Fanfic: Através de um olhar AyA | Tema: Anahí e Alfonso/ Aya/

Domingo foi relativamente normal pra mim, algumas coisinha simples, tipo fisioterapia, TV e o que eu costumava fazer sempre. Mais você deve estar se perguntando : Porque relativamente normal então?

Simples : Anahi.

Anahi parecia grudada na minha mente, e a cada corredor que eu virava, cada mínimo barulho na minha porta, eu desejava que fosse ela. Eu acho que criei um súbito interrese por ela. Eu sentia nescessidade de te-la embaixo dos meus olhos, onde eu pudesse cuidar dela. E eu jamais tinha sentido nada assim. Era como eu me sentia em relação a Maite, só que muito mais intenso. Maite não precisava de mim pra nada. Ela sempre resolvia suas coisas o melhor possível sozinha.

Na Anahi, eu via uma garota frágil, esperta, e muito empolgada.

Eu amo o jeito como ela é espontânea comigo, como se minha . . . “situação” fosse algo completamente normal e sem importância. Ela até me fazia lembrar de Christopher, que eu sabia ser o único a levar isso totalmente na normalidade, mesmo ele estando longe. Eu conheço ele.

Quando eu não aguentava mais ficar grudado em cima daquela cama me remoendo por dentro e tentando adivinhar onde Anahi estaria, como estaria e com quem estaria, eu pedi a Ninel pra me deixar ir “andar” pelo hospital. Ela me ajudou a ir pra cadeira de rodas, e como o combinado, saiu pela porta sem nem me olhar. Pelo menos nisso, eu queria ser independente. A sensação de se estar em cima de uma cama, sem sua mobilidade é horrível. Você fica totalmente depente de completos estranho, pra fazer tudo, até que se recupere. Você fica totalmente vulnerável aos outros, e totalmente entediado. É quase tortura, você se ver um belo dia caminhando por sua casa, com as pessoas que ama, e no outro, em cima de uma cama, cercado por pessoas que só estão perto de você por que é o trabalho delas. É terrivelmente maçante, cada olhar de pura pena e enojamento que se é lançado em sua direção, como se a culpa de estar aqui, fosse minha. Como se sentir pena de mim, fosse me ajudar em alguma coisa. E você tem que parecer forte, porque cada maldito olhar de repulsa, é um maldito olhar que perfura seu peito e sua mente, te lembrando, que é dos donos dessem malditos olhos repulsivos, de quem você depende.

E você tem que seguir firme, fingindo que não repara, pois você não pode fazer nada. Você só pode aguentar, e se conseguir, chorar a noite. Mais esse não é meu tipo. Eu vou sustentar cada maldito olhar, eu vou ultrapassar cada maldita barreira, e me levantar dessa maldita cadeira, indo pra fora, e deixando pra trás, esses malditos corações amargurados que teimam em me fazer sentir um lixo. Sentir inútil.

- Alfonso? – Eu já estava uns três ou quatro corredores depois do meu quarto, perto da entrada, quando a voz dela soou aos meus ouvidos. Eu quis enterrar minha cabeça no chão. Eu não queria que ela me visse assim. – Alfoooonso?

- Sim? – Eu disse levantando a cabeça e fitando os olhos verdes mais belos e intensos que eu já vi. – Bom te ver Anahi.

- Não parece. – Ela disse cruzando os braços no peito e fazendo uma careta de desconfiança. – Tudo bem?

- Han . . . É  . . .Tudo. – Eu me atrapalhei com as palavras, e num movimento rápido, eu virei minha cadeira de costas pra ela. – Sabe Anahi, eu estou realmente ocupado hoje. . .Porque você não volta amanha, sei lá . .

- Com o que você esta ocupado? – Ela perguntou e eu pude notar a nota de desconfiança na voz dela enquanto ela caminhava ao meu lado.

- Com . . .Coisas.

- Ah! Coisas. . . Que tipo de coisas? – Ela perguntou num tom divertido que me irritou profundamente. Porque essa garota tem que ser tão insistente? Porque ela tem que ser tão curiosa? Porque ela tem que ser tão sexy . . .?

- Ah Anahi, dá licença, as coisas são minhas e eu não te dei essa liberdade. – Eu disse raivoso comigo mesmo por não conseguir controlar meus pensamento com ela por perto. Aliás, eu nem bem conseguia pensar.

