Fanfic: Através de um olhar AyA | Tema: Anahí e Alfonso/ Aya/

Ponto de vista de Anahi Portilla.

- Annniee. . .. Anyzinhaaa?  Tá me ouvindo? ANNNNNNIIIIEEEEEEEEEE!
- An? Que foi Eddy? – Eu disse atordoada saindo dos meus devaneios.
- Foi Annie. – Estefania disse. – Você foi, foi pra longe e esqueceu de que tem que comer. – Ela indicou minha comida intocada na bandeja. Eu tenho estado meio avoada ultimamente, mais o que eu poderia fazer? Alfonso não saia mais da minha cabeça. Eu aluguei todos os filmes que ele me indicou e eu assisti a todos. . . Menos o inferno. Eu gostei de todos eles. . .Mais eu não quis assistir ao último, eu queria ver esse com ele. Aliás, eu queria ter assistido a todos com ele. Menos P.S. eu te amo, esse eu chorei feito uma condenada a força comendo seu último pedaço de chocolate. Eu fiquei imaginando o que ele diria sobre cada cena. . . Mais isso não vem ao caso. O caso é que: Eu sentia uma afeição muito forte pelo Alfonso. Tão forte quanto pelo Eddy, só que Eddy eu conhecia desde sempre. – ANNIE!
- O que foi? – Eu perguntei chateada. – Porque vocês ficam gritando comigo?
- Porque você não presta mais atenção na gente caramba! – Eddy disse ao meu lado. Nós estávamos na cantina da escola, eu, ele e a Fani (apelido da Estefania). Era à hora do intervalo e nós tínhamos uma mesa só pra nós. Nós somos super populares e. . . Ah! Mentira.
Por quê? Simples : Ninguém queria sentar com a gente: Os nerds bolsistas da F.U.P. – Porque você tá tãããão alienada ultimamente em? – Ele perguntou colocando o braço em volta dos meus ombros e sorrindo aquele sorriso de : Me diga, eu não vou rir. (Só Eddy Vilard consegue dizer tudo isso em um sorriso)
- Não é nada Eddy. . . Só estou um pouco nervosa com a viagem lá da academia. – Eu minto mal pra cacete, mais isso em parte não era mentira.
- Não tem nada mais te incomodando gatinha? – Fani perguntou segurando minha mão.
- Não. – Eu disse simplesmente.
- Então fica calma amiga. – Ela disse. – Você é muito boa no que faz e sabe disso, nada nessa viagem vai dar errado. E aliás, nós temos 3 meses ainda para nos preparar.
- Ela tem razão Anyzinha. – Eddy concordou me dando um beijo estalado na bochecha. – Daqui três meses nós estaremos fora desse colégio do inferno indo direto pra Miami pra nossa competição e se. . .
- Hora, hora, hora. – Kelly disse se aproximando da nossa mesa. Kelly é a vaca leiteira mais insuportável, desprezível e idiota fudida do inferno, do mundo. – Nerdolandia unida jamais será vencida. – Ela disse rindo da sua própria piada. Bianca e Andreza, suas fiéis mulas de carga, riam da piada sem graça junto com ela. – O que foi Anahi? Eles têm peninha de você porque você não arruma ninguém que te queira?
- Na verdade Kelly. – Eu disse me levantando e me apoiando nos braços em cima da mesa. – A única de quem nós sentimos pena aqui, é de você. Tanto dinheiro, pra tão pouco cérebro. Tanta celulite pra tão pouca perna. Tantas estrias pra tão pouco espaço. – Eu me sentei vitoriosa na minha cadeira e Eddy ria alto e escraxadamente da cara de tonta da Kelly.
- Quanto rancor nesse coraçãozinho Annie. – Estefania disse rindo também.
- O nome disso é inveja! –Kelly disse com a voz fina pra mim. – Inveja porque eu tenho milhões de homens atrás de mim e você tem só esse ai. – E indicou Eddy com um gesto de cabeça. – Um nerd, que apesar de ser gostoso, não sabe escolher companhia. – Ponto pra ela. Eddy é realmente gostoso, e ele poderia ter todas as garotas do mundo se quisesse, mais ele só pega garotas inteligentes, e beleza e inteligência são duas coisas que normalmente se estranham e não ocupam o mesmo corpo.
