Fanfic: Através de um olhar AyA | Tema: Anahí e Alfonso/ Aya/

Ponto de vista de Anahi Portilla.

- Vamos sair Ann? – Estefania convidou.

- Já falei pra não usar o apelido que ele me deu. – Eu pedi já sentindo as lágrimas chegarem aos meus olhos. Que merda de glândulas lacrimais ultra sensíveis.

- Desculpa, descupa, desculpa. – Ela disse pulando no mesmo lugar.

- Ah Ann-ie vem com a gente. – Ed convidou. – Assim você conhece a Zô . .E se destrai do Alfonso.

- Vão vocês. Eu não to afim. – Eu disse pelo 100ª vez. Eddy suspirou vencido. E do nada sua cara assumiu um tom raivoso.

- Caramba Annie, você está a 2 SEMANAS infurnada aqui dentro, por causa de um cara que você viu 4 VEZES! Supera mulher! Ou então para de besteira e volta lá caralho! – É raridade Eddy falar palavrão na minha frente.

- Ele não vai querer me ver. – Eu disse já marejando outra vez.

- Diz que vai entregar o relógio e tasca logo um beijo nele! – Fani disse me fazendo arregalar os olhos.

- Não é assim Fani. Eu não gosto dele desse jeito. – Eu abracei meus joelhos ficando no centro da cama.

- Também sou super a favor do plano “Chega mais meu nego.” – Eddy disse sorrindo. Seria uma otima piada se eu ainda soubesse como sorrir.

- Ele é branco Eddy. – Eu disse.

- RACISTA! – Ele gritou me assustando. – A mim você não queria né?  - Ele disse fazendo graça, colocando as mãos na cintura, e fazendo um bico muito exagerado. Eddy nessa pose, é impagável. – Isso é um sorriso? – Ele perguntou quando viu meus labios se curvarem levemente. – AH! ALELUIAAAA! É UM SORRISO ESTEFANIA!

- GLOOOOOORIA A A DEUS! – Estefania disse fazendo uma dança engraçada e jogando os braços pra cima como se saúda-se a Deus. Meu sorriso aumentou um pouco.

- ALELUIA IRMÃ. – Eddy disse fazendo a mesma dança e caindo de costa da cama.

- DEUS É PAI. – Estefania prosseguiu rindo da cara de Eddy.

- Parem com isso seus bobões. – Eu disse sorrindo pra eles.  –Como se eu nunca tivesse sorrido antes.

- Até sorriu. – Fani disse se controlando. –Mais ultimamente eu até achei que não soubesse mais.

- Nada a ver. – Eu disse escondendo meu rosto vermelho nos meus joelhos. Eu escutei o Eddy suspirar pesadamente e puxar meu rosto pra cima, mais eu continuei de olhos fechados.

- Ann. . olha pra mim. – Eu abri meus olhos num baque. A voz de Ed me soou tão .. Tão . .Merda. Cá estou eu chorando de novo. – Annie, a gente ama você, e você sabe disso.

- Eu também amo vocês. – Eu disse secando o rosto.

- O que você não sabe Annie, é que você ama o Alfonso também.

- Não comece com isso outra vez. – Eu disse me levantando. – Eu NÃO o amo. – Eddy se levantou e puxou Estefania com ele.

- Só vai passar quando você assumir. – Ele disse não fazendo sentido nenhum e saindo do quarto e me deixando sozinha. Que sisma idiota de dizer que eu amo ele, eu não o amo . .Não posso amar.

Eu não quero sofrer de novo.

E Alfonso é exatamente esse tipo de cara, que me faria sofrer.

Assim como Peter, que me enxeu de esperanças, dizendo que me amava, e depois, me lagando como um um pedaço de pano que não serve nem mais pra limpar o chiclete do sapato. 

Merda, ele já está fazendo!

Não o culpe Anahi, você escolheu se afastar . . .É só a natureza dele . . .Ele cresceu no meio dos ricos . . Doi pensar isso dele . . .Doi pensar NELE.

A porta bateu no andar de baixo, e eu que continuava em pé ao lado da minha cama, me joguei em cima dela enterrando meu rosto nos travesseiros. Minha vida ficou uma bagunça quando ele apareceu. E eu vou aproveitar que hoje não tenho treino e vou ler alguma coisa, afinal, essa é uma das poucas coisas que não me fazem pensar nele.

Eu acho que mal li 4 páginas quando minha tia entrou no meu quarto.

- Annie?

- Tia, aconteceu alguma coisa com ele? Porque você veio cedo? Ele tá bem? – Eu perguntei aflita jogando o livro longe.

- Não criança. – Ela disse entrando e se sentando na cama.

- Ele não tá bem? Ah meu Deus. – Eu levei minha mãos a boca em horror e pude sentir meus olhos se enxerem de lágrimas outra vez.

- Calma Anahi. Ele está ótimo. – Ela disse me acalmando e abaixando minhas mãos, aparentemente, todos já haviam percebido que eu não gostava de dizer seu nome, e tão pouco ouvi-lo. – Ele fez algum progresso na recuperação sabe . . .Mais não é disso que eu vim falar. Ele me deu o dia de folga.

- Você não devia ter aceitado tia, ele vai ficar sozinho agora . . .

- Mulher! – Minha tia disse se levantando outra vez. – Eu sou morena, não loira. Eu fingi que aceitei, só vim ver você, e te entregar uma coisa, aí eu volto. – Eu respirei fundo me acalmando. Se eu não aprende-se a me controlar, minha tia logo ia perceber que eu gostava tanto dele, e ia, provavelmente, brigar com ele por me fazer me apegar a ele.

- Tudo bem. – Eu disse. – O que foi que você veio me entregar?

- Uma carta. – Ela começou a fuçar nos bolsos e de lá tirou um envelope médio, negro, com estrelas prateadas. Ela colocou o envelope encima da cama. – Bom, agora eu tenho que correr de volta pra lá. – Ela me deu seu costomeiro beijo na testa enquanto eu pegava, curiosa, a tal carta. Quando eu a abri, eu logo de cara reconheci a letra. É a letra dele. Antes que eu pudesse me refrear, eu li a carta diversas e diversas vezes tentando assimilar tudo.