Fanfic: Através de um olhar AyA | Tema: Anahí e Alfonso/ Aya/

(Antes de mais nada, gostaria de ser sincera com vocês! Fico imensamente feliz por saber que com tão poucos capítulos, minha fic já está na posição 45º nos top mensais, porém o que me surpreende é que como isso seria possível se apenas 3 pessoas {a outra fui eu} favoritaram a minha história. Eu adapto porque amo as histórias que leio e gosto de compartilhar com vocês e isso dá um trabalhão, mas eu não me importo, faço porque gosto! Eu só queria ser mais próxima de quem está lendo, gostaria de saber suas opiniões, se sente a mesma coisa que eu quando leu algum capítulo. Enfim, esse meu desabafo foi pra dizer novamente que estou muito feliz de estar na posição 45º e gostaria do fundo do meu coração que as pessoas que estão me ajudando à estar nesta colocação favorite e comente. Eu darei esses dois capítulos de presente e volto quando vocês me pedirem {só assim eu terei plena certeza de que devo continuar essa história}. Desde já, agradeço a compreensão ).

Ponto de vista de Alfonso Herrera.

Um toque –toque apresado na minha porta anunciou que alguém queria entrar. Ninel se levantou do sofá ao meu lado rumando pra porta com uma expressão curiosa. Eu nunca recebo visitas. Eu esperando que fosse só mais um enfermeira que precisava dela pra alguma coisa, voltei a desenhar no meu caderno. Houve uma pequena exitação . .Uma conversa da qual eu não ouvi quase nada e derrepente Ninel saiu da sala batendo a porta com certa força. Eu levantei meu olhar pelo susto . . .E levei um maior ainda.
- A-Anahi? – Eu perguntei inutilmente. É obvio que é ela. Eu reconheceria suas feições fosse onde fosse. Longe, ali perto da porta, ou perto de mim.
Seus olhos, sorridentes e verdes, seu cabelo ondulado, comprido e muito castanho, o seu jeito simples de se arrumar . . . Apesar de que . . Ela está diferente.
Suas maças do rosto estão levemente rosadas, mais não como quando ela cora . . Mais como se ela tivesse passado maquiagem, ah! Ela tinha mesmo. Tinha aquela coisa escura que as mulheres passam em volta dos olhos, ao redor dos dela, e sua boca estava levemente rosada também, a deixando tão convidativa que eu quis agarra-la ali mesmo. E sua roupa . . . Deus, que mulher é essa? Ela não é exatamente gostosa, e eu sei disso,  mais esse vestido curto acentuou seus pontos fortes a deixando maravilhosa.
- Oi Alfonso. – Ela disse curvando seus lábios em um sorriso.
- Hum . . .Você leu o que eu escrevi? – Eu perguntei nervosamente e diretamente. E se ela veio se despedir?
- Li. – Ela disse e depois de sorrir mais largamente, ela mordeu a boca com certa força e aos poucos foi se aproximando. – Você escreve muito bem A. – Ela disse ainda caminhando pelo quarto. Ela se sentou bem próxima a mim em cima da cama e eu senti seu braço roçar de leve no meu, enquanto minha pele respondia imediatamente ao contato com a dela, me arrepiando até o último fio no corpo. Ela virou seu rosto pra mim, deixando nossos lábios a milímetros de distância, e fixou seu olhar no meu. Eu engoli em seco, me controlando o máximo possível para não voar em cima dela e agarra- lá enquanto ainda tinha chance. – Só que . . .Eu não entendi uma coisa. – Ela disse e eu mal acompanhei perdido na imensidão verde que eram seus olhos.
- O que?
- O que mais . . .Além de – Ela corou forte, tornando desnecessária aquela maquigem - . . Amizade . . Poderia haver entre a a gente? – Ela olhou mais fundo ainda em meus olhos e eu nem sei quando comecei, mais as palavras saíram sozinhas e os gestos foram praticados sem minha consciência.
- Não sei. – Minha boca disse fazendo minha voz soar rouca e meu hálito bater de encontro aos seus lábios entreabertos, de um jeito tão terrivelmente convidativo. – Quem sabe isso : - Minha boca prosseguiu falando, naquela mesma voz rouca que fazia Anahi se arrepiar toda. Como eu sei disso? Porque meus dedos viajaram pelos seus braços acima, alisando delicadamente cada pedacinho de pele, passando pela alça fina do seu vestido, e chegando ao seu destino final : A nuca dela.
Talvés então, os arrepios fossem pelos meus toques, não importa.