 - É bom saber que você aguenta milhões por trás. – Estefania disse contendo a risada.  Eu e Eddy não cabíamos mais na gente de tanto rir, e a mesa do lado, cheia de garotos, assobiava e ria da cara de tacho de Kelly.
- Isso não muda o fato. – Kelly começou sobrepondo-se a balburdia. – De que a rainha mor da nerdeza. – Ela apontou pra mim descaradamente. Oh Deus, lá vem. – É uma encalhada, sem namorado, e se duvidar até virgem. – Eu não disse que ela é uma vaca leiteira, insuportável, desprezível e idiota fudida do inferno? Eddy parou de rir e Fani também, e o grupinho da mesa ao lado ria de mim agora.
Eu me levantei calmamente e me inclinando sobre a mesa dizendo baixo mais bem raivosamente perto da orelha dela:
- Pra sua informação, eu não sou mais virgem, não que isso seja da sua conta, e além do que, eu tenho um namorado, mais gostoso, mais forte e mais rico que o seu, então cale a boca e tente me superar sua vaca leiteira, insuportável, desprezível, e idiota fudida do inferno. – Eu terminei solenemente a maior e mais descarada mentira que já contei pra qualquer um, me sentando na minha cadeira calmamente, enquanto Eddy e Fani me encaravam questionadoramente.
- Um - Nome. – Ela disse vermelha de ódio, olhando pro seu namorado idiota e bombado. Pronto. Fudeu de vez agora.
- Alfonso. Alfonso Herrera. – AH MEU DEUS! Boca maldita que fala sozinha! Kelly pareceu se dar por vencida, e virando nos calcanhares, saiu da cafeteria com a tíbia e a peronia.
- Quem é Alfonso Herrera?! - Ed quase rosnou pra mim, era de conhecimento de todos na escola que Eddy gostava de mim mais do que como amigo, e também era de conhecimento de todos que ele não é correspondido, mais nem por isso eu o trato mal.
- Ninguém. – Eu disse corando forte e voltando minha atenção pra comida. – Foi só um nome que eu inventei.
- Mente que fica vermelha! – Fani disse rindo. – Conta aí Anyzinha, quem é Alfonso Herrera?
- Ninguém já disse. – Eu disse com raiva me levantando. – Agora se não se importam eu tenho uma aula pra assistir. – Eu saí da mesa e caminhei decidida sem olhar pra trás. Assim que eu passei pela porta eu quis morrer naquele instante. E se o Alfonso soubesse dessa merda toda? Nós nem éramos amigos. . . Essa linha de pensamento foi varrida da minha mente quando Ed saiu do refeitório com a sua jaqueta pendurada no ombro.
- Annie, eu preciso testar uma coisa. – E antes que eu pudesse perguntar o que era, Eddy pegou minha mão e saiu me arrastando pelo campus.
- Aonde a gente ta indo Ed? – Eu perguntei com certo receio. Eddy nunca faria nada para me machucar. . .Eu acho. Ele não respondeu e caminhamos decidido até o ginásio de esportes, nós entramos lá e ele me colocou sentada na arquibancada que era praticamente encostada na porta. Ele se virou de costas pra mim e fechou a porta a trancando.
- Annie, eu não quero que você me mate depois de hoje. – Ele disse se virando pra mim e me olhando nos olhos. – Eu não quero ser capado também, eu só quero testar uma coisa.
- Que coisa Ed. . . . – Eu nem ao menos pude terminar a formulação de frase. Eddy se aproximou de mim com um semblante decidido. O que ele vai fazer? Ele colocou suas duas mãos no meu rosto rapidamente, uma de cada lado e, no que eu percebi ser um ímpeto inesperado de coragem, ele colou nossos lábios num beijo calmo mais decidido.
