Fanfics Brasil - Capítulo - 002. Tudo Por Você - Adaptação Vondy.

Fanfic: Tudo Por Você - Adaptação Vondy. | Tema: Trendy e Vondy


Capítulo: Capítulo - 002.

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Estaciono na oficina ainda nervoso. Saio do carro batendo a porta com força e vejo meu melhor amigo Christian se aproximar.


Juntos resolvemos realizar nossa paixão por automóveis e abrimos uma oficina, ele é meu sócio e meu braço direito em tudo. Temos também mais dos garotos, Simon e Jackson, trabalhando conosco e tudo por amor as máquinas.


Escuto Chris assoviar ao ver a traseira do carro.


― Que merda é essa? ― ele observa, limpando suas mãos.


― Não me pergunte! Não me pergunte! ― Ergo minhas mãos, exasperado.


Tiro minha blusa e coloco minha regata desgastada.


― Cara, esse carro é para ser entregue. O que você fez? Rapaz! ― Ah não ele também?


― Uma maluca... Não, uma louca... Melhor, uma maníaca... ― É tão difícil dar um apelido para alguém assim? ― Bateu na traseira, cara! Ela não viu o sinal vermelho, não viu meu carro parado porque estava fazendo maquiagem enquanto dirigia.


― Mulher? ― Ele estende a mão me oferecendo um cigarro.


― Óbvio! ― Caminho até ele e pego o cigarro. ― Como a lei permite que uma coisa daquela dirija? ― Acendo o cigarro, dando uma tragada e o seguro em meus lábios enquanto tento tirar o para-choque traseiro.


― Talvez ela tenha pago pela carta. ― Chris ri.


― Ou o pai dela. Acredita que ela disse que o pai dela pagaria?


― Riquinha ― Chris bufa.


― Literalmente ― digo acenando. ― O carro dela é um New Beetle rosado. O lado bom é que seu capô foi bem amassado e ainda estou rezando para que surjam mais problemas.


Chris ri das minhas pragas.


― Precisamos de peças, vai ter que lixar e pintar essa parte e vai ter que desamassar...


― Acha que eu não sei? ― digo ríspido arrancando o para-choque com raiva.


― Vá ligar para o cliente e deixa que eu lido com isso ― Chrid sugere.


― Não! ― Balanço a cabeça jogando o cigarro fora. ― Você liga. Você deu a palavra de entrega para ele ― acuso.


― Eu iria imaginar que uma doida iria fazer isso? ― ele se surpreende.


― Então será na sorte. Não estou a fim de ouvir gritos no meu ouvido. ― Pego uma moeda em meu bolso, jogo para cima e me preparo para pegá-la.


― Cara ― Chris sugere.


A moeda cai rapidamente nas costas da minha mão e vejo a coroa, sorrio para ele e o vejo sair chutando um pneu largado, resmungando até chegar ao escritório.


No final da tarde, Chris encheu o meu saco para eu ir ao bar hoje à noite, mas recusei, passaria a noite consertando o carro depois do jantar. O cliente nos deu até amanhã para estar pronto, então tinha que bater meu recorde.


Chris e os garotos me ajudaram um bocado com os outros carros, então com o Mercedes eu só precisaria ajustar algumas coisas, dar uma boa linchada e pintar para não mostrar qualquer arranhão.


Estou na cozinha lavando a pouca louça, enquanto desabafo para a única pessoa que pode me escutar sem dizer nada.


― Ela era uma maluca. Eu deveria obriga-la a pagar, mas ela vem com o dinheiro do pai? Isso não é justo, é muito fácil. Ainda jogou a culpa em cima de mim, eu não fiz nada. Eu sei dirigir, ao contrário dela. Iríamos ganhar um dinheiro extra hoje, mas até isso ela me tirou. Eu deveria processá-la e sair ganhando com isso. O que acha? Eu preciso de conselho. ― Ponho a mão na cintura e olho para baixo para os grandes olhos cor de avelã, inocentes e doces.


