Fanfics Brasil - Capítulo - 009. Tudo Por Você - Adaptação Vondy.

Fanfic: Tudo Por Você - Adaptação Vondy. | Tema: Trendy e Vondy


Capítulo: Capítulo - 009.

597 visualizações Denunciar


Dulce Maria


Depois de encarar meu telefone fico confusa pelo tom de voz muito vigoroso e provocante. O senhor Uckermann desligou assim que eu iria lhe fazer mais perguntas. Por outro lado, decidi não ligar para Christopher, ele deveria estar dormindo ou com sua namorada se ocupando em sua oficina.


Pensar naquela megera fora de moda me faz ter ânsias. Paro de pensar na morena nojenta e me desabo na cama. O dia na faculdade foi cansativo e na próxima semana terei exames. Minha mente deverá ficar cem por cento atenta aos livros, mas meu desânimo para estudar evaporou desde o jantar.


Tive que comer minha refeição sozinha, pois meu pai iria chegar em casa somente bem tarde. Eu sei o que acontece, mas me recuso a acreditar o que se passa com ele. Não faria nenhuma diferença minha presença em casa, eu era mais como um fantasma para ele.


O meu coração se aperta com esses pensamentos e me levo a refletir que Christopher tem razão, sou uma pessoa mentirosa e tenho tudo que quero, mas sempre irá faltar algo.


Num momento depressivo resolvi pesquisar na internet sobre um lugar para alugar e permanecer por lá até conseguir algo melhor. Encontrei três telefones com os endereços.


Os dois primeiros já haviam sido alugados e o último teria que encontrar o dono amanhã, esse seria o meu primeiro passo e meu primeiro esforço, ser dependente e quebrar a promessa de que fiz para minha mãe.


Durmo abraçada com a fotografia da minha mãe enquanto penso no que farei daqui pra frente, a ideia que me levou a alugar uma casa é estúpida, mas eu mostrei para meu pai ou para quem quer se seja que eu sei me virar sozinha.


Na manhã seguinte não tomo café da manhã em casa, prefiro sair mais cedo e encarar a cantina da faculdade. Meu humor é descontado em minhas roupas. Uso um jeans, converses, uma blusa preta um pouco folgada e cabelos num coque perfeito.


Assim que Angel me encontra na mesa com uma expressão de desgosto me encara horrorizada.


― Eca, Dulce ― diz com desgosto. ― Você está horrível! ― Fez uma careta enquanto termino meu suco.


― Não me importo ― digo desanimada.


Ela joga sua bolsa da Gucci na cadeira e se senta à minha frente empolgada, seus olhos estão bem maquiados e destacados.


― Dulce, você tem que parar de ficar assim... Olha só, hoje à noite vamos sair. ― Ela bate suas mãos. ― Sebastian também vai. Quem sabe vocês...


Não a espero terminar de falar.


― Tenho compromisso, Angel ― digo rapidamente.


― Dul...


― Angel... Só quero ficar sozinha para estudar ― replico, abrindo o meu caderno.


Ela revira seus olhos verdes e me dá um suspiro cansado, pega sua bolsa e sai depois de jogar seu cabelo curto e castanho para trás. Argh! Posso me desculpar com ela mais tarde.


Rapidamente vejo Sebastian bem vestido encontrá-la e acompanhá-la, ele me olha brevemente e acena. Sebastian têm os cabelos bem penteados e um sorriso brilhante.


Qualquer garota neste lugar, incluído eu, adoraria tê-lo ao lado, porém eu não consigo pensar nele de uma forma profunda, não agora. Essa depressão está começando a deixar meu corpo cansado.


As aulas pareciam lentas e desejei que fosse exatamente assim. A maioria dos alunos percebeu o quanto eu estava indisposta e distante de todos, sentando no final da sala.


Angel nem se quer se juntou a mim.


No final das aulas decido ir para o campus, o sol forte invade o lugar, e opto em ficar um longo tempo na sombra antes de ir para casa. Logo pela manhã, ao vir para a faculdade, meu motorista me trouxe, mas informei que ligaria assim que estivesse pronta para que pudesse me buscar e nesse caso, eu não estava e não queria ir para casa tão cedo.


Pego meu caderno de desenho e começo a pensar no que fazer.


Vejamos...


