sobre seus olhos.


Eu tinha a sensação de que a conhecia, mas não sabia por quê. Christopher e eu não frequentávamos a casa um do outro.


– Ahn, oi – guinchou Dulce, olhando a mãe de Christopher através da tela. A sra. Uckermann não a abrira para ela. – Meu nome é Roberta – continuou, alternando o peso de um pé para o outro. – Vim buscar Christopher para o jogo de futebol.


– Eu sei quem você é – disse a mulher em tom cáustico.


Mais passos ressoaram, e Christopher apareceu atrás da mãe, com expressão aflita.


– Ahn, nos vemos depois, mãe. Volto às nove.


Ele contornou a mãe e saiu para a varanda. O lábio superior da sra. Uckermann formou uma linha fina e imóvel.


– Prazer em vê-la – disse Dulce de modo tímido. A sra. Uckermann se limitou a torcer o nariz e se afastou. A porta bateu com força atrás dela.


– Está tudo bem? – perguntou Dulce em voz baixa.


Christopher deu de ombros.


– Ela só está de mau humor.


Dulce tocou seu braço com solidariedade. A mãe dele tivera câncer, e o sr. Uckermann tinha ido embora durante a quimioterapia. Embora o câncer estivesse em remissão, a sra. Uckermann nunca se recuperara por completo emocionalmente e esperava que o filho cuidasse de quase todas as tarefas da casa.


Christopher se sentou no banco do carona e colocou o cinto de segurança enquanto Dulce ligava o motor.


– Então, posso ver a mensagem? – perguntou ele em voz baixa.


Dulce assentiu. Com o carro em ponto morto na entrada da garagem, ela tirou o celular de Roberta da bolsa e mostrou a foto que tirara da tela de Taylor. Logo depois de encontrar a mensagem, ela ligou para contar a Christopher. Ele franziu a testa enquanto analisava a foto.


– Uau – sussurrou ele.


– Pois é – disse Dulce, também observando. Da próxima vez que nos virmos, você vai morrer.


Christopher se recostou no banco do carro, fazendo o couro vintage ranger sob ele.


– Então, acha que a Taylor matou Roberta em função de algum tipo de ataque de ciúme porque ela estava com Alfonso?


Se eu pudesse estremecer, teria estremecido. Pensei na ligação que Alfonso fizera para Taylor pouco depois de ter sido atropelado. Ela chegou com tanta rapidez, quase como se estivesse esperando na esquina. Alfonso disse que alguém estava nos perseguindo no cânion... Seria Taylor? Será que nos seguiu naquela noite e percebeu que estávamos namorando sem ela saber? Será que roubou meu carro, tentou me atropelar... E acidentalmente atingiu o garoto que gostava em vez de mim? Será que depois voltou ao cânion para me matar?


Dulce engatou a ré e saiu da entrada da garagem.


– Talvez. O amor pode causar atos insanos. Alfonso é lindo. E obviamente sedutor.


Assim que as palavras saíram de sua boca, Dulce se arrependeu de tê-las dito. Mas Christopher apenas assentiu, pensativo.


– Ela estava sempre atrás dele, a ponto de até eu perceber – contou ele com uma risadinha estranha. – Na época parecia um amor infantil, mas, se você estiver certa sobre o que aconteceu, era muito mais sinistro do que isso.


Dulce parou em um sinal e observou os carros passarem chispando pela rua principal.


– Como acha que ela fez? Digo, como matou Roberta? – As palavras tiveram um gosto amargo em sua boca. Uma coisa era falar sobre o fato de Roberta estar morta, mas era muito macabro falar sobre os detalhes de sua morte.


Eu me retraí ao pensar nos momentos finais. Minhas lembranças mais recentes eram da minha última noite de vida, mas, toda vez que tentava me lembrar, as memórias eram cortadas abruptamente. Minha morte estava tão próxima, mas eu continuava esperando para ver como tudo tinha terminado. Eu queria ver... E ao mesmo tempo não queria. Recuperar meus últimos momentos significava vivenciá-los de novo. Eu seria forçada a observar a vida ser drenada de mim. E sentiria aquilo. Tinha que me perguntar se existia alguma razão para eu ainda não ter visto a cena. Talvez, quando a força cósmica que me mantinha suspensa aqui no além finalmente me deixasse lembrar as circunstâncias de minha morte, eu morresse outra vez. Veria meu assassino, respiraria pela última vez e explodiria no éter, desaparecendo rápida e silenciosamente como um passarinho ao levantar voo.