São os olhos mais lindos do mundo, eu amo mais que minha própria vida, mais que carros e motos. Ela valeria muito mais que tudo aquilo.


― Pai, eu só tenho cinco anos. ― Ela me entrega o seu prato. ― Eu não sei. ― Sua voz angelical e doce como os seus olhos, me acalmam.


― Tem toda razão, por isso você nunca vai crescer. ― Jogo o pano de prato no ombro e pego o seu prato para lavar. ― E como foi na escolinha hoje? ― pergunto, enquanto lavo.


Odeio lavar louça, mas alguém tem que ser responsável na casa.


― Estamos começando a aprender a sonetrar. ― Ela me dá o seu sorriso pequeno e brilhante.


― Soletrar, querida ― eu a corrijo, dando-lhe uma piscadela.


Ela acena.


― Isso...


― É mesmo? ― pergunto impressionado e ela acena. ― Na sua idade eu colocava cola nas cadeiras das meninas para elas sentarem. Ela me dá o seu riso celestial.


― Vovó ficava zangada? ― pergunta com suas risadas.


― Ficava bem brava ― digo rindo. ― Então, soletra para mim... Inconstitucionalissimamente.


Ela franze a testa concentrada, até mesmo contando com seus dedos pequenos. Pego-a, depois de guardar a louça, e a coloco sentada no balcão.


Em seguida escuto a campainha e vou atender a porta.


― Pai ― ela protesta. ― É difícil...


― Vai pensando, querida! ― eu grito, abrindo a porta. Ah... Minha inquilina italiana, viúva, mãe de dois filhos que tenta timidamente chamar minha atenção. Bem, aproveito para lhe dar um sorriso sedutor.


― Franchesca ― cantarolo. ― Como vai? ― pergunto e vejo suas bochechas ficarem rosadas.


― Muito bem agora ― revela tímida demais. ― Eu passei para convidar você e Mia para o aniversário da minha filha Paula. É só um bolinho, nada demais. ― Ela sorri abertamente.


― Obrigado, mas vou ter que recusar ― lamento. ― Tenho que descer na oficina para consertar um carro que deve ser entregue amanhã ― explico.


― Mia pode ir? ― ela pergunta.


Gosto de Franchesca, ela tem carinho por minha filha e é cuidadosa.


Penso no assunto e grito:


― Mia, você quer ir ao aniversário da Paula?! ― Sorrio, piscando para Franchesca. Gosto de deixar mulheres mais desconfortáveis do que já estão.


― Sim! ― Mia grita de volta e empolgada. Franchesca coloca a mecha do seu cabelo avermelhado atrás da orelha. O lado bom de ser pai é que eu tenho crédito com mulheres.


Não que eu me aproveite da inocência de Mia e demonstre o quanto sou bom pai, mas mulheres têm os corações derretidos para um gesto tão simples.


Quando descobri que iria ser pai pensei que tudo à minha volta seria perdido, eu não seria o mesmo cara de antes, seria julgado como irresponsável. Na verdade, quem é que fica preparado para ser pai quando se está prestes a terminar a faculdade? Depois que Mia nasceu descobri que não existe nada mais importante no mundo do que o sangue do meu sangue.


Lutei para ter sua guarda desde seus primeiros meses, na intenção de tirá-la da sua mãe irresponsável, depois da morte de Belinda ainda continuei na luta com seus avós. De fato, eu não era muito responsável, ganhei a guarda raspando, mas venci.


Porém, qualquer deslize meu, eu a perderia, isso é um acordo e não posso quebrá-lo. Com Franchesca agora eu tinha créditos, ela adora Mia desde que chegou aqui há seis meses e sabe cuidar dela enquanto estou ocupado.


― Como vou ficar na oficina, pode cuidar dela para mim? ― peço sem precisar implorar.


― Pode ficar tranquilo, cuidarei dela. ― Ela sorri abertamente e retribuo o sorriso, mas logo franzo a testa depois de um tempo.