Não quero criar mais modelos, quero algo diferente. Desenhar sempre me distrai, é como minha terapia, me tira de qualquer pensamento desconfortável, olho ao redor, os alunos saem aos poucos enchendo o campus e ocupando seus lugares confortavelmente e empolgados.


Com mais uma olhada de relance e percebo que há algo estranho, meus olhos param nos olhos castanhos de Christopher. Ele está encostado em sua caminhonete branca com os braços cruzados mostrando o tamanho de seus músculos por baixo da fina blusa de algodão branca, jeans desgastado, tênis e cabelos da altura do pescoço jogados para o lado como se só os penteasse com os dedos.


É uma postura muito viril, e aprovo o que ele veste, naquele momento ele nem mesmo aparenta ser um mecânico.


Por outro lado, seus olhos estão em mim, sem desviar, e os meus ficam presos com sua profundidade, um suspiro sufocante faz meu corpo se estremecer involuntariamente.


O simples contato me transmite perguntas e confusões. Entre essas duas hipóteses há curiosidades e quero poder entendê-lo também. Arrisco-me em lhe dar um sorriso sincero e ele me retribuiu rapidamente com gentileza.


Ver Christopher sorrindo é completamente diferente, é como se o sol iluminasse somente a ele. Espero sentada, talvez ele venha até a mim, e isso me deixa nervosa de uma maneira agradável.


Desvio meu olhar e volto minha atenção ao meu caderno pensando em desenhá-lo sorrindo. Por mais que estivéssemos afastados é melhor assim, eu não quero conversar agora, nem mesmo discutir e sei que isso pode acontecer. Uma parte de mim luta contra isso, pergunto-me se ele veio atrás de mim e sinto uma pontada de esperança em meu peito.


Talvez ele até notasse que eu não estava de humor para conversa. Logo me distraio ao tentar procurá-lo e vejo Angel conversando com Sebastian animadamente, uma garotinha com um vestido florido segurando uma cesta nos braços parece falar algo com eles.


Os dois nem se quer lhe dão atenção, apenas recusam.


A garotinha se vira e vejo seu rostinho delicado entristecendo. Ela caminha até um grupo rapidamente e volta a falar algo para eles. Três deles lhe dão dinheiro e ela oferece os bolinhos.


Sem que eu espere percebo que ela vem em minha direção e me sento ajoelhada.


A garotinha tem olhos grandes cor de avelã, suas bochechas estão levemente rosadas e seus cabelos castanhos, um pouco ondulados, batem até seus ombros pequenos.


Ela me dá um sorriso encantador que me deixa um tanto desarmada.


― Oi. ― Assim como ela, sua voz é meiga, tão pequena e delicada.


― Oi. ― Sorrio só de escutá-la.


― Eu sou Mia e estou vendendo cupcakes por um dólar para ajudar no passeio da escola. Você pode nos ajudar? ― Ela inclina sua cabeça esperando pela rejeição, sua expressão me lembra de alguém.


É triste vê-la tão esperançosa ao mesmo tempo tão intimidada. Sua voz suave e doce me faz sorrir ainda mais.


― Esse passeio deve ser muito legal ― tento animá-la.


― É para o zoológico e o circo ― Ela abre mais seu sorriso, mostrando-me suas covinhas.


Aí meu coração!


― Uau! ― Empolgo-me. ― E você vendeu quantos até agora? ― pergunto.


― Hum... Acho que oito ― responde um pouco triste.


― Sabe quantos sobrou? ― pergunto olhando sua cesta ainda cheia.


Observo, parece ter mais de dez ali. Sua testa franze enquanto pensa.


― Eu não sei contar direito, meu pai que me ajuda. ― Ela sorri e vejo o fascínio ao falar do pai.


Me pego desejando brevemente, para essa pequena menina linda, que seu pai nunca seja como o meu.


― Posso contar? ― pergunto apontando para sua cesta e ela acena.


Vejo que tem doze, mordo meu lábio.


― Vou levar.


― Qual? ― ela pergunta empolgada. ― Tem de baunilha, chocolate e morango.


Eu pego a cesta de suas mãos pequenas, tiro uma nota de cinquenta dólares do meu bolso e lhe entrego.


Mia pega o dinheiro confusa.


― Isso não é um dólar ― ela murmura me olhando cada vez mais confusa.


― Eu sei, vou levar todos ― afirmo com orgulho.