Minha mão na sua nuca, suavemente, trouxe seu rosto pra ainda mais perto do meu, enquanto meus lábios se entreabriram devagarzinho, inclinando minha cabeça pro lado, para que meus olhos se fechassem, finalizando o tão sonhado caminho pros seus lábios. Que tão delicados, se encaixaram nos meus com absoluta perfeição, e meus lábios se curvaram em um sorriso ao sentir o jeito entregue como no qual ela estava agora, e só aumentou mais a medida que eu pude notar o desejo que emanava dela.
Um segundo.
Foi exatamente isso que durou o contado de nossos lábios, pois em desespero por mais, eu expus minha língua a pressionando suavemente contra seus lábios pedindo passagem, que ela concedeu sem demora.
Minha língua adentrou sua boca a procura da sua, numa busca desesperada por sentir mais de seu maravilhoso gosto, enquanto meu estômago se prensava contra minhas costelas gritando pra que esse beijo se torna-se enfim quente, em uma sensação que eu jamais senti, explodindo eletricidade pelos meus dedos, tornando extra-sensíveis a pele delicada de Annie, e . . .Eu sabia que era bom de mais pra ser verdade;
Um pigarro exagerado e obviamente forçado, fez com que Annie separasse nosso beijo, ou quase beijo . . .Um semi-quase-talvés-beijo, afastando seu rosto do meu. Tão perto, e ao mesmo tempo, tão longe.
 – Vem cá Ann, só um beijo. – Eu pedi com a voz ainda rouca tentando traze-la de volta para o clima quebrado, e sentindo meu peito subir e descer rápido em busca do ar que me faltava.
- Arra, arra!! – Outro pigarro exagerado e eu quis matar o filho da puta que me interrompeu outra vez.
- O que foi ?! – Eu disse com raiva me virando pra onde viera o som.
- Sua mula Eddy Villard! – Uma garota com cabelos castanhos e mexas loiras exclamou estapiando um garoto alto moreno, que obviamente foi quem me interrompeu, eu nem sequer reparei que eles estavam no quarto. Sua mula Eddy Villard. Eu plagiei a frase;
- Que ?! – O garoto alto reclamou tentando se proteger. – Ele ia beijar minha irmã caramba!
- Ela não é sua irmã seu quadrúpede de quatro pés! – A garota continuou a estapia-lo fervorosamente.
- Mais é como se fosse Fani! – O tal Eddy disse segurando as mãos dela. Fani . . . .Me fez lembrar do Christian . . Quanto tempo eu não falo com ele . . .
- Parem com isso. – Anahi disse e eu me virei pra ela. Ela tinha o rosto vermelho feito a camiseta do tal Eddy, e timidamente se levantou do meu lado sem me olhar. – Alfonso, esses são Estefania, e Eddy. Meus melhores amigos. – Ela apresentou cortês.
- Aqueles que te fizeram chorar ?!  -Minha pergunta saiu um tanto raivosa, mais eu não liguei. Eu odiava os dois mesmo sem conhece-los. Estefania ficou azul de vergonha e Eddy colocou a mão na nuca a coçando sem jeito.
- É, são eles. – Ela disse com um olhar repreendedor pra mim.
Engraçado como só ela consegue me fazer entender tudo em um olhar.
- O que?  - Eu perguntei confuso.
- Não precisava ter falado assim.
- Me desculpa, mais eu não gostei do jeito que eles trataram você, e eu não sei fingir. –Eu disse cruzando os braços no peito e olhando para o lado oposto pela janela de vidro. – Mais me desculpem vocês dois. – Eu completei pra eles. – Foi grosseria minha. – O quarto caiu em um silencio constrangedor, mais eu mal tive tempo de reparar. Eu ainda sentia aquela eletricidade esquisita nas pontas do meus dedos gritando pra acariciar a pele de Annie de novo . . . Eu não pude refrear o sorriso bobo que se espalhou pelo meu rosto quando eu me lembrei do que acontecera a segundos atrás . . . Que bom que meu rosto estava virado para a janela . . .
Ah Deus! O que é que eu ia fazer?! Beijar . . . A Anahi?!
Houve um silêncio contrangedor depois desse meu pensamento cretino.
- Hum . . .Eu to indo. - Annie disse e algo na sua voz me disse que havia algo errado.
Eu olhei pra ela e ela tinha o rosto abaixado fixando seu olhar nas mãos, eu pensei que talvez fosse vergonha, mas ao ver o jeito estranho como ela movia suas mãos, quase como se estivesse nervosa ou desconfortável, eu soube.
- Merda ! - Eu exclamei. - Eu disse alto não foi? - Eddy assentiu com a cabeça e eu vi o tamanho da merda, pois ele nem ficou bravo, seu instinto foi abraçar Annie, o mais forte possível, contra o seu peito.- Ah Ann, eu não quis dizer aquilo . . .