Ele invadiu minha boca com sua língua logo de cara, e minhas mãos, antes no meu colo, deslizaram por seu peito acima entrelaçando meus dedos no seu cabelo. Não que eu tivesse beijado muita gente, mais Eddy com certeza beijava bem. Ele brincava com a minha língua a guiando de dentro da minha boca pra dentro da dele, só pra depois recomeçar tudo de novo. Um suspiro baixo escapou da minha boca e quando eu puxei de novo o ar seu cheiro doce invadiu minha mente. Mais não era bem isso que eu esperava sabe? Não era exatamente certo, ou até excitante. . .Era só um beijo. Eddy se afastou de mim soltando meu rosto e eu vi uma careta de confusão pairar sobre o seu rosto.
- Eai? Como foi pra você? – Ele perguntou sem tirar aquela cara estranha.
- Sinceramente?
- Haram.
- Foi como beijar meu irmão.
- Graças a Deus! – Ele disse colocando uma mão no peito e se afastando. – Foi. . Sei lá.
- Não foi bem o que você esperava não é? – Eu sabia que nunca fui boa com beijo, e Eddy não estava ajudando com essa cara de alívio por eu não ter gostado.
- Com certeza não. – Ele disse com as mãos na cintura. Suas feições mudaram drasticamente pra de pura e sincera alegria. – Annie, eu fiz isso. . Porque eu conheci uma garota ontem. . .E Deus! Ela é perfeita.
- Mesmo Ed? – Eu tentei aparentar felicidade mais não pude ser muito convincente. É claro que eu queria que Ed fosse feliz, mais no fundo eu meio que me acostumei a ter ele gostando de mim mais do que como amiga. E pelo menos nisso, Kelly tinha razão, ninguém além de Ed quer nada comigo.
- Haram. – Ele concordou contente aparentemente convencido de que eu estava feliz por ele. – O nome dela é Boyer, Zoraida Boyer.
- Diferente. – Eu comentei. – Ed. . . . Eu não to muito legal hoje, você se importa em dizer pra professora Dippet que eu fui embora? – Ed me olhou espantado, eu nunca ia embora mais cedo. Nunca. Nem quando eu tinha uma super cólica.
- Mais Anyzinha, a gente tem dois tempos de Edc. Física hoje. Você adora Edc. Física.
- Eu sei Ed mais eu não to legal ta? – Eu me levantei me sentindo um lixo e sai pela porta ignorando totalmente o olhar de preocupação de Eddy.
Pronto, agora meu melhor amigo tem namorada, minha melhor amiga tem namorado e o que eu tenho? A ginástica Olímpica. Parabéns pra mim.

Ponto de vista de Alfonso Herrera.

- Nel, você poderia ir comprar umas coisas pra mim? – Eu pedi e Ninel me olhou desviando sua atenção do livro que eu havia emprestado a ela.
- Claro Alfonso. – Ela respondeu se levantando da cadeira ao meu lado. Desde que a Anahi, ou Annie como ela chamava, veio aqui no domingo, Ninel me deu permissão de chamá-la de Nel, e nós ficamos bem próximos sabe? Não romanticamente falando, mais como se ela fosse uma amiga e não minha enfermeira. Hoje é terça e Anahi não voltou mais. . . Que coisa idiota, claro que ela não vai voltar. Ela tem a vida dela pra viver. Eu entreguei uma pequena lista que havia feito das coisas que precisava há Ninel e dinheiro que eu acredito ser suficiente pra um lista tão pequena. Ela saiu do meu quarto levando a lista, o dinheiro, e seu casaco. Do lado de fora da minha janela, grossas gotas de chuva mancharam o meu vidro e o céu pareceu enegrecer aos poucos. Eu liguei a TV e um som forte de rock invadiu meus ouvidos. Arr! Rock é bom , mas aquilo estava mais pra gritos e pancadas. Eu mudei de canal rapidamente concentrando minhas atenções em um canal de culinária. Que? Eu gosto. Alguns minutos depois a porta do meu quarto abriu devargazinho e eu senti minhas sobrancelhas se enrrugarem em confusão.