Então outra ideia me veio à cabeça de repente, congelando-me até os ossos. Todas as minhas lembranças eram desencadeadas por coisas que Dulce descobria: a mensagem de Taylor, a ameaça de Lili por causa do trote do trem, a volta de Alfonso. E se minha última lembrança voltasse quando meu assassino estivesse fazendo com Dulce exatamente o mesmo que fizera comigo? E se só descobríssemos a verdade quando fosse tarde demais?


Christopher colocou a mão no joelho de Dulce.


– Não sei. Ela tentou estrangular Roberta no vídeo do assassinato. E, se voltou para encontrar a irmã, poderia ter usado o próprio carro ou algum tipo de arma. Vai ser difícil saber a não ser que nós... – Christopher se calou e, em seguida, pigarreou bruscamente. – A não ser que nós... A encontremos.


– É verdade – murmurou Dulce, com um nó se formando na boca do estômago ao ouvir as palavras de Christopher. Ela respirou fundo, parando atrás de uma moto em um sinal de trânsito. – Só preciso falar com Alfonso a sós por um instante para perguntar se Taylor passou a noite toda no hospital com ele. Se ficou lá, é inocente, mas se não...


Ela deixou a frase no ar, e eles passaram o resto do percurso em silêncio. Minutos depois, pararam no estacionamento do Wheeler. Emma estivera ali poucas semanas antes para uma partida de tênis. O colégio era o principal rival do Hollier, mas um pouco mais precário, com colunas descascadas sustentando um pórtico curvado. À esquerda da escola, projetores iluminavam o campo de futebol. Os jogadores se aqueciam usando agasalhos: marrom e amarelo do Wheeler e verde-escuro do Hollier.


Eles saíram do carro e atravessaram o estacionamento cheio em direção ao campo.


O ar cheirava a cachorro-quente e pretzel vendidos em carrinhos, e havia um monte de adolescentes junto aos portões. Quando viram Dulce e Christopher, viraram-se e ficaram olhando. Duas garotas cutucaram-se e sorriram para Christopher.


Dulce deu a mão a ele, cuja palma estava suada. Era sua primeira aparição pública como namorado de Roberta Pardo.


– Vai ficar tudo bem – sussurrou ela.


– Eu sei – disse ele com a voz tensa, conferindo rapidamente seu reflexo na lateral cromada de um dos carrinhos de comida do outro lado da entrada. Foi então que Dulce notou que ele tinha sido meticuloso ao se vestir naquela noite. Sua calça jeans parecia nova, a polo combinava perfeitamente com seus olhos, e ele tinha feito a barba, usando o pós-barba da Kiehl’s que ela lhe dera no fim de semana anterior. Era fofo ele estar tão ansioso para causar uma boa impressão.


Embora estivessem no Wheeler, parecia que o Hollier inteiro fora ver o jogo. As arquibancadas estavam cheias de gente de verde, que batia os pés e cantava o hino da escola. Dulce procurou o cabelo loiro de Belinda e o preto de Maite, mas não as viu.


– Que estranho – murmurou ela. – Elas me disseram que estariam na fileira de cima.


– Talvez estejam ocupadas planejando outro trote para nós – resmungou Christopher em voz baixa.


– Há, há, muito engraçado – disse Dulce. O Jogo da Mentira prendera Dulce e Christopher em uma casa abandonada na semana anterior. – Talvez nos prendam no banheiro desta vez.


Christopher torceu o nariz.


– Tomara que não seja no masculino. Aquele lugar tem cheiro de bunda.


– Quem sabe na sala de massagem? – provocou Dulce. – Com nossa própria massagista.


Christopher abriu um sorriso.


– Bom, isso eu apoiaria.


Havia um lugar vazio no topo da arquibancada, e Dulce puxou Christopher pelos degraus de metal. Algumas pessoas abriram espaço para eles se sentarem. Uma garota com cabelo chanel curto pegou o telefone, fingindo passar uma mensagem de texto, mas Dulce percebeu que tinha tirado uma foto de Christopher. Duas calouras que estavam a algumas fileiras abaixo soltaram risadinhas e apontaram para ele.


