Fanfic: Através de um olhar AyA | Tema: Anahí e Alfonso/ Aya/

“Existe mais histórias sobre mim, do que eu tenho tempo pra conta-las Poncho.

Eu não nasci aqui, em L.A. Alfonso, eu nasci na California, perto do píer mais perfeito e magnífico  que qualquer pessoa no mundo já viu.

Ou pelo menos, ele foi.

Quando eu tinha cerca de 3 ou 4 anos, meus pais ainda moravam comigo, lá na California, e nós iamos direto de carro em uma sorveteira próxima a nossa casa, bem ao lado do píer e bem acima do mar eu sempre amei o mar, e meu pai sempre me levava pra vê-lo.

Na noite de 27 de abril de 1989, quando eu tinha 3 anos, meu pai, minha mãe, tia Nel e eu, fomos nessa mesma sorveteria, pois tia Nel ia logo embora. De volta pra L.A.

Nós estavamos no carro dela. Uma caminhonete que mal tinha 3 meses de uso, meu pai dirigia, minha mãe ia ao seu lado, e minha tia ao lado dos dois, na cabine, eu havia me sentado na parte de trás do carro, a parte descorberta sabe?”

Eu assenti e Annie prosseguiu com a sua história, e de algum modo, sabendo que ela não acabaria bem, eu simplesmente a abracei apertado no meu corpo.

“Meu pai começou a acelarar, e minha mãe pedia pra que ele parasse.

Tudo que meu pai dizia era:

- Não consigo Marichello, não consigo! Traga Annie pra dentro ! Agora!

O carro derrapava pela estrada molhado da maresia, minha mãe tentou me puxar pra dentro, e eu tentei entrar, mais tudo foi tão rápido que eu mal pude ver. Eu simplesmente tranquei meus olhos de medo, esperando pelo que eu já temia acontecer.

Uma pedra no caminho, um grande chaqualão, eu, no lugar errado, e na hora errada, e quando eu finalmente abri os olhos, eu estava em uma cama de hospital, 6 semanas depois, e sem me mover, nada, do pescoço pra baixo.”

Meus olhos se abriram em horror e eu pude sentir uma única lágrima solitária rolar pelo seu rosto, e cair sobre o meu braço.

“Eu levei 8 meses e 2 dias pra conseguir me sentar, 11 meses e 7 dias pra mexer um dedo, e quando eu finalmente consegui que me deixassem andar naquela cadeira de rodas esquisita pelo hospital, eu já tinha 5 anos.

Meu pai e minha mãe, passaram cada dia comigo, cuidando de mim, e eu não posso agradecer mais a eles por isso. E não vou poder nunca.

Quando eu comecei a perambular no hospital pra cima e pra baixo, eu vivia entrando no quarto dos outros pra falar com eles, sabe? Eu tinha cinco anos, e agora, depois de 2 no hospital, eu nem me lembrava mais como era estar em qualquer outro lugar lá fora.

Um dia, eu entrei em uma sala . . . Diferente.

Tinha um garoto moreno dentado numa cama com uma espada brilhante na mão fazendo movimentos estranhos imitando o cara da TV. Ed estava assistindo Star Wars pela milésima vez na vida.

A partir dai, eu passei a ir vê-lo todos os dias, e quando ele começou a andar na cadeira também, nós começamos a tocar o terror naquele hospital.

Estefania chegou logo em seguida, dividindo o quarto com o Ed.

Houve uma vez, que eu disse ao Ed que ele estava apaixonado por ela. Pode isso? Apaixonado aos 5 cinco anos!

Sabe o que ele respondeu :

- Eu amo você Annie, não ela.

Estefania caiu num choro alto e estridente acordando metade do hospital.

Bom, assim, o tempo foi passando, Ed saiu do hospital aos 6 anos com Fani, e ambos, por motivos diferentes, se mudaram pra cá.

Ed veio morrar com a mãe pois o pai, Joaquim tinha morrido, dois dias antes dele ter alta. Desgraça pouca, é besteira.

Fani foi logo em seguida, morar com os pais que haviam se mudado pra cá, atrás de um novo emprego.