- Ste? – Stephanie entrou no quarto com um olhar decidido e soltou uma perola incrível que eu achei que ninguém no mundo diria:
- Se você não vai ser meu, não vai ser dela também. – Ela quem aliás? Ela meio que correu até mim e se jogou no meu colo me puxando pra um beijo. Que? Como assim? Eu tentei afasta-la mais antes que pudesse eu escutei a porta se abrir novamente e a última voz que eu queria ouvir nesse momento disse muito envergonhada :
- Ai meu Deus! Me desculpem.
- Não . . .Sai daqui Stephanie. – Eu finalmente consegui tira-la de cima de mim. Ela me olhou incrédula.
- Vai me mandar embora por essazinha ai?! Olha só pra ela, ela nem é bonita!
- Desculpem mesmo eu não quis interromper. – Anahi disse saindo apressadamente, e eu pude ver que as palavras de Stephanie haviam machucado-a mais do que deveriam.
- Não Anahi, volta. – Eu pedi num tom alto. Ela hesitou por um instante. – Por-favor. Saia Stephanie. A gente não tem mais nada, e você sabe disso. – Agora! Vamos colocar os pingos nos i’s logo. Stephanie fez sua pior cara de raiva, e eu não sei como pude achar alguém tão fútil bela. Ela saiu batendo seus saltos plataforma, oh coisa feia, e ao passar por Anahi deu um encontrão em seu braço. Anahi deu um passo pra trás ainda muito constrangida e alisou o local. – Entra Anahi. – Eu pedi num tom normal. Ela engoliu em seco e entrou timidamente no quarto. – Ela machucou você? – Eu perguntei quando ela parou nos pés da minha cama ainda esfregando o local onde Stephanie havia batido nela.
- Ah . .não. – Ela disse mais ainda sim esfregava o braço quase em frenesi.
- Me deixe ver. – Eu pedi a ela. Ela se aproximou de mim e tirou sua blusa de frio. – Adorei a camiseta. – Eu disse sem pensar. Ela usava uma camiseta do filme Edward mãos de tesoura. Ela deu um meio sorriso a deixando tão linda que eu perdi o foco, só o recuperando por um milagre de Deus. Ela se sentou ao meu lado na cama e expôs o braço pra mim. – Aquela maluca. – O braço dela tinha uma mancha vermelha pelo esbarrão e por isso Anahi a esfregueva tanto.
- Tudo bem. – Anahi disse e sorriu abertamente pra mim. – Eu vim ver você, e não ficar me chateando com uma enfermeira atirada. – Eu sorri contente pra ela e ela se virou pegando uma sacola ao meu lado que antes eu nem ao menos notara. – Eu assisti a quase todos os filmes que você me indicou.
- Já? – Eu perguntei realmente surpreso.
- Hurum. – Ela disse. – Menos esse. – E de dentro da sua sacola ela tirou um DVD que quase me fez ter um ataque cardíaco. – Você se importa em assistir comigo ?
- De maneira alguma. – Eu disse sorrindo feliz pra ela. – Será um prazer desfrutar da genialidade de Ron Howard ao seu lado madame. – Ela gargalhou alto pela mesura de minhas palavras e se levantou colocando o filme.
- Chega pra lá que eu quero me deitar ai com você. – Ela disse ainda rindo. Ela colocou o DVD e correu até mim se sentando ao meu lado e pegando o controle. Ela puxou a coberta de baixo de si e se colocou embaixo dela ao meu lado. Derrepente ela se tornou muito, mais muito vermelha.
- O que foi ? –Eu adoro o jeito como ela age tão naturalmente perto de mim pra depois morrer de vergonha.
- Desculpa Alfonso, passei dos limites né?  - Ela disse movendo as mãos nervosamente em cima da cama.
- De maneira alguma Annie. – Eu disse e acariciei de leve a maça do rosto dela que ficou ainda mais corada com o meu toque. Eu tenho que admitir, eu adorei isso. – Vamos assistir ao filme tá? Antes que você exploda de vergonha.