― Mia? ― a chamo, ela não aparece. ― Franchesca está te esperando.


― Pai, tenho que descer ― ela contesta.


― Ah é... Droga ― sibilo baixo para mim mesmo e corro até a cozinha. Ela está do jeito que a deixei, sentada e balançando seus pés.


― Você me esqueceu ― Ela sorri.


― Desculpe, aprendeu a soletrar? ― pergunto brincando.


― Não! ― Balança a cabeça e a coloco no chão ― Mas eu sei o seu nome.


― Oh? ― sorrio impressionado.


― C-H-R-I-T-O-P-H-E-R ― soletra lindamente, até mesmo contando com ajuda dos seus dedinhos.


Olho para minha filha orgulhoso.


― Você é a menina mais inteligente que eu conheço. ― Beijo o seu rosto. ― Agora vai que Franchesca está esperando.


Ela corre até o sofá para pegar sua boneca e segue em direção à porta. Abaixo-me para ficar da sua altura.


As maçãs do rosto estão rosadas e os olhos grandes demais, eu sempre penso que ela está pronta para diversão quando a vejo assim.


― Tudo bem ― começo e ela pisca para mim, já esperando. ― Nada de excesso de refrigerantes, não saia, não corra muito, fica sempre aos olhos de Franchesca, faça de tudo para não se machucar e não venha para casa até que eu chegue para te buscar. Vou trabalhar na oficina e assim que terminar vou te pegar. ― Por que é tão difícil nos afastar dos filhos? Eu sei que são metros de distância, mas mesmo assim...


― Não esquece? ― ela pergunta, apertando o meu nariz como eu sempre faço com ela.


― É claro que não vou me esquecer. ― Sorrio para ela.


― Christopher, eu prometo cuidar dela ― Franchesca ri, assegurando-me.


Olho para ela e depois para Mia, suspiro.


― Tá legal ― me rendo. ― Divirta-se, mas antes diga que me ama e que sou o papai mais bonito de toda a galáxia. ― Abro o meu sorriso.


― Eu te amo muito e você é o papai mais bonito de toda... Garáxia. ― Ela sorri lindamente.


― Galáxia, querida ― corrijo novamente.


― Galáxia! ― Ela pula.


― Ouviu isso, Franchesca? ― digo emocionado e rimos.


Mia me dá o seu sorriso celestial com covinhas e me abraça. Droga, como amo esse abraço.


― Pai ― ela se espreme para me chamar.


― Hum? ― respondo.


― Tá apertado ― diz com esforço e a solto com cuidado. Sorrio e dou-lhe vários beijos no rosto a fazendo rir.


Franchesca a pega no colo enquanto me levanto.


― Dê os parabéns a Paula ― digo acenando.


― Pode deixar. Mia ficará segura também, não se preocupe ― Franchesca sorri abraçando Mia.


― Até logo, papai. ― Mia acena para mim.


― Até mais, macaquinha. ― Aceno de volta.


Depois de alguns minutos desço até a oficina. Quando Chris ligou para o cliente tive que me segurar para não rir da sua cara assustada no telefone, mas boa parte de mim continuava com a fúria, só de lembrar do ocorrido fazia meu sangue ferver.


Os dois garotos decidiram ficar até mais tarde na oficina e agradeci por um deles ter lixado o arranhão e concertado o amassado. Deixo o Mercedes aquecer para checar se está tudo em perfeitas condições e aproveito o tempo para trabalhar em outro carro.


O meu celular toca assim que me enfio debaixo dele.


― Quem é? ― pergunto, enquanto vejo de onde vem o vazamento do óleo.


― Olívia... ― a voz feminina e sedutora me interessa.


― Quando você vai colocar o meu número no identificador de chamadas, com minha foto nua? ― pergunta.


Dou um sorriso.


― Gostei da opção de foto nua, mas isso é importante? ― Dou uma risada.