-Hum . . .Tudo bem então. – Ela disse se virando de costas e voltando pelo corredor que nós havíamos andado.

- Não! Espera. – Eu disse rápido me virando de novo pra ela, que num átomo de segundo voltou-se pra me olhar também. – Eu não tenho nada pra fazer, só não queria . . – Eu hesitei por um segundo, o que eu poderia dizer?

- Só não queria me ver. – Ela disse chutando o chão com um suspiro. – Eu entendo .

- Não! Não é isso! – Eu disse rápido. Deus, o que essa garota fez comigo? – Eu nem sei bem o porque . . .Ah tá! Olha só Anahi, vamos fazer o seguinte, eu posso adiar minha coisa, se, só se, você ficar um pouco comigo. Pode ser?

- Pode. – Ela disse, tingindo seu rosto daquele rosa bonito.

- Pois bem. – Ela começou. Nós estávamos no meu quarto agora, e ela tinha dito que queria que eu a ensinasse a desenhar qualquer coisa, porque ela era péssima nisso.  – O que é sua especialidade?

- Eu sou bom com pessoas. – Eu disse disfarçadamente. – Heróis.

- AH!  - Ela exclamou já brotando empolgação em seus olhos, e pulando do sofá. – Você podia fazer uma super Annie! – eu dei uma risada baixa.

- É você quem vai desenhar esqueceu?

- Ah é. – ela disse. – Então não é uma boa idéia.

- Claro que sim. – Eu disse sorrindo. – eu te ensino.

- Olha senhor Herrera, eu vou logo avisando. Eu sou péssima desenhista!

- Tudo bem. Assim eu tenho mais no que me ocupar. – Ela me mostrou a língua me fazendo rir de novo, e pegou meu caderno e o lápis que estavam em cima do sofá. Ela se sentou ao meu lado na cama e disse.

- Que comecem os jogos.

- Eu odiei esse filme. – Eu comentei com uma careta pegando o caderno dela e o abrindo em uma folha limpa.

-Ah, eu também. – Ela disse cruzando os braços em um jeito engraçado. Ela os cruzou um por cima do outro, entrelaçando as mãos, e as prendendo no meio das pernas. – Mais eu sei reconhecer uma frase de impacto quando vejo uma. – eu dei um meio sorriso pra ela de canto, e a vi ofuscar por alguns segundos

- Que foi? – Eu perguntei confuso sorrindo encabulado pra ela.

- Você até que é bonito Alfonso. – ela disse devolvendo o sorriso.

- Eu até que sou bonito. . – Eu repeti sorrindo e voltando ao caderno. – Você também não é nada mal Anahi. Não chega a ser gostosa, nem quente, mais é pegavel. – eu devolvi recebendo um tapa no braço que fez rir mais alto. Anahi não era bem meu tipo, mais definitivamente tinha algo ali que me chamava à atenção. Engraçado porque eu nunca gostei de garotas baixas, elas sempre são muito geniosas. Eu gosto de garotas fáceis de dobrar. E Annie. .Eita, ANAHI, não é uma dessas.

- então com será a super mim? – Ela perguntou olhando pro caderno.

- Não sei. – eu disse levantando o rosto e olhando pra ela. – Como você quer? – Anahi abriu bem os olhos e eu franzia as sobrancelhas. – que foi?

- Nada. – Ela disse simplesmente voltando a fitar o caderno. – Hum. . .Eu gosto de vermelho. – Eu resolvi ignorar isso pro bem da minha sanidade, e com um chaqualhão da minha cabeça, eu mandei esse momento pra longe, me focando nela.

- Então. . A gente pode colocar você com o cabelo vermelho.

- Nem pensar! – Ela reclamou. – Isso ficaria horrível em mim.

- Ta então. – Eu disse.

- Isso não vai prestar. – Ela comentou mais pra si mesma.

- Porque não? – Eu questionei.

- Alfonso, borá fazer uma aposta?

- Que aposta? – Eu logo me empolguei. Apostas são um vicio meu.

- Eu aposto, que você não consegue me desenhar, sem minha ajuda, com uma roupa de heroína que eu goste.

- Não vai ser nenhum desafio Anahi. –Eu disse achando graça. – Se você ganhar, o que eu tenho que fazer?

- Se eu ganhar, o que vai acontecer. . . – Provoca que é assim que eu gosto. – Eu fico com o desenho, com seu caderno, e você pinta o cabelo.