1 ano no hospital não é algo que fique barato. Eles venderam a casa pra pagar o tratamento, e foram morar com a vó dela.

O ponto : Eu fiquei um ano sozinha outra vez.

Eu já havia dado alguns passos quando Ed foi embora. E eu me senti tão . .Tão . .”

- Magicamente livre e independente. -Eu completei sua frase. - Você quis sair correndo pela sala, quis ligar pra todos e qualquer um e dizer : Hey, eu to em pé agora sabia ? E sabe do que mais ? Eu sei andar outra vez. - Annie riu baixinho e concordou com um aceno de cabeça.

“Exatamente.

E aos 7 anos, Depois de 4 anos, 9 meses, 19 dias, e 13 horas, eu finalmente coloquei meu pé pra fora daquele maldito hospital. O meu pé.

Eu sai correndo pela rua. E só parei quando estava a quarteirões enumerados de distância. Meu pai, minha mãe, e minha tia, vieram atrás de mim correndo.

- Agora eu vou ter que voltar pra buscar o carro. - Meu pai disse apoiando as mãos nos joelhos.

- Pode ir pai. - Eu disse sorrindo. - Eu vou pra casa correndo.

Eu virei minhas costas,e corri. Ah Alfonso. Como eu adorei correr por todas aquelas ruas sem fim, sem que nem ao menos parar pra olhar se alguém me seguia. Eu só corri.

- Annie, nossa casa é pro outro lado. - Minha mãe gritou dando risada e correndo comigo.

- Eu vou correr a cidade toda mamãe! - Eu gritei de volta. Mais no fim das contas, na esquina seguinte, eu ja estava morrendo sem ar.”

- Você sabia que eu não choro desde o 3 anos de idade? - Eu disse a ela. Não, eu não estou querendo comparar minha falta de lágrimas, com Annie ter ficado tanto tempo em um hospital, é só que se fosse comigo, eu não ia querer falar, e sabia que ela também não.

- Verdade? - Ela perguntou arregalando os olhos. - Eu choro o tempo todo. Sou uma torta de manteiga derretida.

- Te invejo. - Eu disse com uma careta. Annie riu.

- Um dia, você me deixa ver esse caderno? - Ela perguntou gesticulando pro meu caderno.

-Ah não! -Eu disse horrorizado. - Sem chance! - Annie riu divertida e disse :

- Quer ver um filme? Eu posso chamar Ed e Fani pra assistir com a gente. - Eu assenti com um sorriso um tanto falso, mais que ela pareceu engolir. Eu queria assistir o filme só com ela. Não com Eddy - irmão quebra clima - E Estefania, - Amiga tarada. - Tudo bem então, - Ela prosseguiu se levantando da cama.

- Ann, espera. - Eu pedi. Esperar o que? O que é que eu to fazendo?! Boca se cale! O que é que você vai dizer sua maldita ?! Annie voltou a se sentar ao meu lado e ela tinha um pequeno sorriso excitante nos lábios. - Você . . .Sabe . . .Ah esquece. - O que é que eu to fazendo?! Eu ia mesmo pedir para ela ficar comigo ?! Você não tem 14 anos Alfonso. E eu até duvido estar realmente apaixonado por ela. Que isso ? Ela é minha AMIGA! E eu só estou um pouco carente, nada que Stephanie não possa resolver se eu pedir. Ann deu de ombros e se levantou indo em direção a porta. Cara, de onde veio toda essa bunda?

Ann abriu a porta e teve de dar um salto rápido pra trás, pois, Eddy e Estefania cairam de cara no chão a sua frente.

- Escutando atrás das portas E`s ? - Ela perguntou rindo enquanto Eddy esfregava o rosto e Estefania  se apoiava nas mãos tentado se levantar.

- Claro. - Eddy disse se sentando no chão e massageando os joelhos. - Você acha, que eu ia te deixar sozinho de verdade, com esse Herrera ai ?! E se ele agarra-se você ?!

- Ela ia agarra-lo de volta, dãã. - Estefania disse ficando em pé. Mesmo de costas eu pude ver que Annie corava, e inconscientemente, um sorriso bobo se espalhou pelo meu rosto. - Você acha que minha amiga Anahi Giovanna Puente Portilla iria dispensar um cara desses? Nem morta!