- Tudo bem Alfonso. - Ela disse, mais eu sabia que não estava nada bem, ela tinha um tom quase amargurado na voz. - Eu ja vou ta bem . . .Só vim te trazer seu relogio e já vou. - Ela começou a tira-lo do pulso.
- Não Ann. Ele é seu. - Eu disse balançando a cabeça em uma negativa. Ela ia protestar mais eu logo emendei. - ERA meu, EU comprei então é meu direito da-lo a quem eu quiser, então aceite. - Ela assentiu e se virou saindo. - Não Ann, eu quero CONVERSAR com você . . .Eu fiz merda dizendo aquilo.
- Ja disse que ta tudo bem Alfonso. - Ela disse, e eu pude sentir a raiva e a frustação mascarada na sua voz. - O que você quer que eu faça Herrera ?! Que porra de amizade é essa a nossa?!  Você pisa em mim, e depois acha que vai ficar tudo bem!? - Ela tinha o rosto vermelho e avançava na minha direção, mas no fundo, e acho que ela se dirigia a mim, como se visse outra pessoa em meu lugar, como se no fundo, ela estivese descontando raivas passadas de alguém ao qual eu me asemelhava. - Desculpa Herrera, mais nem todas as pessoas do mundo são compradas pelo seu belo rosto, ou pelo seu belo bolso cheio de grana. Você teria que no mínimo, me tratar bem caramba! É disso que é feita uma porra de um amizade de verdade! – Cara . . . Ela fica tão linda nervosa . . . E eu acho até que poderia ter um orgasmo só de ouvi-la me chamar de Herrera.
- Annie . . - Eddy tentou.
- Cale a boca Eduardo! - Ela gritou pra ele e ele soltou seus ombros colocando as mãos pra cima. -  Você acha que com um relógio caro você vai me agradar Herrera ?! Não, não vai. Eu não sou o tipo de vagabunda que você pega . . .Eu nem sei porque eu quis beijar você. Você é só mais um maldito rosto bonito cheio da grana.
- Me desculpe. - Eu não podia dizer mais nada, podia? Ela estava certa. Eu não sou nada.
- Te desculpar ?! É só isso ?! Um maldito pedido de desculpas ?!
- Eu . . . - eu tentei dizer, mais nada me veio na cabeça. Então eu simplesmente deixei que minha boca fala-se por sí só. - Eu senti sua falta Ann. Cada maldito dia solitário em cima dessa cama, eu senti sua falta. Eu não sei o que deu em mim, e por que você significa tanto, mais significa. – Ela começara a voltar ao tom normal de pele, e pelo canto do olho eu vi uma Estefania curiosa ser arrastada pra fora por um Eddy encorrajador. " Diga logo que a ama. "  Ele disse sem proferir palavras. - Eu queria que você tivesse vindo me ver, não por que eu mandei uma maldita carta, e sim porque você queria me ver ! Eu queria que você estivesse aqui, me esperando dentro desse maldito quarto, quando eu dei o primeiro passo em 5 MESES! Eu quis poder dividir isso com você Anahi, e só com você. Mais quem sou eu não é Anahi? Um maldito rosto bonito. Um maldito rosto bonito, que eu trocaria com quem fosse pra sair dessa maldita cama, e te agarrar agora mesmo. Pra que você saiba que eu beijaria você se fosse sua vontade. Que eu ficaria com você o tempo que fosse preciso. Então pegue a porra desse maldito relógio e vá viver sua vida, eu não mereço você, e sei disso, e você não me merece, não merece  ficar presa dentro de um hospital por um cara idiota que se apaixonou por você desde o segundo que olhou pra você. Eu provavelmente estou em um surto de falar merda agora, mais eu não me importo Anahi. Eu só quero que você seja feliz e suma desse quarto, sem sentir culpa por me deixar pra trás. Eu só quero que você viva a vida que eu não to podendo. Eu só quero que você seja mais feliz do que eu jamais fui, e jamais serei sem você.
- Poncho . . . Eu sei . . .
- Você sabe Ann, o que é acordar todos os dias, sentindo que a mulher da sua vida está acordando ao lado do cara errado ? Mais mesmo assim desejar, sonhar . .Rezar . . que ela seja feliz, mesmo que não seja com você ? Não, não sabe. Então pelo amor de Deus, vá embora daqui e me deixe mofar em paz. - Ela veio calmamente até mim e se sentou ao meu lado na cama, como havia feito minutos atrás.
- Eu quero te contar uma coisa Alfonso. - Ela disse olhando suas proprias mãos. - Eu sei, exatamente, o que é estar parado em cima de uma cama. Eu sei, Ed sabe, e Estefania sabe.