― Pensei que viria para o bar ― ela soa descontente.


― Não deu. Tenho pilhas de coisas para fazer ― explico com desdém.


― Se quiser posso dar uma passada aí ― ela diz com malícia. O meu sorriso aumenta.


― Mia está numa festinha de aniversário, então podemos ter uma rápida diversão se você chegar a tempo ― proponho, um homem tem suas necessidades.


― Será ótimo. ― Ela ri ― Só vou terminar meu turno e passo aí para devorá-lo. ― Tá legal, ela consegue me excitar.


― Estarei esperando. ― Desligo, voltando minha atenção ao meu trabalho.


Minhas mãos estão cheias de graxa e estou com muito calor, minha regata gruda no meu corpo de uma maneira desconfortável.


Escuto vozes na oficina e tenho a sensação de que tem alguém perto de mim. Olho para baixo e vejo os tornozelos perfeitos e pés pequenos bem cuidados numa sandália alta. Não são de Olívia, mas dou boas-vindas para quem quer que seja.


Já fico imaginando que possa estar com uma saia curta e uma blusa decotada. Uma cliente quente. ― Obrigado, meu bom Deus ― murmuro, imaginando ter uma cliente quente na minha lista.


Empurro-me com o carrinho para descer e ver a mulher de tornozelos perfeitos. Para minha decepção ela está de calça skinny, mas assim que ponho os olhos em seu rosto distraído, procurando desorientada por alguém, fecho a cara.


A raiva imediatamente ferve meu corpo inteiro.


― Mas essa... ― murmuro ríspido, voltando rapidamente para debaixo do carro, querendo socar a mim em vez dela.


― É um pesadelo, só pode ser. Por que meu Deus? O que esse demônio faz aqui? ― sussurro entre dentes.


― Oh! Você está aí embaixo. ― Agora que ela me viu?


― Olá, eu sou Dulce Maria Saviñón e trouxe o meu carro para um orçamento... Na verdade, o desgraçado que fez aquilo não sabe dirigir e acabou com meu carro novo e tive que chamar um guincho para trazer até a sua oficina... Olha, foi bem difícil...


Ela me chamou do quê? Ela não cala a boca? Sua voz me irrita. Ela-me-irrita. Tudo bem, vamos nos divertir.


Desço de uma vez e olho para ela com a sobrancelha levantada. Surpresa! Ela para de falar ao olhar para baixo, seu rosto despreocupado se põe em espanto, e ela solta para trás em seus saltos com um leve gritinho.


Tá legal, ela é bonita, mas não foi feita para mim, nunca será.



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Autor(a): sra.savion

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 54



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  • dada Postado em 16/01/2020 - 19:51:30

    Abandonou

  • elielma Postado em 03/09/2019 - 10:21:43

    Continua por favor

  • julia_souza_ Postado em 02/10/2018 - 09:31:18

    Vai abandonar a fanfic ? Se não for mais postar favor avisar logo.

  • vitory07 Postado em 02/09/2018 - 03:43:12

    Não vai escrever mais não? Se for isso avise, mas se não for posta logo.

  • julia_souza_ Postado em 13/08/2018 - 17:33:06

    Sumiu de novo :(

  • bia.leite Postado em 30/07/2018 - 08:42:17

    Posta maisssssssssssssssssssss plissssssssssssssssssssssssssss

  • julia_souza_ Postado em 20/07/2018 - 12:57:28

    Cadê voceeeeeê? Continua!!

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:28

      Estou aqui. Continuando!!!!

  • deia2017 Postado em 10/07/2018 - 23:15:21

    Cadê vc amor posta maiss

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:48:00

      Estou aqui...Postado!!!

  • astrogilda Postado em 03/07/2018 - 16:07:30

    Continua please...ta legal

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:40

      Continuando!!!

  • candy1896 Postado em 02/07/2018 - 12:34:32

    CONTINUAA

    • sra.savion Postado em 22/07/2018 - 21:47:19

      Continuando!!!


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