Dulce cutucou as costelas do namorado.


– Não olhe agora, mas acho que estão começando um fã-clube seu.


Christopher corou.


– Aham, sei.


A timidez dele não me enganou. Quando Christopher passou a mão pelo cabelo preto como nanquim, vi o traço de um sorriso em seu rosto. Seria possível que o Garoto Solitário estivesse gostando da nova atenção? Sempre achei estranho o fato de justo os não populares serem contra a popularidade. Quem não desejaria ser adorado?


Um árbitro apitou, e os dois times voltaram correndo aos bancos para conversar com os técnicos antes do início do jogo. O cheiro de mostarda fez o nariz de Dulce pinicar, e uma brisa suave correu por sua nuca. Christopher passou o braço ao redor de sua cintura e a puxou mais para perto.


– Está com frio?


– Talvez um pouco – disse Dulce.


– Roberta dizia que jogos noturnos eram seus preferidos – murmurou Christopher de forma que ninguém mais conseguisse escutar. – Ela dizia que jogar sob as estrelas era muito sexy.


Dulce virou o rosto para ele.


– Sério?


Christopher enfiou um cacho escuro atrás da orelha.


– Eu a entreouvi dizer isso uma vez no corredor. Ficou na minha cabeça.


Dulce mordeu o lábio inferior, sentindo um inesperado ciúme. Parecia que todos os caras do colégio tinham sido apaixonados por Roberta. Será que Christopher também? Ela sabia que era ridículo ter ciúmes de sua irmã gêmea morta, mas não conseguia resistir e se perguntava às vezes se Christopher via alguma coisa em Roberta que não via nela.


– Alguma outra coisa sobre ela ficou na sua cabeça? – perguntou em voz baixa.


– Já lhe contei tudo. – Christopher entrelaçou seus dedos aos de Dulce. – Gostaria de saber mais.


Dulce soltou o ar.


– Eu também.


– Roberta – gritou Gabby. Ela e Lili estavam subindo as arquibancadas com camisetas iguais que diziam: FÃ DO FUTEBOL DO HOLLIER. Maite, Belinda, Alfonso e Taylor vinham um pouco atrás. Alfonso usava sua antiga camisa de futebol.


Ironicamente, ele era o número treze.


– Oi! – disse Dulce, chamando-os com um gesto. Tudo que precisou fazer foi olhar para os adolescentes que estavam em torno deles, e um grupo inteiro de garotos e garotas se levantou, sem fazer perguntas, e desceu várias fileiras. Era uma loucura ter aquele tipo de poder, sobretudo quando em sua vida anterior ela quem teria mudado de lugar.


Christopher observou todos subirem as arquibancadas.


– Que comecem os jogos – murmurou ele.


Lili chegou ao topo e se virou, exibindo as costas da camiseta rosa-choque, que diziam: BOTEM PRA QUEBRAR.


– Gostou? Nós mandamos fazer.


– Não dá para achar algo tão autêntico na loja da escola – acrescentou Gabby. Ela estava usando uma camiseta idêntica, masamarelo-neon.


Belinda se sentou perto de Christopher, do outro lado de Dulce.


– Oi, poeta – disse ela, cutucando as costelas dele.


Dulce evitou encarar Alfonso, desejando que ele não se sentasse no lugar vago a seu lado; entretanto, para sua decepção, ele se sentou e disse oi. Os dedos de Dulce apertaram os de Christopher, como se quisesse dizer: Está tudo bem. Felizmente, Christopher retribuiu e lhe deu um sorrisinho.


Taylor lançou um olhar amargo para Alfonso e Dulce, depois sentou-se do outro lado de Alfonso.


– Como está a fã número um do futebol do Hollier? – perguntou Alfonso, dando um soquinho no ombro de Dulce.


– Ahn, firme e forte – disse Dulce, percebendo como a resposta fora tosca.


Alfonso a olhou de um jeito sério.


– Não vai torcer pelo Hollier agora que estou fora do time, vai? Pessoalmente, espero que o Wheeler ganhe.


Dulce franziu a testa, de bom humor.


– Traidor.