- Não seja bobo Poncho. – ela disse me dando um tapa no braço e sorrindo.
- Você me chamou de Poncho. – Eu disse me virando pra frente e prestando meia atenção nos treilers do filme.
- E você me chamou de Annie, então não reclama. – Ela disse rindo.
- Não por isso A-N-A-H-I! – Eu disse agora totalmente concentrado no filme.
- Como eu disse, um bobo. – Ela disse ao meu lado.
E inesperadamente, ela apoiou sua cabeça no meu ombro, sem jamais desgrudar os olhos da TV. Perfeita.
Os créditos começaram a rolar tela acima e Annie se desapoiou do meu ombro desenrolando seu braço do meu. Ah, por que ?
Ela deu um grande bocejo e arrumou seus cabelos antes soltos atrás das orelhas.
- Waw. – Eu disse, me refirindo ao fato de como ela ficou perfeita sem aqueles fios incômodos espalhados pelo seu rosto.
- Eu sei. –Ela disse se ajeitando e desligando o DVD pelo controle. – Esse Ron Howard é realmente muito bom. – Ah, então ela achava que era do filme que eu estava falando?
- Hum . . É porque você não leu os livros ainda. São ainda melhores. – Eu disse enquanto ela se levantava me deixando sozinho na cama.
- Que horas são? Eu perdi meu relógio. – Ela disse indo pra TV tirar o filme.
- Hum . . .3:15 p.m.
- Já? – Ela se espantou. – Merda, demorou mais do que eu pensei. – Ela tirou o DVD e jogou ele de volta na capa dentro da sacola. – Eu tenho que ir Poncho.
- Quando você volta ? –eu soltei sem perceber. – Quer dizer . .Não prescisa voltar se não quiser . . É só que se você quiser, eu quero . . .Quer dizer . .  – Annie sorriu pra mim e pegou sua sacola do chão.
- Assim que eu puder eu venho te ver Alfonso. – E ela corou ao dizer isso. – Sabe, pra você  . . Me indicar uns outros filmes . . E livros talvés.
- Okay. – Eu disse com um sorriso alegre. – Annie, toma. – Eu tirei o relógio do meu pulso, um dos meus melhores e mais caros, e estendi pra ela.
- Ah não Poncho é seu! - Ela disse se afastando como se eu tivesse estendido uma aranha pra ela.Arre! Eu nunca tocaria em uma aranha. Elas são nojentas, e medonhas com todas aquelas pernas e olhos . . .E as teias me dão arrepios.
- Pega Annie. – Eu disse ainda estendendo pra ela. – Só até você vir me ver de novo pode ser?
- Não é certo Alfonso. – Ela disse mordendo a boca. Deus, que garota sexy.
- Ah, vai Annie. É só um empréstimo. Assim, eu teria certeza de que você vai voltar.
- Você não vai precisar? – Ela perguntou mordendo a boca mais forte e apoiando o peso de seu corpo em uma perna só. – Esquece. Deve ser muito caro e eu posso perder.
- Se você não pegar não precisa voltar. – Eu disse tentando fingir ofensa.
- Ain Poncho. . .- Ela disse com óbvia angústia pulando no mesmo lugar, meu Deus, porque ela tinha que ser tão sexy?.
- Por favor? – Eu pedi estendo mas longe meu braço. Ela suspirou e olhou pros meus olhos. Por um segundo eu esqueci de onde estava e das minhas limitações. Eu quis me levantar daquela cama e encher de beijos aqueles olhos tão lindos. Ela piscou desnorteada e meio sem consciência ela pegou o relógio da minha mão sem deixar meus olhos jamais. A amizade de Annie seria no mínimo interessante.
- T-Tudo bem então. – Ela gaguejou um pouco e segurando meu relógio saiu do quarto desviando seus olhos dos meus. – Eu volto. – Ela disse em tom de promessa. Um sorriso se espalhou pelo meu rosto e quando eu tive certeza que ela não ia ouvir eu sussurei a mim mesmo.
- Eu vou estar esperando.