Fanfic: Através de um olhar AyA | Tema: Anahí e Alfonso/ Aya/

Ponto de vista de Maite Herrera.

Ah! Obrigada Deus, Obrigada Deus, Obrigada Deus. Nós finalmente achamos o Alfonso na Apples quando já passava da meia-noite. Eu entrei e de cara o vi sentado com uma garota muito fofa. Ele tinha os lábios nos dela e parecia mais feliz e entregue ao momento do que eu jamais vi, eu não quis interromper, mais acabei gritando seu nome tamanho o alivio que percorreu meu corpo. Ele se afastou assustado da garota e olhou pra mim, ela disse algo pra ele e apontou pra
mim... Então eu vi que tinha feito uma grande e colossal merda. Como? O modo como o Alfonso  mudou seu foco de mim para ela em segundos, e tentou trazê-la de volta pro clima... Alfonso podia ser galinha, podia ser revoltado, podia ser tudo: Mais ele coloca nossa família sempre em primeiro lugar, seja em algo simples, ou algo que possa ferir o bem estar dele e comprometer sua felicidade, e isso é um tanto engraçado por ele ser tão apegado a gente. Eu me lembro até hoje de como ele me acalmou quando nossos pais brigaram. Eles estavam em um momento ruim, e eu devia ter uns oito anos, ele sete, e Ucker nove. Christopher apesar de ser o mais velho de nós três, era o mais desesperado, quando nossos pais começaram a pior briga de todas, ele desaguou em lágrimas me levando com ele, Poncho parecia a ponto de derramar sua primeira lágrima quando meu pai nos mandou sair do escritório dele. Poncho apesar de ser o mais novo, pegou minha mão, pegou a mão do Ucker e nos levou pra fora. Christopher não conseguia parar de chorar, e eu também não. Alfonso nos levou escada acima sem derramar uma única
lágrima e nos levou para o quarto dele. Quando ele trancou a porta, Christopher desabou num choro silencio e se deixou cair sentado contra uma parede.
- Eles vão se separar, eu sei que vão, sei que vão. - Ele chorou escondendo seu
rosto nos joelhos. Alfonso virou-se de frente pra mim e abriu os braços me oferecendo  exatamente aquilo que eu precisava, um lugar seguro. Eu corri até ele e o abracei forte
como se ele pudesse fugir.
- Eles... Não vão, né Poncho?
- Eu não sei Mai. - Ele disse retribuindo meu abraço. - Mais se isso acontecer, você sempre vai me ter ao seu lado gatinha. E você também caquinho. - Ele disse sorrindo para Christopher. Ele se levantou num átimo de segundo e correu até a gente nos abraçando.
- Pro - promete?- Ele gaguejou arfando.
- Prometo. - Alfonso respondeu firme parecendo ter mais que apenas sete anos.
- Eu lutei demais pra achar uma família como essa, e não vou deixar ela acabar, e se
eu não puder fazer nada por ela, eu vou grudar em vocês dois feito chiclete.
- Que bom que eles adotaram você Poncho. - Ucker disse se afastando um pouco e sorrindo amarelo.
- Vocês são a única coisa que eu tenho. - Poncho disse nos apertando mais forte. - Eu já passei por mais coisa naquele maldito orfanato do que vocês precisam saber, e ninguém vai me tirar de perto de vocês agora. Ninguém. - Eu me afastei sem ar pela força que ele colocou no abraço, seu rosto estava seco mais seus olhos molhados.
- Pode chorar Poncho. - Eu disse. Ele deu uma risada baixa e eu parei pra pensar... Eu nunca vi o Alfonso chorar... Nem quando se machuca, nem em filme triste. - Poncho.. Você chora?
- Claro que chora né Mai. - Christopher disse como quem sabe das coisas se
afastando da gente e sentando na cama.
- Você já viu chorar caco? - Eu questionei indo me sentar na cama e secando o
rosto. Christopher parou pra pensar...
- Na verdade não. E isso não é normal. - Ele se dirigiu ao Poncho agora. - Maite no ano passado chorava feito louca... E eu sempre choro... Você é um ET Alfonso?
- Claro que não. - Alfonso disse rindo. - Pelo menos eu acho que não... Os E.T’s é verde né?
- São verdes Poncho. - Eu corrigi. - Não É verde.
- Ah ta. - Ele disse pensativo. –Mais... Eu não choro faz um tempo mesmo.
- Quanto? - Christopher perguntou curioso.
- Ah... Faz uns.... - Ele contou nos dedos e finalmente disse: - três anos. Desde que eu perdi minha mamãe de verdade. A partir daí nós nunca mais falamos sobre o fato dele não chorar, coisa que ele não fez até hoje. Já pensou?! Quinze ANOS sem derramar uma lagrima? Nem de dor?! O médico disse que quando ele sofrer uma decepção, ou perda... Ai ele desagua que nem toda pessoa normal. Alfonso havia saído de perto da gente, mais agora voltava com uma cara estranha, era um misto de determinação... E decepção... Ai, tanta coisa!
- Tudo bem Alfonso? - Dulce perguntou preocupada.
- Não! - Ele esbravejou. - Alguém veio de carro?
- Não. - Christopher respondeu. - Poncho onde. . .
- Depois. - Ele cortou raivoso. - Agora não.
- Porque não? - Eu questionei. - Desculpa por ter te interrompido lá com aquela garota Poncho, mais a gente passou o dia todo..
- Tá Mai. - Ele me cortou.
- Alfonso, não fala assim com ela. - Christian repreendeu. - Ela passou o dia todo preocupada com você. .
- Eu sei, eu sei. - Ele cortou Christian com uma voz derrotada, e do nada, mais do nada mesmo, ele se jogou em no divã que estava sentado com a garota há minutos atrás, e seu rosto assumiu uma expressão angustiada e, depois de anos sem ver a expressão que cortou seu rosto eu até duvido que seja mesmo, insegurança. - Desculpa Maite, desculpe Christopher, eu exagerei hoje... Não quis dizer aquilo, só me irritei um pouco. - Christopher tinha a boca aberta os olhos arregalados, na perfeita representação do que eu sentia. - E Mai... Eu fui mal educado com você mais que com os outros, me desculpe. - Ele parecia quase agoniado. - É que... Aquela garota... Eu estava gostando dela sabe? - Ele disse olhando pra mim. - Ela era diferente... Especial... Ela me escutou quando eu falei, escutou de verdade... Ai você chegou e ela parou de me beijar... Ia ser o melhor
beijo da minha vida Mai... - Ele escondeu o rosto nas mãos. - Eu só sei o nome dela. Mais nada... Anahí... - Ele levantando o rosto e tinha um sorriso radiante no rosto. - Anahí Portilla... Annie.
Ucker se sentou ao lado dele e encarou-o nos olhos. - Quem é você, e o que você fez com o meu irmão?
- Vai se lascar Christopher. - Ele disse rindo e se levantando. - Vamos pra casa ou não?
- E eu que achei que fosse ser difícil levá-lo de volta. - Chris disse meio lento.