- Claro que ia! - Eddy interrompeu fazendo meu sorriso sumir. - Ela prometeu ao Aaron.

- E ele está a 2 continentes de distância, o que não o alcança, não o fere. - Estefania defendeu. - E olha que o Alfonso vale a pena enhi ?! Bonitão, rico , e eu até diria cheiroso.

- Parem de falar dele como se ele não estivesse aqui seus chatos. - Annie disse mexendo as mãos nervosamente. Quem é Aaron mesmo?

- Tudo bem, - Estefania disse e depois se dirigiu a mim. - Gatinho, se você e a Annie não derem certo, eu estou a disposição okay ?! - Annie corou violentamente, mais mesmo de costas eu pude ver que não foi só de vergonha. Estefania riu da cara dela e piscou pra mim fazendo Annie bufar alto e se virar atravessando o quarto, se jogando no sofá.

- Vocês vão ou não assistir o filme com a gente? - Ela perguntou depois de voltar a cor normal.

- Claro. - Eddy disse. - Espera, que filme ? - Annie ia responder mais eu interrompi olhando fixamente em seus lindos olhos verdes.

- Me da à honra de escolher o que teus belos olhos fitarão nas próximas horas madame? Tens-me está tamanha confiança? - Annie sorriu radiante.

- Claro senhor, depois de tamanho jubilo, como recusar? - Ela finalizou com um suspiro, acho que nós meio que chegamos a um acordo não dito, sobre minha declaração, e a historia dela: Nós simplesmente não íamos mais falar do assunto.

- Porque ela sempre fica com os melhores?! - Estefania perguntou com uma careta.

- Vocês são estranhos. - Eddy disse se jogando ao lado de Annie no sofá. - Muito estranhos. Agora Don Juan d`Marco, que filme você quer assistir? - Eu parei pra pensar.

- Show de Truman. - Eu disse finalmente. - É uma comédia e eu acho que vocês vão gostar.

- Ele tem bom gosto pra essas coisas sabe? - Annie disse se levantando e vindo pra perto de mim. - Onde você guarda os filmes ?

- Naquela estante ali. 2 porta a esquerda. -Eu respondi indicando a estante ao lado da TV. Annie caminhou, que Bumbum senhor, até lá e ficou na ponta do pé abrindo as portas do armário. Eu olhei discretamente pra Eddy pra ver se ele via que eu via o que aconteceu, mais ele estava empolgado em uma conversa sobre barras de não sei o que com Estefania, então eu pude olhar, sem pudor algum, pra Annie.

Ela levantou seus braços os esticando, e ficando nas pontas dos pés, com esse movimento, seu vestido subiu, muito, mais muito mesmo. Ele estava antes, no meio nas suas coxas bem torneadas, agora, ah Deus, eu tinha uma vista maravilhosa das pernas dela, até o encontro com seu bumbum.

Mais dois centimetros. Eu pedi a Deus, e ao que parece, ele me atendeu, pois num lampejo de sobrenatural esperteza eu disse: - Acho que tá na prateleira de cima. - Obrigado Deus por essa ideia, obrigado Ninel por ter colocado esse bendito DVD 4 prateleiras acima do que eu pedi, e acima de tudo, obrigado Sr.e Sra. Puente por ter feito uma filha com um bumbum tão espetacular. Annie ficou ainda mais nas pontas dos pés, o que me fez pensar que talvez ela já tivesse feito aulas de ballet, o que explicaria suas pernas FENOMENAIS.

Seu vestido subiu mas ainda, oh obrigado, obrigado, obrigado, e foi subindo, subindo e subindo. Parando uns 3 ou 4 centímetros pra cima. Obrigado senhor, por essa micro calcinha. Por breves segundos eu pude admirar plenamente aquele visão do paraíso.

- Aqui ? - Ela perguntou virando seu pescoço pra me olhar.

-Hurum, bem ai. - Eu respondi sem poder encarar outro lugar além daquele bumbum tão redondo e perfeito.

- Achei. Mais ta alto. - Ah DEEEEEEEUS! Um pulo. Exatamente isso. Um pulo e eu pude ver seu belo e escultural bumbum todo.