Fanfic: Tudo Por Você - Adaptação Vondy. | Tema: Trendy e Vondy
Christopher Uckermann
Entro no carro batendo a porta com força, coloco meu cinto sem humor nenhum. Dulce consegue arrancar a fúria de mim em questão de segundos. Ligo o carro e dou a partida em silêncio encarando a estrada seriamente.
― Quero meu presente ― escuto Dulce dizer em minha direção.
Olho-a confuso, sua palma está estendida em minha direção.
― Não tem presente nenhum ― digo com desgosto.
― Tem sim papai, onde está? ― Mia dispara atrás de mim e olho pelo retrovisor ela procurar em seu banco.
Eu queria fazer sinal para Mia parar de procurar, enquanto Dulce a olhava no banco de trás.
― Mia apenas mentiu, foi só uma brincadeira. ― Sinto-me desconfortável.
― Eu não minto pai. Cadê? ― Mia fica nervosa. Pronto, agora enfureci duas mulheres?
― Ela não está mentindo, Ucker. O que você iria me dar? ― Dulce pergunta com os olhos curiosos.
― Você não está merecendo ― murmuro como um velho rabugento.
Vejo pelo canto do olho a boca de Dulce se abrir numa expressão chocada, seus olhos me fuzilam.
― Achei! ― Mia grita atrás de nós e Dulce olha curiosa. Eu quero me socar por ter comprado algo tão estúpido.
Olho pelo canto do olho vendo Dulce espantada e com um sorriso nos lábios.
― Comprou uma flor para mim? ― Dulce pergunta muito surpresa.
Engulo seco me sentindo desconfortável.
― Foi Mia que escolheu. ― Olho para o outro lado para que ninguém possa ver meu rosto.
― É como o Sol ― Mia explica esplendorosa.
― Mia gosta de amarelo ― explico, como se isso fosse mudar de assunto.
Vejo Dulce rir e cheirar o girassol.
― Isso é muito gentil da sua parte, Ucker, mas me pergunto por que uma flor tão linda estava jogada no chão do carro?
Não quero mais olhar para o seu rosto iluminado. Eu me lembro de ter feito isso quando vi Dulce conversar aos sorrisos com outro cara, agradeci por Mia estar com ela e joguei a flor dentro do carro. Eu não sei definir a emoção que me causou, mas é difícil lidar com tamanho nervosismo e possessão.
Mas que merda eu estava fazendo?
― Eu não sei, o girassol deve ter fugido e se escondido ali ― digo sem pensar.
Vejo pela minha visão periférica Dulce sorrir por trás da flor. Enquanto vinha com Mia paramos numa floricultura para comprar uma flor para Dulce como boas vindas e Mia escolheu girassol, depois optei que fossemos comprar algumas coisas para casa.
Quando estaciono em frente ao mercado da cidade Dulce franze a testa olhando pela janela.
― O que viemos fazer aqui? ― pergunta.
Eu a encaro confuso.
― Compras ― respondo. Seus lábios se abrem em surpresa e seus olhos logo brilham.
― Compras. ― Ela se empolga, saindo do carro agarrada com a flor.
Pergunto-me se ela vai mesmo sair com a flor em vez de deixá-la no carro. Reviro meus olhos e tiro meu cinto. Mia está pronta para sair e abro sua porta a colocando no chão.
Eu preciso ter um momento a sós com minha filha e olho para Dulce. Ela tem um sorriso aberto, o sol ilumina seu rosto e seus cabelos, fazendo-a ficar muito mais jovem e inocente.
― Pode buscar um carrinho para nós? ― peço para ela apontando para pilha de carrinhos de compras. Dulce me olha confusa e concorda.
Ela se vira, afastando-se saltitante.
― Vamos às compras! ― Sei que Mia quer fugir do assunto e me curvo para segurar seu colarinho enquanto ela caminha parada.
― Você fica aqui.
― Opa ― Ela sempre diz isso quando sabe que está encrencada.
Abaixo-me para tentar ficar da sua altura. Mia se vira me olhando com seus olhos inocente.
Ela alisa seu vestido de ursinhos me olhando cabisbaixa.
― Mia, por que mentiu dizendo para Dulce que teríamos um jantar? ― pergunto a repreendendo delicadamente.
― Eu não fiz por mal papai. Eu só... ― ela suspira. ― Eu não gostei do amigo dela.
Olhamos para trás para ver se Dulce se aproxima, mas ela está com algum problema ao tentar puxar o carrinho.
― Filha, não pode agir assim. Sei que faz isso quando estou com Olívia ― Ela faz uma careta desagradável toda vez que falo de Olívia. ― O que estou querendo dizer é que Dul tem uma vida completamente diferente da nossa. Não está certo você mentir desse jeito.
Mia tem o olhar triste e os ombros pequenos caídos.
― Eu gosto tanto dela, não quero que ela sofra ― sussurra olhando para seus dedos pequenos.
Franzo a testa confuso por sua reação. Pego suas mãos e as beijo. Ela me olha com um sorriso triste.
― Por que está dizendo isso? ― pergunto.
― Porque o amigo dela tem os olhos maus. ― Mia fala olhando em meus olhos e acredito em sua sinceridade.
― Então teremos que protegê-la ― sugiro com um sorriso amável.
Mia inclina sua cabeça lindamente.
― Não está zangado comigo? ― ela pergunta.
― Fiquei triste por ter mentido, mas se isso é por uma boa causa eu vou te apoiar.
Mia pula e me abraça, beijando meu rosto diversas vezes.
― Você é o melhor papai do mundo ― minha pequena me enche de mimo. Eu a amo tanto que fica difícil de querer soltá-la.