Ponto de vista de Edward Cullen.

“Eu nunca duvidei não fiz apostas, eu me esforcei pra ser do jeito que ela gosta, quem disse que elas precisam de nós? Fiquei feliz quando ficamos a sós. Ela me disse que o segredo do sucesso está no sino dourado, o segredo do sucesso está no sino dourado. Quem disse que o tempo importa para nós ? Fiquei feliz quando ficamos a sós . . . .”
- Que musica louca. - Dulce reclamou mudando a musica que tocava no carro. Ao que parece ela não tinha bebido então ela dirigia de volta pra minha casa no meu carro, nós passávamos agora por uma grande estrada de mão dupla. Eu pensei em ir antes a casa modelo mais não queria entregar o meu esconderijo. - Putz! Essa é pior ainda. - Ela disse mudando de música de novo.
- Amor, você tem um distúrbio compulsivo por falar mal das musicas que eu gosto? - Christopher perguntou indignado.
- E eu tenho culpa se você tem mal gosto caquinho ? - Ela disse batendo os cílios pra ele.
- Porque eu to com ela mesmo? - Ele perguntou virado para o banco de trás.
- Porque ela é gata, boa de cama, sincera, e te atura por mais de uma hora. - Eu, Maite e Chris citamos o que ele dizia sempre
- Muito obrigado.- Ele disse se voltando pra frente. - Uma e vinte e cinco... - Ele comentou num tom monótono.
- Papi já deve estar chegando. - Maite disse ao meu lado pulando sentada entre mim e Chris.
Ucker fingiu um sonoro ronco de chateação e todos nós rimos.
- Você é um pateta caqui...
- PUTA MERDA! - Dulce gritou e de repente eu vi tudo em Slow. Como uma câmera lenta. O sinal a nossa frente tinha acabado de ficar verde. Uns três carros passaram a nossa frente tranquilamente na cruzada de rua cujo o sinal estava fechado. Dulce acelerou o carro ainda dentro dos limites atravessando o cruzamento. Um carro em alta velocidade cruzou a nossa frente passando de raspão por nós.
- Ah meu Deus! - Mai exclamou com as mão na cabeça. Dulce continuou a dirigir saindo do cruzamento... Mas não rápido o suficiente. Foi tudo mais rápido do que eu pude acompanhar.
Um segundo carro, azul e tunado, saiu derrapando da rua lateral a nossa e virou a toda velocidade pra cima da gente “ Ela não vai sair a tempo”. Foi meu único pensamento. O carro veio de frente bem do meu lado, e se Dulce fosse muito rápida de reflexo, talvez a parte da frente do carro saísse ilesa, então... Minha única preocupação foi Maite e Christian no banco de trás ao meu lado.
No exato segundo, eu empurrei Maite contra Christian com as mãos me abraçando a ela a protegendo. Christian fez o mesmo do outro lado dela tentando protegê-la o melhor possível.
Então aconteceu.
BUM.
Como numa grande explosão, eu senti meu corpo ser prensado contra o de Maite esmagando minhas pernas entre o banco de Christopher e o meu, Maite gritou assustada e Dulce a seguiu entre os braços de Christopher. O carro rodou duas vezes em círculos na pista atingindo de frente o carro ao lado. Deus, que ninguém tenha se machucado. E o nosso carro girou uma terceira vez batendo a traseira em um poste e sendo jogado violentamente contra o murro branco da lateral da pista. Ainda bem que foi o meu lado. Um silêncio mortal se seguiu a todo isso, só sendo interrompido pelos gritos apavorados de pessoas ao lado de fora do carro.