Alfonso riu mais alto que o necessário e encarou Dulce com seus olhos castanho brilhantes e fixos. Dulce sentiu os dedos de Christopher se soltarem dos seus.


Também fiquei um pouco magoada. Alfonso estava olhando para minha irmã gêmea do mesmo jeito que olhava para mim nas lembranças que eu tinha do tempo que passamos juntos. Eu queria colocar minhas mãos em seus ombros, fazê-lo ver a mim, não Dulce. Se ele me amava tanto, como podia não notar que a garota por quem tinha se apaixonado não era a pessoa sentada a seu lado?


Maite pegou um enorme chapéu vermelho e o colocou, baixando-o sobre a testa. Belinda olhou para ela e riu.


– O que está fazendo?


Maite cobriu a testa com a aba.


– Não aguento mais todo mundo olhando para mim por causa daquele trote idiota das Quatro Delinquentes. Tad Phelps teve a audácia de perguntar quais sutiãs eram meus. Sete pessoas deixaram de ser minhas amigas no Facebook, e ninguém teve medo de mim no debate. Antes, todos se encolhiam quando eu subia ao pódio, não querendo debater comigo por medo de que eu retaliasse com um trote. Hoje uma garota questionou meu uso da expressão ‘bom caráter’, dado o, abre aspas, ‘recente vandalismo na propriedade da escola’.


Dulce olhou as arquibancadas, e, de fato, ao menos quinze pessoas olhavam para as participantes do Jogo da Mentira e cochichavam furiosamente.


– Dar um baile não será suficiente. Precisamos provar que não somos culpadas – disse Maite.


Taylor soltou um suspiro dramático.


– Não acredito que estou dizendo isto, mas eu realmente gostaria que a escola tivesse câmeras de segurança. Assim poderíamos mostrar a todos que não fomos nós.


Christopher levantou os olhos com uma expressão hesitante no rosto.


– Sabe, a esquina perto da escola tem câmeras de tráfego.


Taylor estreitou os olhos.


– E daí?


– E daí que uma vez recebi uma multa por ultrapassar o sinal ali – continuou Christopher. – E me mandaram a multa junto com uma foto. Dava para ver a frente da escola ao fundo. Talvez aquelas câmeras de tráfego tenham filmado o ataque de vandalismo na escola. – Christopher deu de ombros.


– Sério? – Os olhos de Belinda se iluminaram, mas depois ela ficou visivelmente desanimada. – Como vamos ter acesso a isso?


Christopher umedeceu os lábios.


– Bem... As imagens da câmera vão para um site que pode ser acessado remotamente, e sou muito bom com computadores. Eu, ahn, invadi o site na época para ver se conseguia apagar a multa. – Suas bochechas ficaram bem vermelhas. – Não consegui, mas notei que eles têm um arquivo da filmagem. A senha deve ter mudado, mas com algum tempo acho que consigo encontrar um jeito de acessar de novo.


– Meu Deus, isso seria incrível! – gritou Maite.


– Impressionante, Christopher – elogiou Belinda com admiração. – Não sabia que você era assim.


As outras garotas do Jogo da Mentira comemoraram e sorriram. Apenas uma pessoa não ficou muito contente: Alfonso. Ele fixou os olhos no campo, embora o jogo ainda não tivesse começado.


– Como se fosse tão difícil conseguir vídeos de segurança – disse ele em voz baixa, em um volume que só Dulce conseguiu ouvir. E ela fingiu não perceber.


Dulce voltou-se para Christopher.


– Tem certeza de que deseja fazer isso? – A última coisa que ela queria era causar problemas a Christopher só para fazer as amigas de Roberta gostarem dele.


Christopher deu de ombros.


– Não é nada de mais. Sério.


De repente, uma sombra caiu sobre Dulce. Uma garota com cabelo escuro e cacheado preso em um rabo de cavalo estava parada no corredor. O short amarelo minúsculo mal cobria suas coxas finas, e a camiseta branca mostrava o contorno de seu sutiã. Dulce levou alguns segundos para se dar conta de que era uma das Quatro Delinquentes, Bethany alguma coisa.


– Oi, Christopher – disse Bethany, olhando para ele e apenas para ele. Ela puxou o short ainda mais para cima.