- Mas enhi? – Eu perguntei abrindo mais os olhos.

- De roxo. – Ela completou. – Topa? – Eu ponderei. Se perde-se, eu ficaria sem o caderno. Compro outro. Ela fica com o desenho. Nada de mais, eu faço outros. E eu tenho que pintar o cabelo de roxo. Bom, seria um sonho realizado, que eu só não tinha feito ainda porque Beatriz sempre me impedia.

- Topo. – Eu disse pegando sua mão estendida no toque. Ah Anahi. Você ainda tem muito que aprender sobre apostas.

- Pronto. – Eu disse sorrindo pra ela. Ela se levantou do sofá e veio até mim pegando o caderno da minha mão. Ela o olhou por uns instantes sem demonstrar emoção alguma. – Então? Gostou?

- Não. – ela disse secamente me jogando o caderno de volta. Eu acho que minha cara foi no chão. Ninguém nunca tinha dito que não gostava dos meus desenhos.

- Por quê?

- Sei lá, ficou vulgar. – VULGAR?! AH NÂO!!

- Nem vem Anahi, o desenho ficou ótimo, a roupa ficou sexy e você sabe disso.

-Não Alfonso, a roupa ficou horrível. – Ela disse olhando pro outro lado do quarto.

- Diz olhando nos meus olhos. – Ela virou o rosto e gaguejou pra mim:

- Fi-ficou. . .

- AH! GANHEI! – Eu gritei sem intenção caindo em uma gargalhada alta.

- Nem vem Alfonso. Eu nunca perdi uma aposta.

- Primeira vez pra tudo Anahi. – Annie bufou alto pelo ditado vagabundo e se jogou de volta no sofá.

- O que é que eu tenho que fazer?

- Ta bom. To saindo. – Ela disse de dentro do banheiro. Eu me preparei pra cair em uma gargalhada que jamais veio.

Anahi saiu do banheiro vestindo as roupas que eu havia mandado trazer de uma loja aqui perto, e Deus, elas ficaram simplesmente magníficas nela. Eu acho até que babei.

Ela usava a roupas do desenho, que serviu como luva em seu corpo definido e espetacular.

Ela corou forte, ficando vermelha até os ombros pela pouca roupa.

Ela usava um corpete vermelho, com rosas pretas detalhadas, transadas umas nas outras, afinando sua cintura esbelta e elevando seus seios médios. Ela usava uma daquelas calças pretas, extra colada, estilo da mulher gato, e um salto alto, vermelho, que a deixava totalmente reta, as coxas mais definidas pela pressão da calça unida ao uso do salto. Ela tinha um bracelete de prata, no braço direito, o cabelo solto que lhe caia até a cintura, e uma maquiagem pesada, que realçava seus olhos e sua pele muito clara.

Ela passou a mão nos cabelo de um jeito tímido, que a deixou mais sexy ainda, e eu me amaldiçoei pela fantasia sexual de pegar uma super heroína. Apesar do Bed não se manifestar, eu sabia, que se ele pudesse, viria dar um oi bem empolgada pra ela. Maldita aposta.

- Eai? Como ficou? – Ela perguntou mordendo o lábio inferior. Eu procurei pela minha voz e por uma boa resposta, mais nada me vinha à cabeça, só coisas doidas como. .  “Annie, eu to morrendo afogado, me salva.” “Essa é da boa, minha super heroína” Jesus, quando foi que eu fiquei depravado desse jeito?

- Hum.. . Gostosa; - Eu disse mesmo isso? Ao que parece sim, pois ela corou mais logo me lançando um sorriso encabulado me fazendo esquentar entre as pernas.

- Você não disse que eu não era gostosa? Nem quente?

- E não era, mais agora. . . Deus Anahi, esse quarto ficou meio quente. – Anahi deu uma gargalhada baixa, e passada a timidez mais forte, se sentou ao meu lado. Má idéia. Má idéia. Má idéia.

Ela ligou a TV com o meu controle, e sem dizer mais nada, se virou pra TV assistindo algo que eu nem prestei atenção. Eu só podia ver aquele decote profundo que ela usava, revelando seu belo busto. VAAAAAMOS BED!  Se ele não acordar com ela assim, Deus, eu desisto de você amigo. Eu me voltei pra TV, tentando ignorar a bela garota, sentada ao meu lado. Deus. Vai ser uma tarde, muito, muito longa.