Escutamos uma tossida de protesto e olhamos para cima. Mia ri colocando suas mãos na boca e olho espantado ao ver os cabelos de Dulce bagunçados.
― Você foi para a guerra? ― me divirto.
― Eu tive um esforço tremendo para tirar esse carrinho dali. Estou cansada. ― Respira com dificuldade.
― Tudo bem, vamos lá.
Levanto-me pegando Mia e a colocando em meus ombros, ela agarra minha cabeça enquanto pego o carrinho e começo a guiá-lo até a entrada do mercado.
― Ucker ― Dulce me chama assustada. ― Vai derrubá-la.
Dulce olha para Mia em meus ombros e a segura de uma maneira que ela não caia.
― Dul, está tudo bem, ela não vai cair ― asseguro empurrando o carrinho.
― Dul, eu não vou cair ― Mia afirma rindo.
― Mesmo assim. Ucker, segura as pernas dela, você é muito alto ― Dulce insiste.
Reviro os meus olhos, olhando para a preocupação exagerada de Dulce.
― Ela está segura ― eu insisto.
― Não estou convencida disso. ― Ela olha para Mia preocupada.
Suspiro e tiro Mia de cima de mim.
― Alguém acabou com sua diversão, macaquinha ― lamento e Mia finge lamentar com um suspiro. Ajusto o carrinho e coloco Mia sentada.
Escuto o suspiro de alívio de Dulce e dou um sorriso. Empurro o carrinho com Mia e sigo primeiro nos produtos de higiene.
Dulce pegar qualquer coisa que encontrar e lê a embalagem, em seguida a coloca de volta na prateleira como se estivesse escolhendo um livro numa biblioteca ou até mesmo seus pensamentos devem estar longe.
Na parte de alimentos sempre peço a opinião de Mia se devo ou não levar. Dulce se diverte ao meu lado ao escutar sim e não dela, às vezes com careta, outras sem.
― Você gostou mesmo do girassol, Dul? ― Mia pergunta olhando para Dulce.
― Eu amei ― Dulce diz com carinho. ― Vou colocar num vaso bem bonito e deixar bem perto de mim quando eu for dormir.
Mia sorri abertamente mostrando suas covinhas.
― Eu sabia que você iria gostar, papai estava com dúvidas. ― Mia me olha rapidamente e disfarço olhando uma caixinha de chá.
Odeio chás.
― Bem, eu amo flores ― Dulce explica. ― Obrigada Ucker.
Sou surpreendido com um beijo casto no rosto, sinto-me assustado por todas as vezes que seus lábios tocam minha pele, deixando-me chocado.
Empurro o carrinho silenciosamente e olho para Mia, seu olhar parece de reprovação, franzo a testa.
O que eu fiz agora?
― Papai... ― ela diz e não a entendo.
― Eu não fiz nada ― me defendo antes de tudo.
― Dul te deu um beijo no rosto. Dê outro nela. ― Olho para a minha filha intrigado, pensei que tivesse ciúmes de mim e no momento que mais preciso ela faz isso?
Mia tem um olhar travesso e um sorriso pequeno, porém sua postura é mandona. Não tenho coragem de olhar para Dulce ao meu lado e continuo a empurrar o carrinho.
― Mia, isso não será necessário ― tento fugir.
― Vamos... Dul está esperando ― Mia ordena e escuto Dulce engasgar.
Suspiro, lutar com Mia significa meu fracasso, continuo andando e viro meu rosto, me curvando um pouco para Dulce, ela parece ter virado um pouco seu rosto também e beijo sua bochecha, posso sentir o canto de sua boca em meus lábios e sua respiração travar.
Não sei quantos segundos fiquei ali, mas a maciez de sua pele continua a mesma. Afasto-me rapidamente tentando controlar meus impulsos e olho para Mia que tem suas duas mãozinhas nas bochechas como se assistisse um dos seus filmes preferidos, ela sempre faz essa expressão iluminada quando vê A Dama e o Vagabundo.
― Satisfeita? ― pergunto quase sem ar.
― Talvez. ― Mia me dá sua risadinha.
O que essa menina quer de nós? Damos risadas do rosto alegre de Mia e seguimos para o caixa.
Autor(a): sra.savion
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No caminho de volta para casa estamos em silêncio, me sinto ansioso de mostrar a cama de Dulce, na verdade não comprei, era a que tinha em casa desmontada. Quando estaciono na frente da oficina, vejo os garotos trabalhando. Olho para Dulce agarrando sua flor com os olhos distantes. ― Está assim por causa do seu pai? ― pergunto. ― Sim ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 54
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dada Postado em 16/01/2020 - 19:51:30
Abandonou
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elielma Postado em 03/09/2019 - 10:21:43
Continua por favor
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julia_souza_ Postado em 02/10/2018 - 09:31:18
Vai abandonar a fanfic ? Se não for mais postar favor avisar logo.
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vitory07 Postado em 02/09/2018 - 03:43:12
Não vai escrever mais não? Se for isso avise, mas se não for posta logo.
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julia_souza_ Postado em 13/08/2018 - 17:33:06
Sumiu de novo :(
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bia.leite Postado em 30/07/2018 - 08:42:17
Posta maisssssssssssssssssssss plissssssssssssssssssssssssssss
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julia_souza_ Postado em 20/07/2018 - 12:57:28
Cadê voceeeeeê? Continua!!
sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:28
Estou aqui. Continuando!!!!
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deia2017 Postado em 10/07/2018 - 23:15:21
Cadê vc amor posta maiss
sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:00
Estou aqui...Postado!!!
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astrogilda Postado em 03/07/2018 - 16:07:30
Continua please...ta legal
sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:40
Continuando!!!
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candy1896 Postado em 02/07/2018 - 12:34:32
CONTINUAA
sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:19
Continuando!!!