Christopher corou, claramente desacostumado com a atenção.


– Hum, oi?


Eu revirei os olhos. Estava morta e praticamente desmemoriada, mas até eu sabia que nunca, jamais, se deve falar com um calouro. O certo era fingir que está ocupado demais para perceber a existência deles, mesmo que sejam seus parentes.


– O que você vai fazer neste final de semana? – perguntou Bethany.


Belinda e Taylor arregalaram os olhos. Lili e Gabby já estavam com os telefones nas mãos, digitando loucamente.


– Hum... – enrolou Christopher, olhando para Dulce.


O máximo que Dulce podia fazer era não rir.


– Ele vai sair comigo – disse ela, dando o braço a Christopher.


Belinda se aproximou.


– Por quê? Sua mãe precisa de uma babá para você?


As bochechas de Bethany ficaram vermelhas. Ela voltou envergonhada para perto das amigas, que a cercaram e começaram a sussurrar.


Maite balançou a cabeça.


– Definitivamente precisamos do vídeo.


– Concordo – disse Dulce. – Aquelas meninas precisam pagar.


– Considerem isso feito – respondeu Christopher.


– Nosso herói – suspirou Belinda.


Alfonso parecia cada vez mais irritado. Ele se inclinou para frente e encarou Christopher.


– Uckermann, quando foi que você se tornou o cara?


Por um instante, Christopher pareceu ter sido pego de surpresa. Depois respirou fundo.


– Acho que quando comecei a namorar a garota mais gata da escola – respondeu ele com a voz suave.


Alfonso fixou seus olhos em Dulce, como se estivesse olhando para ela pela primeira vez naquela noite.


– É, não posso discordar de você nisso – comentou ele em tom melancólico.


Ao seu lado, Taylor engasgou com a Coca diet que estava tomando. Alfonso virou-se no mesmo instante e bateu em suas costas.


– Você está bem?


Taylor assentiu freneticamente, porém passou mais alguns segundos sem conseguir respirar.


– Pode me trazer uma água? – gaguejou ela, com os olhos cheios de lágrimas.


– Claro. – Alfonso se levantou com dificuldade e, em seguida, desceu as arquibancadas mancando.


Taylor continuou tossindo até ele sair de vista, então tomou calmamente outro gole de refrigerante, lançando um olhar de soslaio para Dulce. Era um olhar que dizia: Não é só na sua mão que ele come.


Para mim, havia algo mais no olhar. Também dizia: Fique longe. Ou vai ver só.



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Autor(a): Dulce Coleções

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 294



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  • ana Postado em 02/03/2021 - 00:40:52

    Aaaaaa, kd vc????

  • ttm Postado em 27/07/2020 - 15:20:43

    deve ser horrível desconfiar de quase todos ao redor, continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 03/08/2020 - 13:49:40

      Já pensou passar por algo assim, é foda

  • ttm Postado em 23/07/2020 - 15:04:25

    continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 27/07/2020 - 13:50:47

      Continuando amore

  • ttm Postado em 21/07/2020 - 16:48:49

    ok, por essa eu não esperava de modo algum kkkkkkkkkk continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 23/07/2020 - 14:22:04

      Hahaha acho q bem esperava

  • ttm Postado em 19/07/2020 - 22:46:34

    continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 21/07/2020 - 14:53:42

      Continuando amore

  • ttm Postado em 17/07/2020 - 16:05:48

    PUTA MERDA, continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 19/07/2020 - 17:44:05

      Continuando amore

  • ttm Postado em 13/07/2020 - 18:36:59

    continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 17/07/2020 - 12:15:51

      Continuando amore

  • ttm Postado em 11/07/2020 - 22:07:43

    acho que a Taylor pode estar envolvida, mas também não tenho certeza hahahaha, continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 13/07/2020 - 17:31:13

      Várias teorias kkkk

  • ttm Postado em 09/07/2020 - 19:13:31

    continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 11/07/2020 - 16:12:27

      Continuando amore

  • ttm Postado em 07/07/2020 - 18:25:30

    a resposta da Belinda pra Bethany KKKKKKKKKKK amei, continua amore

    • Dulce Coleções Postado em 09/07/2020 - 15:45:09

      Resposta foda kkkkk


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