― Vai comer tudo isso? ― Aponta para a cesta, incrédula. Sua voz deixa meu coração cada vez mais derretido.


Olho para a cesta. Eu adoro cupcakes ainda mais quando estou triste.


― Acho que vou me entupir de cupcakes. ― Sorrio.


― Papai diz a mesma coisa ― ela murmura distraída guardando a nota em sua bolsinha. ― Eu não sei quanto dá tudo, quanto devo te devolver? ― pergunta, olhando-me.


― Não tem que me dar nada, é seu. ― Pisco.


― Mas tenho que devolver o troco ― ela persiste.


― Não, não ― respondo docemente. ― Quero que você consiga ir ao seu passeio. ― Ela me abre seu lindo sorriso.


O dinheiro da minha economia foi dado a uma criança pequena e encantadora e isso não me fará falta.


Ver Mia sorrindo já é o bastante.


― Obrigada! ― Ela pula ― Qual é seu nome? ― pergunta inclinando sua cabeça.


― Dulce. ― Sorrio apaixonada por ela. ― Mas pode me chamar de Dulcinha.


Seu pequeno nariz se enruga como se não gostasse do meu apelido.


Pisco sem entender.


― Eu vou te chamar de Dul. ― Ela sorri apontando para mim. Sorrio para ela aprovando o apelido.


― Como quiser.


― Muito obrigada, Dul. Papai vai ficar feliz quando ver que consegui vender tudo. ― Ela dá outro pulo empolgada.


― Tenho certeza que sim ― Sorrio amavelmente para ela e sou surpreendida com um abraço.


Eu fico sem saber o que fazer, mas me rendo a abraçando, ela tem um cheiro de flores do campo levemente suave.


― Tchau, Dul ― Ela se afasta sorrindo um pouco, com os olhos brilhantes.


― Tchau, Mia, e não se esqueça de me visitar ― digo, arrumando os seus cabelos no lugar.


― Eu venho ― Ela sorri e a deixo ir, assistindo enquanto corre saltitante.


Olho para os cupcakes ao meu lado e volto a me sentar. Procuro por Christopher, vejo que seu carro está saindo e me sinto culpada por não ter falado com ele antes.


Penso se ele veio até aqui para falar comigo e não lhe dei atenção, franzo a testa pensativa: como ele sabe onde eu estudo e onde me encontrar? Balanço minha cabeça suspirando, querendo me bater por começar com paranoia, de qualquer forma estive ocupada com minha linda Mia.


Começo a desenhar um rosto pequeno e delicado com traços suaves e meigos enquanto como meus cupcakes deliciosos e passo a tarde toda pensando sobre a possibilidade de conseguir um emprego o mais rápido possível.




COMENTEM!!!!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): sra.savion

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Tenho um propósito de conseguir dinheiro, a ideia se forma rapidamente em minha cabeça enquanto me arrumo para me encontrar com Sr. Uckermann. Meu pai continua desaparecido desde ontem à noite e pela primeira vez não me importo. Resolvo chamar um táxi em vez de pedir para o motorista me levar até o lugar, eu não quero que nin ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 54



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • dada Postado em 16/01/2020 - 19:51:30

    Abandonou

  • elielma Postado em 03/09/2019 - 10:21:43

    Continua por favor

  • julia_souza_ Postado em 02/10/2018 - 09:31:18

    Vai abandonar a fanfic ? Se não for mais postar favor avisar logo.

  • vitory07 Postado em 02/09/2018 - 03:43:12

    Não vai escrever mais não? Se for isso avise, mas se não for posta logo.

  • julia_souza_ Postado em 13/08/2018 - 17:33:06

    Sumiu de novo :(

  • bia.leite Postado em 30/07/2018 - 08:42:17

    Posta maisssssssssssssssssssss plissssssssssssssssssssssssssss

  • julia_souza_ Postado em 20/07/2018 - 12:57:28

    Cadê voceeeeeê? Continua!!

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:28

      Estou aqui. Continuando!!!!

  • deia2017 Postado em 10/07/2018 - 23:15:21

    Cadê vc amor posta maiss

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:00

      Estou aqui...Postado!!!

  • astrogilda Postado em 03/07/2018 - 16:07:30

    Continua please...ta legal

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:40

      Continuando!!!

  • candy1896 Postado em 02/07/2018 - 12:34:32

    CONTINUAA

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:19

      Continuando!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais